Outside Plans escrita por Sany


Capítulo 3
Capitulo 02.


Notas iniciais do capítulo

Boa Tarde... Domingo de eleição e eu ainda não fui votar rs. Antes de encarar o mar de papeis cobrindo o asfalto sem necessidade vamos ao capitulo.



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A festa continuou animada mesmo depois da saída dos noivos, os convidados estavam se divertindo muito e a pista de dança quase não ficou vazia. Confesso que evitei olhar em direção ao loiro novamente embora eu o tenha visto muitas vezes pelo salão de relance. Já passava das duas horas da manhã quando olhei mais uma vez o lado de fora do salão onde a recepção havia acontecido, poucas pessoas estavam ali e minha mãe não era uma delas.

                - Precisa de carona, Everdeen? – me assustei quando o loiro se aproximou lentamente e coloquei involuntariamente a mão no peito.

                - Quer me matar do coração, Mellark?

                - Não hoje, isso estragaria a lua de mel da sua irmã. Então vai querer carona?

                - Não, eu estou esperando a minha mãe na verdade.

                - Você não está muito grandinha pra ficar esperando a mãe para ir pra casa? – ele zombou e naquele instante me lembrei o porque detestava aquele loiro metido a engraçadinho.

                - Eu estou sem chave Mellark, esqueceu que eu não moro mais aqui. – ironizei – E, eu usei a chave reserva mais cedo quando cheguei então preciso encontra-la, você por acaso a viu?

                - Vi e acho que não são boas notícias para você.

                - Por que? – ele riu antes de continuar.

                - Ela saiu daqui com um senhor ligeiramente simpático e eu não tenho certeza se eles estavam indo para sua casa, mas se estavam não acho que ela vai sair para atender a porta tão cedo.

                - Você está brincando? – ele negou com a cabeça – Mas e a Rose? Ela não ia ficar com a minha mãe?

                - Não, Rose foi pra casa da Annie e do Finn algo sobre uma festa do pijama com a Jully.

                - Droga. - esperar na rua o dia amanhecer era tudo que eu não desejava naquele momento.

                - Como eu sei que Prim odiaria que você passasse a noite na rua, pode ficar no meu apartamento até amanhecer e sua mãe voltar, ou um chaveiro abrir o que acontecer primeiro. – queria muito dizer que não era preciso e quase disse, mas avaliando a situação de forma racional eu não tinha ninguém para recorrer ali, nenhum amigo. Minha irmã estava em lua de mel e minha mãe bem, se o Mellark estivesse certo e não duvidava que estivesse, era melhor nem pensar onde ela estava. Comecei a avaliar minha situação rapidamente eu estava com um vestido longo de festa sem documentos ou qualquer outra coisa já que saímos as presas de casa e não conhecia praticamente ninguém que tinha sobrado no salão. – Sério que você está cogitando passar a noite na rua a ir até o meu apartamento?

                - Ok Mellark, vou esperar no seu apartamento. – aceitei meio a contra gosto já que, aquela parecia realmente a melhor alternativa – Onde esta seu carro?

                - Eu não estou de carro.

                - Você ofereceu uma carona.

                - O taxi acabou de chegar. – ele apontou o carro que havia acabado de virar a esquina – Bebida e direção não são a melhor combinação, Everdeen – havia algo na voz dele ao dizer essas palavras – Vamos. – ele abriu a porta do carro para que entrasse e assim que entrei vi o velho Claudius Templesmith nos observando da porta do salão. O Sr. Templesmith sempre foi conhecido por estar antenado a tudo que acontecia na cidade e por não ter qualquer talento para manter nada em segredo.  O taxi seguiu pelas ruas da cidade e durante todo o percurso nos mantivemos em silêncio, paramos em um desses prédios de cinco andares ligeiramente antigo a umas quinze quadras da casa onde cresci – Evite reparar na bagunça. – ele comentou enquanto subíamos as escadas e me preparei para encontrar pura desordem, mas quando ele abriu a porta de um dos apartamentos do segundo andar me surpreendi com um pequeno apartamento, na verdade, parecia mais uma quitinete, porém o lugar estava muito bem organizado. Vi ele rir enquanto fechava a porta. – O banheiro fica naquela porta se você precisar. A cozinha, sala e o quarto você já esta vendo então fique à vontade. – ele pendurou o terno que estava em suas mãos no cabideiro atrás da porta e jogou as chaves em cima do balcão da cozinha indo até a geladeira afrouxando ainda mais o nó da gravata.

                - É um belo apartamento. – comentei, estava meio sem jeito de estar ali.

                - Obrigado, é o que da pra pagar no momento. Quer beber alguma coisa?

                - Um copo de água seria bom.

