Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 20
Looked in the mirror


Notas iniciais do capítulo

[Olhei no espelho]

Hey gente linda... Primeiramente já quero pedir desculpas, desculpas 400 vezes se necessário. Vcs vão se decepcionar comigo, mas ocorreu um erro, eu precisava que oq vcs queriam fosse em uma certa data que tem haver com o Freddie, e o fato é que, a data estava errada e isso bugou os planinhos pra fic, por favor não me odeiem, e tbm a fic ia perder vários acontecimentos futuros que estão por vir... leiam e vão entender. Nas notas finais eu explico melhor, desculpa mais uma vez...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707025/chapter/20

Povs Sam:

      Olho no espelho, meu cabelo decidiu me frustrar agora de manhã. Minha franja incorporou algum espírito, ela não está colaborando, não consigo pensar em algum jeito descente, deve ser porque está grande. Solto um suspiro e há coloco um pouco de lado, isso vai ter que servir. Saio do quarto do Freddie, ando pelo enorme corredor para descer as escadas, ele já deve estar tomando café. Faz uma semana que estou com ele aqui em Seattle. Tivemos um ótimo final de semana... Infelizmente, sem qualquer tipo de contato físico intenso, Freddie ainda está se culpando de mais e se mantém nessa maldita abstinência. Ele me levou a empresa mais três vezes, até que optei começar a ficar com a minha mãe enquanto ele passava o dia trabalhando... Ou melhor, sendo o mestre do universo, sentado na mesa do escritório da Lifes Invander... Depois que fui compreender a piada que é o nome, eu ri durante alguns minutos, o que feriu os sentimentos de CEO dele. Eu não me desculpei, não vi motivos e ultimamente estou estressada de mais, por alguma razão desconhecida.

Quando chego à cozinha. Ele está de costas comendo no balcão, Embryl está ao seu lado, devem estar conversando sobre invadir a vida alheia, o nome da empresa realmente pegou bem. Hoje não vou à casa da minha mãe; Melhor eu ficar por aqui pelo apartamento, passar um tempo com a Carly, não a vi muito nessa última semana, hoje é segunda e vou iniciar a semana que vou chamar de “Tempo com a melhor amiga/folga do namorado que está me deixando em abstinência.” Pergunto-me se a Carly já passou por isso? Eu sou nova nesse assunto, não fazia ideia que ficar sem fazer amor com o Freddie seria tão estressante, eu roí todas as minhas unhas e cheguei a ficar com dor de cabeça. Nem sei como contar a ela o que estou passando, chega a ser humilhante.

Movo-me para se sentar ao lado do Freddie no balcão, ele se vira e sorri, mas seu sorriso se desfaz ao ver minha cara de insatisfação.

— Aconteceu alguma coisa?

Olho para ele, depois olho para o Embryl que se desencosta do balcão, não vou mencionar meus problemas na frente dele.

— Estresse – murmuro, Freddie estreita os olhos para mim, desvio o olhar e observo o prato na minha frente, de repente presunto e bacon não parecem tão atrativos como sempre.

Levanto-me e vou em direção à geladeira.

— Não vai comer? – sinto o olhar de dúvida no Freddie sem mesmo ter que olha-lo para isso.

— Estou sem fome.

Escutei ele se engasgar. Pego um iogurte na geladeira, volto para o balcão e sento-me ao seu lado novamente.

— Você está doente? – ele começa a se preocupar, aproveito a cadeira giratória e giro-a para encara-lo.

— Só estou enjoada.

Freddie analisa o que eu disse por um momento, como se fosse a coisa mais difícil do mundo.

— Enjoada...

— Sim, não é nada de mais. – abro meu iogurte, dou um longo gole e o coloco encima do balcão.

— Se você diz. – ele resmunga com meu comportamento.

Um movimento involuntário acontece da minha parte, antes que eu tenha qualquer controle, eu bato no balcão com força estalando um barulho alto.

— Eu já falei, não é nada de mais! – minha voz sai pesada entre os dentes trincados.

 Freddie recua, mas se senta ereto na cadeira, seu olhar vira para o Embryl, com um movimento de cabeça quase imperceptível, ele entende que tem que deixar o recinto. Já começo a elaborar um pedido de desculpas e levo a mão à testa, ela está fervendo. Assim que estamos sozinhos, acho que o Freddie vai reclamar comigo, pois bem, eu estou tão nervosa que é possível eu descontar tudo nele, mas ele pega as minhas mãos e suspira com calma.

— Olha... Eu não sei se esse seu mal-estar é falta de sexo, ou t.p.m., só tente se acalmar. Você não tem estado muito calma nessa semana, eu quero o melhor para nós, se algo estiver te incomodando é só me dizer, vou tentar achar a solução. – ele prende seu olhar com o meu, solto um suspiro de alívio pelo jeito que ele falou comigo.

— Deve ser os dois – coro um pouco, um pequeno sorriso aparece nos seus lábios, ele sabe exatamente minha próxima reação, então age primeiro do que eu, Freddie se aproxima e me dá um beijo, fecho os olhos apreciando o gosto dos seus lábios.

Não temos feito isso com frequência, em parte porque ele tem trabalhado muito e por outro lado, porque ele não consegue ser controlar e se distancia rápido de mais para evitar qualquer coisa. Daqui a alguns dias vou me tornar freira, porque isso já foi longe de mais. Uma prova óbvia que as coisas estão esfriando entre nós, é o fato de eu poder fazer uma avaliação durante o beijo. Antigamente eu não conseguiria nem pensar direito, agora tudo fica mais compreensível. Tenho que dar um jeito nisso.

