Fix You escrita por SammyBerryman
Notas iniciais do capítulo
[Tudo o que eu quero]
Que bonito hein, que cena mais linda, vocês cobram o capítulo mas quando eu posto não comentam, sim soltando indiretas para uns ai. E sobre vcs do twitter: 68 DMS? QUEREM ME MATAR? ACALMEM O CORE MEU DEUS! Da última vez foi 54, em vez de abaixar, subiu, nossa gente kkkk Este capítulo vai ser o mais polêmico da fic, vai deixar vcs com raiva, vai deixar vcs felizes e vai deixar vcs desesperados.
SUPER IMPORTANTE:
Recomendo já deixarem no youtube a música All I Want da banda Kodaline para acompanhar uma parte do capítulo, se vcs não escutarem não vão entender o quanto ela se encaixa com o nosso casal Seddie, escutem a batida exatamente na parte que o Freddie começar a cantar, se soltarem o play na hora exata vão conseguir presenciar o momento Seddie como se estivesse realmente acontecendo, encaixei as frases certinho, o timing da música ficou perfeito...
Dedico este capítulo a:
Paulo Soares
Andréia Nogueira
Danillo Costa
Kelvin Dantas
Felipe Alencar
Gabriela Alves
Paola
Janaína Freitas
Douglas Henrique
Aproveitem:
Povs Freddie:
Eu saio do carro e caminho até a porta da Sam, levei quase uma hora para fazer a Carly me dar o endereço. Ela não quis me dizer onde a Sam estava morando, pois sabia do beijo e de que como as coisas se complicaram ainda mais. Pobre Carly se soubesse de fato o que realmente está se complicando agora, não pensaria duas vezes em me fazer ficar perto da Sam.
Eu bato na porta e aguardo alguém vir abrir. Em segundos o meu pequeno raio de sol de olhos azuis vem me receber.
— Freddie? - ela rapidamente sai da casa e fecha à porta se certificando que o Austin não saiba quem é.
— Oi. - coloco as mãos no bolso do meu casaco.
Ela me olha sem saber como me cumprimentar.
— Achei que não o veria tão cedo. - ela mantém uma postura ereta.
— Cedo? Acho que daqui a alguns dias vai fazer um mês.
Ela somente dá de ombros intrigada pela minha visita.
A porta se abre e o Austin nos olha com curiosidade.
— Olá Freddie. - Austin estende a mão e eu aperto por educação.
— Olá Austin. - coloco a mão no bolso novamente.
— Veio falar com a Sam? - ele pergunta como se já não fosse óbvio, porém outra ideia me vem em mente.
— Não. - eu nego para surpresa dos dois- Na verdade eu vim falar com você.
Austin franze a testa, mas dá espaço para eu adentrar na casa.
— Pois não, entre.
— Prefiro falar com você aqui fora. - eu procuro não revelar nada.
Sam somente nos olha confusa, ela troca um olhar de dúvida com o Austin, como uma conversa silenciosa ela apenas acena com a cabeça e volta para dentro da casa sem olhar para mim. Austin fecha a porta e caminha comigo pela grama.
— O quê precisa falar comigo que a Sam não pode ouvir? - Austin quebra o silêncio quando chegamos à calçada.
— Eu vou morrer. - solto de uma vez.
Austin somente pisca e coça a cabeça.
— Você tem câncer ou algo do gênero?
— Antes fosse. - suspiro soltando fumaça por causa do tempo frio.
— Então qual é o problema? Como assim você vai morrer?
Quando faço menção de contar, um cachorro pequeno, parecido com um Pug cinza, se joga entre meus pés balançando o rabinho. Olho para ele confuso.
— Desculpa por isso. – uma senhora aparece para pega-lo, ela age como se tivesse o soltado de propósito. – Elton é muito extrovertido. – ela brinca com o cachorrinho.
— Não foi nada. – ela se distancia um pouco e me viro para o Austin para responder sua pergunta - Quando meu pai deixou minha mãe, ele levou a Lana com ele, mas deixou bem claro que não era para procurarmos, senão alguém iria pagar por isso... E agora a Lana está conosco novamente, acho que já dá para entender a história. - digo sem festividades.
Ele é esperto o bastante para entender de maneira rápida o que eu quis dizer.
— Ele vai fazer algo contra você? Seu próprio pai? - noto compaixão na voz dele.
— Sim. Mas mandou-me escolher.
— Escolher o que? De que forma quer morrer? - ele balança a cabeça enojado.
— Não. Escolher entre a minha vida ou a da Sam. - eu respondo e ele dá um passo para trás se assustando.
Ficamos quietos por um tempo enquanto ele processa a história toda.
