Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 15
Every teardrop is a waterfall... With bonus chapter


Notas iniciais do capítulo

[Cada lágrima é uma cachoeira... Com capítulo bônus]

Hey povo da terra! Mais um capítulo pra vcs, segurem seus fornos que a coisa ta bem louca, espero que gostem, não sei oq comentar aqui pq to com sono então só leiam e tal, ah e agora já temos dias da semana em que irei postar: Segunda, Quarta ou Quinta e Sábado. Aproveitem o capítulo!!



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Povs Carly:

Caminho de volta para a suíte, um empregado irá pegar nossas malas em alguns minutos, então tenho tempo para fazer uma ligação antes de ir. Quero avisar ao Spencer que estou indo a Seattle. Quando saio do elevador, tateio meus bolsos a procura do meu celular. Não encontro. Droga eu deixei no quarto com o Gibby. Ando em direção à porta e vou entrando no quarto. Assusto-me com expressão do Gibby. Ele me olha pasmo, como se alguma coisa horrível tivesse acontecido. Como se eu tivesse matado alguém. O celular em sua mão cai no chão e ele dá um passo para trás.

— Gibby?- vou a sua direção devagar.

— Por que Carly?- ele olha pro chão e passa as mãos no cabelo totalmente em choque.

Escuto um zumbido e vejo meu celular começar a tocar encima da cama.

— O que aconteceu? - eu pergunto e caminho para pegar meu celular.

— Pergunte ao Austin. - Gibby diz entre os dentes e meus olhos se arregalam. Merda! Como ele sabe?

— Não é o que você está pensando. - levanto as mãos.

— Sabe o erro das pessoas, em começarem com isso? É que sempre vai ser o que a outra está pensando!

O celular prossegue tocando e ele o pega antes de mim e o arremessa na parede atrás de mim, me jogo na cama com o susto e depois me sento.

— Me deixa explicar.

— Espero que consiga uma desculpa muito boa. - a raiva emana dele com tanta força, que vejo seu corpo ter leves tremores.

Meu coro cabeludo pinica como se fosse um alerta. É melhor eu ter cuidado com as palavras.

— Eu estava tentando proteger a Sam.

— Uma ova que estava! - recuo com seu grito, mas mantenho o olhar fixo na sua face.

— É tudo para o próprio bem dela. - minha voz está sufocada.

— Vai continuar mentindo? Jura?

— Eu juro que não tinha nenhuma intenção ruim. Por favor, acredite em mim. - me levanto para tocá-lo, mas ele recua levantando as mãos e me olhando com dor.

— Acreditar como? Você omitiu isso de mim! Você quer separá-los, por quê?

— Eu não quero isso - me defendo rapidamente - Mas se o Freddie magoá-la? Você acha mesmo que ela vai superar? Eu estou lutando com as armas que eu tenho.

Ele me olha horrorizado tentando processar o que eu disse.

— Acha que o Freddie iria deixa-la? Ele a ama.

— O Austin também dizia isso. - fecho os olhos relembrando de como a Sam ficou após o rompimento dos dois- Você não a viu como eu vi. Aquilo doeu muito. Era como vê metade de uma pessoa andando. Ela não tinha vida. Quase entrou em depressão. Eu não reconhecia mais ela. Eu não posso ver isso de novo.

Abro os olhos e Gibby está olhando em volta impassível.

— Por isso decidiu ligar para ele?

— Não. Ele já vinha ligando faz um tempo, ele queria saber como ela estava, ele está disposto a ficar com ela se o Freddie perdê-la.

— E onde você entra nisso? Diga-me Carly, quem ficaria com o Freddie quando isso terminasse? - sua expressão volta para dor.

— Eu não sei. Mas sei que eu estaria com você. - sussurro para acalmá-lo.

— Eu quero acreditar, eu juro por Deus que quero acreditar em você, mas... - ele faz uma pausa - O Freddie sabe que o Austin tem ligado?

— Não. - minto, mas mantenho meu olhar no dele para parecer ser verdade, espero não ficar vermelha.

— Isso é muito fodido - ele se vira e vai pra sacada do hotel. Corro atrás dele e penso em tocar nas suas costas, mas tenho medo da sua reação. - Por que mentiu de novo?

Pense rápido Carls, ele sabe que tem algo bem maior por trás de tudo isso.

— Eu não menti. - dou graças a Deus que ele está de costas e não pode ver minha expressão de total pânico.

— Mentiu - ele fica de frente pra mim me pegando de surpresa - Eu liguei pro Freddie.

— Droga - levo as mãos ao rosto - Gibby eu sinto muito.

— Na verdade eu não sabia que você tinha ligado para ele, foi uma ideia precipitada, mas adivinha? Eu estou certo! - suas mãos estão cerradas em punhos, em cada lado do seu corpo e eu não sei o que dizer a ele. - Diz alguma coisa! - ele grita. Dou um passo para trás com medo da sua atitude e ele relaxa um pouco vendo o medo estampado no meu rosto.