Desfaço o beijo e olho para minhas mãos atadas as dele. Como eu posso expressar em palavras, que ele não pode agir assim até... Bem, eu não sei até quando, ele não me deu um tempo específico.

— Eu tenho que ir trabalhar – Freddie me informa e seguro a vontade de revirar meus olhos.

— Claro.

— Tem certeza que não quer ir junto?

— Não, a Carly e eu... – tento dizer, mas escuto passos e alguém conversando animadamente, viro para a porta, Carly invade a cozinha com o Gibby.

— Bom dia casal mais bonito da terra! – ela sorri. Aquele tipo de sorriso que deixa o dia de todo mundo mais feliz, ela podia ser garota propaganda.

— Eu disse depois das nove – relembro o horário que ela devia vir.

— Aproveitei a carona com o Gibby – ela se derrete toda do lado dele.

— Merda! – Freddie reclama e nós três olhamos pra ele – Gibby – ele olha para o amigo – Você sabe como o Embryl fica.

Gibby dá de ombros, não entendo sobre o que estão comentando.

— Bom dia para você também.

— Desculpa – Freddie ergue as mãos – Bom dia Gibby, bom dia Carls.

— Até que enfim. – Carly franze os lábios, depois se vira e dá um selinho no namorado – A gente se vê depois, ok? – ela ergue a sobrancelha e dou graças a Deus que não tenho nada no estômago para vomitar, ela é cheia de segundas intenções com ele.

— Com certeza – Gibby pisca para ela e noto o incômodo do Freddie, quem escolheu a pausa foi ele, agora aguenta.

Freddie se levanta e me dá um selinho rápido, ele não me olha no rosto.

— Se cuida – ele sai da cozinha se desviando do Gibby que faz uma careta, ele me dá sorriso e um aceno, eu aceno de volta e ele deixa a cozinha.

— Que beijo porcaria foi esse? – Carly vem me prestar auxilio, quando praticamente me desmonto no banquinho, fecho os olhos respirando fortemente, me sinto um pouco mal.

— Você já ficou muito tempo sem... – arrisco iniciar a pergunta.

— Sem?

Balanço a cabeça desistindo.

— Esquece.

— Ok. – ela compreende que preciso de espaço – Então... Como vai seu relacionamento com o Freddie?

Não aguento mais e coloco para fora.

— Estamos sem fazer sexo faz uma semana.

Carly abriu a boca se abismando, fechou e balançou a cabeça entendendo meu estado emocional.

— Faz sentindo a frieza de vocês dois, mas ainda não explica seu estado emocional, você tem estado bem nervosa.

— E não é por causa da abstinência?

Carly ri com minha pergunta e vem se sentar do meu lado.

— Não Sam, não tem nada haver.

— Verdade?

— Verdade – ela pega um bacon do meu prato, coloca na boca e passa as mãos umas nas outras – Pelo pouco tempo que vocês fizeram isso, não teria um resultado tão negativo vindo de você, por ficar sem fazer. – ela faz uma pausa para mastigar - Ficar sem sexo não deixa ninguém a ponto de querer matar alguém, óbvio que tem casos extremos, mas o problema aqui é outra coisa. – ela vem toda psicóloga e médica para cima de mim – Tem algo a mais te irritando, o que é?

A realidade me dá um tapa na cara. Começo a contar mentalmente. Depois de novo. Sinto o desespero me abraçando. Não pode ser. Ainda não.

— Eu... – minha voz sumiu.

Carly segura meus ombros vendo meu corpo tremer.

— Sam? O que foi? – ela encara meu rosto.

Respiro fundo e acho uma resposta coerente.

— Eu atrasei.

— Atrasou? Atrasou o que? – ela não compreendeu.

— Eu estou atrasada. – pronuncio devagar por ainda não acreditar no destino se desenrolando a minha frente.

Ela suspira ainda tentando entender. Quando se dá conta, sua expressão vai de confusa para desesperada.

— Meu Deus.

— Eu não estou pronta. – agora eu entro em desespero.

— Eu vejo...

— Ele também não está, ele não disse, mas eu sei. Não sei como ele vai reagir.

— Espera – ela não acredita nisso – É com a reação dele que você está preocupada?

— Ele poder ser muito... Arrogante quando quer.

— Com arrogante você quer dizer estúpido?

— Com arrogante eu quero dizer rude— a corrijo de imediato.

— Ele fez alguma coisa com você? – ela já me lança seu olhar mortal.

— Não, nunca. Mas teve uma vez...

— Uma vez já é alguma coisa. – Carly me adverte ficando brava.

— Não foi nada sério, ele só bebeu e se alterou um pouco, tudo sob controle, é sério.

— Sam, se você estiver me escondendo alguma coisa, eu juro que...

— Quer falar sobre esconder coisas? – fico com chateada com a atitude dela.

— Você ainda não esqueceu? Caramba Sam, me dá uma pausa, não achei que você era do tipo que jogava na cara. – ela sai do banquinho do balcão e cruza os braços.

— Desculpa – já me levanto sabendo que dei mancada – Só me ajuda.

— Ajudar? – ela me olha ceticamente – Como?

— Preciso ter certeza se estou... Grávida. – forço a palavra a sair.

— Entendo – ela descruza os braços – Vamos à farmácia comprar o teste, não importa o resultado, eu vou estar aqui com você.

