Five Nights at Freddy's: Sister Location escrita por Melehad


Capítulo 5
Capítulo Quatro: Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Próximo capítulo será a primeira noite.
Boa leitura...



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Dilan segue seu amigo saindo da rua pouco ativa e moderadamente desanimadora enquanto sentia um forte aperto em seu coração que era causado por um passado que ele finalmente iria desabafar com alguém.

Essa era a hora do dia em que os carros voltavam à parte residencial depois de um cansativo dia de trabalho e movimentavam essa parte da cidade. Também era a hora das crianças saírem nas ruas para brincarem com outras crianças e se divertirem enquanto seus responsáveis chegavam e os observava de longe com um sorriso no rosto.

Lentamente a chave entra na fechadura e se ouve um estalo, era Jones abrindo a porta de madeira pintada de branco com janelinhas ao seu lado. A maçaneta de ferro desgastado gira e os olhos de Jones observam a sala de sua casa.

— Não repare na bagunça, por favor... — Pobre Jones, ele não sabia que a partir do momento em que uma pessoa avisa para não reparar ela irá reparar! Mas isto não o abalava porque sabia que Dilan não iria comentar nada já que sua casa também estava muito desarrumada com a sua repentina mudança.

A sala de estar era bem maior que a de Dilan. Os móveis countries rústicos estavam bem sobressaltos no interior combinando com o papel de parede quadriculado rosado e tendo como base umas tábuas bem envernizadas. Ao adentrar na morada de Jones, ele ficou bem impressionado com a decoração do local que encantava por mesmo que bem simples conseguia ser algo completamente encaixado.

— Sua casa realmente é deslumbrante... — Na hora em que Jones seguiu até a cozinha para preparar o café ele seguiu até a vitrola antiga que ficava ao lado da lareira de tijolinhos e procurou no armário do outro lado um disco para colocar. Quando já tinha pegado um disco para ver Dilan repara algo sobre a mesa de canto...

Com suas mãos ele segura o porta-retratos e atentamente olha a foto em preto e branco e envelhecida atrás do vidro sujo e empoeirado. A foto mostrava duas crianças sentadas em um sofá velho e antigo, ambas demonstravam expressões variadas. Um o que parecia ser mais velho, que utilizava um moletom preto e parecia ser mais formal, demonstrava um olhar mais sério que o outro garoto, que usava uma blusa branca de mangas curtas, e sorria.

— Ah, você é mais esperto que pensei... — Jones surge na vista de Dilan parado e encostado no arco que levava à cozinha.

— Quem são essas crianças? — Dilan pergunta mostrando o quadro para seu amigo. Jones relutava em não o encarar igual como fez na cafeteria e a cada vez mais que fazia isso Dilan ficava mais curioso.

— Sou eu e meu irmão, Andy, no verão de 1950. Mamãe chamou um amigo para passar uns dias em nossa casa e um dia ele pegou sua máquina fotográfica e chegou para nós: Vamos bater uma foto. Ele nos colocou no sofá e tirou. Lembro que eu estava animado e Andy nervoso porque papai estava demorando a chegar... — Ele para de narrar, se aproxima de mim pegando a foto calmamente e continua: — Uma semana depois descobrimos que houve uma tragédia e ele nunca mais voltaria para casa. Ele foi assassinado após tentar ajudar uma mulher em um assalto. Ele não reagiu, apenas tentou conversar com o criminoso para tentar acalmar o sujeito, mas sua atitude foi interpretada mal e o revólver Magnum 44 foi disparado contra seu peito... — Jones olha para seu amigo Dilan e logo após pergunta para ele o que o deixava assim tão triste.

— Essa é a hora de minha história, não é? Bem... Eu morava em Hurricane e tinha uma vida boa mesmo com alguns problemas, morava com minha esposa e trabalhava no jornal local, o Clarim, e tudo ia conforme o progresso da vida é feito. Tudo começou quando uns problemas começaram a afetar um velho amigo meu e ele de repente mudou causando um espanto em todos. Só posso dizer que foi uma tragédia horrível para um pai aguentar... — O filho faleceu? — Jones pergunta. — Não sabemos, pois ele desapareceu de um jeito tão misterioso que era como se nunca tivesse existido. Em um momento de dor eu fui visitá-lo e compartilhei a mesma dor dele quando conversamos, eu sentia o que ele sentia e era algo impossível de explicar, era algo como uma facada no peito — Dilan se emociona e seus olhos começam a ficar vermelhos e cheios de lágrimas. Jones estava abismado e derrubado com o que seu amigo lhe contava.

— Em um momento de dor em vê-lo assim eu prometi a ele que com meus dons investigativos eu iria procurar o seu filho a todo custo. Que não descansaria até encontrar esse garoto e até mesmo por um relance que aparentava mais ser um milagre eu recebi uma notícia de alguém anônimo que viu o exato momento onde o garoto desapareceu e pior, quem o levou — Levou? — Sim, ele foi raptado e finalmente eu consegui ver uma luz no fim do túnel só que o homem anônimo nunca mais deu notícias, acredito que quem pegou o menino havia descoberto a nossa conversa.

