Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 7
Friends don't lie


Notas iniciais do capítulo

[Amigos não mentem]

Hey humaninhos, sorry a mega demora mas tem justificativa assim como tudo oq eu faço, domingo eu tive que estudar pra uma prova de física, fiquei sem tempo pra escrever o capítulo, e hj quando fui querer postar, meu irmão derramou café com leite em cima do modem, acho que o idiota tava tentando "navegar na internet" se é que me entendem só pode, o que me atrasou bastante, já que eu estava organizando um trabalho pra ai eu poder escrever o capítulo, bem, deu tudo errado e comecei a escreve-lo em cima do prazo que era segunda a noite, e agora já é terça, peço mil desculpas mas está ai mais um capítulo pra vcs, pq essa fic não pode parar, então segura ai que vai ter um pouquinho de drama... hehehe a gente se encontra lá embaixo...



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Povs Sam:

— Você não vai comprar nada?- pergunto ao Freddie depois de sairmos da segunda loja.

— Não, por quê? Quer me ajudar no provador? - ele responde me dando um olhar sugestivo.

— Ai que absurdo - eu empurro seu braço. Começamos a caminhar até o carro, Freddie abre a porta traseira e coloca as sacolas com roupa dentro.

— Devíamos tentar... - ele inicia, mas para.

— Devíamos tentar o que? - olho pra ele que permanece calado. Ele fecha a porta e olha pra mim fazendo fumaça com a boca com o ar frio.

— Tentar nós dois - ele une um dedo com o outro na frente do meu rosto.

— Está pedindo pra me levar pra cama ou pra gente tentar namorar?- encosto-me ao carro rindo.

— Hum... Acho que qualquer uma das duas não é possível né?- caramba, como ele ainda consegue considerar?

— Não sei Freddie, me diga você - observo a calçada congelada e a fina camada de neve que cobre as minhas botas.

— Eu disse que ia esperar por você, mas você me dá sinais mistos o tempo todo, é muito inquietante - Freddie vem se encostar do meu lado.

— Eu só estou tentando - encosto a cabeça no seu ombro - Tentando nós dois entende?

— Entendo - ele beija minha cabeça.

— Não é tão fácil esquecer alguém - eu admito e ele suspira.

— Você ainda o ama muito, não é?- Freddie sussurra.

— Eu não sei, só não consigo esquecer- acaricio meu rosto no ombro dele.

— Eu faço você esquecê-lo- a convicção é notável em sua voz - Eu posso te fazer feliz Sam, mais do que você imagina, eu quero te dar tudo, colocar o mundo aos seus pés, eu sou seu, você só precisa aceitar ser minha - ele pega meu rosto entre as mãos - Tentar é o começo. - suas palavras mexem comigo, despertam o sentimento de amor que tenho por ele, sim poderíamos ser felizes, poderíamos ser um do outro. Oh, como eu quero isso... Mas não posso estar com ele pensando em outra pessoa, isso seria degradante e errado, não vou me prestar a esse papel.

— Você e eu - coloco a mão no seu coração- Podemos tentar, quando eu estiver pronta, até lá você vai ter que aprender a esperar.

— Então o beijo agora pouco é porque você estava tentando?- Freddie mantém as mãos no meu rosto, ele não quer que eu deixe de olhar em seus olhos.

— Sim - só lhe respondo isso.

Alguém está rindo, viramos a cabeça e ambos nos deparamos com uma cena muito bizarra. Carly nas costas do Gibby, segurando algumas compras, enquanto ele segura suas pernas com outras compras na mão, ela diz algo no ouvido dele e o beija no rosto. Que lindo, pra alguém as coisas devem estar dando certo.

— Já acabaram?- Carly pergunta sendo colocada no chão.

— Sim - respondo.

— Ótimo, vamos colocar as coisas no porta-malas e ir esquiar ou coisa parecida - Gibby pegas as sacolas da Carly e pisca pra ela.

— Eu não sei esquiar direito - ela fala toda melosa, meu Deus hein.