— Ok Carly – eu me inclino e nos abraçamos – Fique comigo.

— Sempre – ela ri por algum motivo e cheira meu cabelo, depois encara meu rosto – Vai dar tudo certo.

— Queria dizer que sim. – solto ela e passo a mão no cabelo.

— Esquece, fica aqui, eu compro por você, tem uma farmácia 24 horas do outro lado da rua. – ela já está dando as costas.

— Eu agradeço mesmo Carly – forço um sorriso a sair.

Fomos para a sala e eu seguro seu braço. Ela entende antes mesmo de eu dizer.

— Não precisa pagar Sam, francamente. – Carly me diz e beija minha testa – Volto em alguns minutos. – ela me informa.

Ela anda de costas enquanto vai para o elevador e depois se vira, entra nele e mexe os lábios me dizendo outro “vai ficar tudo bem”. Assim que ela se vai, desabo no sofá. Lágrimas de pânico ameaçam sair. Tranco a respiração. Não entra em desespero, não entra em desespero. Meu subconsciente começa a me manter calma. Mas é difícil. Se eu estiver grávida, vai ser um passo muito grande para mim. Até para o Freddie. Eu ainda não me estabilizei aqui em Seattle, tudo que eu tenho está em Londres. Não preparei minha mãe para a notícia. E a mãe do Freddie caramba! Não quero nem saber o surto que ela vai ter. O Freddie é bem sucedido e tudo mais, um filho não seria um problema, mas sim uma preocupação. Ele é dono de um império, está no auge da carreira e ia ter que largar tudo para ficar mais tempo comigo. Sem contar que definitivamente, não estamos prontos para sermos pais. Eu não estou pronta. Nunca passou pela minha cabeça engravidar tão cedo. Sim, por mais que eu faça 22 anos em setembro, ainda sei que não é a hora. Sem contar que eu não quero que meu filho puxe o meu gênio implacável. Eu preciso de mais tempo. Começo a pedir a Deus que não deixe isso acontecer, que ele pense na criança e como ela ia crescer com pais despreparados. De repente outro problema empurra esse para longe. Freddie e eu ainda não chegamos a uma conclusão a respeito do Austin. Eu ainda não liguei para ele, um dos motivos para as coisas entre Freddie e eu estarem mais paradas que fila do Sistema Único de Saúde brasileiro. Não tive coragem de ligar na frente dele, bem... Acho que agora é a hora. Carly ainda vai demorar um pouco, a farmácia é bem movimentada e eu não quero que quando o Freddie chegue, saiba que ainda tem dois problemas nas mãos, o Austin pode ser eliminado primeiro.

Sento no sofá e tiro meu celular do bolso da calça, a pergunta “Por que eu nunca apaguei o número dele?” vem na minha cabeça. Eu não sei dizer. Abro os contatos, percorro a letra A e depois de passar por vários nomes de restaurantes, encontro seu contanto. Uma parte de mim quer que ele tenha trocado de número, outra parte anseia para que isso acabe logo e outra parte muito pequena, cuja existência já era desconhecida para mim, deseja ouvir a voz dele de novo. Me censuro mentalmente com um xingamento. Pressiono o dedo sobre o contato e depois em ligar. Levo o celular ao ouvido. Deve ser umas três da tarde em Londres.

O telefone apita por alguns minutos, em seguida ele atende.

Sam?— ele pergunta se surpreendendo. Desliga!

— Precisamos conversar – minha voz fica trêmula, se eu não estivesse sentada, teria caído no chão, tudo está girando tão rápido que perco o fio da meada.

Fale— seu tom de voz muda para casual. Pergunto-me quando escutarei ele dizer uma frase inteira.

— A gente tem que colocar um ponto final nisso tudo. – respondo e vejo que comecei super errado.

E isso tudo seria?— sinto algo percorrer meu corpo, eu sei o que ele está fazendo, ele está usando aquele tom atraente que usava comigo.

— Você terminou comigo naquele hospital, é muita audácia da sua parte ainda me querer de volta, só esqueça que eu existo e irei fazer o mesmo com você. – coloco determinação em minhas palavras.

Escuto ele respirar do outro lado, acho que sinto até seu sorriso irônico.

Eu não estaria te querendo de volta, se eu não soubesse que ainda tenho chance.

— Você não tem chance!

Se eu não tivesse, porque você esperou o Freddie sair para me ligar? Por que não ligou na frente dele?

Engulo em seco com sua persistência e descobrimento surpreendente.

— Como sabe que ele não está aqui? – sussurro fechando os olhos.

Porque você não quer magoá-lo. Então achou melhor conversar comigo a sós, caso dissesse alguma coisa, ficaria somente entre você e eu.— ele diz solenemente, quase como se fosse para me irritar.

— Austin... – minha garganta se fecha.

Eu entendo sua preocupação com ele, na verdade, já foi uma atitude muito honrosa de sua parte me ligar.

— A ideia foi dele, por mim você estaria apodrecendo no inferno – falo com ódio.

Quer dizer que ele se sente ameaçado por mim...— ele ignora meu comentário amargo – Incrível meu efeito nas pessoas, mesmo eu estando do outro lado do mundo.

— Ele não se sente ameaçado – minto para contradizê-lo.

Sim, ele se sente e você sabe por quê.

Solto um suspiro de exasperação.

— Eu te odeio – murmuro ficando com raiva.

