Uma vida feliz para Arlequina? escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 29
Capítulo 29 - Esperança


Notas iniciais do capítulo

Meus amados leitores, me dói dizer que chegamos ao último capítulo. Vou sentir muita saudades dessa fanfic. E deixo uma confissão, durante os primeiros capítulos eu consegui sentir como pouco a pouco a mente de uma pessoa sã enlouquece, pois tentar pensar logicamente sobre a relação insana de Harley e Coringa chegou a me dar dor de cabeça (sim, dor de cabeça mesmo, não é sentido figurado). Cheguei a jurar que nunca mais ia fazer nenhuma fanfic com eles dois, que eu só podia tá louca pensando que ia ser tão simples. XD E não foi, simples é tudo que escrever essa fic não foi, o que só aumenta minha satisfação em conseguir terminá-la e ver que vocês gostaram tanto. Nunca antes em quase 100 histórias que já escrevi alguma delas fez TANTO sucesso como essa, tanto no número de acessos quanto nos acompanhamentos, favoritos e comentários, apesar de só ter uma recomendação. Eu nem sei como agradecer a vocês por terem acreditado na história e acompanhado até aqui.

Para consolar nossos corações, não sei se todos já viram, mas finalmente saiu uma previsão para o filme solo que Margot vem gravando e produzindo já tem um tempo, e uma notícia linda que me fez lembrar da fic na mesma hora!! *O* O filme contará com a presença das "Sereias de Gotham", trio formado por Harley, Pam e Seli! *---------* ♥ E também saiu a previsão de estreia para Esquadrão Suicida 2! *O* E até uma possibilidade de um filme solo do Pistoleiro! ♥ E mais uma surpresa muito linda!! Ao contrário do que temíamos, Jared voltará a ser o Coringa (♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥) e promete trazer algo novo bem diferente do Coringa que vimos. Mas vamos admitir, Jared fica um pecado de Coringa. xD ♥

Bom, espero que gostem desse capítulo e que não coloquem minha cabeça a prêmio por nada. XD Mais uma vez, muito obrigada!!! A todos!! Essa fic não seria nada sem vocês!! ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

A próxima fic em vista é do Batman + Mulher Gato. Pra quem gosta do casal, fiquem de olho. =D

Pra finalizar deixo meus novamente meus grandes agradecimentos a Clarice de Souza. Sem ela essa fic não seria possível. ♥

Boa leitura! =D E desejo um feliz Natal e feliz ano novo antecipadamente a todos vocês!! =*** ♥ ♥ ;D



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Capítulo 29 - Esperança

Pam permaneceu dois minutos estática de olhos arregalados e quase boquiaberta. Harley demorou menos tempo nesse estado e agora analisava atentamente o milionário, como se procurasse enxergar o fundo de sua alma. O silêncio no quarto era total. Por fim Harley parou sua análise e sorriu, olhando para Helena.

— Que bebê mais linda!! – Exclamou em voz baixa aproximando o rosto para ver melhor a pequena – Ela é a sua cara, Gata!

Dessa vez foi Selina que ficou boquiaberta, aquilo era tudo que não espera. Estivera se preparando para precisar impedir que Harley enlouquecesse e tivesse uma crise de riso, e depois saísse contanto até às paredes do hospital que Batman era Bruce Wayne. Pam finalmente saiu de seu estado de choque, piscando algumas vezes e preferindo não comentar nada no momento.

— Vamos nos sentar e deixo que a segurem.

Após as duas ex criminosas darem um abraço na amiga que acabara de se tornar mãe, sentaram-se os três no sofá, enquanto Selina continuava a mimar Lucy e Joe e conversar baixinho com eles. Ela riu baixinho ao ver que os dois olhavam para Helena com grande curiosidade. Bruce pôs com cuidado Helena nos braços de Harley. A pequena continuou dormindo. A palhaça olhava fascinada para a bebê e por alguns instantes parecia nem estar ali, como se lembranças longínquas viessem a sua cabeça. De repente Helena se mexeu e abriu os olhinhos azuis. A menina ameaçou chorar assustada ao perceber que não estava com seus pais. Bruce levou a mão a sua pequena cabeça e a afagou.