— Eu te ensino Carly - Gibby sorri - Ficarei mais do que feliz em fazer isso. - eu rolo os olhos, o que aconteceu nesse curto espaço de tempo? Não deu nem uma hora e meia que nos vimos e eles já estão assim?

— Obrigado - ela agradece e dá um selinho nele. Hein?

— Pega a chave Benson - Gibby joga a chave do carro pro Freddie - Abre o porta-malas pra eu colocar as compras dentro.

— Claro - Freddie murmura e vai abri o porta-malas.

Caminho pra perto da Carly pra arrancar informações dela, puxo ela pro canto da parede de uma das lojas e já vou perguntando:

— O que está acontecendo?

— Amizade colorida - ela dá um gritinho que chama a atenção dos garotos, eu os ignoro.

— Nossa arrasou girl! - fazemos um high-five.

— E você e o Freddie? Achei que depois de ontem à noite... - Carly menciona alguma coisa.

— Ei, ei - ergo a mão - O que teve ontem a noite?

— Não é atoa que você não lembra, estava dormindo feito uma pedra - ela ri mas de repente algum pensamento ruim passa na sua mente e ela faz uma careta de dor.

— Eu fui...- inicio.

— Você não parecia bem- ela me interrompe - eu não consegui dormir por causa do fuso horário, então fiquei deitada na cama, você estava tendo um pesadelo eu acho... - ela olha pros meninos e vira o rosto pra mim de novo - Você chamou pelo Austin - minha respiração para - eu sei, eu sei que devia ter te acordado, mas depois você parou e se acordou sozinha, ai eu fingi que estava dormindo e você levantou. Depois de um tempo o Freddie te trouxe nos braços e te colocou na cama de novo, ele mencionou algo sobre não querer você dormindo na sala.

— Caralho hein - eu fico com raiva de mim mesma.

— Mas foi tão bonitinho ele colocando você na cama e te dando um beijinho de boa noite. - ela faz um coração com a mão.

— Credo, que gay - faço uma careta.

— Me conta então senhorita-eu-não-tenho-sentimentos, vai me dizer que só compraram algumas coisas? - ela me cutuca pra arrancar informações.

— A gente se pegou no provador e a vendedora estava dando em cima dele - dou uma leve risada.

— No provador? Nossa vocês não se controlam mesmo - Carly cruza os braços, quero discordar mas em parte é verdade.

— O Freddie que é meio incontrolável, acredite o problema é ele, não eu.

— Sei, sei - ela olha pras unhas e dá um sorrisinho que eu conheço bem - Vai se guardar pro casamento ou prefere ter sua primeira vez com ele?

— Ah não, pode mudar de assunto - já vou pedindo pra ela ficar quieta.

— Ele sabe? - Carly ergue uma sobrancelha.

— Sa-sabe o que?... - gaguejo.

— Ele não sabe não é? - ela passa a mão no rosto - Eu já esperava por isso. Você vai contar?

— Eu não tenho que contar, a gente não vai fazer nada - tento falar firme mas desando um pouco.

— Me conta então, a que ponto ele chegou com você no aeroporto? - ela lança um olhar persistente - A que ponto ele chegou no provador? Sabe que você não consegue mentir pra mim.

— Ele abriu o zíper e o botão da calça dele, feliz? - me encosto num poste para respirar.

— Ele não vai se segurar na próxima vez Sam, espero que não se beije com ele num quarto se quiser continuar fazendo papel de freira - Carly fala rudemente, mas sei que ela está certa.

— O Freddie é diferente ok? - defendo ele.

— Não, ele não é - ela afirma - Você sabe disso e o Freddie também sabe.

— Nada haver Carly - desconverso.

— Sam, acorda - ela me segura pelos ombros - Ele é homem, todo homem é igual, eles podem até nos amar, mas primeiro você sabe o que vem na mente deles.

— Já falei, o Fredie não é assim - vejo que inciamos uma discussão.

— Sim, o Freddie é assim, e o Austin também era - ela cospe as palavras e eu tiro as mãos dela dos meus ombros. É como levar um tapa na cara.

