No light, no light escrita por I like Chopin


Capítulo 2
Príncipe ou perseguidor?


Notas iniciais do capítulo

Oi, voltei. :)
Capítulo para Pedro e Lhy, os primeiros a comentar. Muito obrigada de verdade! ♥



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Até que os Moroi terminassem a sobremesa e o café depois do almoço, pelo menos mais duas horas já haviam corrido. Apesar de não terem dinheiro para comer mais nada, Janine e Roxanne adoraram ficar sentadas sob o ar condicionado conversando sobre qualquer assunto que lhes viesse à cabeça. Mas era claro que o que Roxie realmente queria discutir era a identidade misteriosa do homem do restaurante.

—Estou avisando, mais cedo ou mais tarde vou descobrir quem ele é.

—E eu acredito nas suas capacidades investigativas, Sherlock. – Janine respondeu revirando os olhos.

Roxanne, que era uma grande fã do detetive inglês, gostou imensamente da brincadeira. Colocando uma expressão séria no rosto, pouco usual para ela, continuou seu teatrinho.

—Não podemos deixar uma oportunidade dessas passar batida. É óbvio que ele gostou de você, minha cara Watson.

—Ou só quer meu corpo nu.

A amiga deu uma gargalhada, que chegou a chamar a atenção de outros clientes do restaurante. Fazendo um sinal para que parasse, Janine também tentava controlar o riso.

—Jenny, você é uma peça rara. Mas, mesmo que seja esse o caso e ele esteja procurando apenas por uma relação carnal, qual o problema de se divertir um pouco?

Janine hesitou antes de responder.

—Roxanne, eu aprendi da forma mais dolorosa possível que nós dampiras não temos direito a diversão. Eu não quero ter que passar por isso de novo.

Roxie lhe deu um olhar angustiado, segurando as mãos dela com força entre as suas. Entendia sua dor, mas o que realmente queria era que amiga voltasse a ser a garota viva e alegre de outrora.

—Janine... Eu sei que você viveu um inferno nos últimos meses, mas, por favor, não deixe que eles arruínem a pessoa maravilhosa que você é. Eu estou implorando.

Olhando para baixo, Janine mordia o lábio. Aquele nunca era um bom assunto para ser discutido. Roxanne claramente percebeu como a amiga sentia-se mal por ela ter trazido esse tópico à tona.

—Não vou falar mais nesse assunto, ok? Sei o quanto é doloroso para você, e quero respeitar isso. Só... Não deixem que te destruam. Certo?

Para seu alívio, Janine sorriu.

—Não se preocupe, Roxie. Podem jogar paus e pedras, mas nunca vão destruir minha alma. No momento, só estou... Cansada. Preciso de um tempo. Não sei se estou totalmente pronta para me envolver de novo. E vamos ser racionais, nem ao menos sabemos o nome do cara do bar!

Feliz por terem voltado ao assunto do homem desconhecido, Roxanne também abriu um sorriso e piscou.

—Já disse que vou desvendar esse mistério. Paciência, querida Watson.

Quando o longo horário de almoço dos Moroi acabou, Janine e Roxanne saíram do restaurante abraçadas. Combinando de se encontrarem no hotel de Janine antes de fazerem compras no dia seguinte, elas se despediram. Roxie e os outros guardiões se afastaram com os Voda. Stan ainda conversava algo com Kyle Badica, o pai da família que protegiam.

Pouco depois, o guardião aproximou-se de Jenny. A descontração do almoço em grupo deveria ter lhe feito muito bem, pois ao falar com ela, sua voz estava estranhamente leve e bem humorada:

—Os Badica resolveram voltar para o hotel agora e não pretendem sair novamente. Acho que estamos todos precisando de um descanso da excursão de hoje. Então, se quiser tirar o resto da tarde de folga, sinta-se a vontade. Na verdade, é até bom que esteja descansada para amanhã a noite. Você vai trabalhar sozinha e terá Gabriella Badica sob sua proteção.