— Papai está aqui – ele disse baixinho com um sorriso.

Após ficar um segundo observando os olhos azuis da criança, os mesmos de Bruce, Harley a ergueu com cuidado, a deitando em seu ombro e fazendo um movimento leve para acalmar a pequena, enquanto acariciava os poucos fios de cabelos negros. Helena silenciou, e apesar de continuar acordada permaneceu quieta nos braços de Harley, fazendo Bruce e Selina se entreolharem com surpresa. A gata sorriu diante de cena, embora depois tenha lamentado silenciosamente ao ver aquela antiga culpa outra vez no olhar de Bruce. Pam observou os pequenos olhos azuis que se voltaram para ela, se derretendo com a pequena do mesmo jeito que acontecera quando Lucy e Joe nasceram.

— Pega ela, Pam – Harley tinha um enorme sorriso.

A Hera tomou a garotinha nos braços com cuidado, abrindo um sorriso, tão encantada quanto Harley.

— Ela é mesmo igualzinha a você – Pam comentou – Mesmo com os olhos e o cabelo do Batman, é você.

Selina riu baixinho.

— É melhor não usarem esse nome aqui. As paredes podem ouvir. Falamos melhor sobre isso depois.

— Acho que não preciso lembrá-las que se uma palavra sobre isso sair deste quarto, as duas vão morar em Arkham outra vez.

— Morcego estraga prazeres – Harley murmurou, ouvindo Selina rir de novo.

— Deixem os gêmeos interagirem com ela, veja como estão curiosos.

Os três se levantaram e Pam colocou a pequena nos braços da mãe, enquanto ela e Harley seguraram os gêmeos, ainda sentados ao lado de Selina, e olhando ainda mais curiosos para Helena. Selina e a recém-nascida trocaram um sorriso, e as duas amigas puderam ver os olhos verdes da gata brilharem.

— Bebê? – Lucy falou.

— Sim, meu amor. Um bebê como você e seu irmão, mas pequenininha – Harley lhe disse.

— Por que ele não diz nada? – Joe perguntou um pouco enrolado, mas conseguiram entender.

— Por que ela ainda não sabe falar, querido – Harley lhe disse.

— É uma menina, Joe – Pam lhe disse.

— Eu nunca pensei que seria tão feliz algum dia na minha vida – Selina sorriu ainda hipnotizada pela filha.

******

— É um prazer tê-los de volta – Alfred os cumprimentou com um sorriso na sala da mansão – As coisas da pequena já estão em perfeita ordem no quarto, e o jovem Dick vai ficar algum tempo conosco. Mesmo no terceiro dia aqui ele continua correndo e relembrando sua infância por toda a casa com a mesma empolgação de uma criança na manhã de Natal. Falando nele...

Dick desceu as escadas quase correndo ao ver que o casal havia voltado, dessa vez com sua irmãzinha adotiva. Ele abriu um sorriso enorme e se aproximou. Depois de dar um abraço em cada um, ele encarou a pequena, que riu para ele.

— Ela já nasceu tão feliz – o jovem comentou.

— E vai ser mais, bem mais do que nós fomos – Bruce respondeu.

— Vamos fazer todo o possível pra que todos nós possamos ser, Dick – Selina falou.

******

Um mês depois estavam as três na casa de Pam. Lucy e Joe brincavam no tapete no chão junto com Harley, Pam trazia comida da cozinha e colocava numa pequena mesa que ela havia afastado para os gêmeos brincarem. Selina estava no sofá, com as pernas estendidas e Helena nos braços. Bud e Lou davam voltas em torno do sofá o tempo todo e paravam por intermináveis segundos olhando curiosos para Helena, abanando a cauda e virando a cabeça, enquanto a pequena os olhava de volta com os olhos arregalados, arrancando risadas  das três mulheres. Depois iam embora e voltavam minutos depois para fazer a mesma coisa.