— Chega Carly - falo com os dentes trincados - Entra na droga daquele carro e vamos esquiar ou fazer qualquer outra merda. - vou andando duro até o carro, abro a porta de trás com força e vejo Gibby sentado lá - Você não vai dirigir?

— Eu pedi pro Freddie dirigir, queria ficar aqui atrás sentado com a Carly - ele explica.

— Tanto faz - eu fecho a porta e não dá tempo da Carly entrar.

— Hey, custava deixar aberta? - ela reclama chegando mais perto.

— Não sabe mais abrir uma porta? - pergunto com raiva.

— Qual é o seu problema? - ela rebate erguendo o tom da voz.

— O problema é que você não sabe ficar de bico fechado! - eu bato com força no teto. Gibby abre a porta pra Carly e quando ele vai falar alguma coisa Carly berra:

— Eu ficaria se você me contasse as coisas!- ela bate o pé - Nunca soube o que aconteceu entre você e o Austin, quando vocês terminaram era como ter uma estranha dentro de casa, você não falava comigo, nunca nem se preocupou em falar, isso porque somos melhores amigas né? Pro inferno com essa merda! - ela aponta o dedo pra mim e eu sinto um inchaço se formando na minha garganta.

— Para as duas agora!- Gibby fala abrindo a porta - Estão parecendo duas loucas gritando no meio da rua, sim vocês são melhores amigas, e acho bom as duas entrarem no carro e pararem de escândalo.

— Você não entende - ela começa a chutar a neve no chão.

— Carly entra aqui agora se não eu vou te colocar aqui dentro - Gibby rosna pra ela, ele ta ficando bem nervoso com isso tudo.

— Sam - Freddie chama abrindo a porta pra mim, quando vejo ele já está do meu lado - Entra no carro- ele sibila e nunca vi a voz dele tão cheia de ódio antes. Entro sem protestar e Carly faz mesmo. Freddie liga o carro e anda numa velocidade rápida pelas ruas. Escuto Carly comentar algo no banco de trás e evito ao máximo o olhar dela pelo retrovisor.

— Você não devia estar resmungando, para com essa lamentação que eu que estou magoada aqui - argumento.

— Primeiramente coloquem os cintos - Freddie inicia antes que Carly diga alguma coisa e fazemos o que ele pediu - Segundamente, seja lá o que aconteceu, as duas vão pedir desculpa agora - abro a boca e ele tira os olhos dá estrada pra me olhar bravo, eu me encolho no banco - Andem logo, eu não estou brincando - ele acelera mais o carro, o que me dá um frisson na barriga. Não. Não. Não. Para essa merda! Eu quero gritar. Eu sei o que ele está fazendo e ele sabe que eu sei.

— Freddie para! - eu peço quase chorando e ele continua acelerar o carro na estrada cheia de neve.

— Ei! Vai devagar - Carly murmura com a voz preocupada.

— Por favor para - eu sussurro, sei que vou chorar, olho pelo retrovisor e vejo Gibby se ajeitar no banco.

— Freddie realmente você está meio rápido, vai com calma - Gibby toca seu ombro.

— Freddie para essa droga de carro agora! - eu grito já chorando, ele freia com tudo no acostamento de uma avenida movimentada, e todos vamos pra frente, a única coisa que nos prende é nossos cintos. - Para... - eu choramingo de novo mas o carro já está imóvel. Eu desafivelo meu cinto e saio do carro.

— Samantha!- Carly berra - Isso é um acostamento! Volta pra esse carro agora! Nós não podemos parar aqui! - Vou pra neve no acostamento ignorando ela e coloco as mãos sobre meus joelhos, já estou em lágrimas, elas fluem sobre meu rosto, após ficar uma certa distância do carro eu me viro para olhar de volta.

— Carly me desculpa - eu peço. Ela sai do carro e corre até mim.

— O que foi isso? - ela começa a secar minhas lágrimas.

— A culpa foi minha - eu choro no seu ombro. Eu nunca choro, eu tenho que ser forte, mas até o melhor escudo se desgasta às vezes.

— Não, fui eu que comecei - ela me balança pros lados como fiz com ela no avião.

