Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 42
Pumped Up Kicks


Notas iniciais do capítulo

[Sapatos Caros]

Alô alô alô vocês sabem quem sou eu? Alô alô graças a Deus!

Primeiramente não postei sábado pq eu tive uma dor de cabeça sinistra e tbm eu não achei que o capítulo estava bom para ser postado. Domingo o meu computador estava em formatação (o ser humano passa 3 anos sem formatar o pc, prazer eu mesma). Segunda eu tive que baixar novos editores de textos e adicionar uns pedidos, sem contar que quase me atrasei pro colégio (estudo a noite) pq fiquei terminando de editar. Conclusões hoje foi o único dia disponível para mim...

Voltei da aposentadoria (coisa que nenhum brasileiro vai ter né)

Gostaria de mandar beijos para a Yara, Joyciele, Karyn Machado e Ana Buratti, leitoras creddies da fic (sim elas shippam creddie mas se apaixonaram por essa fic Seddie mesmo assim), eu já vinha planejando fazer isso a um tempo mas como elas pediram resolvi realmente colocar, andei pensando: que tal Freddie e Carly se entenderem, deixarem ressentimentos para trás e finalmente terem uma grande amizade de novo? Decidi justificar seus motivos e algumas inseguranças do Freddie, acima de tudo Fix you se baseia muito em amizade, em perdão, compaixão e tudo mais, romance é apenas um dos itens que deixa essa fanfic maravilhosa, então por que não pegar a amizade de Carly e Freddie e trabalhar um pouco com ela? Durante toda a fic usei a amizade dos quatro (Carly, Sam, Freddie e Gibby) como um todo, agora falta esse pequeno laço a ser consertado... Este capítulo é composto de flashbacks e muito drama, realmente dói saber que está tudo chegando ao fim, mas ainda vem coisas pela frente... Espero que gostem e não me matem ahuahua, leiam seus lindos:



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Povs Lana:

FLASHBACK ON:

— Chega de tentar se desculpar, eu passei a vida toda acreditando que você era a minha mãe! – eu berro com a Lorrayne- Eu te odeio! Eu te odeio! Eu te odeio! - grito até meus pulmões pedirem por ar.

O tapa vem certeiro em meu rosto e eu caio no chão com o impacto. Sinto um gosto metálico na boca. Minha obturação! Enxugo a boca e meus dedos ficam vermelhos.

— Eu sacrifiquei muita coisa para te criar, dê graças a Deus pela vida que tem!- ela faz um escândalo, maior que o meu.

Levanto-me do chão com dificuldade.

— Deus não está no meio disso! Uma vida inteira construída a base de uma mentira! Quem é minha mãe? De onde foi que eu vim? – pergunto sem parar - Por que não me contaram que eu tenho um irmão?

— Isso não é da sua conta!

— Preciso falar com meu pai - começo a andar em direção as escadas, mas ela segura meus ombros e me joga no canto da parede.

— Sai desta casa!

— Eu quero conversar com meu pai sua vadia!- sinto meu ombro latejar por causa do impacto.

Ela vem pra cima de mim e desfere outro tapa no meu rosto.

— Não ouse me tratar assim na minha própria casa!

— Morra!- eu a empurro e subo as escadas correndo.

Eu sei que meu pai deve estar na varanda fumando um cigarro como de costume. Ele faz isso todos os dias antes do almoço, mas não gosta de fumar dentro de casa por que não gosta do cheiro de cinzeiro.

— A rua toda ouviu Lana. - ele me diz se apoiando no vidro da sacada- Se você saiu de Londres para vir aqui fazer escândalo, então é melhor ficar por lá mesmo.

— Por que mentiu pra mim durante toda a minha vida?

— Puxe uma cadeira e se sente, a história vai ser demorada. - ele se vira para me olhar- Sua mãe se chama Marissa... Ela me amava e então nos casamos, mas eu nunca a amei realmente. Não era algo recíproco.

Realmente puxo uma cadeira para me sentar.

— E por que não se divorciou dela?

— Para manter as aparências, eu acho. - ele forma anéis de fumaça- Eu tinha tudo para ter uma firma de carros, dinheiro fácil na mão, eu te daria uma vida perfeita... Você estudaria nas melhores escolas, nas melhores faculdades... Isso se eu quisesse ter tido você.

— Como assim?

