Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 35
Thinking Of You


Notas iniciais do capítulo

[Pensando em você]

Cheguei monamours. Esse capítulo eu apelidei de "coletânea de músicas da Katy", realmente foi totalmente inspirado na música Thinking Of You, quem conhece já sabe né? Kkkkk. Ah meus queridos, tragam os lencinhos pq quem já leu esse capítulo antes da postagem (leitores vips do twitter, se quer fazer parte é só me seguir @kperryfixyou e mandar mensagem) disse que chorou horrores (coração mole ou foi um capítulo forte?) fica a critério de vcs... Decidi fazer dois capítulos com a opção 1, então aqui vai a primeira parte... Fiquem a vontade para ler seus lindos:



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Povs Freddie:

Envio uma mensagem a Lana, avisando-a que estou parado na frente da casa do Gibby dentro do carro com o Embryl. Observo a porta esperando ela sair, mas decido ir busca-la.

— Fique no carro. - digo a Embryl que só acena com a cabeça.

Eu saio da BMW e caminho até a porta da frente. Entro sem muita enrolação e escuto vozes vindas da sala, uma parece bem familiar, familiar até demais.

— Ridícula. - escuto a Carly dizer e ela só se dirige assim a uma única pessoa.

Caminho mais para perto e observo a cena.

Sam está confortavelmente encostada na minha irmã, usando a camisa cinza que comprou em Vancouver, eu me lembro de beija-la de uma maneira incrível dentro do provador. Carly está nos pés da Sam e tem um olhar de chateação no rosto.

— Palhaça. - Sam murmura como sempre.

— Algumas coisas nunca mudam. - escuto minha própria voz ressoar na sala.

Sam parece ter levado um susto. Ela me olha abismada, por um momento acho que vai cair dura no chão.

— Não quero ir. - minha irmã tenta iniciar sua chantagem emocional.

— Vamos nos atrasar. - uso um tom doce com ela e vejo Sam se contrair incomodada.

— Ok, vamos – Lana se chateia e se levanta do sofá – Me acompanhe até a porta Sam.

— A casa é da Carly. – finalmente Sam diz alguma coisa comigo presente, eu lanço um sorriso para ela e outro imediatamente surge em seu lindo rosto.

— Mas ela não se importa. Beijos linda. – Lana acena para a Carly e puxa a Sam pela mão.    

— Volta aqui amanhã hein Lana, eu vou cobrar. – Carly diz para minha irmã.

— Eu volto. – Lana prossegue puxando a Sam. Me viro e vou para o lado de fora da mansão. – Seu irmão é um gato – escuto ela comentar com a Sam, volto a prestar atenção nas duas.

Lana manda um beijo para Embryl que somente acena dando risadas de dentro do carro.

— O seu irmão também. – Sam murmura e depois cora sabendo que falou alto demais.

Eu passo a língua nos lábios pensando em como sinto saudade de poder beija-la.

— Quer uma carona para seja lá onde você está morando, Sam? – tenho coragem de perguntar a ela.

— Não. – ela nega para minha tristeza – O Austin vai vir me buscar.

Surpreendo-me sentindo ciúme.

— Então vocês são oficialmente um casal agora?

— Parece que sim.

Eu apenas sorrio sem crer nisso realmente.

Sam coça o braço direito. Não resisto em lançar um olhar intenso em sua direção, meu corpo parece querer se encostar ao dela de imediato.

— Foi bom te ver de novo Sammy. – eu abro a porta do carro para a Lana, preciso sair daqui antes que eu cometa alguma loucura. Minha irmã entra no carro e Sam e ela se despede com um aceno.

— Igualmente Benson. – Sam se refere ao que eu disse antes.

— A propósito, adorei a camisa. – pisco para ela e entro no carro.

Sinto minha mente se alegrar depois de muito tempo na escuridão, somente vê-la foi o suficiente para saber que ela era minha, e que eu ainda sou totalmente dela.

