Kijin Tenjigo Fanfics escrita por Iuajen


Capítulo 2
Entrevista (Canon)


Notas iniciais do capítulo

Entrevista dada pela Kijin no dia 21/10.
(Fiquei com preguiça de escrever ou esperar que pessoas se interessassem pela interação, então preferi escrever aqui mesmo.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710629/chapter/2

Era no mínimo, cômico. Aquele tanto de pessoa fantasiada com roupas diferentes, perucas e maquiagem, alguns membros da ST, Roxanna, Kayles e mais alguns rostos de magos de outras guildas que eu tive o prazer e o desprazer de conhecer. Todos estavam confortavelmente sentados nos sofás que eu disponibilizei, olhando para mim que estava em uma poltrona atrás de uma mesa com um microfone e aquelas todas de gravação. Para dizer a verdade, isso tudo era uma farsa, eu havia encontrado com a produção no meu camarim, e lá através de mais alguns retoques de maquiagem e mais algumas coisinhas, fizeram uma pequena entrevista "pós-show", e dentre duas horas, Kijin Tenjigo vulgo eu, iria dar uma coletiva de imprensa particular para a gravadora que está relacionada e algumas pessoas escolhidas também pela gravadora.

Ou pelo menos era isso que estavam falando para o público, na verdade eram pessoas da própria gravadora, e alguns conhecidos meus. Eu não pude deixar de rir com aquilo tudo, afinal graças as minhas exigências, eles montaram um grande esquema para enganar o público. De qualquer forma, mesmo eu me divertindo com aquilo, eu via aquele olhar de Kayles de "improfissionalismo" que ela esbanjava, mas ainda assim eu não pude deixar de rir com deboche, no momento tudo que a incomodava, me deixava bem feliz.

— Primeiramente, feliz aniversário Kijin, muitos anos de vida, e muita música para todos nós.

— Se fosse um feliz aniversário eu não estaria dando essa entrevista.
Dou uma sorrisinho para eles antes de continuar.
        - Mas obrigada, eu espero incomodar muita gente ainda, e cantar cantar ainda mais.

Dali eu via Sukuna passar entre os convidados com uma bandeja cheia de aperitivos, quando ela chegou em Kori que trazia Eddiee no colo, ao ver suas caras famintas, ela tentou fugir em vão. A cena me fez rir, e as câmeras se viraram para gravar o acontecido também.

— Então, podem começar com as perguntas, afinal eu tô com pressa, só vocês mesmo para me obrigarem a fazer isso no meu aniversário... já não basta o show...

— Sim... sim... então vamos lá.
O mediador, olhou para as pessoas nos sofás, e então viu uma delas levantarem a mão, foi até ela e entregou o microfone.

— Há alguns boatos que você terminou o namoro de alguns anos com o mago da Lamia Scale, conhecido como Danny, poderia comentar mais sobre o assunto?

— Hmmmm...
Murmurei pensativa, porque pelo menos as perguntas preparadas não foram passadas para dar um ar de espontaneidade, daí então eu abri um sorrisinho sádico.
        - Ele era ruim de cama.
Apesar da gente só ter feito uma vez...
        - Quando ele cresceu ele deixou de ser fofo, e quando eu estava em um momento que eu queria afastar as pessoas de mim por alguns motivos pessoais, ele não permaneceu ao meu lado. A lagartixa de fogo em menos de duas semanas já estava com outra garota e depois largou ela também.
Apesar daquilo realmente ser tudo verdade, a maneira que eu estava contando me fazia parecer a vítima de um homem que havia usado os meus sentimentos e me abandonou em um momento de necessidade... O que era ótimo, porque com minha quantidade de fãs, desmoralizar o garoto no dia do meu aniversário... só me fazia rir por dentro.

— E você pode nos dizer mais sobre como você se sentia nessa relação? 

— Bem, eu não entendo muitos sentimentos, as pessoas falam de amor pra lá, pra cá, acolá, mas todo mundo tem um conceito diferente. Na minha visão, amor era a vontade de proteger a pessoa não importe o quanto custe, dor, morte, é a vontade sorrir verdadeiramente e rir escandalosamente quando você está perto dela, e isso eu sentia. 
Não pude deixar de corar um pouco ao falar aquelas palavras, então virei o rosto para não encarar a câmera. Ainda assim, eu pude ouvir as pessoas comentando sobre o que eu havia acabado de falar.