— Não preciso perguntar o porquê de você querer morrer no lugar dela, mas mesmo assim eu vou, só me ajude a entender... Por quê?
— Eu a fiz feliz por um tempo, agora ela vai ser feliz com você, vai ter a vida dela, a família dela, próximo das pessoas que ama. Eu a amo e estou realmente disposto a dar a minha vida pela dela. - passo a mão no meu cabelo- A Sam não pode saber de nada.
Austin inala o ar frio de Seattle.
— Você está pedindo a coisa mais sem sentido do mundo, impossível esconder algo dela.
— Pois você vai e em compensação, te deixou ir buscar a minha irmã no mercado e depois leva-la para casa.
— O que? Por que eu iria querer isso? – ele finge não ter se animado.
— Quer mesmo que eu diga? – tiro a chaves do bolso – Ela está no Ivan Market, conhece? – dou as chaves do meu Subaru a ele.
— Conheço. – ele olha para as chaves, confuso – Eu não sei o que dizer sobre o outro assunto Freddie, quando ela souber que você sumiu... Ela não vai conseguir aguentar, vai ser algo forte demais para a Sam.
— Eu vou tentar não deixa-la sofrer tanto, ela vai superar. Até lá eu só quero uma coisa de você e eu imploro por isso, fico até de joelhos se precisar. – me preparo para o que vou pedir.
— Calma Freddie, você tem o direito de pedir o que quiser depois de tudo isso.
— Posso passar um tempo com ela? Antes de...
— Fique a vontade Freddie, tem todo o tempo que quiser com ela... – ele concorda.
— Obrigado. – eu digo.
Ele estende a mão para mim, dou um aperto leve e voltamos para perto do meu carro.
— Pode fazer um favor para mim?
— Claro. – balanço a cabeça positivamente.
— Não diga a Sam que eu... Essa ligação que eu tenho com a Lana... Pode não comentar com ela?
— Tudo bem... Não vou falar nada. – o deixo despreocupado.
— Obrigado. – Austin abre a porta do meu carro.
— Pode demorar se quiser, passe um tempo com a Lana. – falo algo estúpido.
— Ah sim... – ele entra no carro e fecha a porta – Eu realmente sinto muito Freddie, prometo não contar nada a Sam.
— Agradeço mais uma vez. – faço um legal com a mão.
Ele liga o carro e o conduz pela rua em uma velocidade considerável. Eu respiro fundo e me preparo para os momentos seguintes.
Entro na casa da Sam, hesitante. Ela está deitada no sofá enrolada em uma coberta e rapidamente se senta ao me ver.
— Cadê o Austin? - ela pergunta para o meu desânimo.
— Foi fazer um favor para mim. - me sento ao seu lado.
Sam se distancia um pouco. Não. Não se afaste de mim.
— Que favor?
— Buscar a Lana no mercado e leva-la para casa.
Ela ri da resposta.
— E você não podia levar?
— Eu prefiro ficar aqui e passar um tempo com você, aliás, o Austin parece gostar muito da minha irmã. - fico um pouco mais a vontade, porém tenso.
— Gosta bastante. - Sam desvia o olhar intrigada.
— Ciúmes? - coloco meu braço quase em sua volta na parte de cima do sofá.
— Não... É mais preocupação. - ela morde o lábio fazendo minha respiração se intensificar.
— Acha que ele trairia você?
— Eu o trai primeiro, seria justo.
— Fui eu que te beijei, não ao contrário e se eu bem me lembro você não correspondeu. - começo a brincar com um pedaço da coberta.
Ela não diz nada, apenas observa minha mão acariciar a coberta. Meu peito aperta sabendo que não poderei toca-la ou beija-la nesses meus últimos dias ao seu lado. Mas é melhor do que nada. Partirei feliz por vê-la.
Sam lentamente coloca a mão por cima da minha e vira minha palma para tocar na dela. Eu estou tão desesperado que apenas fico parado com medo que ela recue.
— Você está tremendo? - ela aperta minha mão.
— Está frio. - minto- Olha está sol - aponto para a janela da sala que fica atrás da TV - Deveríamos nos deitar na grama do jardim.
— Ok... – ela acha meu comportamento estranho - Vamos. - ela se levanta me puxando e levando a coberta com a outra mão, saímos para o jardim e a Sam coloca a coberta no chão, ela se deita junto comigo - Isso não é normal.
— E em algum momento fomos normais? - observo o sol batalhar contra as nuvens densas.
— Não. - ela sussurra.
Eu sinto sua mão esquerda roçar na minha, delicadamente ela entrelaça nossos dedos e eu aproveito o seu corpo quentinho ao lado do meu.
— Achei interessante o fato de a Carly querer nos levar para ensaiar a dança na igreja hoje. - me viro para olhar a Sam, seus cabelos loiros formam ondas em seus ombros.
