Let me know escrita por Miss Fuck You


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

https://www.youtube.com/watch?v=GZjt_sA2eso



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Aquela dor insuportável desapareceu.

Eu estava certa quando disse que amores começam e acabam, não é o fim do mundo terminar um namoro, aquela dor insuportável e paralisante, aquele peso no meu peito tinham sumido.

Isso era superar? Isso era seguir em frente?

Eu sei que posso continuar respirando, mesmo que eu nunca mais o veja, mesmo que eu não sabia como ele está. Não me diz mais respeito a sua vida, o seu bem estar… nada relacionado a ele me diz respeito. Eu sei disso. Eu entendo isso agora.

Acho que poderia simplesmente seguir a minha vida sem nunca mais falar com ele, esses quatro meses provaram isso. Apesar de toda a dor no começo, eu sobrevivi. Assim como eu sabia que conseguiria, minha vida continuou normal, na verdade quase nada foi afetado em minha vida, minha rotina continuou as mesmas, as pessoas a minha volta continuaram as mesmas.

Dei mais um gole da minha cerveja, apoiei a lata gelada no meu joelho e voltei a atenção para a TV, lá estava ele… sorrindo… sua aparência estava muito melhor, quase normal, não fosse ele ainda estar muito magro. Mas isso poderia ser por ele estar trabalhando em uma nova música, ele tendia a esquecer de comer.

A curiosidade ainda estava presente, mas não era tão forte a ponto de me fazer pegar o telefone e ligar para ele ou mandar uma mensagem. Talvez eu já estivesse um pouco bêbada, mas eu tive de admitir a mim mesma que mesmo que pudesse suportar o ver agora, que eu não cairia em lágrimas por vê-lo sorrindo desse modo, que meu coração não doía, eu tinha de admitir eu sentia falta das nossas conversas e até mesmo das nossas brigas.

Soltei um suspiro e tomei outro gole, fechei meus olhos e encostei no sofá. Eu precisava arranjar alguns amigos e sair de casa nas minhas folgas. Não sei porque fiquei tão preocupada com Gustavo, diferente de mim ele não se deixava abalar pela hostilidade das pessoas, alguma coisa em sua personalidade fazia as pessoas se aproximarem e começarem a gostar dele. Ele era o meu oposto.

Eu estava sozinha em casa, bebendo cerveja e pensando coisas estúpidas. Quase me sentindo carente. Escutei a minha própria voz saindo da TV e isso me fez erguer a cabeça rápido e abrir os olhos. Isso agora já não era algo tão incomum, mas ainda não conseguia me ver na TV, era estranho. Desliguei a TV.

De algum modo as coisas acabaram assim, comecei a aparecendo em um programa, então em outro, e algumas entrevistas, no começo eram apenas sobre fotos, coisas entediantes que as pessoas não assistem, falei algumas merdas na TV que foram realmente engraçadas e quando dei por mim estava fazendo todo tipo de coisa.

Talvez eu tenha me enterrado em meu trabalho, fazendo carreira. Era isso o que eu queria quando vim pra cá, vim buscando o sucesso, o reconhecimento do meu trabalho. Eu ganhei tanto dinheiro nesses meses que eu poderia voltar a fazer as fotos que eu queria, eu poderia voltar a participar de concursos, a fazer exposições.

Mas tudo o que eu fotografava era sombrio, triste e distorcido. Passei a odiar essas fotos, elas mostravam uma realidade diferente da que eu deixava transparecer, se eu fizesse uma exposição dessas fotos, seria como me mostrar nua para quem quisesse ver.

Antes essas coisas não me incomodavam, antes eu não hesitaria, mas desde que apareço tanto na TV, agora quero guardar tudo o que posso da minha vida para mim mesma, algumas pessoas tendiam a me reconhecer nas ruas, comecei a sentir certa pressão em cada ato que eu fazia, como se cometesse algum erro alguém estaria assistindo, alguém que diria me conhecer.

Era de certa forma assustador, como se todas aquelas pessoas que me assistiam pela TV, as pessoas que me reconheciam na rua estivessem esperando que cometesse algum tipo de erro, esperando o meu fracasso.