 

 

 

 

 

 

 

 

Povs Sam:

Acordo com os beijos do Austin no meu rosto.

— Bom dia. - ele murmura contra minha face enquanto prossegue a cobrindo de beijos.

— Bom dia- digo ainda de olhos fechados- Que maneira interessante de se acordar.

— Sei que você preferia que eu te acordasse com seu café na cama, mas...

— Não. - abro os olhos e fito o seu rosto- Isso está bom.

Austin sorri docemente. Ele se senta na cama e coloca uma bandeja em cima das minhas pernas, realmente ele fez o meu café da manhã.

— Mas eu precisava te beijar primeiro. - ele ri da minha cara de espanto - Espero que goste.

Sou pega de surpresa e não sei como expressar minha reação. Talvez um sorriso ajude a esconder meu constrangimento.

— Obrigado. - me sento na cama e encosto-me aos travesseiros, eu pego uma tirinha de bacon. Austin somente me observa.

— O que vamos fazer hoje? - ele quebra o silêncio.

Lembro que tenho que experimentar os vestidos de madrinha.

— Hoje não podemos fazer nada, minha vez de experimentar vestidos para o casamento da Carly. Desculpa. - eu pego sua mão na cama.

Austin não consegue disfarçar a sua expressão de descontentamento.

— Não se preocupe. Você pode ir sem se preocupar, eu tenho que ir arrumar um emprego de qualquer forma. Parece que a padaria no final da rua está contratando.

— Emprego!- falo como se a palavra fosse um palavrão.

— Exatamente. Por quê? O que foi?

— Eu também tenho que procurar um emprego. - mastigo o bacon rapidamente.

— Por quê?

Faço uma cara de "se toca"

— Eu também preciso trabalhar para sobreviver.

— Não. Você não precisa. Eu sou seu namorado, é minha obrigação cuidar de você e das suas regalias. - Austin se aproxima mais de mim.

— Você é meu namorado. Não o meu marido. - olho para a bandeja cheia de comida e meu estômago se embrulha.

— Então se eu fosse seu marido, você não precisaria trabalhar. - ele diz com algum sentido escondido.

— O que quer dizer com isso?

— Nada, só comentei. - ele dá de ombros e suspira.

Eu volto a comer. Pego alguns pãezinhos que estão quentes, não sei se são da padaria no final da rua, ou se foi o Austin que fez. Por fim das dúvidas mordo para descobrir. O gosto é doce, macio e tem um leve sabor de canela. Certamente foi o Austin.

Após eu comer com ele me observando por um tempo, eu deixo a bandeja de lado e me deito sobre seu peito.

— Austin... - eu chamo baixinho e faço círculos no seu pescoço, sei que ele tem cócegas, pois começa a rir imediatamente.

— Sam... - ele desce as mãos pelas minhas costas.

— Eu te amo. - sussurro sabendo a decisão que vou tomar.

— Eu também te amo. - ele se senta e me tira do seu peito- Você está estranha.

— Não posso mais dizer que te amo? - olho de leve para ele, não sei como mostrar o que eu quero.

— Claro que pode. - ele balança a cabeça- Mas não desse jeito, como se quisesse alguma coisa.

— É o que?

— Não sei Sam. Não estou acostumado com você sendo carinhosa ou romântica, me preocupa que eu não atenda suas expectativas e...

— E?

— Falta alguma coisa. - ele se aproxima e toca meu rosto.

— Da minha parte? - reviro os olhos já sabendo a resposta.

— Não. - ele balança a cabeça negando- Da minha.

Escutar isso foi como levar um chute na barriga. Não sei se fico feliz. Não sei se choro. Eu definitivamente não sei como agir.

O celular toca nos tirando do momento. Austin pega o celular de cima do criado-mudo. Ele não se preocupa em ver quem é, apenas me entrega o celular.

Eu atendo sem me importar em saber quem está me ligando.

— Fala. - não tiro meu olhar do seu rosto.