                - Água? Sua irmã mais nova se casou, sua mãe te deixou do lado de fora e você que água? – ironizou - Tudo bem. – ele me entregou um copo com água em seguida – Prim me disse que você conseguiu um emprego em uma revista em Chicago. – confirmei com a cabeça – Meus parabéns isso é muito legal.

                - Obrigada. – observei por um momento uma estante com algumas fotos e vi um acrílico pequeno com um copo de vodka e uma bolinha de pingue pongue – O que é isso?

— Meu troféu de vodka pong.

— Sério?

— Eu sou bom nisso e mereci o troféu.

— Achei que você não tinha ido para faculdade. – nas festas de fraternidade esse jogo era comum, assim como aqueles desafios de quem bebe mais cerveja de cabeça para baixo.

— E não fui, isso não é um jogo apenas de festas universitárias.

— Ah claro, o rebelde Mellark. – nunca tinha ido a nenhuma festa na época do colegial, mesmo sendo convidada pela minha irmã nunca tive qualquer interesse, mas sabia que em algumas os estudantes conseguiam comprar bebidas alcoólicas usando identidades falsas ou pedindo para alguém mais velho comprar. Esse era um dos pontos em que Prim e eu discordávamos muito, já que embora ela nunca tenha chegado bêbada dessas festas eu sabia que ela tinha ingerido bebida alcoólica antes dos vinte um.

— Não sou rebelde e como disse sou bom no jogo, poucas vezes precisei beber. – eu havia jogado umas duas vezes no ultimo ano da universidade, e sempre achei aquele jogo uma bobagem afinal era uma questão de jeito e de com quem se jogava já que, quanto mais seu adversário bebeu maior a chance dele errar.

— Aposto que consigo ganhar de você facilmente. – ele riu.

— Não mesmo, você perderia na certa.

— Vamos ver então, se eu ganhar levo seu troféu. - estava na vantagem já que ele disse que tinha bebido enquanto eu só havia bebido a champanhe do brinde.

— Acho melhor não, Everdeen.

— Com medo? – eu não sei o porque estava desafiando o loiro, talvez fosse a competição natural entre nós se fazendo presente.

— Se você insiste. – ele pegou alguns copos e colocou em cima da mesa de centro em frente ao sofá junto com uma garrafa de vodka e terminou de desfazer o nó da gravata a tirando e em seguida se sentou no sofá – Como não temos uma mesa grande vamos improvisar, não quero te embebedar então apenas uma melhor de três, a mesma distância três bolinhas para cada.

— Certo. – me sentei ao lado dele no sofá de dois lugares – Par ou impar, para saber quem começa?

— Primeiro as damas, pode começar. – ele me entregou as três bolinhas e após analisar bem a distância quiquei a primeira bolinha na mesa com cautela e acertei de primeira um dos copos na outra extremidade da mesa, e vi ele sorrir ligeiramente enquanto enxia e bebia o primeiro copo de vodka.

— Eu disse que ganharia isso fácil. – joguei a segunda bolinha e acertei novamente e sem contestar ele virou mais um copo – Esse troféu não é bonito, mas vai ter um lindo significado na minha estante. – provoquei.

Eu sempre fui competitiva e mesmo errando a terceira bolinha por pouco, estava confiante, afinal a vantagem era minha já que ele já tinha bebido dois copos.

— Vamos ver. – ele avaliou os copos por um instante antes de jogar a bolinha na mesa e para minha surpresa acertou a primeira – Primeira dose da noite. – ele mesmo encheu o meu copo e assim que o virei senti a garganta queimar, sem esperar muito ele lançou outra bolinha e acertou o segundo copo – Mais uma. – virei o copo ligeiramente irritada e vi quando ele sorriu antes de lançar a última bolinha acertando – Acho que você perdeu, mas não se preocupe não precisa beber o último copo. – peguei a garrafa e enchi o copo virando em seguida batendo o mesmo na mesa tentando evitar fazer careta com o gosto da bebida.

— Foi por pouco Mellark, errei milímetros apenas.

— Mas errou.

— Patético. – ele riu – É só um jogo bobo.

— Que você perdeu. – ele provocou e me virei ligeiramente para ele.

— Não vou cair nessa Mellark, quer cantar vitória ótimo. – devo confessar que o sorriso dele era de longe um dos mais bonitos que eu já tinha visto, implicávamos um com o outro há anos ainda sim conseguia entender o porque as meninas no colégio falavam tanto sobre ele.

Então como se ele fosse um imã e eu um metal fui me aproximando aos poucos fitando profundamente aqueles olhos azuis até que nossos lábios se uniram em um beijo lento quase um encontrar de lábios apenas que foi se aprofundando naturalmente.