— Austin e eu terminamos por minha culpa - eu digo baixinho, não tenho certeza nem se ela ouviu, então falo mais alto - Os pais dele sofreram um acidente de carro por causa da neve, eles não queriam ir, mas eu insisti pra que eles fossem, porque eu fui egoísta, quis ficar com o Austin a sós e acabei fazendo ele perder os pais, eu me odeio tanto Carly - abraço ela com força.

— Você me nunca me disse isso - ela sussurra e me solta em estado de choque - Foi por isso que terminaram? Sam! Por que não me contou? Como você encarou isso sozinha? Céus! Eu podia... Eu podia ter te ajudado.

— Eu não ia conseguir - tento explicar a ela. - Eu quis me recompor sozinha, eu... eu precisava de um tempo.

— Tempo? Ninguém se conserta sozinha Sam, você mesmo disse isso. - ela joga as mãos pro alto.

— E como acha que eu descobri isso? - respondo e ficamos nos encarando.

— Eu sinto muito por ter dito aquelas coisas. Essa viajem está sendo horrível não é? - Carly coça o pescoço - Neve? Agora entendo porque você parou de esquiar no telhado. - ela tenta ri.

— Perdão - eu falo secando meu rosto antes que congele.

— Sempre - ela me abraça. - Não precisa mais ficar aqui Sam, a gente muda tudo e vai pro Havaí hoje mesmo, ou cancela a viajem - Carly avisa e depois vai até o carro - Não vou obrigar vocês a continuarem com isso, se quiserem desistir da viajem fiquem a vontade. - os garotos ficam em silêncio, creio que essa ideia passou na mente deles e possivelmente estão considerando.

— Não - Gibby fala e sai do carro.

— Não podemos - Freddie sai do carro também - O que era para nos unir só está nos distanciando, isso já está virando um ciclo infinito. Eu não quero isso pra nós, creio que nenhum aqui quer. Só vamos parar com essa merda, focar no que é importante e seguir em frente com isso, após essa viajem eu não quero a minha vida de volta - ele admite - Eu quero a minha vida com vocês - ele fala de nós no geral, não só de mim.

— Eu também - Gibby concorda e dá um tapinha no ombro do Freddie.

— Sem mais discussões daqui pra frente - Freddie pede - Sem brigas, sem fingimento, sem coisas omitidas, tudo aberto e ninguém aqui pode ter um diário sem que o outro saiba.

— Melhor queimar o seu enquanto ainda há tempo Gibby - tento fazer uma piada pra melhorar o clima.

— Tem razão - ele sorri sem jeito.

— Somos amigos, somos uma família, ok? - Freddie junta as mãos - Nada dura para sempre, mas o que temos aqui vai durar, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida, eu irei nos manter unidos.

— Amigos são o sol em um dia de chuva - Gibby cita.

— Amigo é todo aquele que permanece com você em todos os momentos - tenho que dizer isso.

— E amigos não mentem - Carly diz me olhando e balançamos a cabeça em concordância.

— Nunca - falamos os quatro juntos e damos nosso famoso abraço em grupo.

— Vocês querem pular pro Havaí? - Carly pergunta.

— Não te ensinei a esquiar ainda - Gibby responde e me olha - E sam, não foi culpa sua o que aconteceu. Não foi culpa de ninguém, acidentes acontecem, foi uma tragédia, mas você não pode se culpar pelo resto da vida, ficar com raiva ia ser menos horrível. Apesar que a raiva, é um sentimento muito poderoso, mas é a culpa que nos destrói. - ele toca meu rosto com carinho - Estamos aqui pra isso Sam.

— Pra isso o que? - pergunto e um traço de um sorriso se formar em meus lábios.

— Para consertar você - Freddie responde e pega a minha mão.

— Own você são uns amores - Carly nos abraça de novo - Sam você está bem? Sério, não tem problema se quiser ir pro Havaí.

— Não, eu estou bem - afirmo respiro fundo e soltando o ar pela boca fazendo fumaça - Ainda não vi você esquiando - sorrio de leve.

— Então vamos nessa - ela bate palmas.