O sol nasceu azul hoje?— Lana pergunta irônica.

— Ah... Oi Lana. - eu cumprimento.

Austin ao escutar o nome dela, engole em seco e desvia o olhar de mim rapidamente. Era o que eu temia. Mas talvez isso seja bom.

Oh. Liguei em um mau momento?— ela meio que se desculpa.

— Não. Pode falar.

Ok. Então eu já liguei para a Carly e ela aceitou, creio que você também vai topar em almoçar comigo hoje no restaurante SkyCity no Space Needle.

— Almoçar? - franzo os lábios- Eu vou.

É por minha conta, entendeu? Se trouxer a carteira eu jogo pela janela. - ela me avisa.

— Não vou levar. - sorrio de lado.

Excelente.— Lana se anima e escuto ela suspirar uma “aleluia!” baixinho- O Embryl vai passar para te buscar.

— Ok.

Ah e traga o Austin. - ela pede.

Por essa eu não esperava.

— Por quê? - eu pergunto estreitando os olhos para ele que não está entendendo nada.

Apenas o traga ué, não se pode deixar o namorado em casa nos dias de hoje, beijos.— ela desliga antes que eu questione mais alguma coisa.

— O que ela queria? - Austin começa a se levantar da cama.

— Marcar um almoço hoje de uma da tarde.

— Legal.

— E você está convidado. - engatinho sobre a cama para descer.

— Que fantástico. - ele bate uma mão na outra.

— Não se mexa. - eu saio da cama.

Aproximo-me do Austin e subo a mão pelo seu peito. Ele suspira enquanto a respiração aumenta. Com a outra mão eu puxo seu rosto para o meu e o beijo. Austin envolve minha cintura com os braços, ele me gira e me encosta à parede ao lado da porta. Ele me beija de uma forma intensa, bem diferente do que eu esperava. É estranho por que nesse beijo não tem amor envolvido, apenas desejo. Ele sobe minhas pernas e as coloca em volta do seu quadril, sua boca beija a minha emitindo sons hipnotizantes. Ele desliza os lábios pelo meu rosto, meu corpo treme respondendo ao seu toque. Austin coloca a boca no meu ouvido, espero seu próximo movimento, mas não acontece.

— Perto da cama não. - ele diz em um sussurro e coloca meus pés no chão de novo- Eu não posso aguentar isso Sam, é difícil para mim. - seus lábios descem para o meu pescoço- Porra... - ele xinga nervoso, me surpreendo com essa atitude vinda dele.

— Desculpa. - eu peço sem nem ao menos saber o por que.

— Desculpa pelo o que? Por não me deixar te tocar? - ele tira o rosto do meu pescoço para me olhar- Não tem que pedir desculpa.

— Você está ficando nervoso com isso e eu não faço nada para facilitar.

Ele me dá um sorriso calmo. Austin pega meu rosto com as duas mãos e planta um beijo suave nos meus lábios. Ele não se distancia muito, apenas tira os lábios dos meus.

— Eu prefiro passar o resto da minha vida sem poder fazer amor com você, do que te perder de novo. - suas palavras fazem meu coração bater um pouco mais rápido.

— Não pode viver me tendo apenas pela metade. - balanço a cabeça- Sabe que não pode.

— Eu sei. Mas é apenas a metade de mim que você possui também. - ele admite e sinto meus olhos quererem saltar de espanto- Eu vou arrumar um emprego, volto em algumas horas. - ele me beija e sai rapidamente do quarto.

Fico parada somente respirando. Não lembro se pisquei. Apenas permaneci encostada na parede, buscando uma forma de compreender o que ele me disse. Austin também não é mais apaixonado por mim.

Temos os mesmos problemas, quem sabe podemos dar um jeito nisso e é a mesma pessoa que vai ajudar.

Outro pensamento vem na minha cabeça. Lana me mandou levar o Austin, o que só pode significar uma coisa: Freddie estará lá também.

