Capitulo 8 – You’re Not Alone
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-Miley, tranca a porta quando sair, por favor? – Demi perguntou para a amiga quando ela já estava na porta do quarto de Selena. Já fazia uma semana da reunião que elas tiverem com o Sr.Donaghy e a imprensa ainda estava em cima delas por contas dos boatos de estarem juntas e como naquela semana elas iriam começar a ‘‘namorar’’ com os irmãos Jonas, resolveram passar o dia todo vendo filmes e aproveitando os únicos momentos que elas não tinham que fingir para as câmeras para namorarem em paz.
-Larga de ser preguiçosa Dems. – Selena falou deitada ao lado da namorada na cama. – Você prometeu que iria trancar.
-Não precisa levantar não eu fecho, podem ficar aproveitando ai na cama. – Miley falou rindo com a cara de indignada de Demi. – Com camisinha, por favor. – E desviou de um travesseiro jogado pela mesma.
-Hey, somos santas. – Demi era uma mentirosa horrível.
-Claro, e eu sou a Rainha Elizabeth. – Miley retrucou rindo, quando Selena soltou um ‘‘Doeu em mim’’ também tirando sarro de Demi. – Mas sério, vou indo senão me atraso para jantar com o Liam.
-Só jantar hein? E use camisinha se rolar um clima to muito nova para ser tia. – Demi brincou deitando a cabeça no ombro esquerdo de Selena enquanto passava o braço esquerdo por sua cintura. Selena sorriu e quando Demi ergueu a cabeça para olhá-la, Selena lhe deu um selinho.
-Eca! – Miley brincou fingindo nojo. – Se cuidem!
-Tchau. – Selena se despediu enquanto Demi apenas acenou com a cabeça. Assim que Miley saiu, Selena apertou o play no controle do DVD tirando do pause o filme; Observou a mulher que estava em seus braços e agradeceu mentalmente pela sorte de poder estar ao seu lado, beijou o topo da cabeça de Demi que olhou Selena e sussurrou ‘‘Eu te amo’’. – Eu também te amo. – Selena disse voltando sua atenção para o filme.

Miley abriu a porta da casa dos Gomez, saiu da casa e quando estava prestes a trancá-la um homem se aproximou. Ele tinha ombros largos e era alto, lembrava vagamente aqueles jogadores de futebol americano por ser corpulento, tinha cabelos pretos e estava vestido com uma calça jeans, tênis e moletom preto. Simples, mas ainda assim elegante.
-Posso ajudar? – Miley perguntou.
-Você é a Miley Cyrus, não é? – O homem perguntou estendendo a mão, ela concordou com a cabeça e apertou sua mão. – Eu sou Patrick Lovato, pai da Demi.
-É um prazer finalmente conhecê-lo. – Miley disse sorrindo. – O que faz por aqui?
-Eu fiquei sabendo do relacionamento da minha filha com a Srta. Gomez e queria parabenizá-las. - Ele respondeu sorrindo de modo simpático.
-A Demi vai ficar muito feliz! Elas estão lá em cima no quarto da Selena. - Miley indicou abrindo a porta da casa e dando passagem a Patrick. – Vou indo, tchau.
-Tchau, obrigado. – Patrick acenou e trancou a porta. Andou até a metade do corredor, colocou a mão no bolso e tirou uma faca. Sussurrou pra si mesmo. – Agora, cadê aquelas vadias?

Patrick subiu as escadas sem acender nenhuma luz contando com o elemento surpresa. Não foi difícil achar o quarto de Selena ele tinha apenas que seguir o barulho se aproximou do quarto e quando ia abrir a porta o barulho de dentro cessou.
-Acabou a água vou pegar mais, quer alguma coisa? – Uma voz desconhecida, ele pensou, deve ser da Gomez.