Você me odeia, porque eu te deixei, mas eu juro por Deus que se eu tivesse de volta, isso nunca iria te deixar de novo— ele começa a falar extremamente sério. Desliga isso agora! Meu subconsciente começa a implorar de joelhos.

— Eu sei que iria, por isso não daria certo. – uma pontada de esperança aparece na minha voz estragando tudo.

Oh, então você pensou nessa possibilidade?— ela vira o jogo contra mim.

— Não pensei. – rebato com rapidez.

Pensou sim, você ainda tem esperança na voz e sabe disso.

— Para. – eu praticamente imploro.

Você voltaria comigo Sam...— ele começa a admitir algo sem lógica.

— Não há motivos para voltar com você, me dê somente um – peço sabendo que vou me arrepender.

Eu amo você— ele admite e eu levo a mão à boca. – E se você não disser “eu também”, está mentindo a si mesma.Não! O buraco que eu tinha no peito, começa a querer se abrir novamente, é como se o último mês com o Freddie, tivesse sido mais um medicamento do que uma cura. Então me lembro de uma coisa... Eu não sei se estou grávida, mas se eu estiver, pode ser um ótimo argumento para fazê-lo retroceder.

— Eu posso estar grávida do Freddie – sussurro, meu subconsciente bate palmas.

E mesmo assim eu ainda amaria você e seu filho.— Austin se sai melhor do que eu pensava, a esperança começa a bater na porta, acho que ela vai derruba-la.

A Sam do Freddie, a Sam do Austin... Ambas começam a travar uma batalha intensa. Mas no momento, eu preciso colocar a minha armadura, fugir do assunto, não posso deixar o Austin acreditar que, ainda poderia ter uma oportunidade de me fazer feliz novamente.

— Eu não amo mais você Austin. E se eu amo, saiba que vou abafar isso, não há um universo em que eu possa ficar com você, não existe um mundo que funcione para você e eu. Freddie é o meu futuro, o amor da minha vida, ele é a minha tábua de salvação e ninguém vai tira-lo de mim, a não ser ele mesmo. E eu sei que esse dia nunca vai chegar – me levanto sentindo a vitória correr por minhas veias.

E se esse dia chegar?— ele ainda tenta me persuadir.

— Se chegar, você vai ter tudo que sempre quis. Eu. – dou um tempo para ele refletir.

E ai será para sempre?— ele pergunta como se isso fosse realmente possível.

— E ai será para sempre. – concordo.

Fechado, não voltarei a ligar para Carly e sairei da sua vida até segunda ordem... Nesse período, fique a vontade para fingir que eu não existo.

— Pode deixar – mantenho a postura de ataque.

Perfeito.— ele retira seu exército.

— Pois é – mantenho meu exército na linha de frente por precaução.

Até mais Sam.— ele diz de uma formal simples, como se tivesse sido a conversa mais normal do mundo.

— Até mais Austin. – eu desligo o telefone e me mantenho em pé, um sorriso ridículo se coloca no rosto. Uma risada escapa de mim. Não sei descrevê-la, porém, ela me assusta mais do que a risada do coringa do filme Batman de 1989, ou do palhaço do filme It – Uma obra prima do medo de 1990.

Sinto um sentimento de alívio meio estranho. O problema “Austin Nichols” não foi resolvido completamente, mas uma parte dele foi totalmente dominada. O Freddie jamais vai me deixar, então eu sei que o acordo com o Austin jamais vai se cumprir. Escuto o elevador parar no andar, me levanto do sofá para receber a Carly. Ela sai do elevador balançando o saquinho como se dentro tivesse um brinquedo, não uma mudança de vida total da melhor amiga. Penso em ajeitar a postura, mas para que? Carly é minha melhor amiga, não tenho nada a esconder, ela vai saber se eu tentar fingir que estou bem, em vez de uma pessoa que quer saltar pela janela. Fico olhando o saquinho de papel, espero a pior notícia que alguém poderia receber.

— Parece aliviada - ela estranha meu comportamento, mal sabe que estou toda bagunçada por dentro.

— Eu acabei de resolver um problema, um a menos da minha lista.

— O que você resolveu?

— As coisas com o Austin - tento soar natural.

Carly faz uma tentativa de perguntar alguma coisa.

— O... O que?

— Eu liguei, nós conversamos, acertamos tudo um com o outro, ele não será mais um problema.

Conto por cima como foi a conversa e omito a parte do acordo. O Austin tem razão, tem coisas que é melhor ficar somente entre ele e eu. Talvez em um futuro não tão distante, eu explicarei a Carly a verdade, direi o acordo que eu fiz. Mesmo assim, Austin não vai ganhar esse páreo. Jamais.

 

 

 

 

— Está pronta? - ela me pergunta na frente da porta do banheiro, faço que sim a cabeça - Lembre-se, não importa o resultado, estou aqui fora para te consolar.

— Obrigada Carly - abraço ela e entro no banheiro.

Vamos Sam, como diz aquele ditado é agora ou nunca. Abro a caixinha do teste e me preparo para fazer isso. Não vou esperar o Freddie chegar, eu não teria tempo de me acalmar e ia pirar na frente dele, se eu souber do resultado antes, vai ser mais fácil ou menos horrível para nós mesmos.

