POV April Willians

Era tarde quando Jay chegou em casa, tinha um sorriso triunfante e feliz no rosto. Ele havia saído com a Clark, e eu presumi que fosse oficialmente pedi-la em namoro.

—Então....Como foi?- perguntei a Jay na maior cara de pau.

—Como foi o que?- ele se fez de desentendido.

—O pedido- Thomas surgiu das escadas. Droga, esqueci que ele ia dormir hoje aqui.

—Ah, ela aceitou- seu sorriso aumentou.

—Woooooont!- eu exclamei- Que fofos! Quero ser a madrinha do casamento- Jay riu constrangido.

—Que droga, agora eu vou ter que sair sozinho para pegar garotas- Thomas disse, e o olhei com cara feia.

—Deixe os dois serem felizes, seu sacana...-  Jay riu prevendo uma nova briga.

—Eu não sou sacana, sou feliz.

—Então aceite a felicidade alheia!

—Eu estou aceitando, você que não aceita!

—Não é felicidade, se é pegar todas as vadias.

—E não é minha culpa, se você foi uma delas!

 Eu o olhei incrédula, segurei as lagrimas que insistiram em cair, e corri escadas acima, ignorando os gritos de Jay. Que merda de vida que eu tava tendo? Fui espancada pelo meu ex namorado, beijei meu inimigo e ele me menosprezou e para fechar com chave de ouro hoje faz onze anos desde que minha mãe morreu, e praticamente perdi meu pai junto. Sentei na cama e começei a chorar. Não pense que eu estava chorando por Thomas. Estava chorando por tudo. Estava chorando pelo mundo.

Ouvi batidas na porta e gritos de Jay. Ele dizia coisas como "Não foi de proposito", "Ele quer pedir desculpas a você" e "Saia quero falar com você". Então os gritos pararam, apenas batidas que antes eram fortes agora estavam fracas até pararem. Ele finalmente se cansou. Pensei. Ouvi barulhos no telhado ao redor da minha janela que estava aberta. Então um Thomas ofegante saiu dela. Ele analisou meu quarto até seu olhar se concentrar na minha expressão cheia de fúria.

—O que você está fazendo aqui?- perguntei com raiva.

—Vim pela janela do seu irmão, para.....para pedir desculpas a você- ele olhava para os pés envergonhado- Eu não devia ter dito aquilo Loira, você não é como as outras, tem seu próprio jeito que me surpreende a cada dia mais.Sinto muito se fui um babaca com você.

Andei até ele, que me deu um olhar curioso, me aproximei o bastante para sentir sua respiração ofegante. Coloquei os braços em volta de seu pescoço.

—Você é um babaca Thomas Jackson..- sussurrei, e ele acabou com a distancia entre nós em um beijo calmo e longo. Que foi brutalmente interrompido por um toque de celular.

Thomas separou nosso perfeito beijo, e murmurou um droga. E simplesmente jogou seu celular ,que já estava no modo silencioso, em minha cama e retomou seu beijo alucinante. Que novamente foi interrompido pelas batidas de Jay no quarto. 

—O casalzinho terminaram de discutir a relação!?

—Vai se fuder Jay! - Thomas disse rindo.

Sorri abrindo a porta, ofegante. Jay sorriu quando viu nosso estado.

—Vamos, antes que vocês façam coisas explicitas- Jay disse rindo. Thomas revirou os olhos, mas sorriu. Apenas mostrei o dedo do meio a ele e os acompanhei até o pé da escada. 

Assistimos Supernatural até ficarmos com sono e Jay pediu para mim pegar um cobertor pois estava esfriando. Subi as escadas pensando no meu beijo com Thomas. 

Estava pegando as cobertas quando sinto algo vibrar em minha cama. Não era meu celular. Olho e vejo que é o celular de Thomas. Havia uma ligação, era Paya, a puta que Thomas praticamente usava. Ele não gostava dela, nem ela dele, somente um do corpo de outro. Mesmo assim Paya sentia ciumes psicopata de Thomas. Revirei os olhos quando senti o olhar de Thomas em mim. Ele tinha um sorriso sacana e suas sobrancelhas estavam arqueadas.

— Está com ciumes Loira- eu estava com raiva, e ele fazia aquilo com aquele objetivo. Mais não ia transparecer, ele queria fazer ciumes em mim? Desse jogo nos dois podemos jogar.

—Eu? Eu não, mas você vai ficar daqui a pouco.

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