— Ela te contou? - seus olhos azuis brilham por algum motivo.
— Contou o quê?
— Quem vai ser o par de quem na dança?
— Não. Por quê?
Ela olha para o meu peito mordendo o lábio de novo.
— Ela não vai te colocar para dançar com sua irmã.
— E quem vai dançar com a Lana? - fico confuso com isso, por que a Carls não me contou?
— O Austin. - Sam retornar a me olhar no rosto.
— E quem vai dançar comigo? - um sorriso me escapa.
— Eu. - ela automaticamente me dá um sorriso também.
— Fico feliz.
Sinto o sol no esquentar aos poucos, mas o vento frio faz a Sam tremer e eu não perco a chance de colocar a cabeça dela contra meu peito. Ela não se recusa e faz algo que marcou vários dos nossos momentos. Ela deixa a mão sobre meu peito para escutar meu coração bater. Uma lágrima escorre do meu rosto sem controle. Como eu posso dizer a ela? Como eu posso dizer que irei morrer? Que as batidas do meu coração já estão contadas? Que irei abandona-la de novo e dessa vez para sempre?
Enxugo a lágrima antes que ela a veja.
— Senti falta disso. - ela diz a minha frase que eu murmurei no chalé há cinco meses- Faz muito tempo.
— Um monte de coisas faz muito tempo. - sussurro meio rouco invertendo os papéis e planto um beijo suave nos seus cabelos.
Depois de um tempo, ela pressiona a mão contra o meu peito com mais força.
— O que há de errado, Freddie? - a pior pergunta que ela poderia fazer.
— Eu apenas sinto sua falta... E queria passar um tempo com você, nunca se sabe o dia de amanhã. Às vezes eu sinto que você está escapando entre os meus dedos... Não quero te perder. - eu respondo com cuidado.
— Não sou sua para você me perder.
Ai. Essa doeu.
— Não importa o que você diga, uma parte de você sempre será minha. - dou um aperto nela, é quando sei que fui longe demais.
Ela se senta ao meu lado, rompendo qualquer contato comigo.
— Ainda não acredito que o Austin te deixou sozinho aqui comigo, é a mesma coisa do que deixar uma ovelha presa com um lobo.
Sorrio olhando dentro dos seus olhos azuis perfeitos.
— Eu seria o lobo?
— Não. - ela não consegue esconder o sorriso safado- Você seria a ovelha. - Sam se inclina para frente e beija meu rosto- Vou pegar alguma coisa para nós comermos. - ela se levanta e eu a observo caminhar de volta para dentro da casa. Eu tento espantar os pensamentos inapropriados que tive ao ver o quanto a calça jeans que ela está usando define suas pernas e suas nádegas.
Viro-me contra a coberta e abafo um grito. E esse grito não tem nada haver com o fato de eu estar com meus dias contados.
Sam retorna após um tempo com uma cesta, cheia de pãezinhos, muffins, doces e pedaços de fruta. Ela também trouxe uma garrafa de chocolate quente. Ela coloca tudo sobre a coberta e faz algo inacreditável, quando me sento ela se coloca no meio das minhas pernas quase deitada. Eu com muito cuidado passo o braço em volta da sua cintura.
— Isso está bom. - respondo ao morder um pão doce- Seu namorado é demais.
— Ele é sim... - Sam meio que resmunga, ela não gosta de falar dele ou algo aconteceu, antes que eu possa perguntar alguma coisa, ela muda de assunto - Quer escutar a música que a Carly vai nos fazer dançar?
— Claro. - continuo a comer meu pãozinho.
— Ela escolheu All I Want de uma banda chamada Kodaline, escutei algumas vezes. - Sam procura a música no celular enquanto eu começo a soar frio.
Minha garganta se aperta com força. Sinto-me sufocado. Eu conheço a letra. Eu sei o que realmente diz.
— Ela... Ela escolheu essa música mesmo? - coloco o pão na cesta de novo.
— Sim, algum problema? - ela aperta o play.
— Não. - murmuro contra seu cabelo. A música começa a tocar e eu limpo a garganta para cantar para a Sam. Talvez ela leve a música somente como um gesto romântico e desesperado vindo de minha parte. Ela não vai entender a real mensagem que estarei tentando passar, mas quando eu partir, ela vai se lembrar de que eu cantei para ela, que derramei minha alma em cada verso.
— É meio... - ela começa a dizer.
— Tudo que eu quero é nada mais, que ouvir você batendo na minha porta...— inicio a canção e ela se detém para ouvir- Porque se pudesse ver seu rosto mais uma vez, poderia morrer um homem feliz tenho certeza.— eu falo a frase com força tentando não chorar.