— Eu disse a sua mãe que, filhos só após uns dez anos, eu não queria essa responsabilidade no meu pé. - ele tosse, realmente está piorando com o passar dos anos - Mas então, ela deu uma de engravidar no primeiro ano de casamento, para piorar foi de um menino. Isso destruiu meus planos, minhas metas, o garoto tirou tudo de mim e mesmo que eu não amasse sua mãe, me senti trocado quando ela só queria dar atenção para o menino.

Seu filho, meu irmão.— eu corrijo.

Ele joga o cigarro fora.

— Que seja. Eu nunca suportei seu irmão e para piorar ele deixou você sofrer um acidente.

— O balanço... - eu recordo- Não foi um sonho, realmente aconteceu.

— Sim. Ele deixou você cair, foi o que bastou pelo meu ódio por ele só aumentar. - ele faz uma pausa como se escolhesse as palavras - Então se passou alguns meses e eu cansei de tudo. Consegui chantagear a sua mãe e tirei você dela, casei com a Lorrayne, te dei o sobrenome dela e aqui estamos...

Olho para ele desolada.

— Não é o suficiente. Eu quero saber mais. Onde minha mãe e meu irmão estão agora?

— Isso você vai ter que descobrir por si mesma. - ele se vira para a sacada.

Me levanto da cadeira e empurro a suas costas.

— ME CONTE ONDE ELES ESTÃO!

Ele se vira e pela primeira vez é violento comigo. Sua mão aperta o meu pescoço enquanto me faz voltar para a cadeira.

— Sua mãe também me irritava e eu perdia a paciência, não me faça deixar marcas em você como eu deixava nela, entendeu? - ele me joga na cadeira e eu levo a mão ao pescoço para tentar respirar.

Sinto um ódio percorrer meu coração. Passei todos esses anos o amando por ser meu pai, amando a Lorrayne mesmo ela sendo dura demais comigo e agora eu chego ao ponto de descobrir tudo isso... Eu nunca encontrei o meu lugar no mundo e agora eu realmente me sinto perdida.

— Eu te odeio. - a frase sai sufocada pelas minhas lágrimas de ódio.

— Vá pedi desculpas a sua mãe. - ele se refere à Lorrayne.

Trinco os dentes e me levanto.

— Ela não é minha mãe.

Ele me pega pelos pulsos e me olha de uma forma cruel.

— Nunca mais repita isso.

Não importa se ele vai me bater, eu não ligo.

— Ela nunca será a minha mãe. - repito.

— Você vai se arrepender. - meu pai começa a me puxar para a porta, enquanto eu o empurro para o final da sacada, ele é muito mais forte, mas com certa agilidade consigo fingir que desisti. Ele me puxa achando que ainda estou fazendo força e se desequilibra. Suas mãos soltam meus pulsos, e eu empurro seus ombros, seus pés tropeçam uns nos outros e ele bate as costas quebrando o vidro frágil de proteção da sacada. Eu corro para a beirada. É tarde demais quando vejo seu corpo inconsciente estirado na calçada.  O que foi que eu fiz? Não posso continuar aqui... Eu preciso fugir... Preciso voltar para Londres...

FLASHBACK OFF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Povs Sam:

— Não é nada. - eu respondo para empatar que o pai do Freddie entregue o jogo.

— Como nada? - Freddie aperta minha mão- Ah Sam... Como eu pude deixar chegar a esse ponto? - ele baixa o tom da voz- Era para você ter corrido.

Deito minha cabeça contra seu ombro.

— Vai ficar tudo bem. - viro a cabeça para trás e observo um carro nos seguindo lentamente na escuridão.

Freddie beija meu rosto.

— Engraçado, era eu que costumava ser otimista.

— Então continue sendo. - me ajeito no banco aguardando o meu destino.

Joshua vira a direita pegando a I-5. Ele conduz pela principal Avenida de Seattle em uma velocidade consideravelmente alta o que faz o carro logo atrás de nós diminuir a velocidade. Josh ainda não reparou no veículo, me pergunto quem está lá.

A avenida está movimentada como sempre. O pai do Freddie pega um desvio que leva para uma zona florestal de Seattle. Freddie aperta minha mão com força, ainda não consegui contar a ele que sou eu quem vai morrer. Chame de egoísmo se quiser, mas eu sei que ele pode fazer muito mais do que eu se continuar vivo.

Josh adentra nos arredores de uma floresta densa. Ele desliga o veículo em uma clareira e parece estar pensando por onde começar. Belo tipo de psicopata.