-To bem, valeu. – A voz de sua filha. Por um momento ele se arrependeu de estar ali e estava quase dando meia volta quando ouviu o seguinte: - Eu vou esperar ansiosamente. – E então as duas começaram a rir ate Selena abrir a porta, Patrick se escondeu no canto do corredor, longe da vista dela.
Selena encostou a porta e foi andando no corredor em direção a cozinha, sem saber do perigo que a esperava.
-Abra a boca e você morre. – Sentiu alguém a segurar por trás tampando sua boca com uma mão e com a outra encostando uma faca em seu pescoço; Entrou em estado de alerta pensando no que poderia fazer. Não poderia deixar aquele homem que aparentemente era um brutamonte ferir sua Demi, que permanecia no outro quarto ainda a esperando sem saber de nada.

POV Selena.

Droga!O que eu faço agora? Preciso avisar a Demi que tem um ladrão em casa, mas como eu faço isso sem que ele perceba?
-Você achou que poderia enganar minha filha e nada aconteceria? Eu não fiz aquela filha da puta para ela me dar vergonha! – Ele me puxou para dentro do quarto de minha mãe e encostou a porta com a perna, eu não entendia nada do que ele falava. – Ela não é lésbica, você fez alguma coisa com ela! Mas vocês duas vão pagar as humilhações que me fizeram sofrer! – Ele fica falando de uma filha lésbica...Oh meu Deus! Demi! Só pode ser ela, mas porque ele se refere a ela como filha? O Eddie não tem nenhum problema com o nosso relacionamento e a Demi não tem outro... o pai biológico! Ela nunca fala dele, eles não se vêem há anos e agora ele vem reclamar? – Vocês vão pagar sim!

Agora eu fiquei com medo, estava sozinha com um homem enorme com uma faca apontada para o meu pescoço e morrendo de raiva de mim, para completar nós estávamos em um quarto escuro e fechado. Praticamente um filme de terror. Comecei a suar e isso porque eu nem tinha visto seu rosto.
-Eu quero ver o rosto da desgraçada que destruiu minha vida. – Ele soltou minha boca e tirou a faca do meu pescoço depois puxou meus ombros me fazendo encará-lo.
Antes que eu pudesse tentar ver seu rosto, senti uma dor alucinante percorrer toda a parte esquerda do meu rosto. Cai no chão e senti que não tinha forças para levantar de imediato, um gosto de sangue e uma ardência no lábio indicavam que ele estava cortado. Ouvi ele resmungando e abrindo a porta do quarto.
-Chame a policia e eu mato ela na sua frente. – Fechou a porta.
Eu não podia ele fazer alguma coisa com ela, simplesmente não suportava a idéia e alguém machucando a minha Demi. Tentei me levantar apoiando na cama e olhei no espelho da parede, mesmo que estivesse escuro dava para perceber e sentir o lado esquerdo do meu rosto inchado. Justo agora que ele estava sarando.
-Achei que você tivesse dormindo na coz... quem é você? SELENA! – Ouvi Demi gritando e corri para a porta. Trancada.
-Não reconhece o próprio pai? Tsc... que feio.
-Você não é meu pai, Eddie é! – Ela gritou. –SELENA!
-Não adianta gritar, ela não vai conseguir ouvir. – Ele começou a rir, o que me deixou mais nervosa ainda, tentei forçar a porta e nada.
-O que você fez com ela? Vai embora! – Eu pude perceber que ela começou a correr pelo quarto, provavelmente em direção ao meu banheiro que tinha chave,  ela gritou e eu ouvi um barulho de algo batendo com força contra a parede.