 

 

 

 

 

— Como eu estou? - Austin pergunta descendo as escadas usando um casaco azul cobalto de botões, um jeans da mesma cor e um tênis branco que deve ser da Nike.

— Impecável. É só um almoço, poderíamos ir sem roupa que ninguém ia ligar. - dou de ombros. Estou usando o vestido preto que utilizei no dia em que Freddie e eu tivemos nossa primeira vez. Coloquei uma Echarpe cinza por causa do tempo frio. Nos pés coloquei um salto azul escuro. Eu iniciei o jogo sem nem mesmo saber, agora ele também está jogando comigo.

— Mas você está de vestido. - Austin me olha de cima a baixo- E com um salto que vale mais do que esta casa.

Levanto do sofá sorrindo e ele estende os braços para mim.

— Você está perfeita Sam. - Austin diz ao me abraçar com carinho.

— Estou longe de ser. - devolvo o abraço. Uma buzina toca ao lado de fora, sei que é o Embryl. - Pronto?

— Como assim, pronto? Pensei que era somente um almoço. - Austin me solta.

— Não vai ser somente um almoço com a Lana. Ela sempre nos surpreende. - me viro graciosamente e ando para a porta.

 

Embryl não falou conosco dentro do carro. Apenas me cumprimentou e permaneceu em silêncio, o que não é o típico dele. Ele é sempre tão falador e amigável, principalmente cativante. Sem contar o carisma indispensável. Algo aconteceu e ele não deseja contar agora.

— Chegamos. - Embryl desliga o veículo.

Ele sai para abrir a nossa porta. Parece está fazendo tudo correndo como em um desenho animado.

Embryl me dá a mão para que eu saia, eu aperto-a com força e fito seus olhos cor de mar.

— Não importa o que seja, pode me contar. - o asseguro.

— Me de algum tempo. - ele fecha a porta assim que o Austin sai- Divirtam-se.

— Pretendo. - omito um sorriso.

Embryl pisca para mim e dá umas batidinhas no ombro do Austin, que leva o gesto na boa educadamente.

Assim que Embryl entra no carro, deixando-nos a sós, Austin estica o braço para mim e dá um sorriso vívido.

— Para todos os efeitos, poderia por favor segurar o meu braço?

— Claro, acha que eu perderia a chance de fazer uma entrada triunfal? - entrelaço meu braço direito com o seu braço esquerdo.

— Não, você não perderia. - ele beija meu cabelo - Agora me conduza, não conheço este lugar.

— Apenas me acompanhe. - começo a andar até a entrada circular e majestosa do Space Needle.

 

 

Entramos no elevador e o aguardamos subir até o SkyCity. Adoro ver a rotação, mesmo sendo quase imperceptível. Leva uma hora para o restaurante do Obelisco Espacial fazer o giro de 360° graus.

Confiro a mensagem da Lana no celular, quando saímos de dentro do elevador. Ela está em uma área mais reservada e formal, ao lado da janela. Devolvo o celular ao Austin, que o guarda no bolso do casaco e fazemos nosso caminho até lá.

Freddie está de cabeça baixa mexendo no celular, usando um terno preto sem gravata, parece que ele encarnou em usar preto o tempo todo. Até mesmo a camisa de dentro é preta, quem o vê pensa que está indo a um velório.

Carly é a primeira a nos avistar. Ela está deslumbrante usando um vestido roxo, uma cor interessante. Gibby está ao seu lado vestindo uma camisa xadrez horrível, mas que é totalmente o estilo dele. Lana foi atrevida a ponto de usar um vestido vermelho, mas não um vermelho qualquer, aquele vermelho sangue escandaloso, sem contar o decote perturbador. Ela passou uma maquiagem clara, o vestido já chama atenção demais. Porém deixou os olhos azuis bem destacados.

Apesar de tudo, a surpresa maior sou eu. Não hesito em ir desfilando até eles, apertando o braço do Austin com um pouquinho mais de força. Quando chegamos à mesa, Lana ergue as sobrancelhas para mim.