— Saiam do carro. - ele ordena mantendo os faróis ligados, abrindo a porta e saindo.

Freddie treme ao meu lado e vejo uma lágrima silenciosa escorrer do seu olho direito. Eu já não tenho mais nada para derramar. Saio do carro primeiro. Freddie sai logo atrás de mim por que não quer soltar a minha mão esquerda. Encaminhamo-nos para o pai dele que está andando em direção ao centro da clareira. Lorrayne permanece próximo do carro, como se estivesse vigiando.

Quando chegamos ao centro da clareira enevoada, clareada apenas pelos faróis do Impala, Joshua tira a arma do bolso e coça a testa com ela. Pena que a arma não disparou sozinha.

— Qual foi o mal que eu te fiz? - Freddie pergunta com coragem.

O pai dele pensa como responder.

— Você nasceu, esse é o mal que você me fez. Eu tinha uma vida pela frente, coisas que você nem imagina e por culpa da sua mãe ter dito você, eu perdi tudo. Minha família costumava resolver coisas assim, só estou seguindo os passos dela.

— Passos de uma família cheia de psicopatas. - cuspo no chão.

— Olha como fala da minha família. - ele engatilha a arma.

— Vai fazer o que? - solto a mão do Freddie e dou um passo para frente- Me matar?

Joshua ri da minha insanidade.

— Certamente vou.

Freddie me puxa pelo braço

— Não! - ele se coloca na minha frente- Era eu que você queria pai, deixe a Sam fora disso.

— Eu sabia que ela não contaria a você- Josh parece achar divertido, é tudo um maldito jogo para ele.

Freddie olha para mim e depois para o pai.

— O que ela não me contaria?

— Ela veio falar comigo, pediu para morrer no seu lugar e eu concedi esse desejo a ela.

Abaixo a cabeça quando Joshua para de falar. Freddie com certeza vai entrar em desespero a qualquer momento.

— Sam? Isso é verdade? - ele se recusa a acreditar.

— Sim. - digo de forma inaudível.

— Meu Deus. - ele leva as mãos à cabeça.

— Eu estou com um pouco de pressa aqui. – Josh intervém – Vamos acabar logo com isso Samantha.

— Não vou pedir desculpas – continuo olhando pro Freddie - Só queria que entendesse que eu amo você.

— Há! - ele está em choque- Você me ama? Quer que eu acredite que isso é amor? Você não sabe nem o que significa isso! Eu sei o que é amor. Amor é o que eu sentia pela Carly – essa doeu - Amor é o que eu sinto por você. – essa dá para superar - Isso que você está fazendo não é por amor Sam, é só... - suas palavras me cortam por dentro - Você só não quer me perder.

Eu tentei mostrar ao Freddie tantas vezes que eu o amava, fiquei tão focada nisso que não percebi que ele ainda não acreditava. E tudo aquilo que ele me disse no casamento da Carly? Já não significa mais nada? A pergunta é: por quê? Por que o Freddie não acredita em mim?

Até mesmo Josh fica em silêncio olhando a cena com certo espanto, parece que algo que o Freddie disse era novidade para ele.

— Então se você acha que eu não te amo depois de tudo o que eu fiz, então dê o fora daqui. – minha voz sai fria - Hey- olho para o Joshua- Atira em mim.

Freddie sai do seu torpor recente e tenta me proteger novamente.

— Não atire nela, não vale nem a pena, atire em mim.

— Sai da frente Benson. - não acredito que até mesmo nos nossos momentos finais iremos discutir.

— Eu não vou deixar você morrer por um egoísmo ridículo!

— Eu não me importo com o que você pensa!

— E eu realmente não me importo em atirar nos dois. - Joshua corta a discussão e me puxa com brutalidade pelo braço para seu lado, ele desliza o cano frio da arma pelo meu rosto- Deseja virar de costas? - ele pergunta ao Freddie- Vai fazer estrago.

— Não! - Freddie implora- Não a mate.

— Por que não? Por que não matar uma garota que nem ama você? Agora pouco você mesmo disse que ela não sabe o que é amor, então, por que eu não atiro nela? - ele aperta a arma contra o lado direito da minha cabeça.

Freddie procura uma resposta.

— Por que a culpa é minha. Eu estraguei a vida de vocês dois. Estraguei a vida dela quando a deixei pela Lana, mereço pagar por isso.

