Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 8
Try


Notas iniciais do capítulo

[Tentar]

Ai, ai, ai, não sei o que dizer, to tremendo aqui genti, fiz esse capítulo com um pé meio atrás, ele é o segundo que mais me preocupa nessa fic (o primeiro ainda vai demorar pra chegar...) por conta de alguns adiantamentos, certas ceninhas, e tal. Se ficou bom? Não sei lindinhos, leiam por si mesmo e tirem as próprias conclusões ~solzinho~ ah não matem a Carly, ela só quis brincar um pouco... e finalmente vai ter uma foto de como eu imagino o Austin já que ele é baseado em uma ator norte americano que eu eu acho mó lindão kkkk mandem brasa na leitura pq o circo vai pegar fogo U.U



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Povs Freddie:

Estou deitado no colchão de solteiro ao lado direito da Sam, Gibby está ao meu lado esquerdo no colchão de casal com Carly, meio que fizemos um círculo, então estamos próximos um dos outros. O relógio na parede marca 02:04 a.m, ele faz barulho "tic-tac, tic-tac, tic-tac" ele não para, não descansa, não dorme, assim como eu. Realmente não consigo dormir, e meu problema não é o fuso horário pois é o mesmo de Seattle, é questão que eu odeio dormir. Tenho pesadelos e isso me deixa atordoado, acho que só não tive pesadelos quando dormir por alguns minutos na frente da Sam no avião, fora isso, eu fico totalmente a mercê deles nas noites de sono. E é sempre a mesma coisa, o mesmo pesadelo, minha mãe conta pra mim sobre eu ter uma irmã e um pai, mas que eles nunca me quiseram, é quando eu me sinto sozinho, porque ela também se vai, então eu grito por alguém, mas eu estou lá sozinho, no escuro, é como estar preso dentro de mim mesmo. Sei que é o que sou. Tenho uma parte escura em mim, que envolve o egoísmo, a luxúria, o ódio, o poder, a cobiça, a solidão... O pior de tudo é que acho que esse sonho é realmente verdade, alguns dias antes de vir a essa viajem, escutei minha mãe conversando no telefone sobre alguém ter que vir me conhecer, era como se ela falasse com meu pai, eu não sei muito sobre ele, eu era muito pequeno quando ele deixou minha mãe e eu, mas eu posso jurar que era como se tivesse mais alguém conosco quando ele nos deixou. Estou pensando em fazer terapia ou algo do tipo, para ver se essas lembranças antigas retornam com mais clareza. Acho que estou ficando maluco, muita coisa pra absorver. Ah! E ainda tem a Sam... Oh droga, isso é um grande problema. É incrível como ter algo tão perto e não poder realmente ter, nenhum beijo com ela é suficiente, nada tem um basta, agora tá bom, é sempre mais, porém ela deve estar travando uma luta muito grande contra os sentimentos pelo tal Austin. Caramba... Esse cara conseguiu ganhar o coração dela, mas o bastardo a deixou! Como conseguiu fazer isso? Abandona-la? Só essa ideia já revira meu estômago e não importa como, eu vou ter a Sam de volta, jamais vou deixa-la, quero ficar com ela pra sempre, nem que eu tenha que tirar todos do meu caminho pra isso. Eu não vejo o rosto das outras garotas, eu não consigo enxergar mais ninguém, só ela, seus cabelos loiros, seus olhos azuis, seu sorriso bonito... Ah eu sou um homem apaixonado. É uma sensação meio diferente e estranha, seria melhor se eu soubesse que ela sente o mesmo por mim, o que está sendo meio impossível.

Olho para ela que está enrolada na coberta e com o cabelo na frente do rosto, ergo meu braço e o tiro da frente, ela se mexe mas não me importo, me certifico que Carly e Gibby continuam a dormir. Saio do meu colchão devagar e empurro seu colchão pra mais longe dos dois, o deixando próximo a lareira, quando vejo que já está uma distância consideravelmente segura, balanço a Sam de leve para acorda-la.

— Só mais um pouquinho Carly, o jornal nem foi entregue ainda - ela resmunga, e eu a empurro de novo pro lado, assim nós dois cabemos no colchão.

— Shhhh, não faça barulho, você vai acordar a Carly - eu lhe advirto e me cubro com sua coberta.