— Achei que já tivessem se acostumado com crianças.

— E estão – Harley falou – Mas ela é muito pequenininha, isso que deve chamar a atenção deles. E eles sabem que o bebê também é do Batsy, apesar de estarem acostumados com você.

— Quando Lucy e Joe nasceram às vezes eles ficavam loucos – Pam riu ao se lembrar - Às vezes pensamos que eles deviam achar que os recém-nascidos são algum animal estranho.

 As três riram e Pam se sentou no outro sofá.

— Como andam as coisas, Harley? – Selina perguntou de repente.

A palhaça suspirou.

— Ainda é estranho não usar mais meu uniforme e meu taco quase todos os dias, ainda é estranho acordar sozinha às vezes e chato não ter ninguém pra conversar quando algo me vem à cabeça, apesar de que muitas vezes ele não se importava mesmo em me ouvir. E acho que o mais difícil é não ter ninguém pra abraçar de noite. Não reclamo de criar as crianças sozinha, nem do trabalho que dão, eu amo ter trabalho com eles dois... Eu queria que ele vivesse isso com a gente, mas ficar pensando nisso não ajuda em nada. Quando eu acordo e vejo eles dois ou quando acordo com eles me chamando eu consigo passar por cima de tudo e seguir em frente, e vem sendo mais fácil a cada dia.

— Como vai o trabalho?

— Divertido quando eu e Floyd trabalhamos no mesmo horário, mas um saco quando tenho que orientar aqueles lerdos sozinha. Morrem de medo do revólver e parecem mocinhas em perigo lutando – ela falou indignada ouvindo Pam e Selina rirem.

— Me desculpe por perguntar.

— Tá tudo bem.

— Não esqueça que estamos aqui a qualquer hora que você precisar – a gata lhe disse, recebendo um sorriso em resposta.

Pouco mais de uma hora depois um tal de Dick havia buscado Selina e Helena na casa de Pam, que foi junto com Harley, os gêmeos e as hienas para a casa da palhacinha, pois dormiria lá naquela noite, como costuma fazer às vezes. Chegaram na casa por volta de uma hora da tarde e arrumaram algumas coisas.

— Ruiva... Você ficar um pouco com eles e as hienas? Eu preciso ir a um lugar.

Pam a olhou e não precisou perguntar nada para saber aonde Harley iria.

— Claro, Harley. Só tenha cuidado, como sempre.

— Jonny e mais dois vão comigo. Acho que ele também vai gostar de visitar aquele lugar.

— Quando voltar terei feito o jantar e provavelmente estarei esperando na sala vendo TV com as crianças.

Harley deu um beijo em cada um dos filhos que estavam brincando no chão do quarto com os dois ursinhos de pelúcia brancos que tinha desde o nascimento, depois fez um carinho em Bud e Lou e deu um abraço na amiga, sendo igualmente retribuída.

— Eu estaria perdida sem você.

— E a vida seria um saco sem você – Pam falou.

Trocaram um sorriso e Harley saiu disfarçadamente para que os bebês não chorassem, embora raramente fizessem isso quando ficavam com Pam e Selina. Desceu as escadas e ligou para Jonny, que em poucos minutos apareceu na porta de entrada com mais dois seguranças e um carro. Abriu a porta ao lado do banco do motorista para Harley e sentou-se ao seu lado para dirigir. O caminho até Arkham foi feito em silêncio, não mais por pesar, mas por já não haver muito a ser discutido sobre aquilo. Harley não costumava visitar o lugar muitas vezes, especialmente agora que os gêmeos andavam e falavam e exigiam muito mais atenção. E quando doía, tentava se lembrar do que ele repetia sempre, deixar o passado no passado e seguir sem ficar pensando em lembranças. E querendo ou não, com esse pensamento se lembrava das surras, das mágoas, das noites que chorara sozinha ou no ombro de Pam, então tentava afastar tudo de sua mente e se concentrar na vida que precisava reconstruir. Mas agora que perdera seu Pudinzinho, tentava guardar as melhores lembranças que tinha dele e não viver atormentada com as coisas ruins.