— E acha que merece pagar com a vida? - o aperto do Josh no meu braço fica mais frouxo.

— Eu tenho certeza que mereço. - Freddie toma sua decisão- Espero que me perdoe Sam.

— Não. Eu não vou, por que você não merece... - meus dentes se batem por causa do frio- Se não acredita que eu te amo, como pode querer exigir perdão de mim?

Eu seguro a arma e Joshua me empurra com raiva antes que eu mesma atire em mim sem querer.

— Chega!- ele aponta a pistola para mim e depois para o Freddie- Você volta para a cá! - ele me coloca contra seu peito de novo, a arma está no meu ouvido. - Talvez isso vá doer um pouquinho - ele dispara a arma e o som ricocheteia pela clareira.

Espero a dor invadir meu corpo. A sensação de queimação começar. Os nervos em alerta. O sangue coagulando. Mas não tem nada. Não tem som. Nem cheiro. Nem dor. Tem apenas o silêncio.

 

 

 

FLASHBACK ON:

Povs Sam:

Estou deitada na areia da ilha, enquanto o Freddie está sentado lendo um livro ao meu lado.

— Então você acha possível? - o questiono enquanto deixo o sol me bronzear.

— Acho. - ele fecha o livro e foca a atenção no meu corpo- Eu acho possível sim um dia alugar o apartamento 8-D somente para os fins de semana, quando a vida ficar sobrecarregada demais.

— E a Carly poderia passar um tempo com o Spencer no 8-C... Se a Jenner deixar é claro.

— É... Tem a Jenner. - Freddie se recorda da namorada do Spencer, logo depois algo o faz rir.

— O que foi? - me apoio nos cotovelos.

— Nada é só... - ele ri de novo- Me lembrei de quando você disse que tinha uma quedinha pelo Spencer.

— Tinha? - levo na brincadeira- Eu ainda tenho.

Nós dois rimos e eu aproveito para me sentar no meio das suas pernas, assim Freddie passa os braços em volta da minha cintura.

— Lembro-me de quando você amava a Carly. - observo o mar.

Freddie se mexe desconfortável, como se não quisesse falar disso.

— E?

— Me pergunto se um dia ela sentiu o mesmo.

— Talvez sentisse. - ele encosta a bochecha na minha- Mas eu me apaixonei por você Sam. Acho que eu já te amava antes, mas por que a Carly me tratava bem eu pensei que amava ela. Não sei quando a venda caiu dos meus olhos... Poderia ter sido tudo tão mais fácil se eu tivesse parado de ser um mané. Acho que hoje nós já estaríamos casados, vivendo a nossa vida juntos. Não teria tido meu afastamento, ou o Austin, ou toda essa confusão. Só teria você e eu, como era para ter sido desde o início.

Fico em silêncio escutando o som da nossa respiração. Após um tempo me sinto na obrigação de dizer alguma coisa.

— Fico feliz da forma que estamos agora, se eu soubesse que chegaríamos até aqui, eu passaria por tudo de novo... Por mais que eu tenha sofrido em alguns momentos, eu tive você no final. Se eu soubesse desde o início que o prêmio seria você, eu sofreria de novo só para te ter. Não ligo em sangrar por você Freddie... Eu te amo.

Freddie parece sorrir contra meu rosto.

— Está dizendo o que? Que morreria por mim se fosse preciso?

— Sim. Eu morreria... - admito sabendo dos meus sentimentos- Eu não morreria por não aguentar o sofrimento de não ter mais você, eu morreria por que eu não me importaria em te deixar viver, te deixar ser feliz. O mundo perderia o sentido assim que você partisse, mas se eu morresse o mundo iria continuar a girar, e em tudo o que você fizesse eu estaria ali ao seu lado, dizendo que te amo, dizendo o quanto eu estaria orgulhosa por você conseguir contornar a minha perda. Sabe, eu não escolheria pessoa melhor do que a Carly para ficar com você se eu morresse, mas acho que o Gibby a conquistou de uma maneira que nem eu entendi... Isso tudo seria tão simples. Uma bala, um acidente de carro, o que fosse...

— Shhh. - Freddie vira meu rosto para me beijar com intensidade- Agradeço pela prova de amor, mas não precisa relatar em detalhes, eu não quero nem cogitar a possibilidade de perder você... Dói muito só de imaginar você indo embora, dói ainda mais imaginar você... Não Sam, não se preocupe, nada disso vai acontecer, eu vou te proteger de tudo e de todos, e se alguém tiver que morrer, que seja eu, entendeu?