Controlando-se para não deixar o queixo cair de surpresa, Janine simplesmente assentiu com a cabeça. Pelo visto, tudo que um guardião rabugento precisava para se acalmar era um horário de almoço decente com os colegas. Ela esperou pacientemente que um táxi viesse para buscar Stan e os Badica e então foi deixada sozinha na porta do restaurante. Por já serem pouco mais de quatro horas da tarde, o estabelecimento já estava prestes a fechar.

O plano de voltar para o ar condicionado e ficar bebendo suco de laranja aparentemente não daria certo. Também não seria possível descobrir se o homem dos olhos negros voltaria. Janine não tinha a mínima ideia de como Roxanne conseguiria honrar sua reputação de detetive e encontrar aquele homem. O único lugar que sabiam com certeza que ele frequentava era aquele restaurante e, infelizmente, ficar sentada lá pelo resto da semana não era uma ideia viável.

No entanto, se suas suspeitas estivessem corretas e ele realmente fosse um convidado do casamento, eles se encontrariam novamente na sexta-feira. Não havia nenhum motivo concreto para que sentisse empolgação em saber que poderiam estar a poucos dias de se verem novamente e que por fim poderia saber seu nome e ver seus olhos misteriosos mais uma vez. Mas, mesmo assim, a empolgação estava lá, trazendo-lhe uma sensação estranha na boca do estômago. Janine não tentou espantar essa sensação, já que pelo menos era algo que tinha para ocupar sua mente. E, além disso, parecia muito com a animação que sentia em relação ao futuro quando ainda estava na Academia. Um sentimento bom, que estava adormecido nela há tempos.

Começou a andar de volta para o bazar que visitara de manhã. Queria saber se o pingente de nazar ainda estava à venda. Ao chegar ao seu destino, percebeu com decepção que a pequena loja já tinha fechado por aquele dia. Tentou se consolar, pensando que, com um pouco de sorte, ela e Roxanne poderiam passar por ali quando fossem comprar os vestidos para a festa. A ruiva fez o caminho de volta para o restaurante.

Enquanto prendia o cabelo novamente no topo da cabeça, pensou em tentar encontrar um táxi para levá-la ao hotel. Pelos seus cálculos, deveriam ser por volta de cinco horas da tarde e o sol finalmente começava a se pôr no horizonte.

Suor escorria de sua testa e pescoço, e ela ficou grata por poder sentar-se em um banco sob a sombra de palmeiras. Àquela hora, uma movimentação no interior do restaurante ainda fechado indicava que já haviam se iniciado os preparativos para o jantar que começaria dali a pouco.

Arregaçou as mangas da camisa social branca, que ela havia passado com tanto esmero, até os cotovelos. Pelo menos, não era preciso usar seu blazer preto no Egito. Exigir isso dos guardiões seria uma terrível forma de tortura.

Naquele momento daria tudo por estar confortável em seus shorts jeans rasgados e a regata mais fresca que tivesse, tomando limonada. Fechou os olhos e encostou a cabeça na parede do restaurante atrás dela. Com uma mão sobre a garganta, pensou que apenas um copo de água já seria mais que suficiente.

Tendo os olhos fechados, o primeiro indício de que havia alguém por perto foi o aroma de canela, que apesar de sutil, era suficiente para que seu olfato dampiro desenvolvido o notasse sem problemas. Abrindo involuntariamente um sorrisinho, lembrou-se que era exatamente o cheiro que ficava impregnado em casa quando sua avó fazia bolo.

Como uma resposta à sua reação, a pessoa riu. Janine percebeu que era um homem, e precisava admitir que gostara de ouvi-lo rir. Sua risada era agradável e até reconfortante. Abrindo os olhos lentamente, o que encontrou foi um lindo par de olhos negros que a fitava com intensidade.

Seu sorriso logo se converteu em uma expressão de surpresa, o que pareceu diverti-lo imensamente.

—Você. – a única palavra que seu cérebro conseguiu encontrar naquele momento para demostrar o quanto estava atônita foi essa.

Ele riu de novo.