Eu estava colapsando.

Ruindo em minha própria ganância.

Era o meu desejo ser conhecida, era a droga do que eu queria quando deixei a minha casa.

Foi por isso que não visitei minha família por três anos. Foi por isso que trabalhei desde cedo, foi por isso que abri mão da minha adolescência, foi por isso que desisti das coisas normais que outros jovens faziam, abri mão da diversão, de amizades, de amores.

Eu busquei isso, então porque me sinto tão sobrecarregada?

Foi minha escolha.

Então porque eu não sinto mais aquela paixão? Porque não sinto mais aquela ânsia? Porque estou evitando tudo aquilo por qual lutei tanto para ter? Por que não me sinto mais feliz fazendo as minhas fotos?

Qual é o meu problema?

Eu me sentia prestes a explodir, sentia como se um furacão estivesse dentro de mim e ele estava roubando todo o meu ar.

Soltei uma gargalhada.

Eu realmente estava bêbada!

Coloquei delicadamente a lata em cima da mesa de centro, estava feliz por Gustavo ser tão diferente de mim, ter amigos e não estar casa para me ver desse modo. Ele não merecia me ver desse modo, eu deveria ser o alguém inabalável, uma pessoa de total confiança, um modelo a se seguir. Eu não deveria o fazer se lembrar do bêbado do seu pai.

Eu me levantei, meio cambaleante e fui até o meu quarto, aquilo estava uma bagunça, cheio de fotos enquadradas, tudo estava pronto para a minha primeira exposição aqui na Coréia até eu mudar de ideia e desistir. Agarrei algumas e levei até a sala, fiz isso até trazer todas para a sala, caí algumas vezes no meio do caminho, mas voltei a levantar e continuei o meu trabalho, afastei todos os móveis da sala e fui arrumando todas as fotografias no chão a minha volta, formando um círculo.

Fiquei em pé e comecei a girar lentamente olhando para todas as fotos, encarando aquelas fotos que eu dizia odiar. De certa forma eu as odiava, mas eram parte de mim, eram o que sou, a minha verdade, a minha confusão, a minha ganância, os meus medos, os meus pecados. Não podia as odiar de verdade, elas causavam repulsa, mas não ódio.

Eram o meu pior lado.

Materializado e exposto para o mundo.

Escutei a porta se abrindo, eu devia me preocupar com Gustavo chegando e me vendo agir feito louca. Eu deveria me recompor, mas não conseguia desprender meus olhos das fotos.

—Uau! Você fez uma grande bagunça. – estranhei por ele estar falando coreano. – Você tem visita. - Com muito custo tirei meus olhos das fotos e olhei para frente, eu não tinha amigos que vinham me visitar.

Acho que demorei alguns segundo até realmente entender que ele estava parado na minha sala me olhando. Yoongi desviou seus olhos de mim e começou a olhar para as fotos.

—O que você está fazendo aqui? – atrai novamente a sua atenção.

—Vim conversar com você. – me segurei pra não soltar palavras venenosas em sua direção.

—Eu te encontro lá fora em cinco minutos. – não esperei por uma resposta sua, desvio das fotos e vou em direção ao meu quarto, coloco uma calça e troco a blusa, olho a confusão que está o meu cabelo e apenas faço um coque, pego a minha bolsa e saio. Ele ainda está na minha sala, junto do meu irmão olhando as minhas fotos. – Vamos. – digo já abrindo a porta, espero ele passar primeiro e apenas o sigo. – Como você sabia onde era a minha casa?

—Perguntei para o seu irmão.

—Não sabia que você tinha o número dele. – ele não responde, apenas mexe os ombros e continua andando.

Ele pergunta se podemos ir para algum lugar mais tranquilo e eu digo que ele pode escolher qualquer lugar, eu realmente não conheço nada por perto. Pegamos um táxi e o caminho é extremamente silencioso e incomodo. Paramos em frente a um café. O mesmo que ele terminou comigo.

