The Amazing Spiderbug escrita por ladyenoire


Capítulo 15
Ato Final


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao fim, muito obrigada pelo feedback!!
Boa Leitura!!!



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Minha cabeça estava completamente confusa. Acho que pior do que eu, só o próprio Adrien. Mas por um lado eu estava aliviada que seu pai não era de fato um vilão.

— Lady Wi-fi, está vendo alguma coisa?

Têm poucas leituras de calor no último andar.

— Quê? - Nino fez careta e Alya suspirou.

Credo Nino! Têm pessoas mas são poucas.

— Ah tá! Porque não disse isso antes?

Porque... Esquece! Enfim, se vocês quiserem entrar no prédio, vai ter que ser pelo telhado.

— Tá. Então é só pegar os dados e dar o fora? - Adrien assentiu.

Nós três parecíamos espiões entrando pelo teto do prédio da Papillon. Quando chegamos ao nosso andar, ele estava estranhamente vazio. Mas meu sentido aranha vibrou e eu me virei para trás avistando um agente.

— Cuidado! - falei e lancei uma teia na arma que ele possuía e a puxei contra mim, a quebrando no meio. Nino segurou o cara usando sua habilidade de hidrocinese e o jogou contra parede, em seguida o prendi ali com minhas teias.

— Boa! - batemos as mãos e voltamos a seguir Adrien.

— Não é meio estranho esse andar ter tão pouca segurança? - questionei.

— Só porque você não está vendo, não significa que tenha pouca segurança. - ele apontou para algo preso na parede do corredor.

— Isso são...

— Lasers? Sim. Se passar por eles, ativam a auto destruição e tudo vai pelos ares. - por incrível que pareça, nós três conseguimos passar pelo sistema de segurança e entrar em uma salinha onde ficava o computador central, contendo todas as informações sobre a Papillon que Gabriel precisava para destruir a organização.

O pai do Adrien nos esclareceu que ele, Hawk Moth, era só um rosto que aparecia, mas por trás havia outra pessoa no comando. Alguém com o codinome "Boulanger". A única coisa que sabiam sobre ele é que estava no comando. Porém nesse computador poderiam conter informações que entregasse Boulanger.

— O que vai fazer agora? - Nino questionou.

— Vou copiar os arquivos para o dispositivo. Fiquem atento à qualquer coisa. - assenti mas permaneci o observando. Ele fica tão bonito concentrado.

Percorri os olhos até a tela, afim de ver como andava a transferência de arquivos, no entanto, algo me chamou total atenção.

— Espera! O que é isso? - apontei para o nome "Dupain" na lista que aparecia no computador em uma pasta - Esse é o sobrenome do meu pai. - sentei na cadeira e cliquei no arquivo.

— Marinette, o que você vai fazer? - Adrien chegou mais perto e olhou para o computador.

Quando o arquivo carregou, vi inúmeras matérias sobre a morte do meu pai. E mais para baixo havia algo com selo "Confidencial". Obviamente cliquei, porém não dizia nada mais que "Sala 45". O que isso quer dizer?

— Caramba! - Nino exclamou. - Sala 45? Tem uma no último andar, acho que passamos por ela.

— Tem certeza? - perguntei.

— Ué, acho que sim. - levantei da cadeira e Adrien segurou meu braço antes que eu saísse.

— Onde vai?

— Na Sala 45. Deve ter alguma coisa lá sobre meu pai. - apontei para o computador.

— Mas você nem tem certeza do que isso significa. Pode não ser uma sala, ou pode ser uma sala mas não desse prédio. Tem certeza que quer se arriscar? - respirei fundo e assenti. O dispositivo apitou, indicando que havia terminado a transferência e Adrien o retirou e colocou no bolso.

— Então vamos com você. - nós três saímos pelo caminho que havíamos entrado e olhávamos de porta em porta. Talvez Adrien estivesse certo e não significasse uma sala, ou até nem significasse nada, mas eu precisava tentar.

Por fim a Sala 45 era ficava no último andar. Olhei para Nino e Adrien, respirei fundo com a mão na maçaneta e abri a porta. A primeira coisa que eu vi foram inúmeras câmeras mostrando cada canto do local, inclusive os quais nós tínhamos passado. Logo meus olhos foram para baixo onde tinha um homem de costas sentado olhando para as câmeras.

— Olá? - chamei receosa. A cadeira dele se virou lentamente em nossa direção, e meus olhos não acreditaram no que viam.

— Vejo que descobriram meu segredinho. Prazer, sou conhecido com Boulanger, mas vocês já devem saber. - ele sorriu de canto e eu senti minhas pernas fraquejarem e um calafrio percorrer pelo meu corpo.

— Pai? - saiu como um sussurro, mas aparentemente todos ouviram. Não estava acreditando no que meus olhos estavam dizendo. Meu pai estava vivo. E estava no comando da Papillon.

— Marinette? - ele pareceu surpreso, mas logo depois sorriu. - Quem diria.

— Como pode fazer isso? O senhor me disse que "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades", foi por isso que me tornei uma heroína. E agora descubro que você é o vilão.

— Quando falei essa frase, estava me referindo à mim, não à você. - parecia que eu havia tomado um tapa na cara. - Eu já era chefe da Papillon antes de você nascer, não fique tão surpresa.