—Eu. – confirmou enquanto se aproximava dela. Sua voz era forte e extremamente divertida.

Agora que a surpresa desse reencontro repentino tinha passado, Janine sentou-se ereta novamente, assumindo uma postura confiante. Roxanne havia deixado clara sua opinião que não tinha problema se Janine quisesse se divertir com aquele homem, mas naquele momento, tudo que queria era desvendá-lo. E é claro, divertir-se nesse meio tempo, enquanto tentava não se deixar hipnotizar por aqueles olhos profundos. 

—Posso me sentar? – ele perguntou.

—Claro. – ela deu espaço para que ele pudesse se sentar ao seu lado, e torceu levemente o corpo para vê-lo mais de frente.

—Ibrahim Mazur, a seu dispor. – disse, estendendo-lhe a mão. Como Janine esperava, era um nome árabe.

—Hathaway. – respondeu educadamente, apertando a mão dele.

Ele segurou sua mão entre as dele e levou-a aos lábios, em um beijo leve.

‘‘Meu Deus, como isso é típico. ’’, foi o pensamento dela. Agora era oficial: ele só era mais um Moroi babaca que esperava que ela, uma pobre garota dampira, caísse em suas cantadas baratas.

Assim que soltou sua mão, ele veio com outra pergunta.

—Será que poderia perguntar seu primeiro nome?

Janine deu sua risada mais contagiante, antes que tivesse tempo de pensar melhor sobre o que estava fazendo. Ela tinha como que um dom natural para flertar, e a verdade é que velhos hábitos custam a morrer.

—Acabamos de nos conhecer, senhor Mazur. Não vou lhe dar meu primeiro nome. - ela respondeu em tom de brincadeira. 

—Tudo bem. Tem algum apelido que eu possa usar? – seu sorriso não tinha vacilado em momento algum.

Perguntando-se se não seria ele quem estaria brincando com ela, rebateu a frase com uma pontada de orgulho:

—Já é uma grande sorte eu não fazer você me chamar pelo meu título.

—Qual título?

Apontando com as mãos para o próprio corpo, vestido com as roupas típicas de guardiã, deu-lhe um olhar descrente.

—Pensei que fosse óbvio.

—Ah, sim. Essa posição. Se me permite dizer, você fica muito bem com esse uniforme.

Embora fosse um elogio, Janine não conseguiu identificar o motivo dele. Jamais se achara atraente usando aquelas roupas.

—É só calça social e camisa. – ela deu de ombros.

—Algo sobre roupas formais faz com que me sinta atraído. – e ela não soube dizer com certeza se ele estava brincando ou não.

De uma maneira um tanto incomum, Ibrahim era divertido.

—Pude perceber. Você tem algum superpoder que o torne imune ao calor?

Ele riu antes de responder.

—Quando se cresce no meio do deserto, a pessoa cria certa resistência ao sol. Além disso, eu fico muito bem com esse cachecol.

Agora foi a vez de ela rir.

—Ele me parece ser um pouquinho chamativo.

Pela primeira vez, Ibrahim pareceu ter se chateado.

—É uma herança de família. – rebateu, arrumando mais o acessório espalhafatoso em torno do pescoço.

—Sinto muito, nunca foi minha intenção ofender sua família. – ela tentava não rir enquanto fazia o pedido de desculpas. Não entendia como um simples cachecol de caxemira pudesse ser tão importante para ele.

Apesar do primeiro contato feito e das informações que conseguira, a verdade era que aquele homem ainda era um grande mistério para que ela desvendasse. Pelo visto, agora ela era Sherlock Holmes. Roxanne havia perdido seu tão estimado posto de detetive.

O orgulho ferido de Ibrahim durou menos de um minuto, pois ele logo abriu outro sorriso e ela sentiu-se segura para fazer mais uma pergunta.

—Por que estava me observando no restaurante?

—Porque achei que você era interessante.

A resposta era um pouco diferente do que esperava. A maioria dos que tentavam dar em cima dela geralmente faziam elogios exagerados e desnecessários à sua beleza. Agora, ‘‘interessante’’ podia significar diversas coisas, inclusive que ela era esquisita.