E eu achando que nunca mais iria voltar aqui. Nos sentamos em uma mesa afastada e escondida, ele já havia feito o nosso pedido, estávamos sentado um de frente para o outro, sem falar absolutamente nada. Eu o olhava atentamente, mas ele tinha seus olhos no botão em sua mão, foram longo minutos silenciosos até que o botão se acendeu indicando que nosso pedido estava pronto, ele se levantou sem dizer nada e foi buscar as bebidas.

Eu poderia facilmente preencher o silêncio e falar sobre bobagens, poderia fingir que não estava incomodada com ele chegando repentinamente na minha casa e pedindo para conversar, eu poderia fazer isso de forma fácil, mas eu não queria, não queria fingir mais que estava bem, toda aquela dor podia ter ido embora, mas isso não quer dizer que eu não sentia mais nada por ele. Ainda existia sentimentos que eu tentei duramente esquecer e enterrar e o ver desse modo tão… triste na minha frente não estava ajudando em nada a esquecer meus sentimentos. Eu queria perguntar qual era o problema, queria saber porque ele estava tão mal naquele dia que o vi na empresa, queria saber porque ele não me atendeu e porque nenhum dos meninos me atendeu também. Mas eu peguei o copo de suco e tomei um gole invés de fazer todas as perguntas que eu queria e apenas continuei o encarando.

—Você me odeia? – seus olhos se ergueram e me encararam de forma intensa.

—Não. – fui honesta. – Achei que isso tinha ficado bem evidente na nossa última conversa… nesse mesmo lugar.

—Você me ama? – eu apenas o encarei, nunca disse que o amava e não acho que seria bom para nenhum de nós dois admitir que sim, eu o amei. – Você ainda gosta de mim? – ele muda a pergunta e ainda continuo calada, sem saber como reagir a isso. – Desculpa. – ele solta e seus olhos… Deus! Seus olhos são tão tristes que eu tenho de desviar.

—Não há nada para se desculpar.

—Por que você não disse nada naquele dia? Por que não me perguntou o porquê?

—O que se tinha para perguntar? Você queria terminar. – disse de forma desanimada. – E sinceramente não foi uma grande surpresa. – eu digo olhando para seu rosto. – Eu não queria saber o porquê antes e ainda não quero. Era sobre isso que você queria conversar? – não queria continuar com esse assunto. – Porque se for… eu não quero falar sobre isso. Acabou. Não tem mais nada para falar sobre isso. – ele ficou calado, me olhando por longos segundo, ele não iria responder, irritada eu me levanto, porque diabos ele queria conversar sobre isso?

—Vamos voltar. – eu paro e me viro de volta para a mesa, não muito certa de ter ouvido direito. – Vamos voltar… eu sinto a sua falta. – ele diz novamente com um sorriso fraco no rosto.

Eu não posso acreditar no que estou ouvindo, ele foi o único a querer terminar, foi o único que me ignorou e pediu que seus amigos fizessem a mesma coisa. O que eu era pra ele? Um brinquedo que ele podia largar e pegar de volta quando bem entendesse? Esse pedido me machucou mais do que quando ele terminou comigo. Eu estava furiosa, eu queria gritar com ele, queria bater nele.

—Você é um babaca. – digo de forma mais calma que consigo e lhe dou as costas.

Já posso sentir meus olhos ardendo, e lá estava de volta, toda a dor de quando terminamos tinha voltado com todas as forças, as feridas no meu correção que pensei já terem fechado estavam abertas e jorrando novamente. Consegui sair do café antes que as lágrimas se derramassem dos meus olhos, andei alguns passos cegamente até parar e tentar limpar minhas lágrimas e me acalmar.

—Desculpa. Por favor… desculpa. – escutei sua voz atrás de mim, mas não ousei olhar para trás, as lágrimas não queriam parar e eu não queria que ele me visse desse modo. – Alysson… olha pra mim… por favor. – ele diz tocando no meu braço.