— Meu Deus. - ela exclama- Vocês dois parecem ter saído de uma revista de moda.

— Estamos tão bonitos assim? - coloco a mão no peito do Austin e me inclino contra ele, Freddie ainda não se atreveu a nos olhar.

— Com certeza. - Carly sorri balançando a cabeça.

— Estão bonitos e não têm química, exatamente como aqueles casais de revista. - Lana apoia os cotovelos na mesa e eu ignoro seu comentário.

Quando vou me sentar, Austin segura meu braço educadamente.

— Permita-me. - ele puxa a cadeira ao lado da Carly para que eu me sente.

— Uau. - Carly deixa escapar.

— Obrigado amor. - falo com gosto.

— Disponha querida. - ele empurra a minha cadeira devagar e senta ao meu lado, assim ficando do lado da Lana.

Lana solta um risinho maligno.

— Viu Freddie? - ela chama a atenção dele- Você deveria ser como o Austin e ter puxado a cadeira para eu me sentar.

— Eu sou seu irmão, não seu namorado. - Freddie enfim ergue a cabeça para olhar a irmã- Meu trabalho seria puxar a cadeira quando você fosse sentar e não puxar a cadeira para você se sentar.

— Que maldade. - Carly murmura.

— Chato. - Lana bufa e olha para o Austin de soslaio.

— Se inspirou na Killer Queen para usar esse vestido, Lana? - eu pergunto me inclinando na mesa.

— Ah... - ela se mexe na cadeira- Acho que sim.

— Ousada. - Austin murmura e eu o chuto por debaixo da mesa.

— Muito. - Lana o olha novamente, mas desvia o olhar corando, eu observo a cena piscando sem acreditar no que vejo.

— Podemos comer? - meu estômago ronca de maneira absurda.

— Já pedi por todos nós. - diz Lana.

— E se você pediu algo que eu não gosto de comer? - cruzo os braços.

— E que tipo de comida você não gosta de comer, Sam? - ela dá uma risada fofa.

— Pizzas retangulares. - Freddie entra na conversa e com muito cuidado olho para ele, sinto o rubor invadir meu rosto, o efeito que ele causa em mim é incrível.

— Bom ponto. - eu sorrio para ele.

— Eu pedi o mesmo prato para todos. - Lana comenta sorrindo de lado- Salmão ao molho de iogurte.

— Por mim. - dou de ombros.

Um garçom se aproxima da nossa mesa com uma garrafa de vinho, ele enche nossas taças e se retira em silêncio.

— Depois que terminarmos aqui, preciso das duas lá em casa. - Carly aponta para mim e para a Lana- Os garotos podem procurar alguma coisa para fazerem juntos depois.

— Claro. - concordo com ela, vejo Austin enrijecer ao meu lado.

— Prometo não tirar o foco de você no casamento. - Lana pisca para a Carly.

— Por isso você vai vestir uma caixa de papelão. - Carly fala.

— E ainda assim eu chamaria mais atenção do que você. - Lana rebate, mas vejo que é pura brincadeira delas.

— É, definitivamente chamaria. - falho em segurar o riso e elas também.

— Alguém pode me dizer como é o vestido da Carly? Tenho medo do que ela possa usar. - Gibby nos pergunta.

— Não podemos contar. - eu digo.

— Não posso falar nada. - Lana finge trancar a boca e joga uma chave imaginária fora.

— Gibby, elas não vão te contar e eu não vou. - Carly pega a mão do noivo.

— Por que não? - ele sorri para ela.

— Por que dá azar o noivo ver o vestido antes do casamento. - Carls explica a ele.

— Você já está se casando com o Gibby, tem azar pior do que esse? - aponto para o Gibson que revira os olhos, mas ri junto com a Carly.

— Para Sam. - Carly empurra meu ombro de leve.