— Chegamos – Jonny anunciou, a trazendo de volta de seus devaneios.

Desceram do carro e se identificaram na entrada de Arkham. Os quatro seguiram até o exterior da antiga sala de Harley, avistando ainda de longe o nome “Coringa” gravado no concreto.

— Vocês não vem? – Harley perguntou quando percebeu que seus seguranças haviam parado.

— Você deve ir, precisa ficar sozinha aqui. Iremos depois.

Ela sorriu e se virou para continuar caminhando. O vento fazia seus cabelos soltos e o vestido branco esvoaçarem um pouco. Os coturnos pretos quebraram algumas folhas secas no chão. Finalmente estava perto. Olhou a parede outra vez e fez apenas isso por bastante tempo.

— Eu tô conseguindo viver, Pudinzinho. Vivendo por eles a cada dia, como você me disse naquele sonho. E em parte graças ao Batsy. Quem diria... Obrigada por me dar eles. São a melhor coisa que eu já ganhei.

Sua atenção foi chamada ao notar uma jovem roseira vermelha que crescia por perto. Se aproximou a observando. Tão parecidas com as rosas que ele costumava lhe dar... Quem a teria plantado? Nascera por acaso?

— Se eu não soubesse que você não gostava de plantas e não tivesse vivido tudo isso... Ia pensar que só está se escondendo outra vez.

Ela riu e observou a roseira por mais um momento, sentindo o doce perfume se espalhar pelo ar. Olhou em volta, a paisagem deprimente de Arkham contrastava com a pouca grama verde no chão, a roseira e o lindíssimo céu azul daquela tarde.

— Eu vou ficar bem. E eu vou viver, e vou criar nossos filhos da melhor maneira possível. Eles serão felizes. Eu prometo.

Depois olhou outra vez para a parede cinzenta, determinando-se a fortalecer seu coração e uma sensação boa de esperança, tão leve quando a brisa que soprava seus cabelos, a tomou. A rainha de Gotham finalmente conseguiu sorrir, um sorriso sincero que iluminava seus belos olhos azuis.


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Notas finais do capítulo

Apesar de estar incrivelmente feliz e satisfeita com os resultados finais da fic, me deparei com uma situação chata. Duas pessoas que estavam acompanhando insistindo pra escrever uma história junto comigo sem nem sugerir sobre o que seria essa história. Como não sou de ficar enrolando, eu falei a verdade, estou sobrecarregada no momento. Alguns aqui devem saber inclusive que tenho uma outra fanfic atrasada que preciso terminar. Já há caps prontos, necessitando apenas revisão. E a próxima que anunciei, apesar de já estar adiantada, ainda vai levar um tempo pra ser postada, porque além de fanfics tenho toda uma vida pra dar conta, incluindo estudos. Eu não sei mais o que aconteceu, mas essas duas pessoas além de removerem seus acompanhamentos da fic, pararam de responder minhas mensagens. Eu tentei conversar na boa, mas parece que se chatearam... Bem, isso não vai afetar os bons resultados da fic, nem minha felicidade e dos meus ajudantes, mas que fica uma situação chata, fica. Ninguém é obrigado a aceitar nada, ainda mais se estiver sem tempo. Não entendi os motivos da insistência, e nem vou procurar saber porque sumiram, isso também não vai tirar meu sono, mas decidi comentar aqui porque de certa forma me incomodou e acredito que não fui a primeira autora a passar por isso.

Pra acabar essa mensagem final com um sentimento mais alegre, novamente eu agradeço MUITO a todos vocês que alavancaram a história do começo ao fim! ♥ E desejo a todos um Feliz Natal e uma mega giga master feliz Ano Novo!!! =D Pra quem curte o horóscopo chinês, por curiosidade, 2017 será o ano do galo. Beijos a todos! =D ♥