— Sua esposa apoiava isso? — Ela era maravilhosa e incrível. Sempre me apoiou em tudo, até em coisa consideradas impossíveis ela estava agarrada ao meu ombro olhando em meus olhos com aquele sorriso de lábios rosados e belos... — Estou com medo de perguntar o que vem a seguir Dilan — Lágrimas escorriam dos olhos de Dilan e seu coração se despedaçava inteiramente como uma taça de vidro encontrando o chão — Ela morreu em um acidente de carro e toda a luz se desvaneceu de mim derrubando-me completamente no vazio escuro e sem fim que é a dor. Após isso eu surtei e tentei abandonar o passado saindo da cidade e buscando uma nova vida, mas ela não gostaria que eu desistisse da única coisa que me mantém em pé todos os dias, ela não desistiria como eu quase desisti. Eu fiz uma promessa e tinha que cumprir para meu amigo...

— Você veio para essa cidade com um motivo, acredito que esse motivo é que sabe quem é que sequestrou o garoto e está atrás dele, não é? — Jones questiona consolando o amigo.

— Eu acredito que seja essa pessoa, mas se não for ele saberá de algo e irá me contar porque se não eu irei transformar a vida dele em um inferno... — Eu acho que pelo seu olhar você está se exaltando muito, tenha calma, e se ele não for o culpado e você, que Deus te livre, machucar esse cara? — Eu tenho certeza que esse maníaco que procuro é ele. Convivi com meu amigo a vida toda e ele sempre me contava sobre essa pessoa, eles são amigos, então posso dizer que conheço bem a personalidade dele...

A noite já havia caído e desbravava o céu com seu oceano de estrelas ofuscantes e esbelto. Dilan e Jones conversaram sobre tantas coisas após o momento lastimoso que perderam a hora. No momento eles estavam assistindo uma novela na televisão velha e chuviscada de Jones com garrafas de cerveja e muito assunto para falar.

— Oh meu Deus... — Fala Dilan depois de olhar o relógio na parede que marcava oito horas da noite e constatar que estava muito tarde e ele havia se perdido no entretenimento que estava àquela conversa.

— Tudo bem, tenho que admitir que me acalmou depois de tanto problemas nesses anos, acredito que foi uma das noites mais divertidas de minha vida... — Eu concordo também, foi bom rir depois de muito tempo abandonado nesse mundo — Ambos se despediram e Dilan seguiu até sua casa focando seu olhar na rua silenciosa e pouco iluminada. Ele entra no lugar já seguindo para o banheiro para tomar uma ducha relaxante para conseguir ter sono e dormir bem essa noite.

— Uma boa noite de sono me fará bem, amanhã um novo emprego e finalmente vou poder investigar mais sobre ele...

Dilan segue até seu quarto com seu pijama já posto, mergulha na cama com um olhar cansado e abatido e lentamente adormece observando sobre a cômoda branca de madeira o ursinho de pelúcia mecânico que seu velho amigo o deu...

— Dilan, venha ver isso... — Ele calmamente caminha sem sentir seu andar, mas mesmo com a sensação de pisar em nuvens conseguia ver o assoalho da casa.

— Olha ele se mexe! Eu consegui, Dilan, consegui dar vida à máquina com apenas poucas coisas nessa velha garagem — Quem falava de maneira entusiasmada era o mesmo homem do sonho anterior que ele teve só que desta vez parecia ser um pouco mais avançado no tempo...

— Estou vendo e é incrível! — O jovem Dilan responde também animado.

— Tudo que planejei no papel eu consegui realizar, óbvio que tive que substituir algumas peças com outras coisas como esse cano de ferro que usei para sustentar o braço, porém não importa, ele se mexe!

— Eu não consigo nem expressar o quanto isso é incrível. Quando me contou sobre o que queria fazer eu pensava que isso era impossível, mas vejo agora que só você mesmo para inventar uma coisa dessas...

— Obrigado pelo apoio amigo — Fala o homem.

— E como ele se chama? — Dilan pergunta e o amigo respira fundo para soltar a euforia e conseguir responder: — Eu planejei colocar minha voz nele e aperfeiçoar os mecanismos e forrá-lo com um tecido roxo e a propósito, o nome dele é Theodore...

Dilan desperta com o som do despertador novamente o assustando e avisando que um novo dia começava em sua vida. Demarcava o horário de nove horas, ele levanta seu corpo ficando sentado na cama com seu olhar pensativo tradicional lembrando-se do sonho que teve onde realmente aconteceu isso com ele. Essa cena era uma memória. Ele põe-se de pé já se preparando para sair de casa, sua decisão era chegar o mais cedo possível para se preparar para o emprego e ficar o resto do dia livre com a finalidade de, possivelmente, investigar mais sobre sua promessa.