— Austin você está muito calado, conta alguma coisa para gente. - Lana pede a ele e eu olho para meu namorado.

— É Austin. Entra na rodinha. - Freddie diz em um tom irônico, Lana morde o lábio sabendo do ciúme do irmão.

— Ah... Tudo bem. - Austin limpa a garganta- Vejamos... Eu arrumei um emprego hoje.

— Que horror. - eu comento e encosto-me a ele.

— Emprego? De modelo? - Lana pergunta com outra olhada indiscreta.

— Não. De padeiro. - ele responde.

— Oh- ela me olha- Você está com o cara certo, Sam. - Lana bate palmas de forma teatral- Por que o amor acaba, mas a fome não.

— Vou lembrar disso. - bato na minha testa com meu dedo indicador.

— Engraçadinha. - Austin solta mais uma com a Lana, dessa vez eu não esboço reação, porque estou sentindo o olhar do Freddie em mim e antes que eu possa o olhar de volta, o garçom aparece com nossos pratos.

Com agilidade e eficiência, ele coloca os pratos em nossa frente e se retira novamente.

— Amém. - dou a primeira garfada, mas a Lana atravessa a mesa com o braço e segura minha mão, o que a faz roçar no braço do Austin que se assusta com seu toque.

— Orar primeiro. - ela me adverte.

— Oh, quase ia me esquecendo. Vamos agradecer pelo pão nosso de cada dia. - solto o garfo no prato.

— Ah, por favor, não se faça de santa. - Freddie fala para mim e eu abro a boca pasma.

Todos me olham sem compreender. Dou graças a Deus que não contei a Carly sobre aquilo. Logo após eu descobrir que eu não estava grávida, Freddie e eu fizemos amor, mas lembro de que antes de chegarmos as via de fato, eu me ajoelhei na frente dele com a intenção de...

Viro a taça de vinho em um gole só, não acreditando no comentário totalmente sem pudor dele.

— Vamos orar. - eu falo e todos fecham os olhos, menos o Freddie que continua a me olhar, ele mexe os lábios dizendo "desculpa". Desculpa pelo o quê? Pelo comentário descarado? Por ter me deixado? Por ser tão idiota? Seja lá pelo o que ele está se desculpando, eu só aceno com a cabeça aceitando suas desculpas.

Dou graças rapidamente e começamos a comer. O salmão está divino. O molho de iogurte derrete na boca, deixando o sabor ainda melhor.

— Freddie- Lana chama após mastigar o que tinha na boca- Você mencionou algo sobre ter uma casa alugada em uma ilha do Havaí... - eu me engasgo na hora e todos prestam atenção em mim, Austin dá uma batida nas minhas costas junto com Carly.

— Prossiga Lana. - Freddie se endireita na cadeira, mantendo uma expressão calma sem esboçar nenhuma reação.

— Poderíamos passar o ano novo lá. - ela se empolga- Todos deveriam.

— É... - Carly vem em meu socorro- Acho melhor não. - ela sabe muito bem porque não podemos- De qualquer formar, Gibby e eu vamos estar em lua de mel no fim de ano, não vai dar.

— Ah claro. - Lana faz uma careta e Freddie enxuga a testa com as costas da mão- Eu falei algo de errado? - ela realmente não entendeu nada.

— Não Lana... É só que... - tento achar uma maneira de explicar- Nesse lugar...

— Foi onde a Sam e eu fizemos amor pela primeira vez. - Freddie responde olhando para o seu prato.

É a vez de Carly se engasgar. Lana se encolhe na cadeira e Austin vira o rosto para me olhar.

— Quer contar daquele vez no seu apartamento também não? - me irrito com o Freddie.

Ele ergue o olhar para mim e sorri achando a situação divertida.

— Qual delas? Foram tantas... - ele leva o garfo até a boca e mastiga com gosto, sem tirar os olhos castanhos de mim.

— Já chega Freddward. - Austin diz de maneira dura e todos nós paramos de respirar.