— Mas como sobreviveu?

— Um cara como eu tem muitos contatos.

— E pensar que eu procurei o bandido que tinha te matado.

— A hora que fez isso ele já estava morto. - a essa altura eu já estava chorando bastante.

— Eu e mamãe ficamos lamentando sua morte por anos, precisávamos de você.

— Eu mandei dinheiro à vocês durante um bom tempo, minha querida. Acontece que sua mãe não aceitou por não saber de onde vinha. Não me culpe, só quis ajudar.

— Fingindo estar morto e secretamente comando uma organização do mal? Outra coisa, dinheiro não é tudo. - ele riu.

— Alguém anda assistindo muitos seriados. Dinheiro move o mundo.

— Porque você faz essas coisas? - minha voz saiu trêmula.

— Porque eu sou mau. E eu gosto disso. Não há motivos além desse. O ser humano é ruim por dentro. É nossa natureza. - ele ficou de pé - Agora se não se importam, me entreguem os dados da Papillon, ou terei que pegá-los à força. - passei o braço pelos olhos, tentando secar algumas lágrimas pelo menos. Está na hora de encarar a realidade.

— Levem os dados para o seu pai. - falei - Deixem que eu mesma me entendo com o meu.

— Tem certeza? - Adrien questionou preocupado e eu assenti.

— Eu vou ficar bem. Agora vão. - Chatpool e Bubbler saíram da sala correndo enquanto meu pai esbravejava e avançava na minha direção. Eu não queria lutar com ele. Eu não podia fazer isso. Então deslizei por baixo de suas pernas e bati no painel dos computadores com força, fazendo com que saltasse faíscas.

— NÃO! - ele gritou enquanto eu o prendia na parede com a minha teia.

— Sabe, você pode não ter falado de mim quando falou sobre os grandes poderes e as grandes responsabilidades que vem com eles. Mas eu sei que se tenho oportunidade de ajudar as pessoas, eu farei isso. Então obrigada mesmo assim pelo conselho, papai. - bati com mais força e as faíscas eram maiores agora, depois veio a fumaça e por fim o local começou a pegar fogo.

Saí da sala e pensei em deixar aquele homem que se dizia meu pai queimando. Mas eu precisava de mais respostas e eu não posso fazer algo do tipo. O vilão aqui é ele, não eu.

Então fiz uma máscara com minha teia e entrei na sala, vendo-o pendurado e desacordado. O segurei com esforço e saí cambaleando. Quando cheguei perto da janela, quebrei o vidro e saltei com ele junto a mim. Atirei a teia no prédio em frente e conseguiu pousar na calçada.

Respirei fundo e encarei o homem em minha frente. Me recusava a acreditar que era meu pai.

*****

— Obrigada pelo apoio. - falei enquanto jantava com Adrien no Per Se depois da confusão de ontem.

— Eu que agradeço. Você foi incrivelmente forte devido aos acontecimentos e me mostrou que por mais que as coisas não sejam fáceis, temos que lidar com elas. - sorri sincera.

— Agora esse será minha nova frase de efeito, já que a outra perdeu o significado. - ri sem humor.

— Não fique assim, my lady. Quer saber de uma coisa?

— O quê?

— Eu amo você.

— Também te amo. - ele tocou minha mão e permanecemos nos olhando apaixonados, logo escutamos uma explosão e a sirene de uma viatura que passava por ali.

— Lutar contra o crime?

— É, o encontro pode ficar para o outro dia. - Adrien tirou dinheiro da carteira e colocou em cima da mesa. Em seguida corremos pro beco mais próximo, colocamos nossos trajes e saímos por cima dos prédios até o local da confusão.

Talvez eu ainda não tivesse todas as respostas sobre o meu pai, ou apenas não soubesse o que perguntar devido a revelação perturbadora de que ele é o verdadeiro chefe da Papillon. Mas as vezes é preciso dar tempo ao tempo para que as coisas se ajeitem.

— Lady Wi-fi na escuta? - chamei Alya.

Eita! Fala aí amiga!

— Localiza o Bubbler, por favor e avisa que precisamos dele.

É pra já.

Por mais que meu pai fosse realmente malvado, ele teve um pouco de razão quando disse que "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades". Mas meu olhar parou no loiro ao meu lado e concluí que mesmo que tenhamos poderes e responsabilidades, nada vai adiantar se não tivermos alguém com quem compartilhar todas as experiências. Tenho sorte de ter minha mãe, meus amigos e Adrien. Eles são tudo para mim.

Então fica a dica crianças, não sejam como eu que acredita que frases ditas por alguém aparentemente importante vão moldar suas vidas só porque elas têm sentido de alguma forma. Frases são só palavras soltas colocadas em ordem. Suas vidas dependem da ação. Então se pode fazer algo, faça. Porque só assim você vai saber que fez a diferença.


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Notas finais do capítulo

Fique tranquilo, o plot twist no final é pra ser confuso assim mesmo, mas se você entendeu que a moral é "motivações falsas" tá beleza :)
Muito obrigada de coração à todos que acompanharam essa fic ♥ ♥ ♥
Agora estou escrevendo "Miraculous: Civil War II" pra quem quiser ler ^^
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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