Sacrifício escrita por Mrs Moon
Notas iniciais do capítulo
Demorei de novo, mas volto com um novo capítulo. Espero que gostem.
Aquela era uma noite sem nuvens, o céu estava claro, as estrelas brilhavam e a lua estava refletida nas águas tranquilas do lago, os arbustos e a relva que cresciam em volta a margem balançavam com a força do vento. Tommy e Kimberly estavam em frente ao lago de mãos dadas, observando a calma da natureza. Depois que se despediram dos amigos, eles trouxeram Melissa para a Casa do Lago e agora que ela estava dormindo tranquilamente em sua cama, saíram para conversar.
Kim sabia que ele precisava recarregar suas forças na água como o Dragonzord. Só ela sabia que desde menino, Tommy se refugiava perto de um lago depois de uma crise. O movimento sereno da água o relaxava, agora, só ali, com a esposa nos braços, ele conseguiu deixar toda a tensão da batalha para trás.
— Ela parece tão pacífica daqui… refletida no lago. - Kimberly comentou apertando a mão do marido enquanto olhava para a lua.
— Ela é tudo menos pacífica - Tommy respondeu em um tom de voz séria - A lua é o pesadelo de todos nós rangers.
— Como foi a batalha? - Kimberly perguntou em voz baixa, seus olhos estavam fixos no rosto do marido, tentando ler suas emoções em sua expressão.
Tommy suspirou e abaixou os ombros frustrado:
— Foi uma batalha rápida e fácil… - Ele admitiu. - O novo ranger vermelho é muito poderoso e conseguimos derrotá-los sem zords. Mas, eu nunca senti tanto medo de uma batalha na vida, acho que eu nunca tive tanto a perder.
— Nós estamos bem! - Kimberly murmurou apertando a mão confortando-o.
Tommy olhou para a esposa com os olhos cheios de lágrimas, ele a abraçou bem forte. Kimberly retribuiu o abraço, fazendo carinho nas costas dele. Ela sabia o quanto ele precisava desse conforto.
— Eu só conseguia pensar que eles poderiam atacar vocês! Por isso, eu pedi para Kat e Aisha virem também.
— Shiuu! - murmurou Kimberly beijando o marido. - Está tudo bem agora, eu não ia deixar que nada acontecesse com a nossa filha.
— Você está tão calma… - Tommy fez um carinho no rosto da esposa. - Você é mais forte que eu.
— Eu tive mais tempo para me preparar só isso… - Os lábios de Kimberly formaram um sorriso triste. - Desde antes de Melissa nascer, eu me preparo para esse dia e olhe que eles nem chegaram perto de nós.
— E se algum dia chegarem? - Tommy perguntou. - E se não conseguirmos salvá-la?
— Tommy! Zordon nos deixou poderes para proteger as nossas famílias. Graças a ele nós podemos proteger nossos filhos.
— Eu sei - Tommy concordou. - Mas não podemos nos preparar melhor que isso? Eu posso transformar o porão em um Centro de Comando e…
— Não! - Kimberly o interrompeu. - Lembra do primeiro ensinamento de Zordon, nós só devemos usar nossos poderes sobre ataque. Se nos prepararmos chamaremos a atenção dos inimigos e não seremos dignos dos poderes.
Tommy balançou a cabeça confuso, não concordava o suficiente com a esposa:
— Mas eles podem nos pegar desprevenidos, eu não senti o poder do Dragonzord comigo ontem.
— Temos amigos no espaço para nos avisar - Tommy balançou a cabeça concordando, a antiga ranger rosa lançou um olhar carinhoso para o marido e continuou. - Quanto ao Dragonzord não precisa se preocupar. Ele estava conosco o tempo todo.
Tommy olhou para Kimberly confuso, a expressão da moça era calma e radiante, ela tinha um sorriso travesso nos lábios e seus olhos brilhavam intensamente.
— Não entendo? Ele ficou protegendo vocês duas?
Kimberly balançou a cabeça negando, deu um passo para trás e ergueu as mãos invocando os poderes. Seu corpo começou a brilhar com uma luz verde clara e ele ouviu o rugir do dragão.
— O Dragonzord protege o nosso filho - ela completou tocando o ventre. - Nós vamos ter outro bebê.