Freddie ergue uma sobrancelha, quando ameaça dizer alguma coisa, seu celular toca.

— Se me dão licença. - ele faz menção de se levantar, mas Lana segura seu braço.

— Você está entre amigos, não precisa sair para atender, então senta ai e atende a ligação. - sua irmã praticamente ordena e ele fica no mesmo lugar.

Freddie tira o celular do bolso, olha para a tela e atende.

— Diga Embryl. - ele olha para mim.

Austin rapidamente beijou meu rosto, eu surpreendida com seu toque, virei à cabeça para o olhar, o que ocasionou um selinho rápido.

— Ownt... - Carly achou fofo.

— ELA FEZ O QUÊ?! - Freddie ergue o tom com raiva fazendo Lana, Carly e eu pular sobressaltadas.

— O que nossa mãe fez agora? - Lana já se prepara para o pior.

— Não mexa nele. - Freddie continua na ligação.

Eu volto a focar no Austin e beijo seu rosto. Ele dá um riso gostoso de ouvir. Rio com ele. Beijo seu queixo com carinho e quando me viro, Freddie está apertando o celular com tanta força que os nós dos seus dedos estão ficando brancos.

Ele já encerrou a ligação em algum momento da minha troca de afeto com o Austin.

— O que foi? - Lana se intromete.

— Por que devolveu? - Freddie pergunta para mim.

— Devolvi? Devolvi o que... - me detenho ao saber do que ele está falando. O Mustang!

— Não acredito. - ele está com a voz carregada de dor.

— Não vou me apegar às coisas passadas.

Freddie balança a cabeça sem acreditar no que eu disse.

— Hey gente, o que está acontecendo? - Carly se preocupa conosco.

— Sam? - Freddie se levanta da mesa se apoiando nos dedos- Posso falar a sós com você?

Não penso duas vezes. Sua atitude hoje já me incomodou bastante. Tudo bem que eu estava jogando, mas fugiu do controle e foi culpa dele.

— Claro. -largo o meu garfo e limpo a boca com um guardanapo- Já volto amor. - dou um selinho no Austin.

Lana não consegue esconder a cara de nojo, se ela tem sentimentos por ele, já devia ter me contado, provavelmente teríamos achado uma solução.

Saio da mesa e sigo o Freddie pelo restaurante. Quando ele percebe que está a uma distância segura da nossa mesa, ele coloca a mão esquerda na minha omoplata, por causa do vestido ser aberto atrás eu me arrepio com o contato da sua pele na minha.

— Por que está usando esse vestido? - ele resmunga comigo, enquanto pelo o que eu vejo me guia para o banheiro.

Eu não respondo, só continuo a andar.

Um homem de cabelos castanhos esbarra no ombro do Freddie, seus olhos azuis são acolhedores e ele ergue as mãos.

— Me desculpem. - sua voz é macia e calma.

— Não foi nada. - Freddie murmura e continua a me guiar pelo restaurante, eu viro a cabeça para trás e vejo o homem nos seguir.

Freddie para na frente da porta do banheiro feminino, eu o observo sem entender.

— É para eu entrar? - lhe pergunto.

— Sim. Veja se tem alguém. - ele olha em volta- Rápido Sam.

Não entendo sua loucura, mas entro no banheiro mesmo assim. Faço uma vistoria geral e não encontro ninguém.

Eu abro a porta e Freddie continua me esperando.

— Está vazio. - eu aviso.

— Venha. - ele pega minha mão e me puxa para uma das cabines do banheiro. Ele tranca a trava e se vira para mim, encosto-me à parede fria com medo do que ele pretende fazer. - Bem, então- ele murmura- Esse vestido, responda-me.

Oh droga, ele voltou na pergunta do vestido.

— Eu não sei. - eu ruborizo- Eu... Eu... Eu usei a camisa ontem e você gostou, por isso decidir usar esse vestido hoje.

Freddie pisca atônito.