— Benson - ela sussurra balançado o rosto pra acordar - Tá fazendo o que?

— Precisamos conversar - eu falo tentando manter meu corpo longe do dela, sinto a respiração dela intensificar e a minha também.

— Agora? - ela olha pro relógio na parede.

— Só vamos ter agora - digo baixinho e ela assente com a cabeça - Não te pedi desculpas pelo o que eu fiz no carro, eu só achei que era o único jeito de você conversar com ela, e óbvio eu estava nervoso.

— Eu entendo, aquilo me deixou... Ah sei lá, eu tive medo. - Sam fala baixo - E você estava nervoso com o que? - ela coloca a cabeça em cima da mão.

— Com você e a Carly discutindo e essa história toda com... Você sabe - evito citar o nome dele, sei que ela não gosta.

— Está desculpado - Sam mantém o tom baixo e fecha os olhos.

— Ainda não terminei - aviso.

— Eu não estou dormindo, estou meditando - ela sorri permanecendo de olhos fechados. Oh sim, é aquele sorriso que me deixa louco, então me aproximo um pouco e sinto minha perna encostar na dela.

— Se você não abrir os olhos agora, eu vou te beijar - falo e sinto o desejo na minha voz, se a Carly e o Gibby não estivessem aqui...

— Você não se atreveria - ela praticamente ronrona e roça a perna dela em mim. Porra! O que ela está fazendo? Será que ela... Ela sabe como os homens ficam certo? E ela está me provocando. Me sinto endurecendo dentro da calça de moletom que estou usando, droga! Era pra eu conversar, mas agora tenho outros planos mais interessantes.

— Deixa eu te oferecer uma demonstração - falo querendo um desafio, subo em cima dela e deixo meu joelho entre suas pernas, Sam abre os olhos em pânico.

— Não Freddie!- ela me empurra mas seguro suas mãos.

— Fecha os olhos - eu digo levando minha boca até seus lábios, ela tenta se soltar, e quase consegue, epa, esqueci que ela é forte pra caramba.

— Você está louco? Carly e Gibby estão aqui - ela olha pra eles assustada - Se eu sobreviver a isso vou te encher de porrada.

— Sobreviver? - rio baixinho e roço meus lábios nos seus - A gente só vai se beijar - informo, mas começo a sentir meu corpo, respondendo aos movimentos que ela está fazendo pra se soltar, olho pra baixo e empurro meu quadril contra o seu para mante-la parada - Para de se mexer.

— Você é doido- ela reclama e fica parada - Se queria me beijar é só pedir baby.

— Eu quero te beijar, posso? - vacilo com esperança na voz.

— Eu não disse que ia deixar - ela responde e aproveitando que estou distraído solta uma mão e me empurra, o que faz eu segurar suas coxas com força - Isso é assédio - ela me da um olhar safado e tentar tirar minhas mãos de sua coxa.

— Não se a pessoa estiver consentindo - falo baixo lembrando que não estamos sozinhos.

— E eu estou?

— Acho que sim, se não estivesse, porque sua mão está no meu cabelo? - pergunto sentindo ela acariciar minha nuca.

— Pra isso - ela puxa com força e mordo o lábio para não protestar.

— Sam... - cubro a gente com a coberta até o pescoço - Você não faz ideia do que quero fazer com você. - lhe dou um selinho rápido.

— Seja lá o que for, não estamos sozinhos Freddie - ela olha pro lado de novo se certificando que continuam dormindo.

— É realmente uma pena,não é mesmo? - sussurro querendo acabar com essa enrolação, beijo ela de novo, agora com mais intensidade e ela corresponde descendo as mãos pelas minhas costas, paro o beijo - Não é tão difícil viu?

— Cala a boca e me beija - ela junta nossos lábios de novo. Eu começo a beija-la com vontade, aproveitando como se cada segundo fosse precioso, lembro-me de como estou agarrado a ela e coloco a mão por dentro da sua blusa, fazendo-a a suspirar, passo os dedos pela sua cintura sentindo sua pele macia. - Há - ela ri baixinho.

— Estou tentando te excitar, não te fazer rir - falo frustrado.