— Você é conhecida por ter uma personalidade forte, e como pudemos ver, é verdade. Como maga isso não te trouxe problemas? Como daquela vez que você discutiu com o rei de Fiore sobre o desmembramento das guildas?

Dei um grande suspiro, antes de começar a falar, afinal era um assunto que deveria ser tratado com cuidado, mas... né, cuidado e Kijin Tenjigo não são uma combinação muito boa.

— Ele é um filho da puta. Parece aqueles ideais de gente velha e que não pensa. Há guildas das trevas que por sinal eles nunca conseguem pegar, e guildas, digamos que... do bem. Ai as guildas do mal causam problemas, eles não conseguem resolver por si só, a gente se envolve, conserta as coisas, obviamente em um embate entre magos, haverá destruição, haverá fatalidades, ai vai lá o reino e joga a culpa na gente, sendo que a incompetência é deles. Um reino onde um babaca sem capacidade de pensar é quem guia as pessoas está fadado a ruir, a minha discussão no dia, apesar de ineficiente, uma vez que não resolveu nada e quem resolveu foram os mestres, só mostra que eles são dependentes de nós e não nós deles, e hoje, eu posso lhes dizer, se saíssemos de Fiore, no dia seguinte aquele castelo estaria em pedaços e as ruas seriam apenas poças de sangue das pessoas inocentes que acreditam nessa ideologia imbecil que eles propagaram.
Visivelmente irritada só de lembrar daquilo, eu soltei tudo o que achava mesmo, até onde sabia, minhas palavras não induzem ninguém a fazer coisa alguma e eu tinha liberdade de expressão.

— Mas e os problemas que os ditos magos de guildas legais causam? Como fica a situação?

— Eles são multados. Danny por ter quebrado uma janela do conselho mágico teve que pagar 3.000.000 Jewels, Albert por incinerar uma cidade teve que pagar outros 3.000.000, então podemos ver ai que tem algo errado. Na verdade tudo nesse reino funciona de maneira errada, se a pessoa incinera a cidade, ela deveria sozinha reconstruí-la, o mesmo para a janela, e antes que lembrem do fato que aconteceu a cinco anos atrás, eu aceitaria sem problema algum a punição de ficar com apenas minhas roupas intimas em público, afinal foi isso que eu causei as pessoas. Mas até mesmo eu sei que esse tipo de coisa é uma utopia. 

— Nós não sabemos como foi o seu passado...
Pelo que pareceu ela quis mudar de assunto, afinal comigo atacando o reino diversas vezes pode pegar mal para eles também.
        - Como foi a sua infância? 

— Normal.
Digo abrindo outro sorrisinho sádico e dando uma risada.
        - Alguns anos sofrendo tortura e sendo obrigada a realizar alguns trabalhos sujos, normalmente envolvendo sangue, algumas mortes, alguns gritos, um pouco de sadismo para eu permanecer sã e não enlouquecer, alguns testes para tentar tirar a magia de mim, a vida nas ruas, roubos, assaltos, assassinatos. Coisas que um reino preocupado com a vida das crianças, acontece frequentemente, nada de tão estranho assim.
Digo sarcasticamente, abrindo um sorrisinho e soltando outra risada, apesar de não culpar o reino por tudo isso, era muito bom. E pude observar que muitas das pessoas ali que não sabiam do meu passado ficaram um pouco assustadas.

— É bem... se querem saber sobre o meu passado, eu tenho até bastante pra falar, mas não acho que vão gostar muito, mas para simplificar, eu basicamente era uma versão pequena de uma sociopata que se divertia em ver o sofrimento alheio para que o meu próprio não pesasse tanto, e depois que uma guilda que eu não sei qual ter me salvado, eu fugi e vivi nas ruas, formei uma gangue onde fazíamos vários roubos, assaltos e até matávamos as pessoas, para então ser pega por Vangar, cuidada por ele e parar na ST que é onde estou desde então.
Aquilo também não parecia estar deixando o mediador e as pessoas da gravadora nenhum pouco feliz, anunciar "ao vivo" que era aquilo tudo, não era bom para os negócios, muitos fãs poderiam deixar de gostar de mim, ou me abandonar, então antes de continuar eu sorri e dei outra risada.