— Quando você disse seu último adeus...—Sam me interrompe cantando e eu fico pasmo - Morri um pouco por dentro, me deito chorando na cama a noite toda...
— Sozinho, sem você ao meu lado.— eu canto sem acreditar e coloco seus cabelos atrás da orelha direita, assim posso cantar contra seu ouvido- Mas se você me ama...
— Por que você me deixou?— minha garota loira pergunta com a música.
— Tome meu corpo... Tome meu corpo.— entoo a balançando devagar- Tudo que eu quero. E tudo que eu preciso. É encontrar alguém. Vou encontrar alguém. Como você, oh, oh— inalo seu cheiro doce para me dá forças. — Oh, oh, oh... Você... Como você.
— Freddie... – com a voz embargada ela pega minha mão esquerda.
— Veja, você trouxe o melhor de mim— continuo a cantar- Uma parte de mim que nunca tinha visto. Você pegou minha alma e a purificou. Nosso amor foi feito para as telas de cinema...— é o que basta para tudo desabar a nossa volta.
— Mas se você me amava— nós dois cantamos juntos - Por que você me deixou? Tome meu corpo. Tome meu corpo.— Sam dá carinho no meu rosto com a outra mão.
— Tudo que eu quero.— ela sussurra ainda cantando.
— E tudo que eu preciso.— mantenho a voz baixa também.
— É encontrar alguém.— prosseguimos juntos novamente - Vou encontrar alguém...
Ficamos em silêncio e deixamos a música tocar sozinha, apenas respiramos ao mesmo tempo, prestando atenção na guitarra.
"Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh"
A guitarra preenche o silêncio.
"Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh"
O solo de todos os instrumentos juntos toca os nossos corações. Com um timing exato, o sol ressurge iluminando a grama onde nós nos encontramos.
— Se você me amava. Por que você me deixou?— ela praticamente desabafa comigo enquanto canta- Tome meu corpo... Tome meu corpo.
— Tudo que eu quero.— consigo cantar mais alto- E tudo que eu preciso, é encontrar alguém...
— Vou encontrar alguém...— Sam canta mais uma vez.
— Como você, ooh...— sussurramos juntos.
A música termina de maneira lenta. Sam inclina a cabeça para baixo, não sei se foi para respirar ou para chorar. Ela rapidamente pega um doce na cesta e coloca na boca.
— A Carly vai nos matar com essa música. - diz Sam de boca cheia- Não acredito que ela vai nos fazer dançar isso. Não tem nada haver com casamentos. A letra é triste...
— Mas a letra trás uma coisa que nós dois ainda temos. - com cuidado eu a faço virar o rosto para me olhar. - Esperança.
Ela revira os olhos.
— Austin disse a mesma coisa quando o beijei pela primeira vez após você ter ido embora.
— Poderia me contar como vocês voltaram a ficar juntos? - admito estar um pouco curioso enquanto a isso.
— Uns três meses após meu aniversario, eu peguei o Mustang para dar uma volta. Eu estava bastante emotiva e acabei chorando enquanto dirigia o carro. - ela se mexe desconfortável por ter que me contar isso- Então eu não vi o Jimny do Austin vindo à minha direção. Quando eu tentei desviar ele jogou o carro dele no acostamento primeiro. Eu sai do Mustang, o tirei do carro dele que teve perda total, e levei o Austin para a casa dele. - Sam respira como se estivesse chateada - Foi quando o beijei por desespero e por que eu estava me sentindo culpada pelo o que eu fiz.
— Não precisa justificar, você estava livre para fazer o quisesse. - finjo não me importar.
Sam balança a cabeça concordando.
— Tem razão. - na verdade eu não tenho- Bem, após esse acontecimento, ficamos mais próximos, depois eu mesma dei o primeiro passo e aqui estamos. - ela se senta lembrando-se da forma que está encostada em mim.
— Não parece uma história muito feliz. - falo sem pensar e me preparo para patada que ela vai me dar.
— Nenhuma história de amor é. - ela só diz isso.
Sam enche um copo de chocolate quente para ela e outra para mim. Tomamos em silêncio mais uma vez. Eu como alguns docinhos da cesta. Quando eu vou pegar mais um, ela faz o mesmo e nossas mãos se tocam, um choque nos percorre com força. Sam cora e pega o doce para comer.
— Posso te fazer uma pergunta extremamente pessoal? - arrisco apesar de tudo, eu não quero morrer na dúvida.
— Não Freddie. - ela me olha e eu suspiro bravo, ela não vai me deixar ultrapassar essa linha - Eu não fiz amor com o Austin ainda. - e eu estava errado. Sam responde a minha pergunta que eu nem precisei fazer.