Voltamos para o carro deixando nossos pesos para o lado de fora, eu me sinto mais leve, acho que todos nos sentimos assim, é como se quase tudo estivesse no lugar certo agora, ainda falta uma coisa ou outra pra mim, mas eu tenho eles, olho para os meus amigos. Enquanto eu os tiver, vai ficar tudo bem.

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Freddie dirige em direção a Costa Norte de Vancouver, onde tem uma vista maravilhosa para as montanhas Cypress, Grouse e Mount Seymour. Estamos na famosa Cidade do Esqui, a empolgação dentro do carro é bem visível e Carly já está dando pulos no assento.

— Chegamos - Freddie anuncia e estaciona o carro - Cypress Mountain melhor zona de Sky da America do norte.

Descemos do carro e vamos alugar os equipamentos para praticarmos, luvas, óculos, touca e etc. Gibby pega dois pares de Sky, enquanto Freddie e eu pegamos pranchas de Snowboard, quero muito descer e sentir a animação toda, mas eu queria fazer algo diferente. Subimos a montanha conversando diversidades de lugares para ir e Gibby já vai explicando a Carly como funciona. Chegamos em um bom lugar onde tem várias pessoas e Gibby coloca os Sky em Carly, que parece meio desengonçada.

— E agora? - ela firma os bastões no chão para não descer montanha abaixo.

— Você vai se impulsionar para frente - Gibby vai por trás dela e coloca as as duas mãos em cima das dela nos bastões. Mais uma doçura extrema que ataca a minha diabete. Saio de perto dos dois e me junto a Freddie que ainda não colocou a prancha no pé.

— Não vai descer? - aponto pra frente.

— Não estou muito afim - ele da de ombros - Você não vai?

— Não quero - murmuro - Estou afim só de andar mesmo.

— Poderíamos fazer outra coisa - ele sugere - A menos que você queira ficar sozinha.

— Não, eu estou bem, mas voto por fazer outra coisa - batuco na prancha de Snowboard debaixo do meu braço.

— Que tal patinar no gelo? - ele fala dando um sorriso fofo e eu inclino a cabela pro lado considerando.

— Gostei - apoio a ideia dele - Tem lugar próximo aqui para patinação?

— Sim, fica descendo a montanha, tem algumas lojinhas de bugiganga e um ringue pra patinação - ele me informa.

— Gostei vamos. - seguro a prancha só com uma mão e procuro Carly, que está dando uns beijos no Gibby em vez de esquiar. - Hey Shay! - eu grito e ela me olha - Vou patinar no gelo com o Fredonho! Mais tarde eu volto!

— Juízo hein! - ela grita de volta.

— Você nunca vai parar com os apelidinhos perjurativos né? - o Benson pergunta enquanto descemos a montanha.

— São apelidinhos perjurativos carinhosos - lembro a ele - E aliás, não seria a mesma coisa se eu não te chamasse de algo assim.

— Verdade - ele murmura e muda de assunto - Carly e Gibby hein... Quem diria?

— Pelos menos um casal tem que rodar - comento.

— Rodar? - ele não entende.

— Rodar no sentindo de estar em funcionamento - explico.

— Ah sim.

Ficamos em silêncio até chegar no ringue de patinação, colocamos nossos patins e eu dou impulso pra frente e começo a patinar, Freddie está logo atrás de mim e entrelaça seu braço no meu, noto que ele tem classe para patinar.

— Já fez isso muitas vezes?- pergunto acompanhando seu ritmo.

— Minha mãe queria que fizéssemos algo juntos, já que eu ficava sem tempo pra ela com a empresa e tudo mais, então uma vez na semana saíamos para patinar, foi bom sabe? Não me sentia obrigado e era bom ter um tempo com ela - Freddie parasse flutuar sobre o gelo enquanto fala.

— Que história triste - eu digo rindo.

— Ela é uma boa pessoa Sam - ele me fala e eu fico em silêncio. Prosseguimos patinando, agora em zigue-zague. - Posso te fazer uma pergunta pessoal? Se me permite?

— A vontade - concedo a ele.