O empurro na areia e subo em cima dele.

— Entendi... Mas você não poderia empatar o inevitável. - dou carinho no seu peito.

Freddie sorri e me dá um selinho molhado,

— Eu daria um jeito... Minha vida é você Samantha Puckett, acha mesmo que eu ainda teria uma se perdesse você?

— Acho.

— Por quê?

— Tudo na vida passa uma hora Freddie...

— Tem razão... Tudo passa menos o amor que sinto por você.

— Se for assim, o amor que eu sinto por você também nunca deixará de existir. - mordo o lábio sentindo suas mãos nas minhas coxas.

— Nunca mesmo?

Balanço a cabeça.

— Eu vou te amar nessa vida, e em qualquer outra.

— E saber que tudo isso que começou com um "eu te odeio"- ele se senta na areia, fazendo nossos narizes se tocarem de tão próximos.

— E quer saber de uma coisa? - rapidamente o empurro de volta e me coloco de pé.

— O que? - ele se senta sorrindo feito um menino.

— Eu também odeio você. - dou alguns passos para trás sabendo que ele vai vir correr atrás de mim.

— Fico feliz em ouvir isso. - ele se levanta e vem na minha direção, eu me viro e corro em direção a casa sabendo onde tudo isso vai terminar.

FLASHBACK OFF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Povs Freddie:

FLASHBACK ON:

Gibby ri enquanto gira Carly pela pista de dança lentamente ao som de Can't Help Falling in Love de Elvis Presley. Eu sorrio vendo a alegria imensa dos dois. Eu amei a Carly por um tempo, ainda a amo hoje, mas fico feliz ao saber que sempre será uma amizade. Eu a amo da mesma forma que amo a Lana. Carly é como uma irmã para mim, talvez a saudade que eu tinha de Lana, foi o que me fez desenvolver esse tipo de sentimento por ela.

Sinto-me liberto. Totalmente livre enquanto assisto ela se jogar nos braços do Gibby durante a dança. É quase como um sentimento de satisfação. De orgulho. Eu sei quem eu realmente amo. E esse sentimento é um amor que me consome por dentro, toma a minha vida e o meu coração, guia a minha alma e as minhas ações.

Pego a mão da mulher que amo, que no momento está vibrando de alegria vendo Carly sorrir como nunca antes. Olho para o rosto angelical da Sam, meu coração aumenta as batidas e todo meu corpo pede pelo o dela. Impossível eu me controlar, então beijo sua bochecha para me acalmar um pouco.

— Ela é a noiva mais feliz que o mundo já viu. - Sam não disfarça a emoção- Ela conseguiu o que queria... Era o sonho dela se casar com alguém que realmente a amasse e que ela sentisse o mesmo, mas eu sei que ela encontrou muito mais do que isso, ela encontrou o verdadeiro amor. Realmente duvido que tenha alguém no universo mais feliz do que ela agora.

— Eu também duvido. - passo meus braços em volta dela- Me prometa que vai dançar All I Want sem chorar.

— Hoje eu não prometo nada a ninguém que não seja Carly. - ela até parece se esquecer dos nossos outros problemas.

 

 

Sam e eu conseguimos dançar o que ensaiamos com perfeição. Foi um pouco difícil por causa da letra da música, mas fizemos um esforço para não deixar Carly preocupada. Logo depois teve as danças com os pais da noiva e do noivo. Carly dançou com seu pai e Gibby com a mãe, em seguida não menos importante a dança com os melhores amigos. Gibby levou a Sam para a pista de dança, me inquieta ficar longe dela. Eu delicadamente levei Carly para o mais perto da Sam que eu pude, mas não daria certo em certos momentos da música.

— Ela não vai fugir. - Carly chama a minha atenção enquanto dançamos. Relembro de quando fizemos isso alguns anos atrás. Lembro também de ver a Sam entrando na lanchonete e ter visto a minha dança com a Carly, dói saber que eu causei dor nela.

— Eu sei. - dou um sorriso calmo.

Parece que a dança da Sam e o Gibby está mais leve, ambos riem de algo a todo instante, deve ser pelo fato de nunca terem possuído sentimentos estranhos um pelo o outro.

— Como você está Freddie, de verdade? - Carly me pergunta.

— Eu me sinto extremamente feliz por você. - respondo olhando para ela.