Leio as instruções com muita calma. Reviro os olhos. É simples de mais. Faço exatamente o que as instruções dizem, respiro fundo. Pego o teste sem me olhar e me fito no espelho. Minha vida pode mudar para sempre a partir de agora, terei que encarar isso sem medo. Espero 1 minuto até o teste ficar pronto. Conto cada segundo demorando mais do que o necessário. Por fim, levanto o teste para ver. Olho para a palavra digital. Negativo. Jesus! Solto o maior suspiro de alívio da face da terra. E depois um sorriso aparece no meu rosto, pelo menos não apareceu "só gorda mesmo" no minúsculo display. Olho para a garota no espelho de novo, ela sorri sabendo que tudo está bem. Ela sorri sabendo que vai passar o resto da vida, ao lado da pessoa que ama. Ela sorri sabendo que, o mundo todo pode conspirar contra ela, mas nada vai dar errado com seu namoro. Austin aparece no meu pensamento, meus sentimentos por ele voltam para me dizer um "Olá". Eu poderia ir embora, ficar com ele. Mas não vou. Freddward Benson é minha vida. Meu coração pertence a ele. Meu motivo de estar viva é ele. Ninguém vai tirá-lo de mim e eu não vou deixar o homem que eu realmente amo. Não importa se as pessoas aparecem com suas ideias de amor, de como funciona, cada um ama de um jeito. Eu amo o Freddie da minha maneira. Quero ser tudo para ele, e que ninguém se atreva a entrar no meu caminho para atrapalhar isso, nem mesmo Austin Nichols. Olho o espelho de novo, é como se meu reflexo me contasse uma coisa.

Saio do banheiro e Carly olha para mim na expectativa, acho que ela também esperava o pior.

— Se for menino... - ela começa a dizer.

— Deu negativo Carly. - a acalmo, antes que se inicie uma sugestão infinita de nomes.

— Aaaaa! - ela berra e me abraça com força - Nossa! - ela me balança para os lados, depois se distancia para rir - Então você só está gorda mesmo.

— É o que? - eu dou um tapinha no braço dela, mas rimos juntas - Eu estou tão aliviada, obrigado Deus. Sério, eu não posso ser mãe agora Carly. Eu ainda tenho planos e alguns sonhos, os bebês podem esperar.

— Os bebês? Quantos filhos pretende ter com o Freddie? - ela me olha horrorizada.

— Não sei, mas não vamos pensar em filhos agora, vamos só aproveitar o nosso dia juntas. É o melhor a se fazer agora.

— Tem razão. - ela concorda - Mas lembre-se mocinha, trate favor de você e o Freddie serem mais cuidadosos. Comece a tomar pílula, entendeu?

Aceno em concordância, é como receber uma repreensão da sua mãe.

— E agora?

Carly sorri e mexe as sobrancelhas, oh céus! Já sei o seu plano.

 

 

 

— Ela não tem chance, estou dizendo, Guner vai dar um lance mais alto. – Carly tenta me fazer mudar de ideia.

— Adelina sabe que tem sorte com esse container, ela vai persistir até o final – jogo batatinha frita nela.

Estamos na sala assistindo Guerra de containers. Ou melhor, discutindo sobre isso. Nossos palpites nunca são os mesmo. Enquanto as pessoas observam os containers, elas não sabem o que tem dentro, porém mesmo assim participam do leilão para ficar com ele e tentar a sorte. Carly e eu empatamos no quesito de quais pessoas ganhariam o leilão. Precisamos desempatar e vai ser agora. O lance do container subiu para cinco mil dólares. Adelaide subiu para seis mil. Guner subiu para seis mil e quinhentos. Ela não retrocede e sobe para oito mil. Ele nota que está prestes a perder e tenta um último lance de oito mil e quinhentos dólares.

— Isso! Vamos garoto!- Carly está dando pulinhos no sofá.

— Não cante vitória antes da hora – foco meu olhar na tela, é agora.

Adelaide faz o último lance de nove mil dólares e noto Guner recuar, ele não vai aceitar.

E acontece.

— Droga! – Carly faz biquinho vendo Adelaide ganhar o container.

— Agora abre e mostra o sabor da vitória. – coloco as mãos no queixo.

Adelaide pega uma chave de fenda e quebra o cadeado do container. Ela abre as duas portas. Tem algumas caixas dentro... Somente caixas mesmo. Não tem mais nada, são só diversas caixas de papelão vazias. Mas o que?

— Que papelão hein – minha melhor amiga ri sem controles ao meu lado – Depois eu que cantei vitória antes da hora! – ela solta outra onda de risos incontroláveis e por mais que eu queira ficar brava, é meio impossível.

— Não quero mais ver isso – eu pego o controle e desligo a TV.

— Ahhhh.

— Muito humilhante – jogo o controle no outro sofá.

— O que você fica fazendo aqui o dia todo?

— Nada. Por isso prefiro ficar com a minha mãe.

— Hum...

— Melanie vai fazer uma visitinha em janeiro do ano que vem, e minha mãe já avisou para mim que não vai me querer presente – deito sobre as pernas da Carly.

— Mas falta muito tempo, tipo, uns seis meses. Isso tudo por causa daquela história sobre a família do seu pai? – ela dá carinho nos meus cabelos.

— Exatamente.

Ela solta um muxoxo.

— Mas você mudou Sam, não faria nada errado como seus meios-irmãos.

— Eu mesma não acredito que mudei. Eu não sei te explicar, minha mente me confunde. – coloco uma batata-frita na boca, começo a mastigar e fecho os olhos.

— Eu sei que você mudou – Carly tenta me convencer – Eu sei disso pelo o que está aqui – ela coloca a mão no meu coração – E não pelo o que está aqui. – ela coloca a mão na minha testa.