— Obrigado. - respondo aceitando que um dia vai acontecer.
— De nada. - ela beberica seu chocolate quente.
— Mas você sabe que um dia vai acontecer, não é? - eu passo dos limites.
Sam abaixa o copo lentamente e eu já me preparo para levantar e correr.
— Quer mesmo falar disso? - ela estrala os dedos.
Penso um pouco antes de responder.
— Melhor não.
Ela só suspira e cruza as pernas.
— Isso tudo mexeu muito com a gente, não foi? - Sam abre mais um sorriso.
— Muito... - uma nova ideia surge- Sam, podemos fazer uma promessa?
— Uma promessa? - ela estreita os olhos.
— Sim. Prometa que se for dar um passo a mais na relação com ele, você vai me contar, o mesmo vale para mim... Iremos contar tudo um para o outro
— Espera. - ela ergue a mão- Você está com alguém?
— O quê? Não. Eu não estou com ninguém. Eu juro. - a acalmo de forma rápida.
Ela solta um suspiro de alívio.
— Prefiro fazer essa promessa de outra forma. - ela apoia o queixo na mão.
— Diga.
— Só iremos fazer amor com outra pessoa após o casamento com a mesma, antes disse nunca iremos nos deitar com ninguém.
— Acho justo. – concordo, mesmo sabendo que isso não vale mais para mim.
— Ainda não acredito que as coisas mudaram tão rápido. Eu me arrependo de... – Sam não termina, só me olha triste.
Olho para seu rosto e o pego entre as mãos.
— Você fica linda com o peso das escolhas erradas que fizemos sobre seus ombros. - eu delicadamente beijo sua face - Linda. - sussurro.
Nesse pequeno momento que nós temos, é o bastante para fugirmos um pouco da nossa realidade. Sei que agora estamos imaginando a vida alternativa que poderíamos ter tido juntos. Seríamos apenas mais um casal apaixonado, aproveitando o sol de domingo em Seattle. Sentados na grama em frente à casa somente aproveitando todos os segundos juntos.
Não vou pensar no depois. Tudo o que eu quero é pensar no agora. Pensar na garota loira que ainda está sorrindo para minhas últimas palavras. Trocamos um olhar intenso que esconde o que realmente queríamos dizer. Eu sei que ela está dizendo "Eu amo você" e eu estou dizendo para ela "Eu com certeza também amo você".
Povs Lana:
Bato o pé impaciente esperando o Freddie chegar com o carro. Já faz dez minutos que ele disse que estaria vindo e eu estou aqui sobrando com as compras no meio do estacionamento. Que irmão perfeito. Porra eu não tenho paciência com ele! Finalmente avisto o Subaru Impreza azul que ele comprou. Faço a mesma cara de desdém toda vez que vejo esse carro. Ele tem um péssimo gosto para automóveis.
O Subaru estaciona ao meu lado e me surpreendo ao ver o Austin saindo de dentro do carro, perco a postura na mesma hora. Ele é o namorado da sua amiga, se toca garota. Eu mesma me condeno.
— Eu achei esse carro por ai. - Austin diz caminhando com elegância até mim, ele para na minha frente e pega o carrinho.
— Onde está o Freddie? - eu pergunto o deixando levar o carrinho até o porta-malas.
— Com a Sam. - ele abre o porta-malas e eu começo a colocar as compras dentro.
— Otário.
— O Freddie? - Austin coloca os últimos sacos de papel no porta-malas e o fecha.
— Não. Você. - balanço a cabeça sem acreditar- Foi como deixar Mike Myers entrar na sua casa no Halloween.
— Creio eu, que a Sam ainda tem caráter. - ele fala como se soubesse que está mentindo. Austin se desvia de mim para entrar no carro, eu dou a volta e faço a mesma coisa.
— E você acha que o Freddie tem? - questiono e o Austin se encolhe como se eu tivesse falado algo terrível.
Ele liga o carro e sai do estacionamento.
— Olha, o Freddie a ama, o mínimo que posso fazer é deixa-lo passar um tempo com ela. - ele me explica e para em um semáforo.
— Fala como se ele fosse embora ou coisa assim.
— Não, mas em breve ele não vai poder ficar seguindo a Sam para sempre.
— Por que não? - pergunto achando ridículo.
— Por causa disso. - ele tira uma caixinha do bolso da calça.
PUTA MERDA! Ele vai pedir a Sam em casamento!
Meu coração estoura em bilhões de pedaços. Meus olhos se enchem de lágrimas. Eu vim reprimindo esse sentimento há tanto tempo. Dizendo a mim mesma que não era real e agora tudo voltou à tona. Não posso suportar isso. Saber que ele vai se casar com ela... Mas ela talvez não aceite, né? Ela ama o Freddie, provavelmente ainda vai tentar consertar as coisas com meu irmão. E se esse momento nunca chegar? E se ela aceitar? Merda! Droga!