Não demorou muito para que nossas línguas estivessem travando uma batalha maravilhosa enquanto meu corpo parecia estar sendo atingido por pequenas descargas elétricas. Eu só podia estar louca, aquilo que estava fazendo era uma loucura ainda sim era uma loucura realmente incrível, levei minhas mãos aos botões da camisa dele automaticamente e comecei a abri-los rapidamente sentido uma necessidade inexplicável de sentir sua pele e assim que cheguei na metade ele começou a se afastar.

— Katniss... – a voz estava levemente ofegante e pude ver seu peito subir e descer rapidamente em uma tentativa de recuperar o fôlego.

— Não fala nada, eu sei o que estou fazendo. – pedi o beijando novamente ainda com mais intensidade e ele correspondeu na mesma medida.

Eu o queria de uma maneira inexplicável meu corpo estava traindo minha razão e em meio aos beijos eu o desejava intensamente. Continuei a me livrar da camisa dele e dessa vez ele também começou a explorando meu corpo com as mãos lentamente, me proporcionando sensações incrivelmente prazerosas. Talvez fosse a bebida, mas era pouco provável já que estava totalmente consciente do que estava fazendo. Independente do que fosse eu não tinha a menor condição de pensar sobre isso naquele momento, iria apenas viver aquele momento e pensar sobre ele em outra hora.

Acordei com a claridade da manhã no me rosto e me assustei ao sentir que alguém me abraçava pela cintura. Eu não precisava me virar para saber de quem era aquele braço, não mesmo. As imagens da noite anterior estavam nítidas na minha mente e me odiei pela decisão de deixar para pensar naquela atitude depois. Não por ter sido uma noite ruim, muito pelo contrário, não era fácil admitir que Peeta Mellark tinha me proporcionado em algumas horas mais prazer do que os outros homens que me envolvi durante os últimos anos. Não que tivessem sido muitos afinal, relacionamentos não estavam no meu plano de quinze anos. Não, meu plano sempre foi focado no meu sucesso profissional então eu havia tido poucos relacionamentos praticamente todos pequenos casos sem importância com alunos da universidade que tinham os mesmos interesses que eu e não queriam nada sério que pudesse vir a atrapalhar os projetos profissionais futuros.  

Olhei o relógio digital no criado mudo ao lado da cama e vi que já passavam das seis da manhã, respirei fundo e tentei me desvencilhar do loiro com cuidado para não acorda-lo. Em um primeiro momento quando tentei me afastar senti seus braços puxarem meu corpo para mais próximo do dele deixando as coisas ainda mais complicadas. Eu realmente precisava sair dali o mais rápido possível virei meu corpo lentamente com os olhos fechados fingindo ser um movimento involuntário durante o sono caso ele acordasse, e como esperado me soltou e senti um movimento suave no colchão em um sinal de que ele também tinha mudado de posição. Esperei alguns instantes antes de fitar o teto e mais alguns antes de olhar na direção do homem deitado ao meu lado.  Seus cabelos loiros estavam bagunçados, o lençol cobria apenas parte da sua cintura e por sorte ele ainda se encontrava dormindo. 

Sentei lentamente e procurei com o olhar por minhas roupas pelo cômodo agradecendo mentalmente pelo apartamento ser pequeno já que apenas minhas roupas intimas estavam próximas a cama. Avistei meu vestido perto do sofá e o mais rápido possível me levantei, agradecendo os anos dividindo um dormitório na universidade onde aprendi ser ainda mais silenciosa para evitar incomodar minha colega de quarto.  Assim que terminei de me vestir olhei rapidamente meu reflexo no espelho e constatei que quem me visse naquele estado provavelmente notaria que a noite tinha sido muito boa, já que meu cabelo estava sem um único cacho inteiro e quase não se via o que tinha sobrado da minha maquiagem. Lavei o rosto e amarei meu cabelo o mais rápido que pude indo em direção a porta com minhas sandálias na mão para evitar o barulho dos saltos no piso.

Olhei o loiro adormecido uma última vez antes de fechar a porta, aquela noite havia sido um erro enorme. Peeta era o melhor amigo e agora cunhado da minha irmã, adorava Twelve Valley enquanto eu sempre contei os minutos para sair dali. Chicago era só uma parada, alguns degraus em meio aos meus planos de escrever para uma grande revista ainda mais longe daquela cidade. Eu não tinha ideia de como olharia para ele outra vez, mas isso não importava agora. Eu iria pegar o próximo voo para Chicago e voltar para meu apartamento em Rogers Park.


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Notas finais do capítulo

Agora é a hora de começar a se irritar com a Katniss kkkk, pois é a morena foi embora sem falar com nosso loiro lindo. Bom sabemos que ela não pode fugir dele para sempre, mas não significa que ela não vá tentar.
Espero que vocês tenham gostado do capitulo, e me digam o que estão achando e o que acham que vai acontecer.
Ótimo Domingo.
Beijos



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