M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 17
M.L - Companheiras


Notas iniciais do capítulo

Parte 4



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710032/chapter/17

Anteriormente nessa história: Audrey e Percy brigam por causa da estupidez dele e a mulher vai embora. Molly se sente culpada por isso. E em uma conversa com Lucy ela decide finalmente por não abortar a filha.

 

M.L

Ainda Natal... Af!

Molly se olhou no espelho, a barriga de cinco meses já estava grande. Ela não podia aparecer na Toca daquela maneira!  De jeito nenhum! Ninguém da família sabia ainda e no fundo Molly queria que fosse assim para sempre. Suspirando a moça deu as costas ao espelho e foi para o quarto que dividia com Lucy.

As irmãs agora moravam em um apartamento, só as duas. Audrey até voltou para busca-las e leva-las para a casa da vovó, mas Lucy recusou dizendo que já eram adultas e não iriam mudar para outro lugar onde Molly continuaria sendo julgada. Afinal a mãe de Audrey era uma puritana de natureza e muito provavelmente não agiria diferente de Percy no dia-a-dia.

Molly aceitou a proposta da irmã, de viverem juntas, sem pestanejar. Juntaram as economias que tinham e alugaram um apartamento trouxa na cidade. Logo Lucy conseguiu um emprego no Caldeirão Furado, como garçonete. Molly também quis arrumar um trabalho, mas a irmã a impediu dizendo que não era hora e que ela deveria se preocupar em ter uma gravidez saudável.

Molly chegou no quarto. Lucy estava em um lindo vestido roxo e se arrumava para a festa de Natal. Ela precisava ir para falar com Alvo e já tinha até inventado uma mentira para quando perguntassem "onde está Molly?": "Está passando mal" ela diria.

— Você está linda — Disse Molly cabisbaixa.

— Eu sei...vocês duas também — Lucy sorriu pelo espelho tentando ser simpática. Mas a irmã não se convenceu ainda mais que ela usava pijama — Eu trago o seu suéter.

— Pra quê? Nem vai me servir mesmo — Ela disse com uma onda de negatividade.

— Usamos um feitiço de enlarguecer.

— Ah que maravilha! — Bufou debochando.

— Hey, o que foi? — Lucy se voltou para ela preocupada.

Molly começou a chorar descontroladamente e foi amparada por Lucy e levada até a cama.

— Eu não aquento mais isso — Disse entre soluços e lágrimas — Só queria que tudo voltasse a ser como era.

— Isso nunca vai acontecer, Mols — Ela acariciou o rosto da irmã.

— Você não está ajudando, sabia? — E cobriu o rosto com as mãos.

— Eu só quero dizer que a vida é assim, Molly; Uma constante mudança. Me desculpe, mas ela só caminha para frente...

— Quer saber? Eu odeio mudanças! — Ela brandiu e voltou a chorar.

— Eu sei que nada está sendo como você planejou doentiamente a sua vida. Mas não decaia desse jeito, você é uma garota forte e tenho certeza que pode aguentar qualquer surra que a vida te acerte.

— Eu não tenho certeza disso...

— É claro que pode! E eu vou estar sempre ao seu lado, ok? — Lucy abraçou a irmã com carinho, um carinho que vinha sendo cada vez mais frequente entre as duas que costumavam brigar muito quando mais novas.

— Está bem, Luh.

A mais nova levantou da cama terminou de ajeitar o cabelo, pegou sua capa e antes de sair olhou para a irmã.

— Eu estou indo, volto logo — Então assumiu uma expressão apreensiva ao observar Molly tão deprimida — Não faça nada estúpido, por favor.

— Não se preocupe.

— Ok

Lucy saiu e Molly jogou o corpo na sua cama e sem perceber adormeceu. No dia seguinte a irmã contou que Alvo aceitou ajudar sem contar a ninguém. Também contou que Percy, nem Audrey apareceram na Toca e que vovó Molly fez muitas perguntas, quase todas foram respondidas com "não sei, vó". Assim a idosa desistiu, apesar de magoada com Lucy, de continuar perguntando.

Alguns dias depois o primo Potter apareceu no apartamento delas fazendo perguntas para Molly. Ela tentou contar tudo que se lembrava.

— ... eu fui a festa porque Parkison estaria lá e também porque ele me convidou, mas lá ele nem deu atenção para mim. Fiquei chateada com isso então quando um garoto, que não me disse o nome, apareceu me oferecendo um copo de whisky de fogo eu aceitei... eu sei que foi burrice, mas eu estava magoada!

— Tudo bem, Mols. Continue — Alvo falou com o rosto sério e concentrado.

— Bem, depois disso eu não sei direito... Comecei a ficar zonza, tudo embaçou e as cores foram ficando muito fortes... E-eu me lembro desse garoto me dizer que me levaria para um lugar divertido — Molly começou a tremer, nunca tinha contado essa parte nem mesmo para Lucy — E eu fui, não sei porque eu fui... não estava pensando direito. Depois disso tudo que lembro é ouvir vozes, ver alguns rostos e... mãos me tocando... Então acordei no quarto, sozinha, eles levaram minhas roupas e eu estava machucada— Molly deixou lágrimas de humilhação escaparem — Liguei para Lucy ir me ajudar e foi isso.