— Não. - ela nega com a cabeça- Isso eu sei, você já me disse, quero saber como está com a Sam.

— Ah... - fico encabulado- É só algo difícil entre nós, mas vamos dar um jeito, você sabe como a Sam é às vezes, ela não é de aceitar certas coisas... - giro a Carly e eu lentamente, temo em acabar falando demais- Mas eu a amo e vou procurar fazer o melhor por ela. - o que inclui morrer, adiciono em silêncio.

Carly bufa brava por algum motivo.

— Ela também te ama e eu sei que a Sam acha que você não aceita isso. Me diz, por que você não acredita?

Vejo-me encurralado por todos os lados. Está na hora de eu contar a verdade.

— Quer saber por quê?

— Quero.

— Por que você nunca me amou Carly. - deixo bem claro olhando nos olhos dela- Por que eu deveria acreditar que a Sam me ama?

— Quem disse que eu nunca amei você? - ela não se incomoda de admitir- Eu te amei Freddie, em algum momento eu sei que amei você, parei de te enxergar como um irmão menor, então se até eu tive esse sentimento por você, tenha toda a certeza do mundo que a Sam te ama e muito, eu a conheço melhor do que ninguém. Sei o que se passa no coração dela. Sei que cada batida é sua e ela nem precisou me contar isso. - fico paralisado sem saber o que dizer a ela, Carly mantendo a as aparências conduz a dança por nós dois- Apenas sorria e dance comigo.

Concordo com a cabeça e retomo a dança. Noto o olhar de dúvida da Sam sobre nós. Eu apenas balanço a cabeça dizendo que está tudo bem, ela assente e o Gibby diz algo a ela que a faz rir de novo.

— Ela é todo o meu futuro, Carly. Toda a base da minha vida... - solto amor e adoração - Depois do que você me disse, realmente acredito que sou o mesmo para ela.

— Você é sim... Encontramos nosso destino Freddie. Encontramos pessoas cujo quais não podemos viver sem, se um de nós cairmos, a outra pessoa também cairá. Nenhum quer perder um ao outro. - por um momento penso que Carly sabe da verdade, mas eu sei que foram somente coisas que ela estava guardando no coração- Eu te amo Freddie, no mais puro sentimento de amizade existente.

— Eu também te amo Carly, da mesma forma. - consigo esboçar um sorriso verdadeiro.

Quando a dança termina Carly me solta e corre para os braços do Gibby, Sam vem correndo para os meus, noto que ela também sofreu por ficar longe de mim.

— Hey, se lembra do que eu te falei. - Carly aponta para mim- Não seja um mané.

— Não serei. - aceno para Carly e levo a Sam para o meio da multidão comigo.

— Sobre o que conversaram? - Sam pergunta curiosa.

— Sobre você me amar... Eu sou o cara mais idiota do mundo por não ter enxergado isso antes. - colo meus lábios nos seus- Me perdoa por duvidar tantas vezes do seu amor por mim.

— Não há o que perdoar. - ela arruma minha gravata de novo- Apenas saiba que eu te amo, desesperadamente.

— Eu sei que me ama. Juro que eu sei. - encosto minha testa na dela, enquanto sinto o amor verdadeiro nos envolver serenamente.

FLASHBACK OFF

 

 

 

 

 

 

 

Povs Sam:

Então isso é morrer? É calmo e lento? Não tem uma agonia horrível? Mas por que tem um apito ensurdecedor no meu ouvido direito? Está ardendo. Sinto algo quente contra a minha orelha. Algo molhado.

Abro os olhos e percebo que ainda estou na clareira. Olho para frente e levo as mãos à boca ao ver a camisa branca de dentro do smoking do Freddie começar a ficar vermelha. Ele segura o que eu acho que é o tórax, enquanto cai de joelhos.

Dou um grito mudo. Quero correr até ele, mas Joshua agarra meu braço. Ele quer que eu assista.

Não encontro a minha voz nem para dizer que o amo uma última vez, mas o que iria adiantar se ele sequer acredita. Os olhos do Freddie procuram algo para se focar, enquanto ele tenta compreender as coisas a sua volta. Enfim seu par de olhos castanhos encontra os meus olhos azuis. Ele não parece com raiva, ou surpreso, só parece confuso. Nem mesmo está transparecendo dor. E até mesmo nos seus últimos minutos ele não quer gritar. Ele quer me manter calma. Mostrar que está tudo bem.