A fúria explode dentro de mim, me viro para ele e com toda a raiva que eu sinto e lhe dou um tapa na cara, o barulho é alto e deixa a minha mão latejando, ele permanece com o rosto virado, seus olhos escondidos e por um segundo estou aterrorizada com memórias involuntárias que invadem a minha mente, então seu rosto se vira para mim e apaga completamente aquelas memórias. Seu rosto não expressa raiva, ainda é triste, se possível, mais triste do que antes. Ele me puxa para perto e me abraça, luto para me afastar, mas ele é mais forte e me mantém em seus braços, dou socos e tapas, mas ele ainda continua me segurando até que eu desisto. A raiva some e as lágrimas voltam com força total.

—Desculpa. – ele diz perto de meu ouvido.

—Por quê… por quê você… está fazendo… fazendo isso comigo? – digo em meio as lágrimas e soluços que querem escapar de mim.

—Desculpa. Desculpa. Desculpa! – seus braços me deixam e suas mãos estão em meu rosto limpando as minhas lágrimas, quando consigo me acalmar o suficiente e minha visão volta ao normal, posso ver seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas. – Eu senti tanto a sua falta que eu pensei que ia enlouquecer. Senti falta de ouvir a sua voz… da sua risada, de te ouvir me contar sobre seu dia, do modo como você fica animada falando sobre seu trabalho, como você parece irritada quando fala sobre seu irmão, mas ainda tem esse olhar de carinho… eu senti falta de você… de nós… - ele deixou algumas lágrimas caírem, eu não pude evitar, ergui minhas mãos para seu rosto e limpei suas lágrimas, deixando eu mesma derramar mais algumas. – Me perdoa? Por favor não me odeie…

—Eu não consigo te odiar… por mais que eu tente… eu não consigo. – ele encosta sua testa na minha, sua respiração no meu rosto.

—Volta comigo? – eu abri minha boca para responder, não muito certa do que responder, mas o som de uma câmera tirando foto me distraiu completamente. Tentei virar meu rosto para olhar, mas ele segurou firmemente meu rosto me impedindo.

—As pessoas estão olhando. – eu digo baixinho.

—Eu não me importo.

—E estão tirando fotos.

—Eu não me importo! Eu estou cansado de tentar me esconder. Apenas esqueça todo o resto… olhe pra mim e me responda.

—Não… eu não posso. – seguro suas mãos que ainda estão no meu rosto e as afasto, dou um passo para trás, antes que eu pudesse soltar suas mãos ele as agarra com força.

—Você está fazendo isso de novo… fugindo porque está com medo! – ele me acusa.

—Suga…

—Não me chame assim! – sua voz sai um tom mais alto, olho nervosa para as pessoas que estão parada a nossa volta, a maioria com celulares apontados para nós.

—Yoongi… as pessoas estão olhando e gravando…

—Já disse que não me importo! – ele me interrompe. – Me diga se você sente ou não a minha falta.

—Sinto. É claro que eu sinto.

—Você ainda gosta de mim?

—Gosto. Yoongi… - estava ficando meio desesperada para sair dali, sair de cima do olhar de todos.

—Então volta comigo!

—Vamos conversar em outro lugar. – ele assente, solta uma de minhas mãos e começa a andar de volta para o café, tento soltar minha mão, mas ele a segura de forma mais firme ainda, então apresso o passo e ando ao seu lado, ele só solta minha mão na hora de abrir a porta do café e me deixa passar primeiro.

Nos sentamos na mesma mesa, nossas bebidas ainda estão lá, dessa vez sou eu que não consegue o encarar, eu sei que ele está me dando tempo para organizar meus pensamentos, mas toda vez que começo a pensar sobre, seus olhos me veem a mente, seu pedido de desculpas, a imagem dele naquele dia na empresa ainda me assombra, as ligações que eu fiz, todas as vezes que eu chorei, todas as vezes em que ele me consolou da melhor forma que ele conseguia por telefone quando eu chorava morrendo de saudades da minha mãe, os conselhos que ele me deu sobre meu irmão, todas as vezes em que ele me abraçou, que ele segurou a minha mão, que ele me beijou, o modo como ele cuidou de mim quando eu soube da morte da minha mãe.