— Então está fazendo errado - Sam coloca as mãos dentro da minha blusa para acariciar minhas costas, hum... isso me dá uma ideia. Mexo meu quadril contra o dela devagar, não quero deixa-la preocupada e não quero que ela pense que estou forçando ela, pois tenho uma suspeita sobre a Sam que possivelmente é verdade. Ela empurra meu quadril de volta, o que faz eu querer beija-la intensamente, e eu faço isso. Mordo seu lábio, depois brinco sensualmente com sua língua na minha boca. Tiro minhas mãos da sua cintura e coloco-as espalmadas no colchão para me apoiar nelas, continuo a me movimentar mais depressa, a sensação de prazer começa a percorrer meu corpo, e sei que está acontecendo o mesmo com ela. A gente está indo longe de mais, dezenas de pensamentos se passam na minha mente, eu tenho que parar.

Cesso o beijo.

— Preciso respirar - paro de mexer o quadril e afundo meu rosto no seu pescoço, ela tem um cheiro bom de lavanda, sei que é uma das suas fragrâncias preferidas - Você tem um cheiro gostoso.

— Você também - ela diz tirando as mãos de dentro da minha camisa, mas somente para tira-la de mim.

— Sammy - eu respiro com força e ela joga a camisa perto da lareira. Sinto algo penicar nas minhas costas, mas ignoro.

— Sei que você não parou pra respirar ou pra me dizer que cheiro gostoso.- Sam contorna a linha do meu pescoço com os dedos.

— Tem razão - começo a sair de cima dela, mas ela me prende pelos ombros, olho pra ela, ainda sinto o desejo correndo pelas minhas veias, forço contra Sam outra vez que joga a cabeça pra trás. Caralho! Isso é extremamente quente, a melhor coisa é saber que estou dando esse prazer a ela, por mais que não seja da forma que eu queira realmente. - Eu quero você - sussurro beijando sua boca, depois prendo seu olhar no meu - Em todo os sentidos. - a beijo de novo, depois vou para seu pescoço e sugo com força, ela geme no meu ouvido, a envolvo com os braços, sinto suas mãos alisando minha barriga, por um momento me deixo levar, sentindo as coisas fluírem em mim, mas lembro que não estamos sozinhos e ela também.

— Melhor a gente parar - ela mesmo adverte parando o beijo e tira a mão de dentro da minha calça. Da minha calça?! Essa garota tá tentando me- matar? Saio de cima dela, nos desenrolando do cobertor e ajeito minha calça que está um pouco pra baixo, noto o enorme volume que tem na minha cueca. Puta que pariu... olha o que a Sam fez comigo.

— Uau - me admiro e nos cubro novamente, optando em ficar sem camisa mesmo, mas dessa vez estou bem na ponta do colchão.

— Desculpa - ela sussurra, droga ela acha que fiquei chateado.

— Não se desculpe, eu gostei, é só que... - tento explicar - Isso é muito intenso pra mim, você me deixa louco às vezes.

— Gosto de ter deixar louco - ela admite - Em todos os sentidos.

— Aprecio isso com muito prazer Sam - digo com duplo sentido.

— O prazer foi meu - ela responde fazendo duplo sentido também. Continuo a olhar pro seu rosto, até que vejo uma marquinha no seu pescoço.

— Acho que seu pescoço está meio marcado - sugo o ar pelos dentes preocupado, agora ela vai me bater.

— Tudo bem eu não ligo - ela da de ombros. Oi?

— Nossa - acho que estou bem surpreso.

— A marca some com o tempo Freddie - Sam me explica e devo estar com uma cara chocada.

— Claro, claro - murmuro, ainda sinto minhas costas penicarem, isso está doendo um pouco, mas tentar acalmar meus pensamentos é a melhor coisa a fazer agora.

— No que está pensando? - ela pergunta a pior coisa que podia perguntar, não posso responder.

— Você não vai querer saber - omito e olho pro teto do chalé, a madeira é de um marrom intenso a um castanho avermelhado.

— Conta - ela pede e toca meu ombro.

— Em nós dois - suspiro, é o máximo que posso fazer sem que ela pense que sou algum tipo de maníaco.

— Já entendi - ela fala e olho para ela para ter certeza.

— Tem? - arrisco perguntar.

— Garotos só pensam em uma coisa depois de situações assim - Sam responde e morde o lábio, isso é tão excitante quanto ela me beijando.