Tommy olhou para a esposa surpresa, seu corpo parou de brilhar e ele compreendeu. Rindo alto de felicidade ele abraçou e ergueu do chão girando-a do ar em volta de si. Kimberly riu feliz, dessa vez, ela não precisava sacrificar seu filho para protegê-lo e sua família estaria completa.
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A Sra. Mason desligou o telefone e emitiu um suspiro de alívio, em sua profissão boas notícias eram uma benção, recebê-las em uma sexta-feira era melhor ainda. Tirou os óculos e tomou um gole do seu café, a cada dia precisava mais dele para continuar trabalhando. Miranda amava a Casa Verde e o seu trabalho, mas já não era tão jovem e estava ficando cansada. Logo, ela teria que deixar a diretoria do orfanato para uma pessoa mais jovem.
Gostaria muito de ter uma filha para passar a tradição da família, mas só teve filhos e seus netos moravam em NY. Teria que escolher a sua sucessora entre as assistentes sociais da casa. Samantha e Jenny eram boas candidatas, mas antes de se retirar, ela queria deixar todas as suas crianças encaminhadas e Melissa era uma dessas.
Nos últimos anos, o destino da menina a fez perder o sono. Mas agora, que a pequena estava de volta com seus pais tudo caminhava bem e ela poderia descansar. Com um sorriso no rosto, ela pegou o telefone e chamou a Srta. Jenny para a sua sala.
Agora, Jenny passava a maior parte do seu tempo na Casa Verde. Ela acabou absorvendo muito dos processos do orfanato, ficando sem fazer o trabalho de campo. Toda a burocracia que a assustava nos primeiros anos de formada, agora, era a sua especialidade.
— A senhora me chamou? - A jovem entrou com um sorriso no rosto no escritório da diretora.
— Chamei sim Jenny - Miranda estendeu o braço a convidando a se sentar. - Acabei de receber novidades sobre o caso de Melissa.
— Ela vai poder ir para Londres? - Os olhos da moça brilharam de curiosidade, ela não conseguia disfarçar a sua preferência pela menina.
— Vai sim, o juiz permitiu que ela saísse do país com os pais - Miranda respondeu calmamente. - Mas, não é só isso, a audiência da sua guarda foi marcada.
— Como? - Jenny se aproximou da mesa curiosa. - Ela só está com eles há seis meses, eu só fiz uma visita, ainda não temos um relatório completo.
— Jenny… - Miranda suspirou e tentou acalmar a moça. - O caso de Melissa sempre foi especial. Os Olivers têm mais influência do que imaginavamos. Não só tem ótimos advogados, como amigos influentes em várias esferas. Por isso, o juiz preferiu agilizar o processo.
— Isso não está certo… - Jenny reclamou. - O juiz não pode se influenciar por isso, ele deve levar em consideração sempre o bem estar da criança.
— Para todo caso temos exceções Jenny - Mirando suspirou, entendia a frustração da assistente social, a Casa Verde era uma instituição respeitada, mas ainda assim não conseguia escapar das influências externas. - Os pais de Melissa são da Alameda dos Anjos e existe uma lei municipal que prevê que casos jurídicos sejam transferidos para a cidade. Então, a única forma da Casa Verde não perder o controle do caso é que ele seja decidido rapidamente.
— Isso não faz sentido, nunca aconteceu antes.
— A Alameda dos Anjos é uma cidade especial, como a mesma foi o alvo dos ataques dos aliens e o lar dos Power Rangers, a legislação americana garantiu a governabilidade de seus habitantes.
— Melissa não nasceu na Alameda dos Anjos.
— Mas seus pais sim e eles viveram lá durante os ataques. Suas famílias são antigas da cidade, e os dois foram campeões premiados na juventude, possuem diplomas universitários, imóveis e carreiras de sucesso. Ambos têm condições financeiras para adotar qualquer criança e ela é filha deles. Tem o sangue deles, por isso é mais rápido mesmo.
— Mesmo assim, o juiz não deveria abrir precedente.
— Infelizmente, essas coisas acontecem - Miranda perdeu a paciência. - Você tem que se acostumar com isso. Além do mais você não disse que Melissa estava feliz?
— Ela parece feliz. - Jenny concordou. - Mas é muito cedo…
— Eles são os pais, vão cuidar bem dela.
— Vou sentir falta dela… - Jenny reclamou.