— E eu agradeço. Cada célula do meu corpo, agradece, cada átomo, cada pensamento, eu me transformei, eu mudei, eu consegui com a ajuda de Vangar e de um ambiente como a ST me tornar uma pessoa melhor. Meu passado pode não importar para mim, mas eu sei que muitas pessoas sofreram por minha causa, e muitas ainda sofrem por perdas que eu estava envolvida. Eu tento hoje fazer um futuro melhor não só para mim, mas para as crianças, para que não haja mais Kijins, para que elas possam ter um futuro sem ter que passar por coisas ruins, o meu passado me fez quem eu sou, eu não me arrependo dele, arrepender-me dele seria arrepender de quem eu sou hoje. E hoje, a minha vontade de proteger, a minha vontade de lutar pelo o que eu acredito é graças a tudo isso. Então, sim, eu digo isso tudo porque vocês querem me conhecer melhor, então aqui estou eu. Eu sou uma cantora, maga rank S da Sabertooth, que tem tendências sádicas, gosta de ver sangue, conhecida também como Escárnio das trevas mesmo sendo uma maga de uma guilda de luz, machuquei muito o espírito da minha guilda, que ama coisas fofas, que ama causar problemas as pessoas, mas que acima de tudo isso, eu sou Kijin Tenjigo, dona da melhor boneca do mundo, amiga de uma fênix e que jamais desiste.
Eu colocaria também, boa em fazer discursos, boa em inventar nomes para os seios da Roxanna, mas nah... Demorou um pouco para a próxima pergunta vir, então cantarolei um pouco, colocando minhas penas em cima da mesa e escorando na poltrona.

— É... e a sua relação com a multi-talentosa, e famosa Lightning? Há algum tempo houve conversas sobre um show das duas, mas isso nunca aconteceu, e há boatos também que você não anda muito amigável com ela.

— Sucesso. É algo decidido pelo seu talento e sua capacidade de aparecer na mídia, a capacidade de polemizar, ou alguém que possuí talento e uma história de superação, artistas desse tipo tendem sempre a estar no topo. Afinal, é assim que as pessoas são, elas se comovem pela história de vida de alguém que se superou e chegou aonde está e além de gostarem, elas agem como suporte a essa pessoa. Por outro lado alguém que sempre está na mídia, dizendo coisas polêmicas também tem um grande número de seguidores, outros que apenas gostam de ver tretas acontecendo, a mídia faz o artista. Por que eu comecei assim? Porque essencialmente é essa diferença entre mim e Kayles. Eu sou mais nova que ela no ramo, por outro lado, meu passado me deu uma percepção muito alta, já ela possui a experiência de muitos anos. Nós somos essencialmente diferentes, ela é alguém que ao meu ver é certinha demais, calculista demais, chata e sem sal, mas suas músicas foram e ainda são o que me fazem seguir cantando, foi graças a ela que eu decidi começar essa carreira, éramos amigas, ela era alguém que eu podia confiar. Agora? Eu não sei se posso dizer que é medo, não sei o que é... mas eu vejo nos olhos dela a desconfiança, vejo algo como medo de não saber o que pode vir a acontecer, mesmo com a magia enxerida dela. Não há como eu ter boas relações com alguém assim.
Eu não olhei para a Kayles enquanto falava aquelas coisas, não por medo de segurar o seu olhar, apenas porque olhar para ela me deixava desconfortável, eu havia apenas chamado ela porque o produtor queria mais visibilidade e mais dinheiro para o internato, e ela com certeza sabia disso.

— Muito se diz também sobre sua relação com o mestre da ST, Ethel. O que você pode nos dizer sobre o assunto?