— Garotos? - reflito um pouco - É assim que você me enxerga? Como um garoto?

— Acho que sim - ela fica um pouco nervosa com a pergunta.

— Bem, é o que eu sou - admito não ligando muito - Um garoto.

— Freddie você já... - ela começa a perguntar.

— Fiquem quietos tem gente querendo dormir aqui, estão no cio? - Carly reclama se mexendo no colchão.

— Desculpa Carly - Sam coloca a mão no rosto.

— Foi mal Carls, não vai acontecer de novo - digo a ela que nos ignora.

— Vamos voltar a dormir - Sam se ajeita na cama.

— Tá, vou voltar pro meu colchão - aviso, mas primeiro lhe dou um beijo na boca - Boa noite princesa Puckett.

— Dorme aqui - ela puxa minha mão - Você tem pesadelos.

— Co-como sabe? - minha voz prende.

— Reconheço de longe quando alguém tem - ela fala - Porque eu também tenho.

— Tá - só consigo dizer isso e me deito ao seu lado. Ela fecha os olhos e eu faço o mesmo, me preparando pros pesadelos. Porém continuo acordado, sinto a respiração da Sam mudando, está ficando mais fraca.

— Acho que ainda amo você Freddie - ela sussurra tão baixinho que acho que foi minha imaginação. Abro os olhos e vejo que ela dormiu. Sei que ela disse. É verdade. Tem que ser. Ela falou mesmo. Um sorriso de 1000 megawatts se forma no meu rosto. Ela me ama. Ela ainda me ama. Repito diversas vezes a mim mesmo. Não é só esquecer o Austin que ela precisa, porque talvez isso seja o mais fácil, elá só quer ter certeza que me ama e eu vou continuar esperando, só pra ver se ela se importa. Ela acha que ainda me ama, pois bem, eu tenho certeza que a amo.

Estou ficando cansado, vou dormir a qualquer momento. Dessa vez não tenho pesadelos, só um borrão colorido, acho que tem uma casa, uma ilha, tem uma ponte até um barco, a casa é azul. A casa que eu tenho alugada no Havaí... Uma última ideia se forma antes de eu afundar num sono profundo, com o coração em chamas pela garota que amo, onde há chamas, há um desejo.

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— Ai estavam conversando, próxima vez eu jogo um balde de gelo neles - escuto Carly reclamar, isso me desperta.

— Não fala como se eu não estive aqui - Sam protesta- E o Freddie só queria conversar.

— Fica defendendo o boy - Carly ri.

— Aprendi com você - Sam fala e as duas riem.

— Ele está dormindo feito uma pedra, acho que vamos para o Havaí sem ele - Gibby diz em um tom divertido.

— É o que? - Sam se apavora ou é impressão minha?

— Calma loira, é brincadeira - Carly fala rindo - Ninguém vai tirar ele de você.

Me sento no colchão que continua perto da lareira, noto que a sala toda está arrumada, a não ser pelo meu colchão no chão, olho pra cozinha e os vejo sentados na mesa, Sam está colocando lasanha na boca, não é uma visão muito romântica, mas é a Sam, então continuo fitando-a. Ela está usando uma camisa de manga longa cinza, a que ela comprou ontem, porém está usando um shorts curto preto, que deixa mostrando boa parte das suas coxas. Ela se mexe como se notasse eu a olhando e engole o que está mastigando rapidamente, ela me olha e de repente seu rosto se ilumina e minha boca cai aberta. Ela está feliz em me ver, uma prova é o sorriso gigante no seu rosto.

— Bom dia - murmuro da sala sem tirar meus olhos dela.

— Bom dia Freddie - Carly se vira notando a mudança no humor da Sam. - Olha quem acordou.

— Achei que estava desmaiado - Gibby fala de boca cheia - Sabe que horas são?

— Hum, não - respondo e procuro o relógio na parede. Nossa, são 01:16p.m. - Porque não me acordaram?

— Sam não deixou - Carly faz uma cara fofa pra ela, Sam bate em seu braço.

— Ela só faltou me ameaçar com uma faca quando fui te acordar - Gibby me informa.