 

 

 

 

 

 

 

 

Povs Lana:

— Pare aqui. – indico na entrada da floresta.

Austin desliga o carro com um pouco de medo. Ele retira a gravata e o paletó do seu terno. Abro a porta para sair, mas ele segura minha mão.

— Vou com você. – ele insiste.

— Você pode ficar.

— Eu não tenho nada a perder. – ele justifica e sai do carro.

Eu saio da Mercedes sentindo um frio imenso. Começo a caminhar pela direção das marcas de carro na terra, mas somente a luz fraca da lua ilumina, sem contar que está uma neblina densa em volta de tudo. Escuto um tiro, me abaixo me assustando junto com o Austin.

— Meu Deus! – choro já com medo do que pode ter acontecido.

Eu corro entre a vegetação cortando as pernas com os alguns galhos. Sigo uma luz fraca que emana de trás das árvores. Percebo o Impala preto com os faróis ligados iluminando três pessoas em uma clareira. Quando dou um passo para frente vejo a Lorrayne apontando o que parece ser uma pistola para mim.

— Não se mexa. – ela nos avisa e aponta para que a gente ande até onde as três pessoas estão.

Ergo as mãos juntos com o Austin e caminhamos em frente à Lorrayne. Paramos no centro da clareira onde meu pai está segurando o braço da Sam, tem sangue descendo pelo seu ouvido direito, mas ela parece não se importar com isso, seus olhos estão em Freddie. Eu grito estridentemente ao ver ele de joelhos com a camisa ensanguentada.

— FREDDIE! – eu berro e quando vou correr até ele, Lorrayne dá uma coronhada na minha cabeça que me faz perder os sentidos, acontece tudo muito rápido.

— Lorrayne, não! – Joshua grita quando caio sentada na relva. Austin aproveitando seu momento de descuido se joga em cima dele e da Sam, mais um tiro é ouvido, seguido de outro. Sam tenta se levantar, enquanto Lorrayne vai em direção dela, mas eu puxo a sua perna fazendo com que caia no chão. Desfiro um soco nas suas costas, para imobiliza-la, consigo pegar a arma da mão dela. Lorrayne me olha com súplica, minhas mão tremem mas uma voz dentro de mim diz “Atire nela”.

— Não faça isso filha. – ela implora tremendo – Eu sou sua mãe Lana.

— Eu não sou sua filha, e você não é minha mãe. Eu tenho uma mãe e ela se chama Marissa Benson. – acerto a arma no seu queixo e ela desaba inconsciente na grama.

— Chega disso tudo! – meu pai se irrita e chuta o rosto do Austin, que está com toda a frente da sua camisa empapada de sangue, ambos possuem sangue nas roupas, mas sei que pertence apenas ao Austin. – Olha o que temos aqui, um triplo homicídio... E você – ele aponta pra mim, mas recua quando vê que estou apontando a arma para ele, nem eu mesma me dei conta disso – Solta essa arma Lana.

— Não. – balanço a cabeça negando, Sam faz menção de se levantar para atacar meu pai, mas dou um sinal para ela ficar quieta, ele pode acabar atirando nela – Eu já fui manipulada por você tempo demais, eu cansei... – engatilho a arma e inalo o ar frio com cheiro de sangue – Solte a arma, agora.

— Não banque a corajosa ou eu atiro nela e... – ela aponta para a Sam e eu disparo a arma contra seu peito até escutar os cliques surdos da pistola, as balas acabaram.

Sam grita quando o corpo dele cai sobre as suas pernas, ela rasteja desesperada na grama e vai até o Freddie que está no chão.

Eu acabo por vomitar ao meu lado. Depois solto a arma e corro para o Austin, que segura o peito e toda vez que respira tosse um pouco de sangue.

— Lana... – ele chama baixinho quando lágrimas descem do seu rosto – Eu também... Eu também amo você.

— Austin, não me deixa. Eu sinto muito.

Eu o abraço com força, enquanto lentamente a vida se esvai dele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Povs Sam:

— Fre... Freddie... – eu começo a chorar enquanto o puxo para cima dos meus joelhos.

Ele abre os olhos com dificuldade e me fita ainda tirando forças para esboçar um sorriso.

— Eu estou feliz, não se preocupe. – ele quer ainda se colocar a abaixo de mim.

— Mesmo que você não acredite, eu tenho que dizer mais uma vez que te amo... Eu te amo Freddie, eu prometo amar você enquanto eu viver, ninguém jamais vai tomar o seu lugar, eu juro. – as lágrimas pingam contra seu rosto.