Eu só desvio o olhar rapidamente e olho para a janela, meus olhos começam a se embaçar com lágrimas que nunca serão derramadas.
— Você vai fazê-la muito feliz. - falo para esconder meu sofrimento.
— Você vai ficar bem? - ele pergunta sabendo a verdade.
— Só cala a boca e dirige. - seguro o choro.
— Onde você mora?
— É só ir reto e virar a quarta rua à direita. Eu vou indicando o caminho. - aponto para frente.
— Eu sinto muito Lana, mas eu não sou o cara certo para você. Com certeza você merece alguém melhor do que eu. - ele acelera o carro pela rua.
— Eu juro por Deus que se você não calar a boca eu vou te bater. - minha voz sai totalmente presa.
Ele fica calado por precaução.
Eu sou a única a falar dentro do carro, indicando o caminho da minha casa para ele.
Austin estaciona o carro na calçada e eu saio na mesma hora. Ele sai do Subaru, caminha até o porta-malas e o abre para mim. Eu pego uma parte das compras e ele pega a outra.
Abro o portão da cerca e entro no quintal. Ando com pressa para a porta, a deixei aberta então só faço empurrar. Vou para a cozinha e deixo os sacos de papel sobre a mesa. O Austin aparece e faz a mesma coisa.
Eu me apoio na mesa e ele se aproxima, eu empurro sua barriga para que ele se distancie.
— Me escuta. - ele pede.
— Eu não quero. Você está vivendo sua vida, eu mereço pagar por isso. Fui eu que te deixei. O Freddie também merece, pois foi ele que deixou a Sam. Ninguém é inocente nessa história, só estamos pagando pelos nossos erros. - cruzo os braços- Você já pode ir.
— Mas eu não quero ir. - Austin abaixa a cabeça e depois me olha dá mesma maneira de quando queria fazer sexo comigo.
— Não me olhe assim. - eu aponto o dedo para ele- Me ajuda a guardar as compras.
— Tá. - ele vem pro meu lado.
Eu retiro algumas latas de dentro do saco de papel e as guardo no armário, Austin com eficiência sabe onde guardar o resto das coisas sem perguntar. Ele ainda se lembra como eu organizava as compras. Quando terminamos, eu fecho a porta de um armário, mas ele segura minha mão e me puxa para seu peito.
— O que você... - começo a perguntar, mas ele pega meu rosto entre as mãos e me beija na boca.
Um grito se forma dentro do meu cérebro. Seus lábios continuam perfeitos como antes. Doces e levemente rápidos.
Porém eu posso ter todos os meus defeitos, mas eu jamais trairia a confiança da Sam desta maneira.
Eu empurro seu peito com as duas mãos e ele recua rompendo o beijo.
— Acha mesmo que eu faria isso com a Sam?! - eu limpo a minha boca.
— Estou dando o troco. - ele diz e eu paro de limpar a boca pela metade.
— Oi?
— Se você não percebeu naquele dia no Obelisco Espacial, o Freddie voltou depois da Sam, e deu para ver um pouco do batom dela levemente nos lábios dele. - ele diz gesticulando com a mão.
Analiso sua explicação. Realmente tem um pouco de sentindo. Meu irmão estava muito estranho quando voltou para casa e não temos segredos entre nós (talvez só um da minha mente), mas pelo visto ele andou escondendo isso de mim.
— Mesmo assim... - coloco a minha postura mais inquebrável- Não vou trair a Sam desse jeito.
— Você já a traiu, acha que não vi a garrafa de uísque dentro do armário? - ele pergunta cruzando os braços- A Sam me contou que você prometeu a ela que nunca mais beberia. Como pôde voltar atrás depois de tudo o que a Sam fez por você?
Coro totalmente envergonhada com meu erro. Eu realmente caí em outro precipício. Um menos profundo dessa vez. Mas retornei a beber novamente. A Sam nunca vai me perdoar se souber. O Freddie vai ficar tão magoado porque andei mentindo para ele, dizendo que eu realmente estava bem. Ah! E minha mãe. Meus tios... Não posso decepciona-los dessa maneira.
— Está me chantageando? – estou chocada.
— Estou. – ele diz como se ainda tivesse algo para me contar.
— Ótimo, espero que durma muito bem essa noite sabendo que me forçou a isso. – eu vou a sua direção e pego sua mão, começo a leva-lo para o andar de cima.
Eu entro no meu quarto e tranco a porta.