— Só faltou? Ela pegou mesmo a faca - Carly diz e ri junto com Gibby. Ok, já escutei a voz dos dois dirigida a mim, menos a de quem eu quero.

— Deveriam ser mais como a Sam e me deixarem dormir - digo me levantando, noto Sam corar um pouco pela minha visão atual, estou sem camisa com a calça marcando meu corpo, até Carly fica um pouco nervosa e se vira de volta pro Gibby que lança um olhar chateado pra ela. Sam também fica incomodada e a chuta de leve.

— Vê se toma jeito Carly - Sam resmunga com ciúmes.

— Olha aqui - Carly não tem coragem de se virar pra mim de novo - Eu sou uma mulher para todos os efeitos e se seu namorado - namorado???— se acorda fazendo cosplay de Adão e Eva sem a folha, a culpa não é minha.

— Quanto exagero - Sam me olha divertida e Gibby bebe algo em um copo.

— Exagero nada - Carly insiste no assunto.

— Está incomodada - ergo uma sobrancelha e Carly me olha por cima do ombro - Eu ainda estou usando calças.

— Seria melhor se não estivesse - Carly fala e finalmente se vira cruzando as pernas e piscando pra mim.

— Menos né Carly - Gibby bate o copo com força na mesa e Sam se levanta arrastando a cadeira com força.

— Sam desculpa, volta aqui - Carly vê que sua piada pegou mal.

— Perdi a fome - ela diz e passa por mim, não antes de me beijar na boca com força, acho que está fazendo pra mostrar pra Carly, ou pra me mostrar a quem eu pertenço, talvez até mesmo os dois. Depois disso Sam vai pro corredor e escuto ela bater a porta do quarto com força.

— Alguém está sensível - Gibby diz, mas sei que ele está chateado com a atitude da Carly.

— Ai caramba - ela se levanta - Vou lá falar com ela - Carly anda até mim e evita me olhar.

— Garotas - murmuro e vou me sentar no lugar da Sam- Agora estou preocupado.

— Elas vão se entender - Gibby não se importa muito - Mas Carly exagerou dessa vez.

— Exagerou? Ou você só está com ciúmes? - pego uma colher e coloco lasanha no prato da Sam.

— Ciúmes? - ele considera - Óbvio, não é uma cena que eu gostei de ver, acho que você também não gostaria, se eu dissesse o quanto a Sam estava gostosa com aquele shorts, sentada próximo a mim aqui na cozinha, belas pernas - ele sorri olhando pra frente e sei que algum pensamento indecente percorreu sua mente.

— Cala a porra da sua boca - eu falo com os dentes trincados. Isso me incomoda muito, eu odeio me sentir ameaçado, a Sam é minha, mesmo o Gibby estando com a Carly ele não pode negar que tem ou já teve olhos pra Sam.

— Desculpa - ele diz irônico, sei que está pagando na mesma moeda, o ignoro e começo a comer a lasanha ali no prato da Sam mesmo, com o mesmo garfo que ela estava usando. Quero outra coisa pra tomar em vez de refrigerante, me levanto e ando em direção a prateleira ao lado da geladeira cheia de vinhos, escolho vinho Groot Constantia, e procuro uma taça no armário.

— Onde tem taças aqui? - pergunto enquanto procuro.

— Freddie - Gibby me chama e viro a cabeça, ele tem um olhar confuso - O que foi isso nas suas costas?

— O que tem nas minhas costas? - coloco a garrafa de vinho no balcão do armário.

— Estão arranhadas, pelo ângulo não foi você que fez isso - ele está bem surpreso. - O que você e a Sam fizeram além de conversar? Creio que não foi uma conversa sobre a diva interna do pais.

— Oh droga!- levo as mãos a cabeça, foi por isso que ela não ligou quando a marquei no pescoço, ela deixou algo bem pior em mim - Está muito horrível?

— Cara até um cego vê, você não sentiu?

— Senti, mas não achei que tivessem ficado tão óbvias - respondo balançando os braços.

— Acho que você vai ter que ficar de camisa no Havaí, a menos que queira mostrar pra todo mundo quem é o tigrão - Gibby começa a rir e bater na mesa.

— Sério cara, não acredito que ela fez isso - coço a cabeça.

— Você deixou algo de recordação nela também? - ele acalma a risada dele e vem até mim.