— Eu acredito Sam... Você não percebeu? – a voz dele fica mais fraca – Eu menti para te salvar, ele ia atirar em você, eu tive que fingir tudo aquilo... Eu sei que você me ama, sei que sempre vai me amar. – ele aperta a minha mão.

— Eu vou sim. – devolvo o aperto na sua mão.

Freddie vira a cabeça para ver a irmã.

— Lana? – ele chama por ela – Você está ferida?

— Não. – ela hesita em sair de perto do Austin – Você não pode morrer. – Lana vem até nós e abraça o irmão contra o peito – Eu te amo irmão.

— Eu também te amo Lana, tome conta da mamãe... E de Rosalie, ouviu? Elas precisam de você. – está ficando mais difícil pra ele respirar.

Eu o deixo por um momento e vou para o Austin, que tem mais sangue na camisa que o Freddie.

— Eu prometi que ia te proteger, não foi? – sua boca está vermelha-Prometi que daria a minha vida pela sua...

— Você prometeu. – dou carinho nos seus cabelos.

— Apenas diga que me perdoa... – a sua voz custa muito a sair.

Escuto Lana ligar para uma ambulância e para a polícia.

— Eu perdoo você. – digo depois de alguns minutos – Perdoo vocês dois – olho para a Lana que retorna para o lado do Austin – Eu te amo. – falo para ele.

— Eu sei gatinha. – ele usa o apelido que me deu.

Beijo sua testa e depois volto a segurar a mão do Freddie.

— Acho que já vou... – ele age como se fosse uma despedida qualquer – Não faça nenhuma loucura, por favor, sua família precisa de você... Carly precisa muito de você.

— Você vai aguentar por favor, aguenta só mais um pouco... Por mim. – eu imploro quase esmagando sua mão de tanto apertar.

— Eu quero, mas não dá... – ele fecha os olhos por alguns segundos – Se lembra naquele dia na ilha? Quando você disse que passaria por tudo de novo, se eu fosse o prêmio no final?

— Sim. – deixo as lágrimas rolarem – Eu me lembro.

— Então... Eu passaria por essa dor horrível quantas vezes fosse necessário, apenas para proteger você. – Freddie tentar erguer a cabeça, ele quer um beijo.

Eu me inclino e beijo seus lábios trêmulos. Talvez o nosso último beijo. Nossas bocas aproveitam o gosto uma da outra, mas sinto o beijo ficar mais lento enquanto o Freddie vai perdendo os sentidos.

— Eu queria estar no seu lugar.

— Não precisou... E nunca vai precisar. – ele me puxa quase sem forças, me deito ao seu lado na relva e coloco a mão contra seu coração, as batidas estão irregulares.

— E nossos planos? Nossa vida juntos? A família que você queria? E agora, Freddie? – exijo respostas que o mundo não pode me dar.

— Você vai ter uma família... Vai ter tudo isso, não importa com quem seja. Eu amei cada segundo ao seu lado, eu amei ser seu e amei você por ser minha. – Freddie faz mais um pausa – E sabe o que eu mais gostei nisso tudo?

— Diga... – sinto a dor rasgar minha alma.

— Foi o fato de eu poder me apaixonar por você, mais uma vez. – ele sussurra – Eu te amo.

— Eu também te amo. – beijo seus lábios de novo, mas não obtenho resposta – Freddie?

Sua mão já não está mais apertando a minha. Ela cai imóvel entre a grama macia e verde...


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Notas finais do capítulo

Vou sair de jato antes que mandem me trucidar...

Como a Rosália disse: Se é pra tombar contigo Samzinha, eu tombei de novo.

Ah monamours eu encerrei as opções normais, essa á última vez que vcs irão escolher o destino da vida de cada um, a decisão é de vcs, quem vive? Quem morre? Quem deve partir? Fica a critério de vcs:

Joshua Benson: Vive (1) Morre (2)
Austin Nichols: Vive (1) Morre (2)

É só me mandarem a resposta e ai a gente conta os votos(tipos vão ser 400 e poucos, graças a Deus que agora tenho gente pra me ajudar) é meio mórbido mas sei que é melhor vcs escolherem do que eu... E o Freddie? Bem, talvez nisso realmente tenha que ser eu a decidir... (tantantaaan) Beijão e vejo vocês em breve!



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