Austin desce a mão para a barra do seu casaco e o joga pela sua cabeça junto com sua camisa, eu faço o mesmo com minhas roupas da parte de cima. Depois ando até ele e o empurro na cama, é quando seus lábios encontram os meus novamente e eu prometo me odiar para sempre por fazer isso.
Povs Freddie:
Eu passei a manhã toda na casa da Sam. Foi muito mais do que eu pedi. Respeitei o espaço dela e o seu relacionamento com o Austin. Eu não tentei beija-la ou qualquer outra coisa. Porém só o fato de estar na presença dela, de rir com ela, de aproveitar o tempo ao lado dela, foi o paraíso para mim. A Carly nos ligou passando o endereço da igreja em que é para nos encontrarmos. Sam ligou para o Austin avisando-o que era para voltar com a Lana, daqui iríamos todos juntos para a igreja.
Sam está rodopiando na calçada, eu a fiz tomar uma batida de morango que a Lana me ensinou a fazer, porém a Sam sozinha tomou a jarra inteira. Não sei se todo esse álcool é bom ou ruim para ela.
— Garoto bonito. – ela diz rindo sozinha e se apoia nos meus ombros.
— Você está levemente alterada. – informo a ela que continua a rir.
— Só um pouquinho. – ela mostra a quantidade com os dedos.
Escuto o barulho do Subaru ao longe, vejo-o virando a esquina. Austin não desliga, apenas o estaciona ao nosso lado.
Eu abro a porta para a Sam que entra meio sem jeito.
— Lana. Oi. Olá. – Sam dá tapinhas no ombro da minha irmã que está usando óculos escuros, e nem está sol a esse ponto, noto que trocou de roupa.
— Humm. – Lana resmunga sem se mexer.
— Faz tempo né amor. – Sam agora incomoda o Austin.
— É... Faz um tempinho. – o vejo franzir a testa pelo retrovisor.
— Sam tomou uma batida de morango, ela está um pouquinho animada. – informo aos dois que dão de ombros, estreito meus olhos imediatamente.
Durante o trajeto até a igreja, Sam e eu fomos os únicos a conversar dentro do carro, Austin e Lana apenas soltaram sons de concordância, o que só aumenta minhas suspeitas.
Entramos na igreja e Carly está lá perto do púlpito, ela aponta para os lugares enquanto fala sem parar com o Gibby, que nos vê chegando e vem nos receber.
— Finalmente, onde estavam? – ele bate na minha mão e damos um soco no braço um do outro.
— Embebedando a Sam, ela está mais feliz do que o normal. – saio da frente dele e a Sam se choca contra o Gibby.
— Cheguei. – ela sai pulando pelo corredor cantarolando a marcha nupcial, quando se joga em cima da Carly que a abraça rindo.
— Que animação amiga. – Carly fica contente com a Sam.
Caminho para lá ao lado do Gibby, fico perto da Sam para me certificar que ela não vai desmaiar a qualquer momento.
— O que a Sam tem? – Carly pergunta fazendo papel de mãe.
— Muita batida de morango. – respondo sorrindo.
— Céus. – Carly balança a cabeça reprovando, ela espera Austin e Lana se aproximarem – Hoje eu quero deixar tudo certo sobre a dança para ensaiarmos essa semana, antes do feriado de Ação de Graças na quarta-feira dia 24. – ela fala sem nem respirar e o Gibby lança um olhar de “é, eu sei, nem me fale” – O meu casamento está marcado para o dia 10 de dezembro, um sábado. Tudo tem que ser perfeito.
— Vai ser perfeito Carly, não se preocupe. – Sam acha um pouco de consciência e acalma a Carly.
Penso se ainda estarei por aqui no dia 10 de dezembro.
— Onde está a minha caixa de papelão? – Lana finalmente diz alguma coisa e sua voz está muito estranha.
— Lá nos fundos. – Carly ri.
Lana olha em volta e faz um crucifixo, é a vez da Sam ri.
— Lana querida, isso é uma igreja evangélica. – Sam explica se sentando em um dos bancos – Carly, sobre a música que vamos dançar: que horror. – ela faz uma careta que arranca risadas de todos nós – Não tinha algo mais feliz?
— Tinha. Gibby e eu vamos dançar Can’t Help Falling in Love do Elvis Presley. – ela responde para a Sam.
— Oh meu Deus, que maravilha. – Sam passa a mão no rosto sarcasticamente – Você não consegue parar de sorrir.
Carly cora e esconde o rosto no ombro do Gibby.
— Vai ser o melhor casamento que o mundo já viu. – Carly murmura para nós.
— E vamos estar todos aqui para vê. – Lana se empolga e eu troco um olhar de pena com o Austin, mas é quando vejo seu pescoço vermelho logo abaixo da orelha, ele vê que estou olhando e coloca a mão em cima.