— No pescoço. - afirmo lembrando.

— Bom, também deixei uma marca na Carly - ele sorri orgulhoso, não se devo perguntar mas como estamos jogando conversa fora...

— Onde?

— Pescoço também, foi agora de manhã, eu e ela... - ele mexe as mãos tentando dizer.

—Entendi - digo não querendo que ele diga como foi, rio de leve.

— Então um brinde - ele abre o armário em baixo e pega duas taças - Para nós apaixonados e iludidos por elas.

— Ok, um brinde - abro o vinho, encho nossas taças e as batemos devagar. Tomamos um gole.

— Muito bom.

— Gibby, não magoe a Carly - eu peço - Ela ama você.

— Ela não me disse isso - ele me olha confuso.

— Ela não deve estar pronta ainda, é só questão de tempo. - o acalmo e tomo mais um gole do vinho - E você também a ama. - ele fecha os olhos como se estivesse com dor e depois abre.

— A Sam te ama Freddie - Gibby me conta suspirando, noto a mudança de assunto.

— Eu sei - um sorriso estúpido de orgulho se forma no meu rosto.

— Não quero que você a magoe, ela e eu somos grandes amigos- ele começa a falar e meu sorriso some - Se você deixa-la Freddie, ou magoa-la, o que for - seu tom de voz fica duro - Você vai se arrepender, não sei o que sou capaz de fazer, você pode até ser meu amigo, mas vai deixar de ser no dia que quebrar o coração dela. Não digo que você tem que ficar com ela por causa dessa ameça e sim, porque você a ama. - ele vira o que sobrou da taça em um gole só.

— Não vou magoa-la Gibby, eu a amo com toda a minha vida - admito firmemente.

— Austin também dizia isso - ele fala e praticamente joga a taça no balcão.

— Você o conheceu? - pergunto, ele não responde, só pega o celular no bolso, mexe em alguma coisa.

— Aqui - ele estende o celular pra mim.

— O que é? - deixo a taça no balcão e pego o celular. Vejo uma foto, nela está Carly sentada num banco fazendo careta, noto Sam está atrás dela passando os braços em volta de seu pescoço fazendo careta também, Gibby está na frente mostrando a língua, dá pra ver que ele que tirou a selfie, a London Eye está majestosa atrás. Até que vejo o que ele quer me mostrar, tem um cara no fundo da imagem, sorrindo próximo a Sam, seus cabelos castanhos claros estão erguidos pelo vento, noto que tem olhos azuis ou castanhos bem claros eu acho, parece ser um cara mais alto que o Gibby, não dá pra ver pelo ângulo da foto, mas não importa, eu sei quem ele é.

— Esse Austin Nichols - Gibby cruza os braços - Uma das melhores pessoas que já conheci, um ótimo amigo. - ele pega o celular da minha mão.

— Eles formavam um belo casal - admito a contragosto.

— Espero que ninguém diga isso novamente sobre você e a Sam- ele aponta pra mim- Se arruma logo, nosso voo é as 3:00p.m - e se retira da cozinha.

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Assim que o Gibby se retira da cozinha eu vou pra sala colocar a minha camisa, depois retiro os pratos da mesa, lavo, seco e guardo. Decido ir pro quarto arrumar minha mala para o Havaí. Abro a porta e vejo que ela está em cima da cama e já está arrumada, acho que foi a Sam, sorrio de leve. Escolho uma roupa de praia, por mais que ainda esteja frio aqui o chalé mantém o ambiente aquecido, pego uma camisa branca de botões, um shorts colorido e pego chinelos pretos, ótimo. Entro no banheiro e me lembro de fazer uma coisa antes, uso o espelho da parede e o espelho do armário da pia para ver minhas costas quando os dois refletirem. Quatro linhas vermelhas descem pelos cantos em cada lado das costas, tem outras próximo ao pescoço, caramba, parece que eu fiz mais do que uns amassos nela. Bato no espelho rindo e tomo um banho rápido.

Depois de me vestir decido sentar na cama e começo a cantar uma música baixinho.

Nós vivemos em um lindo mundo, sim nós vivemos, sim nós vivemos— canto mais devagar do que a versão original. Continuo cantarolando e escuto alguém bater na porta - Entra.