— Com a guarda tendo saindo aqui, ela continuará sendo uma criança da Casa Verde e não perderemos contato.
— Espero que esteja certa…
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No primeiro ano do Commander Center Gym, não haviam aulas de dança, mas com o sucesso do empreendimento, Trini e Kimberly decidiram que era a hora de contratar uma professora. Logo, Elizabeth Marsh foi escolhida, ela dava aulas de balé clássico e jazz. O estúdio foi montado e agora crianças e também podiam aprender a dançar no ginásio. Kimberly fez o estúdio ao lado das aulas de ginástica, assim, ela esperava que em um futuro próximo Susan e Zack se mudassem para a Alameda dos Anjos e assumissem as aulas.
Agora, essa proximidade do estúdio de balé com o seu trabalho era ideal. Depois que terminava as aulas, ela ia para a arquibancada e ficava observando Melissa dançando.
Três vezes por semana, a menina deixava os livros e se dedicava à dança. A princípio, ela alegava que o fazia por causa do casamento. Mas mesmo depois de voltarem da Inglaterra, Melissa continuou com as aulas, ela era ágil e graciosa como a garça, seus movimentos eram precisos e sua dança bela e elegante.
Absorta, contemplando a filha Kimberly não viu Tommy se aproximar e se sentar ao seu lado. Com um ar travesso ele murmurou em seu ouvido:
— Olá, beautiful!
— Tommy! Você me assustou - Kimberly exclamou abraçando o marido.
— Você estava tão distraída que não resisti - ele riu dando um beijo rápido nos lábios da esposa. Ela sorriu e se aconchegou em seus braços.
— Ela está cada dia mais linda! - Kimberly suspirou mostrando a filha.
Tommy ficou calado observando o treino da filha, Melissa usava um collant rosa, sapatilhas de bailarina, seus cabelos estavam presos em um coque para cima. Super concentrada, a menina se exercitava na barra ao lado das colegas, nem notava a presença dos pais.
— Quem poderia imaginar? A nossa menina é uma bailarina!
Kimberly sorriu sentindo o seu coração encher de alegria ao observar a filha.
— Acho que o balé não ganha dos livros, mas é bom que ela goste de uma atividade física. Vai ser mais fácil para ela se defender se seu corpo também for forte.
— Os inimigos foram derrotados e nossas famílias estão seguras.
— Novos inimigos vão aparecer - Kimberly discordou.
A antiga ranger rosa se virou e olhou o marido, em seu olhar havia uma chama tranquila e implacável. No lugar do medo havia uma força e uma determinação serenas.
— Mas nós sempre iremos derrotá-los e nossa família estará segura.
— Você não tem mais medo? - Tommy perguntou um pouco receoso para a esposa.
— Não, dessa vez eu não tenho medo - Kimberly respondeu pegando a mão do marido e colocando em seu ventre. - Agora, eu entendo melhor os poderes, eles nunca irão nos abandonar. A Garça protege nossa filha e o nosso menino é protegido pelo Dragão.
— Tem certeza que é um menino? - Tommy perguntou no ouvido de Kimberly.
— Tenho… o Dragonzord está aqui. - Kimberly suspirou feliz. - Nossos filhos tem o sangue do dragão, agora, eu entendo porque você era tão feliz como ranger verde. Ele é nobre e corajoso, só uma coisa me preocupa…
— O quê?
— Nossos filhos tem o sangue do dragão e da garça, acredito que no futuro serão eles que protegerão a Terra.
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— Mamãe… mamãe!
A voz infantil ressoou no quarto escuro. A menina sentou-se na cama e foi tomada pelo pânico. Melissa balançou a cabeça e procurou a luz do abajur.
Um instante depois a porta se abriu e Kimberly entrou preocupada.
— Algum problema, querida? - ela perguntou se sentando na cama. - Como você está?
Melissa piscou os olhos saindo do sono confuso e olhou o vulto da mãe. Por anos, ela sonhou e acordou sozinha no orfanato. Suas mães adotivas nunca apareciam à noite. Sem entender se manteve quieta.
— Melissa?
— Senhora… - ela respondeu
Kimberly colocou as mãos na testa da menina e murmurou:
— Você está quente, deve estar com febre. Está sentindo alguma coisa?
— Minha cabeça dói.
— Venha, vamos ao banheiro, você precisa de um banho.