—Foi meio estranho ter um desconhecido me encarando enquanto eu comia. – ela confessou, tentando manter aquele assunto que ainda a deixava intrigada.

Ele não respondeu nada, e continuou olhando para ela. Desviou logo o olhar para o outro lado, ainda evitando diretamente os olhos negros, e aproveitou para fazer mais um comentário sarcástico.

—Sabe, minha amiga achou que você fosse um príncipe. Mas acho que você preenche mais os pré-requisitos de perseguidor.

Ele riu do comentário. Chamá-lo de maníaco do parque, tudo bem. Falar do cachecol, totalmente proibido. Aquele homem era realmente estranho.

—Você acha que sou um perseguidor? – ele perguntou com os olhos brilhantes procurando intimidá-la.

—Não pode ser coincidência termos nos encontrado duas vezes no mesmo lugar e no mesmo dia.

—Uma vez é sorte. Duas, coincidência. A terceira já é destino.

—Eu não acredito em coincidências. Nem em destino. – Janine logo disparou.

—Elas não precisam que você acredite nelas para que existam. É a mesma coisa com Deus.

—E eu não tenho um Deus. – ela completou.

Ele arqueou uma sobrancelha, surpreso.

—Você se encaixa totalmente no tipo ‘‘boa menina de família católica’’.

—Aparências enganam. – ela respondeu, dando de ombros.

No fundo, Janine estava um pouco assustada. Nunca ninguém dissera que ela parecia uma garotinha correta e religiosa. Ficou pensando se isso queria dizer que parecia ser careta. Não aguentando ter sua identidade assim tão mal compreendida, ela contestou:

—Quer dizer que seu tipo são garotas caretas que se vestem como se estivessem indo para um enterro?

Isso só o fez rir mais uma vez. A brincadeira de Janine estava saindo completamente ao contrário. Era ela quem estava se sentindo confusa com os comentários malucos de Ibrahim enquanto ele divertia-se em bagunçar a cabeça dela. 

—Você não parece ser careta, se é disso que tem medo. Você é interessante porque não é uma pessoa óbvia. Eu tentei ler sua personalidade e pelo que parece, falhei completamente. Acho isso fascinante.

Tudo bem, ele era maluco. Mas, pelo visto, um maluco bem inteligente. E não parecia interessado em levá-la para cama. Fazia mais o tipo que se sentaria ao seu lado o dia todo para tentar deduzir os segredos de sua alma. Janine não saberia dizer qual das duas ideias era a mais perturbadora.

Suspirando, ela virou-se novamente de lado para Ibrahim e fechou os olhos. O calor tinha abrandado um pouco, já que aos poucos, a noite do Cairo começava a surgir. 

—Não acho que ninguém seja tão simples que apenas alguns momentos de observação possam revelar quem a pessoa realmente é. - ela disse serenamente.

—Eu nunca supus que você fosse simples. - respondeu ele da mesma forma. 

Ele não disse mais nada, mas como o cheiro de canela continuava ali, Janine sabia que não estava só.

Pensando em lhe perguntar por que ele cheirava como biscoitos recém-assados, ela olhou para ele com o canto do olho. Ele não tinha parado de encará-la durante um só segundo, ainda com seu meio sorriso paciente no rosto.

—Você está fazendo de novo. – ela avisou.

—Fazendo o que? – perguntou-lhe inocentemente.

—Me encarando. Já disse que isso é estranho.

—Estou esperando para ver se você vai fazer aquela coisa com o cabelo.

Virando-se novamente, Janine deu-lhe um olhar de quem não entendeu nada.

—No restaurante, quando você soltou o cabelo e ficou enrolando uma mecha no dedo. – Ibrahim explicou melhor.

Ela deu um meio sorriso que combinava com o dele.

—Você não vai querer que faça isso de novo.

—Por quê? – perguntou-lhe com interesse.