Abro os olhos com seu gesto de carinho.

— Uau... – dou um sorriso leve, me sento no sofá novamente.

— Não importa o que a sua mãe diga, eu passei mais tempo com você do que ela, eu te conheço melhor do que ninguém.

— Eu sei.

— Bem, agora temos que achar outra coisa para fazer.

— Tenho uma ideia. Me conta do seu relacionamento com o Gibby – proponho para saber um pouco melhor dessa semana que a Carly teve.

— Vai tudo perfeito, Gibby e eu estamos revendo alguns pontos do nosso namoro, para melhorar, entende? – mexo a cabeça para dizer que entendi – Ele é extremamente atencioso, honesto, romântico, eu não esperava isso dele.

Ela diz isso com tanta facilidade, que eu noto uma coisa: realmente para ela e para o Gibby, esse namoro é tão fácil quanto respirar.

Carly prossegue contando o que fizeram durante a semana. Eu peço para ela pular algumas partes, não estou a fim de ouvir sobre o período noturno, ou sobre o período anterior ao café da manhã, o que nos fez rir como sempre. É isso mesmo. Carly e eu somos melhores amigas excepcionais, que riem até do vento.

 

 

Passamos um maravilhoso dia juntas. Exploramos o apartamento, verificamos as câmeras na sala da segurança, vasculhamos os cantos a procura de moedas perdidas, almoçamos pizza que nós mesmas fizemos, por mais que a senhora Hayle tenha insistido em fazer, Carly e eu quisemos nos divertir juntas. Depois disso tocamos uns instrumentos que achamos no último andar e encerramos o dia assistindo o noticiário da noite, enquanto esperamos nossos amores retornarem.

Olho constantemente a hora no meu celular. Os minutos não passam e devem estar demorando de propósito. Carly tira um cochilo no sofá e eu finalmente escuto o barulho do elevador, quando dou por mim, acabei de passar a mão no meu cabelo para ficar mais apresentável.

Gibby entra na sala e eu escondo a cara de chateada.  Seus olhos vão direito para a Carly, ele a olha com uma grande admiração, como se fosse a coisa mais importante do mundo para ele. Observo ele ir até ela e acariciar os cabelos castanhos. Gibby se inclina e deposita um beijo em sua testa, o que faz a Carly acordar.

— Hora de ir para casa – Gibby sorri para ela.

— Hunrum. – ela murmura se colocando de pé.

Gibby pega a mão da Carly ainda sorrindo.

— Se divertiram?

— Oh, sim, tocamos o terror – literalmente. Eu penso.

— Legal – Gibby puxa Carly e beija seu rosto – A gente já vai, até mais Sam.

— Aham – aceno para os dois e Carly tenta andar meio sonolenta, ela lança um aceno de leve e se entrelaça com o Gibby.

Acompanho os dois até o hall onde fica o elevador, eles entram e vão embora. Escuto uns barulhos vindos da cozinha, sei que é a senhora Hayle preparando o jantar, me sinto sozinha sem a presença da Carly ou do Freddie por aqui, então decido subir as escadas e ir para o quarto utilizar a TV de lá.

 

 

Deito-me na cama e ligo a TV sem realmente assistir, minha mente só pensa no Freddie a cada segundo, sua demora começa a me preocupar, ele nunca demorou tanto. Já se passaram uns trinta minutos, depois outros trinta. O celular dele não atende, começo a ficar nervosa. Passaram-se duas horas... E se ele não está querendo voltar por causa do meu comportamento? Ou coisa parecida? E se ele estiver terminando comigo? A dor rapidamente vem me fazer companhia, levanto da cama e saio correndo do quarto, vou fazer plantão na frente do prédio, uma hora ele vai ter que aparecer.

Desço as escadas voando mais rápido que a Supergirl, pulo alguns degraus e quase caio, decido no final não correr. Quando chego ao último degrau eu o vejo saindo do elevador, com a gravata no bolso da calça e o paletó na mão. Meu coração se acalma de imediato, tudo volta ao normal, bem, a minha definição de normal. Ele olha para mim, abre um pequeno sorriso, parece cansado e caminha sem muita vontade até onde eu estou.

— Oi – eu cumprimento olhando seu rosto lindo.

— Oi. – ele fica na minha frente, estou um pouco mais alta por conta de estar sobre o degrau.

— Você demorou...

— Sinto muito, não pensei que iria ficar preocupada.

— Bem, pensou errado. – minha voz vira um sussurro – Quer jantar?

Ele nega com a cabeça.

— Eu só quero ir para cama. – Freddie sobe no mesmo degrau e se coloca ao meu lado.

— Vem. – eu pego sua mão livre e subimos as escadas juntos.

Parece que um caminhão passou por cima dele e depois deu ré para completar o serviço, nunca o vi dessa maneira. Quando entramos no quarto, ele tira os sapatos e deixa ao lado da cama, depois joga o paletó em um canto e começa a me olhar. Fico perto na frente da cama me preparando para as notícias do dia.

— Eu fui... – ele inicia algum assunto.

O interrompo na mesma hora.

— Eu preciso que você saiba de uma coisa – eu suspiro ao mesmo tempo em que ele. Freddie vem em minha direção e se coloca à minha frente – Na verdade eu preciso que você saiba de duas coisas.

— É só dizer – ele tenta parecer calma.

— Ok... – eu dou as costas e vou para o banheiro, pego o teste de cima da pia de mármore e retorno para o quarto.