Ele após uma ducha breve seguiu até seu quarto e vestiu uma roupa mais arrumada já que ele provavelmente iria conhecer o seu superior e desejava dar uma boa impressão para a firma. Com um terno meio azul – apenas sem o paletó – ele penteou seu cabelo e correu até a cozinha para tomar um café da manhã simples e rápido porque já era um bom horário para ir...

— É agora... — Dilan liga a ignição de seu carro e dirige para fora da zona de domicílio indo em direção a Circus Baby’s Pizza World. Enquanto conduzia seu automóvel pela autoestrada, junto aos carros passavam várias viaturas da polícia cortando os outros carros e seguindo na mesma direção que Dilan seguia. Isso abriu uma fresta de preocupação em seu peito porque ele achava que algo muito grave tinha acontecido na pizzaria. E ele estava certo...

Ao estacionar na vaga perfeitamente, Dilan desceu observando o redor com uma movimentação muito vasta e preocupante. Carros estavam parados na frente do local, viaturas chegando, bombeiros desesperados se aproximavam do estabelecimento e isso causava uma aflição a Dilan ao ver que o momento era extremamente sério. Dentre a multidão desgovernada ele enxerga uma pessoa em que reconhece na hora, era seu amigo Mike que estava sentado em uma ambulância tossindo muito e com uma face totalmente pálida. Mike ao perceber a chegada de seu amigo tenta disfarçar seu estado abatido e seu olhar estupefato para não causar mais ainda receio a Dilan.

— Meu Deus o que ocorreu nesse lugar? — Dilan pergunta se aproximando dele. A pizzaria estava soltando uma fumaça estranha de seu interior que parecia até ser incêndio, mas os bombeiros não estavam preparados para usar a mangueira para apagar o fogo, não era um incêndio.

— Foi tudo muito rápido, uma hora todos festejavam a festa de abertura e no outro eles corriam de medo e pavor com os estalos agudos — Estalos? Uma explosão? — Dilan pergunta abismado. — Não, foram os canos de gás do local, eles se soltaram e teve um vazamento horrível no salão de festas. Esse lugar está completamente arruinado, é muito tóxico entrar lá e o corpo de bombeiros estão tentando buscar a origem desse vazamento — Mike parecia estar mais calmo depois do atendimento dos enfermeiros, ao contrário das pessoas ao redor.

— Algum ferido? — Não... — O clima estava completamente desesperador naquele lugar, pessoas gritando, um alvoroço descontrolado. Ao observar o local Dilan percebeu um carro preto bem antigo, um Opala, estacionado dentro os outros carros. Ele podia perceber a presença de duas pessoas em seu interior conversando, contudo não podia identificar o rosto deles. Mas o que lhe chamou a atençãomais ainda era que um dos homens, o que dirigia, estava com sua mão para o lado de fora do carro e nela tinha um anel dourado com a sigla "A" bem visível... Ao perceber que alguém o observava, o homem cercado pelo breu do carro olhou de volta para Dilan, mas o jovem fingiu tossir também e disfarçou o olhar para não suspeitarem, conclusão, o carro saiu depois de um tempo parado desaparecendo no horizonte carregando consigo um mistério no ar.

Depois de o clima começar a ficar mais calmo, Dilan, Mike e alguns funcionários do estabelecimento até ajudaram as pessoas ainda intoxicadas pelo gás a se recomporem para poderem ir para a casa. Mike se aproximou de Dilan e comentou com o amigo algo que lhe pediram para avisá-lo:

— Pediram para avisar a você que mesmo com o lugar bem... interditado, você ainda irá trabalhar... — Dilan arregalou os olhos e exclamou: — Como eu vou trabalhar nesse prédio nessas condições de extremo perigo, homem? — Mike então explicou melhor: — Não aqui Dilan, você vai passar a noite experimental no local de armazenamento dos animatronics dessa cidade, é um prédio antigo bem longe da cidade, lá opera a empresa proprietária do Circus Baby... — Afton Robotics... — Dilan interrompe e Mike se espanta ao perceber que ele já sabia o nome e ao pronunciá-lo fez um olhar de desgosto.

— Isso, Afton Robotics, você começará seu turno meia noite e aviso chegar um pouco antes para não se atrasar. Com o uniforme e equipamento nesse lugar e agora pouco prováveis de se conseguir, você poderá ir com uma roupa normal e acredito que ao chegar lá receberá pelo menos uma lanterna para ajudar no trabalho — E como vou saber o que fazer? — O prédio tem um guia eletrônico para lhe ajudar nas primeiras cinco noites.

— Então tudo bem, essa noite eu começo a trabalhar...


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Notas finais do capítulo

Até...