— Você e o Austin - ele menciona o nome e eu vejo que foi má ideia deixar - Namoraram por quanto tempo mesmo?

— Uns 2 anos talvez, por que? - questiono sem entender aonde ele quer chegar com isso.

— E faz quanto tempo que terminaram? - ele faz outra pergunta e eu tento ficar normal.

— Um ano e meio eu acho, não sei - respondo com sinceridade. - Por que?

— Curiosidade - ele responde e começa a patinar de costas me puxando pela mão para ficar virado para mim.

— Você não vai cair? - começo a ficar nervosa, se ele cair no chão eu vou junto.

— Passei os últimos 3 anos da minha vida fazendo isso, tenho certeza que não vou cair - ele diz e me puxa mais pra perto.

— Você saiu com muitas garotas nesses últimos anos? - arrisco perguntar e e ele continua com uma expressão calma.

— Sai sim com algumas - ele não se importa - Ocasionalmente depois do trabalho, nos fins de semana, só pra jantar mesmo...

— E depois? - fico curiosa.

— E depois o que? - ele para se equilibrando e eu quase caio, graças a intervenção divina ele me segura a tempo e me mantém em pé.

— Nada - respondo e sei que não é uma bora hora pra contar isso.

— O.k - ele murmura e começa a me rodar devagar.

— Estamos dançando? - tento girar de leve e tenho sucesso.

— Estamos fazendo o que você quiser - ele vai mais rápido e me solta, eu sigo e ele gira indo de costas e voltando depois pro meu lado.

— Caramba isso é de mais - bato palmas e tento fazer o mesmo, quase caio de novo mas ele me segura.

— Não tem um desses em Londres? - ele volta a ficar com o braço junto do meu.

— Temos, mas eu só ia às vezes - dou um pulo de leve pra treinar.

— Eu estava pensando - noto que o assunto vai ser diferente - Quando essa viajem acabar, você podia fazer uma visitinha a Seattle.

— Posso sim, vai ser legal - imagino a linda e bela Seattle, sinto saudades de casa.

— Visitar o Puget Sound - ele dá uma ideia ótima.

— Eu adoraria, sempre quis uma casa lá - admito desentrelaçando nossos braços pra pegar na sua mão.

— Nada te empata de ter uma - ele ri baixinho quando pego sua mão. - Você é agridoce Sam.

— É o que? - sorrio abismada- Ninguém nunca disse isso pra mim.

— Mas é a verdade, mas eu gosto disso em você. Gosto da Sam pensativa, da Sam chata, da Sam alegre, da Sam brincalhona, da Sam sentimental, gosto de todos os seus jeitos - ele beija meu rosto e eu tento manter o equilíbrio.

— E que Sam eu sou agora? - pergunto tentando virar e andar pra trás.

— A Sam curiosa - Freddie responde - Você quer perguntar alguma coisa, mas não sabe como.

— Ain intimidade é um saco né? - resmungo comigo mesma pelo fato dele saber tanto sobre mim.

— Ajuda em algumas coisas às vezes, mas só a Carly te conhece melhor do que ninguém. - nisso ele tem total certeza.

Freddie e eu continuamos patinando, às vezes acontecia um beijo no rosto ou um aperto de mão mais forte, onde eu me sentia na mais pura alegria, é como uma droga os meus sentimentos por ele, são todos extremamente viciantes, sei que se parar de sentir isso vou ficar mal, mas eu quero sentir, eu me sinto viva perto dele. Me sinto eu mesma. Uma parte de mim diz para esquecer tudo e ficar com ele, e oh cara como eu quero isso. Porém tem uma parte menor em mim, que está dizendo para eu esperar, mas eu não quero dar ouvidos a ela.