-Você não vai fugir de mim, vem vamos brincar um pouco. – Eu tinha que sair do quarto. Coloquei a mão na cabeça, que estava latejando, para me concentrar em outra coisa que não fosse os gritos da Demi vindos do meu quarto. Precisava achar um jeito de derrubar a porta, queria que minha mãe estivesse aqui, ela sempre tem uma solução para tudo. Foi ai que eu tive uma idéia, eu estava no quarto da minha mãe e ela era uma das pessoas mais paranóicas que eu conhecia, ela deveria ter alguma coisa no quarto. Me abaixei e olhei embaixo da cama até achar o que procurava, puxei o taco de baseball e me levantei rapidamente me arrependendo assim que tive que sentar na cama e esperar a tontura passar. Fui em direção a porta e bati com toda minha força na maçaneta. Além da dor nos braços e um amassadinho na maçaneta, eu continuava presa. Os gritos de Demi tinham parado e não saber se ela ainda estava vida me fez ter um tipo de força anormal, como aquelas coisas que as pessoas dizem que sentem quando estão em perigo, nunca acreditei nisso até agora. Bati mais uma vez, ignorando as minhas dores e depois de mais algumas batidas consegui quebrar a maçaneta que caiu no corredor. Empurrei a porta e com o taco em mãos andei devagar em direção ao meu quarto, ele deveria ter escutado as minhas investidas contra a porta, mas mesmo assim eu ainda queria contar com o elemento surpresa. A porta do quarto estava entreaberta, lentamente empurrei-a e olhei para o interior: Ele estava em pé no meio do quarto e com a mão esquerda segurava meu telefone sem fio e dele escorria sangue que por mais que eu implorasse sabia que não era dele, Demi não estava em lugar nenhum do meu campo de visão. Sem perder mais nenhum minuto firmei o taco e mirei no meio de suas costelas, sem dó usei toda a força que ainda me restava e bati, antes que ele se virasse para revidar consegui bater também em sua cabeça.

POV Narrador.

-Sua vadia! – Patrick arrancou o taco da mão de Selena, ignorando as dores e a segurou pelos dois braços a erguendo do chão. Sem pensar duas vezes a jogou na parede. Selena caiu no chão e finalmente encontrou Demi. Ela estava deitada imóvel embaixo da cama, antes que pudesse chegar até a namorada sentiu Patrick a segurar e novamente sentiu a dor de ser jogada da parede. Fechou os olhos pela dor e tentou se apoiar na mesa de cabeceira. Quando ela achava que estava prestes a apagar, ouviu Patrick gritar e solta-la, caiu no chão ainda desorientada até que sentiu duas mãos macias segurando seu rosto.
-Lena, você ta bem? – Abriu os olhos que nem se lembrava de estarem fechados e observou a namorada. Ela estava com o cabelo todo bagunçado e sua palidez ainda mais acentuada devido a quantidade absurda de sangue que sai de um corte acima da orelha direita. – A gente tem que sair daqui, ele já vai levantar. – Ela disse apontando para a figura inconsciente de Patrick no chão, que já dava sinais de estar acordando.
-Pega o celular. – Selena falou se apoiando na mesinha para levantar já que a outra parecia tão fraca quanto ela. Viu Demi pegar o celular caído no chão e se virou para a porta, antes que pudesse sair ouviu um grito de Demi.
-Não tão rápido. – Se virou a tempo de ver Patrick segurando o tornozelo de Demi e antes que pudesse ajudá-la, ele se levantou e com o punho fechado acertou o lado esquerdo de sua cabeça, ela caiu inconsciente no chão. Selena correu e se abaixou ao lado da namorada, segurando sua cabeça.
-Qual é o seu problema? – Gritou para Patrick.

-Eu fui humilhado na minha própria cidade por causa de vocês! – Ele gritou se abaixando para pegar o taco. Selena se colocou na frente de Demi. – Mas logo meus problemas deixaram de existir, junto com vocês. – E com apenas uma mão segurando o taco ele tentou acertá-la, na primeira vez Selena foi rápida o bastante para conseguir desviar, mas não na segunda. Ela berrou de dor segurando a mão esquerda, a dor que sentiu era tanta que não conseguia raciocinar direito e como não conseguia enxergar direito devido as lágrimas que corriam involuntariamente de seus olhos, fez a única coisa que julgou correta e se deitou em cima de Demi que continuava inconsciente e com a mão boa segurou a mão da namorada e fechou os olhos esperando a próxima pancada.Que não veio.
-Se afaste da minha filha. – Brian estava parado na porta do quarto olhando furiosamente para Patrick e em suas mãos uma arma.