— Ok, preciso que me diga em que lugar aconteceu a festa e o hotel onde te deixaram. Também de uma descrição desse cara que te entregou a bebida. E se possível dos outros rostos que viu — Alvo pegou uma pena e escreveu em um pergaminho.

Molly com a mão pousada sobre a barriga, contou tudo que ele precisava saber e tentou ao máximo descrever o rostos de sua lembrança turva. No fim, Alvo pediu licencia e disse que voltaria em breve para dar informações.

Dois meses se passaram e Molly,entediada, decidiu sair um pouco para tomar ar. Estavam a um mês do equinócio de primavera. Sua barriga, agora de sete meses, era impossível esconder. Enquanto caminhava Molly lembrava do dia que Dominique apareceu atrás dela, foi um pouco antes das irmãs irem viver juntar.

— E você não me contou? — Raiva foi a primeira reação da amiga — Desaparece desse jeito sem me contar nada, Molly!

— Me desculpe, estou passando por momentos muito ruins.

— Tá! Você quer ir ao Beco Diagonal comigo? — De repente Dominique retomou a felicidade costumeira ignorando a situação de Molly — Preciso encomendar flores para o meu casamento, aiai! — Ela suspirou apaixonada.

— Nique, eu não posso sai desse jeito! Você está louca? — Ela apontou a própria barriga.

— É só usar uma capa larga e fechada que esconde. Ainda não está tão grande. Agora vamos!

Por pressão a moça acabou aceitando ir e foi terrivelmente chato. Dominique foi em diversas lojas olhando de tudo. Flores, vestidos, enfeites, moveis para a futura casa... E quando estavam na loja de moveis algo terrível aconteceu Hoold Parkison apareceu acompanhado  da mãe. O rosto de Molly queimou de vergonha e ela rezou para que ele não a visse, mas foi justo o contrário que aconteceu... Obrigada, Merlin!

— Olá, Weasley! Faz tempo que não te vejo — Ele sorriu galante quando se aproximou dela.

— Oi — Molly respondeu fria e tentava puxar a capa de uma maneira que não deixa-se visível a gravidez.

— E ai? Gostou da minha festa?

— Ah sim, claro! — Ela respondeu com sarcasmo e ele não pareceu entender.

— Ok então. A gente se vê por ai, linda — Hoold deu mais um sorriso e se afastou indo até a senhora Parkison que olhava para Molly com cara de nojo.

Finalmente a tortura acabou quando ela chegou em casa. A moça amaldiçoou Dominique em pensamentos por ela fazê-la passar por isso... Qualquer chances que poderia ter com Hoold estavam acabadas, completamente exterminadas. Por isso Molly chorou por horas incansáveis.

A jovem do tempo presente, que caminhava de volta para o prédio, também deixou uma lágrima rolar pelo rosto. Sua vida estava acabada!

— Molly! — Alguém lhe chamou sorridentes, estava escorada na próxima a porta do prédio.

— Oi, Rose — Molly ficou apreensiva de vê-la ali, principalmente por saber o que ela fez com a tia Angelina.

— Dando uma volta?

— Sim.

— Tisk, tisk, tisk — Ela estalou os lábios e chacoalhou a cabeça — Sabe, acho que você não deveria ficar se exibindo por ai. Você não sente vergonha?

— Vai embora, Rose! — Molly segurou para não reagir aos insultos dela e começou a caminhar para a porta do prédio.

— Não me dê as costas quando falo com você. Caramba! Não tem respeito? Não é a toa que tio Percy expulsou você de casa — Rose foi indo atrás dela.

— Ele não me expulsou!!! — Molly gritou parando em frente a porta. E Rose sorriu doente, pronta para continuar.

— Hey! O que você está fazendo aqui, sua vaca? — Lucy apareceu na porta com o peito estufado, pronta para armar um barraco.

— Não se mete, sua biscate!

Foi rápido de mais para Molly se dar conta do que aconteceu. Quando deu por si, via Lucy grudada nos cabelos de Rose e batendo na cara dela. A mais velha empurrou a prima a fazendo cair em uma poça de neve suja de terra e descongelada que tinha na calçada.

— Some daqui, garota. Ninguém te suporta. Você é ridícula! — Lucy cuspiu para uma Rose que se levantava da poça toda suja e molhada — Não entendo como Scorpius ainda pode te suportar.

Nesse momento Rose desaparatou e Lucy ainda com raiva voltou-se para a irmã.

— Dá para acreditar nessa? Ela vem até aqui só para mexer com você!

— Acho que Rose está doente — Molly respondeu triste.

— Com certeza! Está maluca e é melhor alguém interna-la logo no St. Mungus, porque da próxima vez não vou só dar tapinhas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "M.M - Minha Magia." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.