Os olhos do Freddie se arregalam em pânico, ele sabe o que tenho nas mãos, só não sabe a verdade.

— Você já fez? – ele me pergunta prendendo a respiração.

— Sim – olho para o teste e respiro com calma – Eu não estou grávida.

Sua reação de imediato não é alívio, é de surpresa, depois ele solta um suspiro de alívio e um sorriso não muito feliz.

— Como se sente?

— Aliviada – tenho que admitir a verdade a ele – Eu não estava para pronta para ser mãe e sei que você não está pronto para ser pai.

Espero sua resposta, ela vem melhor do que eu pensava.

— Eu tenho medo Sam – Freddie fica mais perto de mim – Medo que eu não saiba cuidar, medo que eu aja igual ao meu pai, se nascer um menino e eu surtar como ele – Freddie faz uma cara de dor – Não posso correr esse risco, não agora. Você viu o que aconteceu quando eu bebi de mais naquele dia, quase te machuquei, sabe o quanto me senti um lixo no dia seguinte? Eu achei divertido até saber por quê. Eu achei bom, até descobrir o que me levou aquilo. Eu me odiei até saber que sou o reflexo do meu pai e não é isso que eu quero oferecer ao nosso filho. – Freddie pega a minha mão e a segura com força.

Analiso suas palavras. Provavelmente ele estava com a mãe, por isso demorou. Vejo o medo estampado nos seus olhos, tenho que responder com delicadeza, o que não é do meu feitio, mas nesse caso, só posso fazer uma coisa, me colocar em seu lugar.

— E eu não quero ser o reflexo da minha mãe. Nem puxar o gênio ruim do meu pai e nem querer que meu filho seja alguém como eu. Não é hora de darmos esse passo, ainda é cedo de mais para colocarmos uma criança, em mundo tão conturbado quanto o nosso. – jogo o teste na cama e levo a mão ao seu rosto – Tem quer ser somente nós dois por um tempo.

Freddie solta a minha mão e passa a mão dele pelas minhas costas.

— Questão de tempo.

— Questão de tempo – concordo com ele e finalmente damos um sorriso sincero um para o outro.

— Então se eu não vou ser papai ainda – ele brinca recuperando seu humor – Qual é a outra notícia?

Beleza, lá vai a bomba do ano.

— Eu liguei para o Austin. – sugo o ar pelos dentes e Freddie engole em seco – Está tudo resolvido.

— Sério? – ele começa a se empolgar.

— Sem mais problemas, agora somos somente você e eu. – eu pronuncio feliz.

— O que você disse?

— Que eu não podia ficar com ele. Que eu escolhi você. - noto o orgulho na postura dele, então decidido contar sobre o acordo – Mas tem um acordo em jogo.

— Acordo? – Freddie estranha o final da resposta.

— Se você me deixar Freddie, ele vai poder ficar comigo, e eu só aceitei isso, porque sei que você nunca vai me abandonar. – faço uma pequena pausa - Você me ama.

Freddie reflete sobre minhas palavras, sem discordar ou acrescentar alguma coisa, ele só pensa.

— Sim. Eu a amo. – ele só entoa isso com uma convicção, que faz algo se acender dentro de mim.

Lembro-me de um assunto interessante.

— Agora que o susto já passou... Queria te perguntar uma coisa – ele não se mexe, então continuo – Ainda estamos em... Abstinência?

Freddie entende o que quero dizer, dá o seu famoso sorriso de lado e tira as mãos de mim. Ele tira a camisa para fora da calça, vai para o primeiro botão e a desabotoa lentamente. Ele termina de desabotoa-la, retira ela do corpo e a joga no chão, seus olhos castanhos bebem os meus. Minha respiração já está mais intensa do que uma locomotiva a vapor, ela bombeia meu oxigênio de forma desordenada.

Freddie pega meu rosto e começa a me beijar, seus lábios estão ferozes e ágeis, rapidamente sua língua entra na minha boca me fazendo arfar, minhas mãos alisam seu peito esculpido de cima até embaixo. É quando ele para de me beijar e sorri.

— E minhas calças senhorita Puckett? – ele pergunta querendo que eu as tire.

Caio de joelho em sua frente e começo a desafivelar seu cinto, tiro ele e jogo em algum lugar do quarto, depois abro o zíper e o botão da sua calça, a abaixo totalmente, ele dá um passo para trás para sair delas, em seguida ergo o olhar para ele que arregala os olhos sabendo minha intenção, ele se abaixa e me pega antes que eu faça qualquer coisa.

— Você não vai fazer isso – ele me adverte segurando um sorriso.

Freddie me joga na cama, dou risada e ele também.

— Fazer o quê?

— Você sabe... - ele sobe encima da cama, puxa meu shorts e minha calcinha ao mesmo tempo – Tira a blusa e o sutiã. Ah, por favor, não se faça de santa. – rio e começo a tirar minha blusa, depois abro meu sutiã sem desviar o olhar dele, enquanto Freddie tira a boxer branca.

Ele vem e se coloca sobre mim, abre a gaveta da cômoda pegando um preservativo, rápido como sempre ele o coloca pronto para a ação.

— Eu senti falta disso – admito corando.

— Eu também – ele deposita um beijo nos meus lábios e entra lentamente, quase como uma punição.