Melissa cambaleou e Kimberly a pegou no colo. Ela apoiou a cabeça nos ombros da mãe quieta. Quieta viu a mãe cuidar dela, medir a sua temperatura e lhe deu um copo de água com um comprimido.
Kimberly abriu o chuveiro e falou:
— Um banho vai te fazer bem. Posso tirar a sua roupa querida?
Melissa confirmou com a cabeça, Kimberly ajudou a colocou na banheira, colocou sais e esfregou as costas da filha. O calor da água e a massagem da mão fizeram que Melissa se sentisse melhor. Logo, ela estava com uma carinha mais animada e Kimberly a retirou da banheira e a enrolou na toalha. Mel deixou que Kimberly a vestisse e a colocasse de volta na cama.
— Pode dormir, eu vou ficar aqui do seu lado.
Cansada, Melissa fechou os olhos e adormeceu. Acordou pouco depois e viu a mãe sentada do seu lado na poltrona adormecida. Suspirou e voltou a dormir.
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Tommy acordou sozinho no meio da noite, confuso e procurou pela esposa. Encontrou Kimberly adormecida na poltrona ao lado da filha. Suspirou aliviado e se ajoelhou ao lado dela murmurando:
— Hora de acordar Beautiful!
— Tommy! - Kimberly acordou assustada, olhou para o marido e para a filha deitada. - Eu adormeci no sofá, Melissa estava com febre.
Ele desviou o olhar da esposa e se aproximou da filha, Mel estava adormecida, com as bochechas um pouco rosadas, ele colocou a mão em sua testa, a menina se mexeu, mas não acordou.
— Ela não tem mais febre.
— Que bom! - Kimberly suspirou aliviada. - Eu fiquei tão preocupada.
— Se ela não melhorar, amanhã, a levaremos ao médico - Tommy concordou. - Agora, você precisa ir para a cama.
— Eu não posso deixá-la sozinha - Kimberly reclamou.
— Ela pode dormir conosco hoje - Tommy respondeu. - Pode ir eu a levo.
Kimberly concordou e observou Tommy, gentilmente, levantar a filha da cama. A menina não acordou e ele a carregou para a cama do casal. Kimberly pegou a garça e seguiu os dois. Quando ela entrou no quarto, Tommy já a havia acomodado na cama, cuidadosamente ela colocou a garça nos braços da menina e se deitou do outro lado. Tommy se deitou ao seu lado e lhe deu um beijo no rosto.
— Eu estou tão cansada… - murmurou Kimberly.
— Pode dormir querida, eu cuido das minhas duas meninas.
Kimberly bocejou e adormeceu abraçada a filha, Tommy sorriu observando o quão parecidas elas eram.
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O sol brilhava forte no céu da alameda dos Anjos e um cálido raio solar penetrou pela fresta da cortina da casa dos Olivers. A claridade acordou Melissa que ergueu as mãos tentando bloquear a luz. Tommy sentiu o movimento da filha e estava ao seu lado antes que ela acordasse.
— Bom dia princesa! - ele disse quando viu a filha se mexer ao despertar. - Como você está?
— Melhor… - murmurou a menina. - Como eu vim parar aqui?
— Eu trouxe você ontem a noite, sua mãe estava cansada e eu fiquei cuidando de vocês duas.
A menina balançou a cabeça concordando, se virou um pouquinho e viu a mãe dormindo ao seu lado na cama.
— Eu preciso ir ao banheiro - Melissa pediu um pouco constrangida.
— Venha cá princesa, eu te ajudo - Tommy se levantou da cama, e ajudou a filha a se levantar. Ele a acompanhou no banheiro e esperou na porta até que ela terminasse.
— Se sente melhor princesa?
— Bem melhor - Melissa respondeu. - Eu estou com fome.
— Vamos descer, eu faço o seu café - Tommy ofereceu pegando a filha no colo. - Que tal alguma coisa mais leve como torrada com geleia.
— Combinado - a menina sorriu para o pai. - E a mamãe?
— Sua mãe precisa dormir mais um pouco, ela está muito cansada?
— Ela está doente também?
— Não, só cansada mesmo. Podemos trazer o café da manhã para ela aqui depois.
Melissa concordou animada e abraçou o pai. Tommy ficou um pouco surpreso com a demonstração de carinho da filha, Mel era sempre tão reservada. Ele correspondeu o abraço e deu um beijo no cabelo da menina.