— Oi - Carly vai entrando e fecha a porta, me levanto e fico um pouco longe dela.

— Oi - cumprimento.

— Desculpa pela piada de hoje, não pense outra coisa, por favor - ela pede juntando as mãos como se fosse uma prece.

— Não vou - respondo.

— Ah! Menos mal - ela suspira aliviada.

— A Sam está bem?

— Hunrum, estamos nos falando já - Carly balança a cabeça.

— Que bom - falo.

— Acho que você devia falar com ela - Carly abre a porta, creio que não é só isso que ela quer dizer.

— Carly - eu chamo - O que ouviu ontem a noite? - ela fecha a porta e vem até mim, me empurra contra a cômoda e eu me surpreendo.

— Escuta - ela sibila pra mim - Não force a Sam a nada entendeu? Não importa se você fodeu Seattle inteira, trate-a com respeito, como se ela fosse a coisa mais preciosa dessa mundo.

— Eu não vou fazer nada que ela não queira - eu a encaro ficando com uma postura rígida - Sei que você se preocupa com ela, continua com seu papel de mãe, e eu continuo com meu papel de apaixonado.

— Excelente - Carly dá um passo pra trás.

— Eu a amo Carly, como pode pensar que eu iria... - fico sem palavras com essa ideia - Não é bem assim, não se preocupe.

— Vou tentar.

— Tente - deixo meu corpo relaxar saindo da postura de soldado - Carly, ela nunca... Nunca mesmo?

— Você sabe que não - Carly conta - Por mais que ela tenha namorado uns dois anos com o Austin, eles nunca fizeram nada.

— Nem com ninguém? - tiro a dúvidas das minhas suspeitas.

— Noup - Carly nega - Por isso que tem quer especial, prometa pra mim que vai tomar conta dela.

— Prometo - estendo a mão pra ela apertar.

— Estou contando com você - ela diz ignorando minha mão e me da um abraço.

— Tá - a solto.

— Carly? - escuto Gibby chamar.

— To indo paixão - ela diz e eu seguro o riso- Essa é minha deixa- ela corre pra porta- E você vai conversar com a Sam um pouquinho, depois pega as malas de vocês, porque o Barney ta vindo com a van para nos levar pro aeroporto - ela sai do quarto e deixa a porta aberta.

Me encaminho ao quarto da Sam, mas vejo que a porta da biblioteca está aberta, entro e a vejo sentada no chão lendo alguma coisa, noto que trocou de roupa, camisa amarela de manga curta, shorts azul e sandálias amarelas com enfeite. Me aproximo e ela ergue a cabeça e sorri, deixa o livro no chão e se levanta.

— Oi fofinha - eu digo e ela se derrete enquanto caminha até mim - Tudo em cima?

— Com essa altura que eu tenho? - ele pergunta - Vishe, está sempre tudo em baixo.

— Para, você não é tão baixinha - pego suas mãos - Como você está? De verdade?

— Bem, mais do que bem, posso dizer.

— Isso é bom - tiro sua franja dos olhos - Você arrumou minhas malas?

— Carly e eu arrumamos a sua e a do Gibby - ela abre o primeiro botão da minha camisa, depois o segundo, o que deixa mostrando um pouco o cabelo do meu peito.

— Você me deixou meio arranhado - lembro a ela.

— Você me deixou com o pescoço vermelho - ela contradiz.

— Mas você tinha me arranhado primeiro, então não conta.

— Ah é - ela bate na testa.

— Vamos levar as malas la pra fora comigo? - peço sua ajuda.

— Claro - ela deixa o livro na prateleira de volta.

Sam e eu saímos da biblioteca e vamos para o quarto pegar as malas, ela pega as dela, mas eu insisto em ajudar, depois vamos para meu quarto e eu levo as dela e ela pega a minha, que é enorme e deve estar pesada, ela não deixa eu levar então começamos a caminhar até a porta da sala.

— Vou sentir falta daqui - olho pro chalé.

— Acho que eu também - ela olha com dúvida. Abro a porta e noto Barney esperando na soleira com um suporte para as malas.

— Senhor Benson- ele me cumprimenta- Senhorita Sam. - como é o negócio? Muita familiaridade pro meu gosto.

— Barney - falo meio seco e Sam ri atrás de mim e acho que ele está tentando omitir um sorriso.