Tudo isso veio à minha mente, os bons e os maus momentos, até mesmo as nossas brigas.

—Acho que quero saber porque você terminou comigo. – digo por fim. Pela primeira vez ele toma um gole do seu café.

—Minha empresa me pediu para terminar com você. – ele solta um suspiro. – Eu não ia fazer isso… mas então a gente teve aquela briga… eu comecei a pensar tanto naquilo que você disse… como você ficaria se as pessoas descobrissem… eu achei que ia ficar louco pensando nisso e não era como se fosse um segredo mais para os membros, eles viram como eu estava e acabei contando o que a empresa me pediu e o que você me disse… eu conversei muito sobre isso e eles me disseram que você estava certa… que as coisas poderiam ficar muito difíceis para você, que poderia ser muito pra você lidar. Então eu terminei com você. – eu posso ver em seus olhos que era a verdade.

—Como a sua empresa descobriu?

—Saíram algumas fotos nossas juntos. Não se preocupe nada foi publicado a empresa deu um jeito.

—Você acha que eles vão dar um jeito dessa vez?

—Provavelmente não. Eu não me importo mais com isso. Eu amo o que eu faço, eu realmente amo. Mas eu amo você também.

—Você vai continuar me amando se a sua carreira acabar? Se você não conseguir mais subir em um palco tão grande quanto o que você se apresenta agora? – tento ignorar o fato de que ele disse me ama pela primeira vez, mesmo que meu coração esteja tão disparado que acho que ele pode sair pela minha boca a qualquer segundo.

—Um dia tudo isso vai acabar… - ele diz suspirando olhando para o seu café. – Minha popularidade vai se acabar… as pessoas vão se esquecer do meu nome, minha voz não vai ser mais a mesma… Quando esse tempo chegar… eu não quero olhar pra trás e perceber que eu deixei escapar algo real e de um vida toda só por causa de algo passageiro. A fama é passageira… mas eu quero ficar com você a minha vida inteira.

—Minha vida… - eu começo depois de pensar muito em suas palavras. – Minha vida agora está uma bagunça. – eu admito pela primeira vez. – Se… se voltarmos… - engulo meu nervosismo. – Não sei se vou ter tanto tempo para te ver. Não quero brigar pelas mesmas coisas.

—Eu também não quero brigar pelas mesmas coisas. Eu entendo o que não é ter tempo para nada, você foi compreensiva comigo antes quando eu era tão ocupado que não conseguia nem te mandar uma mensagem, eu vou tentar ser compreensivo com você, eu vou melhorar, mas você também não pode simplesmente mandar uma mensagem dizendo que não pode me ver. – Ah! Deus! De novo aquilo! – Eu sei que você estava com seu irmão, que você estava preocupada com ele, mas… na próxima vez pelo menos me chame para ir junto. Eu quero conhecer melhor seu irmão, quero fazer parte da sua vida.

—Você sabe que eu não te chamei porque as pessoas poderiam ver, tirar fotos e então os boatos iriam começar…

—Eu sei. Mas eu já disse que estou cansado de me esconder. Se as pessoas realmente gostam da minha música… não vão parar de escutar só porque estou namorando.

Um sorriso involuntário surgiu de mim, e ele correspondeu com o sorriso mais lindo que u já tinha visto, sua mão alcançou a minha e entrelaçou seus dedos no meu.

Talvez… só talvez as coisas pudessem terminar bem. Estava na hora de alguma coisa boa acontecer na minha vida depois de tanta dor. O universo me devia isso, eu merecia ser feliz.

Com seus dedos entrelaçados no meu, eu me senti segura, eu senti que teria alguém para me apoiar, alguém me daria forças quando eu estivesse cansada, e por Deus, eu já tinha me cansado a muito tempo. Eu me senti tranquila pela primeira vez em meses, senti que podia respirar desde que recebi aquela carta, desde que as ligações se tornaram diárias, desde que o medo passou a ser algo constante nos meus dias.

Me senti como se pudesse sobreviver.

Senti esperança.


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