Seguro seus ombros com as mãos, enquanto ele se move devagar, mas intensamente. Minha linha de pensamento some durante seu beijo perfeito e durante as sensações perfeitas. Eu senti tanta falta de sentir isso, mas não exatamente do prazer, mas sim do prazer com o Freddie. Eu ainda não achei nada comparado a isso e sei que nunca vou achar, a sintonia é inigualável, eu sei quando ele vai diminuir o ritmo, sei quando ele vai aumentar, até sei quando ele vai parar de me beijar, para recuperar um pouco de ar e em parte as forças perdidas. Assim como ele conhece cada centímetro do meu corpo e principalmente, cada lugar mais sensível. Ele tira os lábios da minha boca e os coloca no meu pescoço, sua respiração fica intensa em meu ouvido, a boca dele sobe para minha orelha.

— Sam... – ele sussurra me fazendo gemer – Eu... Te... Amo.

Tento fazer as palavras saírem mais sinceras possíveis, porque elas realmente são verdadeiras.

— Eu te amo mais. – consigo falar enquanto ele entra com mais força, jogo a cabeça para trás e afundo uma mão no seu cabelo desgrenhado.

— Eu nunca vou deixar você – ele ergue a cabeça e me olha tão intensamente, que não sei por quanto tempo vou aguentar.

— Nem eu. – acaricio seu rosto e ergo a minha pélvis contra dele.

 Freddie fecha os olhos e se apoia nas duas mãos. Ele empurra em mim com tanta força que escuto a cama protestar diante disso. Ele faz isso repetidas vezes. Finalmente eu sinto aquilo crescer novamente, todo o prazer indescritível volta me levando ao ápice instantaneamente, sem me dar tempo de se preparar. Eu gozo tão intensamente, que não consigo mexer um músculo enquanto o orgasmo se desfaz aos poucos. Enquanto meu corpo ainda treme, Freddie encontra sua liberação e cai sobre mim, dessa vez ele não conseguiu se apoiar. Seu cabelo pinga de suor e eu sinto seu corpo, não conseguir controlar o prazer assim como o meu. Mantenho minhas mãos em cada lado do meu corpo, tudo dói um pouco, acho que devido ao tempo sem sentir nada parecido.

Quando enfim estamos com pensamentos estabelecidos e completamente saciados, um sorriso aparece no meu rosto.

— Eu odeio camisinha – Freddie murmura se retirando de mim, ele tira a camisinha dá um nó e joga ao lado da cama.

— Não se preocupa, em breve não vai mais precisar usar. – aviso a ele e o puxo para que se deite do meu lado.

Aconchego-me no seu peito e fecho os olhos inalando seu cheiro.

— Essa semana foi tensa. – ele cheira meu cabelo e dá carinho nas minhas costas.

— Eu que o diga - bocejo e meu estômago ronca.

— Alguém está com fome – ele ri contra meu cabelo – Vamos jantar – seu humor muda totalmente, é como se essa última semana nem tivesse acontecido.

— Nunca mais me deixe sem sexo – finalmente reclamo.

— Eu sabia que era isso – ele me aperta e nós dois rimos em harmonia – Sam? Por que você não escolheu o Austin, em vez de mim?

Agora eu sei a resposta.

— Porque eu não preciso do Austin, eu preciso de você. Eu consigo sobreviver sem ele... Ainda é doloroso, tenho que admitir. Mas sobreviver sem você é impossível. Eu escolho você, porque não existe um mundo onde não tenhamos nós dois juntos, eu fui feita para você Freddie, você foi feito para mim, não no amamos atoa, por isso quero passar o resto da minha vida com você.

Ele pega meu rosto e vira para o dele, sua boca se junta a minha, um selinho doce e cheio do amor, acho que foi o mais perfeito que já demos.

— Obrigado – ele agradece.

— Disponha.

Naquele momento em que me olhei nos espelho, foi quando a resposta surgiu. Ela sempre esteve bem óbvia. Preciso do Freddie e essa vontade nunca vai desaparecer. Podem ser erguer todos contra nós, meu amor por ele é suficiente, para derrubar qualquer um. Eu podia ter ido embora para Londres, ter deixado o Freddie. Sabendo que o Austin e seu amor meio forçado ainda estariam lá me esperando. Mas eu não quero isso. Me olhei no espelho e decidi ficar, não iria deixar o amor me derrubar daquele jeito. Um amor para início de conversa, que nem deveria ter começado.

Freddie e eu iremos conseguir chegar lá... Aonde? Eu não sei. Mas juntos nós podemos qualquer coisa. Amor é o que nos descreve e o que nos consomem. Amor e óbvio... Luzes... As mesmas que me guiam para ele o tempo todo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpa mesmo gente por não ter o baby Seddie agora, mas ia desajustar algumas surpresas que preparei para vcs e uma cena extremamente profunda que a Sam ia fazer, tudo precisava ser em uma certa data. Eu to me sentindo bem mal mesmo, sério, não to bem porque tenho medo das suas reações, me perdoem de verdade. Se tiver alguma forma de recompensa-los me avisem por favor, que eu vou tentar arrumar o que deu de errado, ai caramba... Bem, escolham uma das opções se não estiverem tão bravos comigo :´( me perdoem, por favor.

OPÇÃO 1: Sam e Freddie optam por inciar um tipo de terapia dado aos acontecimentos passados, Gibby e Carly apoiam e decidem optar por isso também.(Povs de todos)

OPÇÃO 2: O famoso capítulo do "Em breve" será postado, um pouco de ação e drama para mexer com vcs (Povs Autora)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fix You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.