— Usou o vestido por que achou que eu iria gostar? - ele pergunta olhando pro meu corpo.

— Sim. - admito abaixando a cabeça.

— Bom, funcionou, porque eu gostei. - ele diz, ergo a cabeça para ver seu sorriso de lado.

A cabine é tomada por uma energia intensa. Vejo a pupila do Freddie se dilatar e ele respira de forma pesada. A mesma coisa está acontecendo comigo.

— Por que me trouxe aqui? - lembro que estamos em um almoço entre amigos, que devem está se perguntando o que estamos conversando.

— Porque você devolveu o Mustang e eu não posso acreditar nisso.

— Eu não podia ficar com o carro do meu ex noivo, namorando com outro cara, não se faça de cínico. Foi a mesma coisa com o Jimny do Austin. - que está no ferro velho agora, adiciono mentalmente.

— É diferente. - Freddie tenta justificar.

— Não tem diferença nenhuma, é só você e seu orgulho de merda querendo encontrar problema aonde não tem como sempre. - começo a me irritar.

— Ah claro, meu orgulho... - ele sibila friamente.

— E que droga você acha que estava fazendo dizendo aquelas coisas? - meu corpo esquenta por algum motivo.

— Eu não sei. - ele coloca a mão na boca - Acho que eu só estava relembrando o que perdi.

— Tem razão. Você realmente perdeu. - minha garganta aperta e eu não aguento mais- SEU IDIOTA! - eu explodo e acerto em cheio um tapa no seu rosto, seus olhos se enchem d'água e os meus também- EU QUERIA VOCÊ! EU AMAVA VOCÊ! EU QUERIA PASSAR O RESTO DA MINHA VIDA COM VOCÊ! - me atiro contra ele que está perplexo e afundo meu rosto no seu pescoço, minhas mãos cavam sua roupa buscando algum conforto- Mas você... Você me deixou... Você me abandonou... E eu fui estúpida o suficiente para continuar amando você! - choro um pouco sentindo raiva e principalmente dor.

— Oh Sam. - Freddie murmura com a voz embargada e me abraça com força, ele me mantém nos seus braços, me balançando de um lado para outro, eu sinto conforto no seu abraço e diferentes níveis de amor- Eu sinto muito. - ele se desculpa. Freddie deixa somente um braço em volta de mim, ele pega meu rosto com a mão e fita meus olhos- Eu sinto tanto. - ele começa a aproximar nossos rostos, sua respiração bate contra a minha face, seus lábios macios roçam nos meus.

Meu corpo me impulsiona a ir em frente. Meu subconsciente implora para eu ir adiante. Meu coração me prende empatando de eu trair alguém.

Nossos lábios se tocam por dois mínimos segundos, tudo a minha volta explode em um bilhão de cores diferentes.

— Não posso. - eu o rejeito e isso me destrói mais ainda. - Não posso te beijar estando com ele. - Freddie apenas recua, mas não me solta.

— Eu perdi você. - ele alisa minha bochecha e uma lágrima solitária escorre do seu olho direito.

— Às vezes eu enxergo ao contrário. - pego sua mão e a retiro do meu rosto – Sabia que quando o Austin me beija, eu sinto o gosto da sua boca? Ele me puxa para perto e eu fico com nojo de mim mesma... – eu falo tremendo – Porque quando eu estou com ele, eu estou pensando em você. Oh Freddie, você não vai arrombar a porta da minha casa um dia e me levar embora?

— Eu gostaria. – ele fala tão baixinho que escuto minha própria respiração - É realmente tarde demais para eu te ter de volta? - Freddie pergunta apertando minha mão.


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Notas finais do capítulo

Encerro aqui a parte 1... O que acharam? Comentem ai, rasguem o verbo e sejam sinceros... A parte 2 sai em alguns minutos e vai se chamar Always In My Head, beijão gente, não deixem de comentar leitores fantasmas, vou chamar os Ghostbusters para vcs hein, xauzin!



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