Que droga eles fizeram?!
— Austin, lembrei-me de uma coisa sobre meu carro, posso falar com você? – começo a andar até ele que já da um passo para trás recuando.
— Ah Freddie, não corta o momento da animação agora. – Lana me puxa e vejo o pânico total no seu rosto.
- Me solta agora. – eu digo somente para ela ouvir, Lana já está com os olhos marejados – Depois conversamos, entendeu? – uso minha autoridade de irmão mais velho, ela concorda abaixando a cabeça envergonhada.
— Austin? – eu chamo soltando a Lana – Quer me seguir numa boa ou eu vou ter que te arrastar daqui? – continuo falando baixo.
— Vou te seguir. – ele tira a mão do pescoço.
— Já volto gente. – informo a todos que nos lançam olhares confusos.
Eu coloco a mão no ombro esquerdo do Austin, mesmo ele sendo bem mais alto do que eu e o arrasto para fora da igreja. Não vou bater nele na casa do Senhor.
Quando chegamos ao lado de fora, o jogo contra uma parede.
— Espera! – ele ergue as mãos se defendendo, eu rapidamente acerto um soco no seu rosto, antes que ele caia o puxo pela blusa de novo e desfiro outro.
— Como pôde fazer isso?! – eu o empurro contra a parede – Com a minha irmã! – o solto e passo a mãos nos cabelos – Ela não estava com aquela roupa quando a deixei no mercado.
— Eu precisei fazer isso... – ele tenta se defender enquanto checa o maxilar, o sangue goteja do seu nariz.
— Não! Você não tinha que fazer nada! Conte a Sam agora ou eu vou contar. Filho da puta! – xingo fortemente pela primeira vez na vida.
A Sam não merecia isso. Deus! Ela não merecia! A culpa foi toda minha e sempre sobra pra ela!
— Se você contar... – ele diz enxugando o nariz – Eu conto sobre seu pai.
Arregalo os olhos sabendo o que ele está usando contra mim.
— Você... – eu fico sem palavras – A Sam não merece você, com certeza não merece! – eu dou um chute com a sola do meu tênis na sua barriga e ele cai sentado – Invente uma boa desculpa para isso! – me refiro ao seu estado.
Eu limpo minha mão na calça e retorno para dentro da igreja pedindo perdão a Deus, mas não me arrependo. Eu bateria nele de novo... Agora é hora de conversar com a Lana sobre isso. E que Deus me ajude.
Povs Lorraine Gilbert:
— Então ele contou? – Joshua me pergunta enquanto fuma um cigarro dentro do carro, deixo a cabeça do cachorro para fora, assim ele não vai ficar incomodado com o cheiro.
— Contou ao garoto, pelo visto fizeram algum tipo de acordo. – eu respondo e pego o cigarro da sua mão para dar uma tragada.
— Eu já devia suspeitar que ele não fosse ficar calado – Josh tosse e observa a casa amarela.
— Vai mata-lo agora? – dou carinho no meu cachorro com a outra mão.
— Não.
— E a garota? – me refiro à loira chamada Samantha.
— Também não... Vou apenas deixar um recado, um presentinho de Ação de Graças. – Joshua liga o carro.
— Ela só tem a mãe pelo o que eu descobri. – eu digo dando outra tragada, tusso e abano a fumaça do carro.
— E é exatamente com a mãe dela que eu vou dar o meu recado. – Josh pega o cigarro da minha mão e nós rimos sem qualquer motivo.
Ele dá partida no carro e segue pela rua enquanto tiro o pequeno Elton da janela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vou nem falar nada, fica a critério de vcs comentarem o que acharam hehehe. Pergunta rápida: ouviram a nova música da Katy Perry? Gente é um arraso aquela mulher! Parei, voltando a fic (hehehe) não posso falar nada senão vou acabar soltando spoiler kkkk qualquer coisa chamem no twitter ou no Whatsapp, estou a disposição de vcs! Então escolham e see you soon guys!!! ♥ ♥
OPÇÃO 1: O capítulo retrata Carly ensaiando o pessoal para o casamento, alguma complicações maiores surgem entre Austin e Freddie, e entre Lana e Sam. Embryl conta a Sam o que o Freddie fez com o Mustang. Barney e Sam tem uma conversa séria.
OPÇÃO 2: O capítulo retrata o dia de Ação de Graças, onde Austin faz uma grande revelação, Freddie tenta impedir o inevitável, Lana acaba por deixar algo suspeito escapar. Joshua faz algo contra alguém próximo a Sam. Durante um momento triste finalmente Barney conta a verdade para Sam e ela diz saber tudo, Melanie é convocada por causa de uma emergência e a família se junta em uma situação difícil.