— Mestrinho Ethel? Minha relação com ele? Hmmmm... eu sou a futura mestra da ST, discípula dele e de Papillon a mestra da FT, adoro ve-lo irritado, mas também adoro quando ele me parabeniza por algo que eu fiz. Hmmm... uma das coisas que eu mais gosto é quando ele coloca a mão em cima da minha cabeça afaga um pouquinho e me solta um parabéns. Mas também adoro quando ele me ameaça de morte, tenta me bater quando se irrita demais... nossa relação bem... ele me adora e eu amo meu mestrinho ranzinza.
Não pude deixar de corar de novo... eu tinha que parar com isso... mas não dá pra controlar...

— E sobre Roxanna, vocês duas parecem bem unidas, sempre são vistas juntas, atualmente você andou sendo vista andando com Amelie da RT.

— Ham... e o que vocês querem saber sobre minha relação com a Amelie e a Roxanna?

— Bem Amelie é a garota que namorou o Danny logo depois do término de vocês e Roxanna...
Eu interrompi antes que ele pudesse disser mais alguma coisa com uma tossidinha, e uma risada.

— Eu e os montes Everest ali, somos amigas, e a Amelie é fofa, e eu acho que vocês já sabem como eu me sinto sobre coisas fofas. Fofisse é justiça. Mas, talvez eu possa dizer que a Roxy seja a pessoa atualmente mais próxima que eu tenho de uma amiga de verdade.
Afinal, ainda assim, confiar minhas costas a outra pessoa... eu não conseguia fazer isso com mais ninguém, depender, acreditar que as pessoas farão algo? Não... eu não creio mais nisso. Mas a Roxy... bem... é alguém que eu realmente queria poder fazer isso.

— Mais próxima de amiga de verdade? Quem você considera sua amiga de verdade?

— Alguém que eu possa confiar cem por cento, não duvidar de suas ações, acreditar, cegamente sem medo de falhar. Estes seriam Vangar, Saber, Sukuna e Remilia. E eu espero que num futuro próximo eu possa novamente colocar a Roxy como uma dessas pessoas.
Apesar que dali somente Remilia e Vangar eram pessoas, pessoas... Sukuna era uma boneca e Saber era um espirito de um animal... muito fofo por sinal...

O mediador então pega o microfone, e Sukuna passa dessa vez com três taças de aperitivos, uma em cada mão e outra na cabeça, ela deixou uma com Kori, outra com Eddiee e ofereceu para os convidados a restante, havia mais duas taças na cozinha, eu podia ver que Sukuna estava conversando com todo mundo que podia e todo mundo parecia adorar a boneca.

"Essa exibida... Capaz de até mesmo o pessoal da GH, Tártaros e O6 caírem nas graças dela..." 

Dou uma risada ao ver que o mediador tinha terminado a entrevista ali, agradecendo a participação de todos, quando a câmera desligou, pude então sair dali para pegar uma taça para mim também e suco. A maioria dali estava bebendo vinho, mas eu não podia beber... No final das contas tudo terminou bem, e eu achei que ficou excelente para enganar as pessoas no dia vinte e cinco. Pude falar umas verdades... para algumas pessoas presentes e para o reino, depois de algum tempo, onde a comida da minha casa havia acabado, todos foram embora e apenas eu e Sukuna restávamos em casa.

— Sukuna... *Começo abrindo um sorrisinho.* - Obrigada.

— Nyeh heh heh! Não há o que agradecer Kijin! Eu, a grande Sukuna me diverti bastante! E eu conquistei a cabeça de mais doze pessoas! 
Ela então apontou a agulha para o horizonte.
        - Aquele esquilo não tem como competir comigo! Nyeh heh heh! E eu também fui capaz de entreter todo mundo! Eu a grande Sukuna fiz mais amigos hoje! Rumo a "amizadezação" mundial! Nyeh heh heh.

— Alguns pensam em dominar o mundo... você pensa em ser amiga do mundo inteiro... 
Rio com a boneca, fazendo cafuné nela. Afinal o agradecimento não era por ela ter me ajudado hoje, era por ela desde que a consegui, ter me ajudado em tudo que fiz. Eu não cansava de agradece-la, e de mostrar o quanto isso na minha opinião, era importante para mim.
        - Vamos indo Sukuna... Eu to com sono e quero dormir.

Dando um bocejo e puxando a boneca com ela para a cama e dormindo logo depois.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kijin Tenjigo Fanfics" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.