Depois de patinar no gelo, Freddie e eu fomos encontrar Carly e Gibby no estacionamento. Optamos por almoçar em um restaurante próximo para voltarmos logo para a montanha. Durante o almoço eu desafiei Gibby colocar duas azeitonas no nariz, o que deixou a Carly super enjoada e ela não conseguiu comer metade da sua refeição, o que nos gerou umas boas risadas também. Quando terminamos o almoço, voltamos para a montanha onde eu ensinei, ou melhor dizendo, tentei ensinar a Carly a praticar Snowboard, já que o Gibby não ajudou em nada, estava tudo muito bem, ela desceu boa parte da montanha, até que me lembrei que não tinha ensinado ela a frear, resultado: Carly se espatifou no meio das árvores e disse que nunca mais ia chegar perto de uma prancha de Snowboard na vida. Após isso tentei o Esqui, o que deu quase no mesmo, Carly atropelou dois turistas e quase ia caindo em cima de uma criança, o que foi por pouco senão fosse por Gibby que se jogou em cima dela na neve. Foi quando iniciamos uma guerra de neve, parecíamos quatro crianças, mas foi divertido e encerramos a tarde com muita risada e Carly reclamando sobre o quanto é perigoso esportes radicais...

 

— Gostei do dia em pessoal - Carly diz enquanto entramos no chalé, de volta ao cafofo.

— Lar, doce lar - murmuro e vou tirando minhas roupas de frio cobertas de neve.

— Um banho vai bem - Gibby fala.

— Não sou doida a esse ponto - eu digo já tremendo, mesmo a água sendo quente.

Trocamos de roupa e sentamos na sala para bater papo e jogar uma partida de banco imobiliário, Freddie se saiu bem, mas por ser um jogo muito extenso desistimos e também não estávamos afim de ver o Freddie tirar tudo da gente. Decidimos levar nossos colchões pra sala pra dormimos lá depois de ver um filme, apesar que o Gibby dormiu bem antes do filme acabar, tipo nos trailer que vem no DVD, depois acordamos ele pra perguntar o que ele achou do filme, ele inventou a pior história que eu já ouvi e depois nos lembrou de uma coisa:

— Amanhã é nosso último dia aqui, praticamente partimos a tarde. Ai praia, sol, areia, essas coisas. - ele fala do Havaí.

— Mal posso esperar - começo a imaginar.

— Vai ser perfeito gente - Carly comenta enquanto desligamos as luzes e a tv.

— Creio que sim - Freddie concorda - Principalmente por estarmos todos juntos.

— Que gay - falo baixinho mas sei que ele ouviu.

— A melhor viajem ever - Carly se deita no colchão e coloca a mão no centro.

— A melhor viajem ever - digo junto com Freddie e Gibby, juntamos as mãos no meio e jogamos pra cima.

— Agora é hora de dormir - Carly boceja - E sem gracinhas - ela se embrulha nas cobertas ao meu lado.

Enquanto estamos deitados eu fico pensando em como eu tenho sorte, ter amigos assim, eles não são perfeitos, são cheios de defeitos, às vezes são chatos e cabeça dura, mas isso é o que os tornam especiais, são como pequenas pérolas preciosas com valores inestimáveis. Sei que não posso perde-los, eles são meus, e eu vou fazer o famoso para sempre durar enquanto eu existir, assim como o Freddie. Amigos não mentem, não traem, não roubam, eles são tudo o que você precisar, até mais do que podemos imaginar. Não há um espaço que não preencham, todos tem problemas diferentes, mas sei que vamos achar a solução, não existe nada difícil demais quando se está amarrado á um laço, chamado amizade.


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Notas finais do capítulo

Primeiro vou falar sobre o pedido de Hot Seddie que me fizeram e já vou avisando que o capítulo do Hot já está escrito, ele vai se passar em um determinado lugar que eu já tinha em mente, logo logo vai chegar nesse capítulo e sei que vcs vão amar ~lua amarela~, até lá se acalmem. Contem tudo lindinhos nos comentários, não se esqueçam de avisar o que querem na fic, falem tintim por tintim pra eu poder colocar, soltem a imaginação de vcs, vamos juntar nossas ideias e criar algo bem "porreta" kkkk bjs galera e tem as famosinhas opções, escolham ai e se vemos em breve:

OPÇÃO 1: O próximo capítulo já começa eles entrando no avião e indo para o Havaí.

OPÇÃO 2: Freddie faz algo interessante com a Sam de noite enquanto todos dormem... No posto de vista dele ou dela?