— Deixe as malas comigo - ele pega as malas da Sam da minha mão e coloca no suporte, depois pega a minha mala que está com ela e eu bato o pé impaciente.

— Vamos indo pra van. - eu aviso e pego a mão da Sam dando um olhar frio ao Barney que mantém os olhos nela. Tire seus olhos dela agora! Ela é minha! Não importa se ele é mais velho ou não, isso me irrita.

— A vontade senhor - ele fala cordialmente com seu tom profissional e Sam acaricia meus dedos.

— Vamos pra van - eu digo a Sam, quando na verdade o que eu queria dizer era "Vem logo antes que eu te leve até lá sobre os meus ombros".

— To indo - ela acompanha meus passos, estou congelando com essa roupa e ela também, porém a van está perto, logo abro a porta para Sam que senta no mesmo lugar que veio, eu me sento ao seu lado e fecho a porta da van.

— Pronto - murmuro.

A van começa a deixar o chalé para trás e percorremos a descida da montanha em silêncio, Carly e Gibby estão ocupados demais em sua bolha particular desfrutando da companhia um do outro. Sam de repente coloca a boca no meu ouvido.

— Barney é só um amigo e me deu alguns conselhos, desincha essa cara porque nós quatro não estaríamos assim agora se não fosse por ele - ela me avisa e instantaneamente me sinto relaxado.

— Você não é a única com ciúmes aqui - beijo sua cabeça e coloco meu braço a sua volta.

Fico com ela assim até chegarmos no aeroporto. Entramos no avião sem se soltar um do outro e afundamos nas poltronas que estávamos antes juntos.

— Praiaaaaa!- Sam grita.

— Soooool !- Carly berra.

— Garotas de biquíni! - Gibby se empolga e num piscar de olhos Carly jogou sua sapatilha nele.

— Repete!- ela fala brava e Sam e eu estamos rindo muito.

— Amor! - ele reclama e me ajeito na poltrona ignorando a cena.

— Menos de quatro horas de voo - Sam fala pegando minha mão.

— Hum... - olho pra minha mão com a dela - Você é carinhosa quando quer.

— Sou muitas coisas quando quero - ela me da um selinho e fico surpreso.

— E ai? O que vamos fazer no decorrer da viajem? - mantenho meu rosto perto do dela.

— Só ficar junto - ela fala.

— Por mim, eu adoraria - levo sua mão até a minha boca para beijar - Amo você. - eu finalmente digo, talvez cedo de mais, talvez em cima de mais, o importante é que ela saiba.

— Se escutou o que eu disse ontem a noite sabe a minha resposta- Sam acaricia meu rosto.

— Sim, eu escutei.- sussurro.

Ela está tentando, está conseguindo criar o nós, e é por isso que a amo com toda a minha alma, o que ela disse ontem noite, aquelas palavras que significam a melhor coisa do universo pra mim, vão ficar gravadas na minha mente, por um bom tempo, até eu escutar ela dizer "Eu também amo você".


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Notas finais do capítulo

FOTINHA DO AUSTIN PRA VCS: http://vignette2.wikia.nocookie.net/walkingdead/images/f/ff/Austin-nichols-5th-annual-celebrity-expression-session-04.jpg/revision/latest?cb=20150309022531

Medinho aqui de vcs... Não sei oq vão dizer, só orei a Deus aqui kkkk to bem nervosa gente, a opinião de vcs significam muito pra mim sério, então falem a verdade ok? Huehue, oq acharam do Austin? Bonitinho? Não? Fala no comentário tbm, e vc que leu a fic e nunca comentou, fica a vontade pra comentar qualquer coisa, vou adorar, beijão na testa de vcs, escolham um das opções e se vemos em breve:

OPÇÃO 1: Sam e Freddie decidem dividir o mesmo quarto no hotel e depois saem sem Carly e Gibby para um passeio de Jeep noturno pela praia. (ponto de vista de quem?)

OPÇÃO 2: Carly e Sam ficam com um quarto pra elas no hotel, Freddie com o seu e Gibby com o seu, Carly e Sam tem uma conversa séria sobre relacionamentos, onde descobrimos algumas coisinhas da vida de Carly (ponto de vista de quem?)