—Porque isso é uma coisa que só faço quando estou muito irritada ou... – parando subitamente de falar, ela suspirou – Olha, esquece isso. Acabamos de nos conhecer; não vou sair contando todas as minhas manias estranhas para você.

 -Se quiser, podemos nos conhecer melhor.

Janine não tinha certeza se isso tinha sido uma frase de duplo sentido. Mas considerando-se que, no final das contas, ele era um homem, havia uma boa chance de que fosse, e ela não estava disposta a correr nenhum risco naquela noite.

—Um convite adorável, mas sinto em ter que recusá-lo agora. Tenho que voltar para meu hotel.

Ela pôs-se de pé, mas ele não demorou em seguir seus passos.

—Deixe pelo menos que eu a acompanhe.

Agora, as estrelas já começavam a despontar no céu enquanto os últimos raios solares sumiam no horizonte.

Suspirando, ela finalmente o olhou nos olhos. Só agora percebia como era grande a diferença de altura entre os dois: pelo menos vinte centímetros a separavam dele.

Levando esse fato em conta, Janine involuntariamente pensou que beijá-lo seria uma tarefa um tanto quanto interessante. Mas, logo em seguida, expulsou tal pensamento ridículo de sua cabeça.

—Tudo bem.  – respondeu por fim – Quem sou eu para recusar um pedido do meu perseguidor?

Ele parecia ter achado o apelido muito divertido e a seguiu sem fazer qualquer comentário. Pelo menos durante os primeiros três minutos do trajeto.

  –Você tem olhos bonitos. – disse subitamente, sem encará-la.

Pega de surpresa, Janine não sabia o que responder. Era interessante saber o que mais chamava a atenção um do outro eram seus olhos completamente opostos. Queria dizer que achava os olhos dele um milhão de vezes mais lindos, mas se conteve. Não sabia se com aquela frase Ibrahim pensaria que ela estava caindo no seu joguinho. De qualquer forma, era melhor não arriscar. Não obtendo resposta, ele voltou a falar. 

—Elogios deixam você constrangida? – provocou.

—Claro que não. Sou elogiada o tempo todo. – o que ele queria com aquela conversa de psicólogo barato?

—Tenho certeza que sim. Mas não quer dizer necessariamente que você goste disso.

Ela parou de andar, virando-se rapidamente para ele. Estavam em uma rua estreita e vazia de um antigo bairro de prédios residenciais. 

Havia apenas um poste por perto e era difícil enxergar direito seu rosto escondido pelas sombras. Mais difícil ainda era manter uma postura durona quando a pessoa com a qual se estava brava era um palmo mais alta.

—Não gosto de elogios falsos de homens que me vêem como uma dampira burra que eles possam usar como quiserem. Fui clara?

—Você acha que te vejo dessa forma? – a voz dele continuava leve. Ibrahim Mazur não parecia nem um pouco ofendido.

Ela não sabia se isso era uma indicação de que a acusação feita contra ele era verdadeira, já que por várias vezes os homens se incomodavam mais de terem suas más intenções descobertas que serem falsamente acusados de tê-las.

  -Você é homem e é Moroi. É o suficiente para não ter minha confiança já de primeira. 

—É o suficiente para me condenar sem me conhecer?

Sem se dar conta do que estava fazendo, Janine soltou o cabelo, começando a enrolar uma mecha no dedo.

Assim que viu o que ela estava fazendo, Ibrahim riu, para logo em seguida mostrar o que Janine entendeu como uma leve preocupação.

—Espero que eu não tenha conseguido irritá-la logo tão cedo. 

—Era esse o seu objetivo com essa conversa? 

Ibrahim riu de novo e começou a responder algo, mas ela não ouviu suas palavras. Sua concentração agora estava em outro lugar. Tinha certeza que havia ouvido um leve barulho de passos. Rápidos, silenciosos, mas para sua sorte, descuidados. Um Strigoi recém-transformado estava à espreita dos dois.

De fato, ela não era mais Janine. Naquele momento, tornara-se a Guardiã Hathaway.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até a semana que vem para a continuação da primeira luta da história.
Beijinhos. :v



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