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Kimberly dormiu até tarde naquela manhã, Tommy subiu com Melissa carregando uma bandeja com o café da manhã, um copo de leite, torrada, geléia e algumas frutas.
Melissa olhou a expressão adormecida de Kimberly curiosa, já era bem tarde para ela estar dormindo. O pai a incentivou e ela se sentou ao lado da mãe na cama e colocou a mãozinha sobre o rosto dela e chamou baixinho:
— Mamãe!
Kimberly abriu os olhos e sorriu, parecia um sonho ter a filha ao seu lado e a chamando de mãe.
— Bom dia querida! - respondeu se levantando para beijar a filha.
— Trouxemos o café da manhã para você! - Melissa respondeu animada.
— Que bom, eu estava faminta! - Kimberly se sentiu feliz vendo Tommy tão sorridente quanto ela carregando a bandeja.
— Vocês já comeram? - Lembrando da indisposição da menina a noite ela perguntou. - Você está melhor? Não sentiu mais dor de cabeça?
— Eu estou bem melhor, nada mais doi.
— Que bom! - Kimberly comentou fazendo carinho no cabelo da filha. - Vocês já comeram?
— Já sim, agora é a sua vez - Tommy disse e colocou a bandeja em frente a esposa.
Kimberly olhou para a bandeja um pouco desanimada, não sentia nenhum apetite, mas precisava comer. Pegou uma torrada e mordiscou e tomou um gole de leite.
— Não está com fome? - Melissa perguntou? - Eu comi ovos e torradas com geléia. Você não quer geléia?
— Obrigada querida, mas só as torradas com o leite são suficientes agora.
Melissa concordou balançando a cabeça, Tommy se sentou ao lado da filha e comentou:
— O que vocês preferem fazer hoje? Ficar em casa ou ir para a Casa do Lago?
— A Casa do Lago! - Melissa exclamou animada.
— Melhor não… - Kimberly interferiu. - Você não estava bem ontem, se piorar a Casa do Lago fica muito longe do hospital.
— Eu não preciso de hospital! - Melissa reclamou.
— Mesmo assim, é mais prudente ficarmos aqui e eu estou tão cansada - Kim respondeu se reclinando nas almofadas.
— Cansada! Mas a senhora dormiu tanto - Melissa comentou um pouco preocupada. - Está doente?
Tommy e Kimberly trocaram olhares, nos últimos meses a menina estava bem mais carinhosa e dócil. Eles tinham um pouco de medo da sua reação ao descobrir que teria um irmão, mas já era hora.
— A mamãe não está doente não princesa - Tommy respondeu em um tom suave chamando a atenção para a filha. - Mas ela vai precisar descansar bastante nos próximos meses.
Vendo a expressão confusa nos olhos da filha, Kimberly continuou:
— Eu estou grávida querida. Você vai ter um irmãozinho em alguns meses?
— Um irmão? - Melissa perguntou surpresa.
— Sim, em alguns meses você vai ter um irmãozinho - Tommy respondeu sorrindo.
— Um menino como o Charlie? - Melissa perguntou intrigada. - Tem certeza?
— Sim, um menino - Kimberly respondeu. - Um dragãozinho.
Melissa ficou séria um momento, ela gostava muito de bebês, mas não esperava que pudesse ter um irmão.
— Um dragãozinho… - Melissa repetiu em dúvida. - E eu vou poder cuidar dele?
— Claro! - Tommy respondeu imediatamente. - Você será uma irmã mais velha.
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Desculpem por demorar tanto, esse ano esta sendo bem difícil. Nem é falta de tempo é desapego mesmo, a cada capítulo a história grita que está acabando e eu não quero que acabe então fico procrastinando.
Eu achei que essa fic demoraria mais tempo para acabar, mas a Melissa ficar rebelde não funcionou. A cada palavra ela sai mais dócil. Eu acredito que algumas histórias tem vida própria, mas essa com certeza me surpreende a cada dia.
Acho que só teremos mais alguns capítulos.
Comecei a história do Jason e da Trini, mas eu não consigo fazer duas ao mesmo tempo sem mudar o foco eu posso postar o primeiro capítulo para vocês e só voltar quando essa acabar.
Sim, eu ando bem confusa. Sugestões?