— Sim. Eu menti - sussurro por causa das lágrimas não derramadas- Eu avisei ao Austin que estávamos saindo de férias todos juntos, e que quando voltássemos, ele poderia tentar reatar com a Sam. Mas tudo saiu do controle quando eu vi que o Freddie ainda a amava. Minha primeira intenção era ficar com ele na viagem, eu não sabia que os sentimentos da Sam por ele retornariam, foi quando as coisas desandaram. - respiro com dificuldade - E depois eu queria realmente os dois juntos, bem eu pensei que eu queria... Até pensar no futuro. Eu não podia deixar o Freddie magoá-la, então caso algo desse errado, eu avisaria ao Austin para que ele voltasse com a Sam. E eu tentaria... Iniciar um relacionamento com o Freddie. - me envolvo com meus próprios braços e me encaminho para a borda da sacada.

— E o que te empatou? - Gibby pergunta confuso.

— Não é óbvio? - dou uma risada seca.

— Não pra mim.

— Eu me apaixonei por você. Foi isso que me empatou. E eu também jamais iria magoar a Sam. - respondo e solto um suspiro.

— Pois você vai. - ele ameaça e olho para ele com clemência. - Você vai contar a ela, ou eu vou.

— Não! Gibby por favor, não! Eu estava errada, ela não precisa saber disso, ela está bem com o Freddie. Não estrague tudo. - toco seu ombro e ele recua rudemente para que eu não o toque.

— Ela precisa saber e se ela realmente o ama não vai fugir pros braços do Austin na primeira oportunidade.

— Não conta, por favor - peço novamente.

— Amigos não mentem Carly - ele me lembra.

— Eu não sou sua amiga, sou sua namorada - reclamo com ele, mas sei que estou errada, eu não tenho direto nem de olhar pra ele depois disso.

Ele pisca atônito.

— Pior ainda. - a voz dele me causa um frio na barriga horrível.

Gibby volta para dentro da suíte e vai abrir a porta para o funcionário que veio pegar nossas malas. Fico do lado de fora por mais uns minutos tomando ar. Passo a mão no rosto e adentro em seguida. Espero o funcionário arrumar as malas no carrinho, Gibby o manda levar para frente do hotel e volta ao chão, próximo a sacada para pegar o celular que derrubou. Lembro-me de pegar o meu celular que ele arremessou na parede, que está do outro lado da cama. O procuro no chão e o acho aberto com a tela estourada. Tremo quando o pego na mão. A garantia de fábrica não vai cobrir isso. Viro-me e vejo o Gibby me olhando culpado, mas ele está com raiva de mais para se importar agora.

— Já podemos ir? - pergunto com a voz embargada.

Ele me dá um aceno de cabeça quase imperceptível.

Encaminho-me para fora e começo a andar para o elevador. Gibby me segue em silêncio e um peso se estabelece entre nós.

Enquanto o elevador desce até o primeiro andar, Gibby se mantem o mais longe possível. Me sinto horrível por mentir e omitir as coisas dele. Eu achei que tudo ficaria melhor desse jeito. Ficaríamos juntos e sem problemas depois. E agora eu não sei o que fazer. Não sei se terminamos. Não sei se vamos dar um tempo, ou ele se ele vai me perdoar. Nem sei se ele ainda me ama depois de tudo. Será que o amor acaba assim? De uma hora para outra?

Enfim chegamos ao hall. Saímos do elevador ainda em silêncio e ele apressa os passos para sair de perto de mim. É horrível vê-lo tentando manter distância. Isso está me quebrando em mil pedaços.

Entramos na limusine e o Gibby senta no banco da frente com o Barney me deixando sozinha na parte de trás. Seguro as lágrimas que querem descer e trinco os dentes com força. Irei aguentar até ficar sozinha. Seja lá quando irá acontecer. Durante o trajeto, Barney aproveita a distração do Gibby que está olhando pela janela e encontra meu olhar no retrovisor. Ele me dá um sorriso reconfortante e mexe os lábios dizendo "vai ficar tudo bem". Balanço a cabeça concordando e sinto-me um pouco melhor.

Chegamos ao aeroporto e o Barney conduz a limusine pela pista de decolagem. Ele para a uma distância segura do jato e me surpreendo quando Gibby abre minha porta ao em vez dele. Saio da limusine e sigo Gibby para o jato.

Ao entrarmos, Gibby abre a porta da cabine do piloto.

— Não precisa passar as condições de voo ou a hora prevista para aterrissarmos. Apenas pilote. - ele fecha a porta e vai para o final do jato onde se senta na última poltrona - A viagem vai ser longa, fique a vontade Carly, apesar que você já sabe disso. - ele murmura seco e o ignoro.

Sento na poltrona de costas para ele e solto um longo suspiro. Quero chorar. Quero gritar com ele. Pedi que me perdoe. Dizer que eu errei. Mas sei que nada vai adiantar no momento. Fecho meus olhos e fico tentando adormecer, querendo acordar desse pesadelo que eu mesma criei.

Estou quase dormindo quando sinto um par de braços me envolvendo. O cheiro de linho, perfume de pinheiro e mar, invade o ambiente. Gibby beija meu rosto e eu permaneço imóvel com medo de me mexer e ele me soltar.

— Eu fui tão idiota - sussurro quase sem voz.

— Eu sei, eu sei querida. - Gibby alisa meu cabelo e ficamos ali em silêncio, sabendo que qualquer palavra de consolo ou de ódio magoaria o amado.

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São 02h58min da madrugada. Chegamos a Seattle. Mas estou tão cansada, que não consigo me sentir em casa de novo. O ar está agradável. Nem frio e nem quente.

Gibby caminha de mãos dadas comigo em direção a um carro SUV preto. Um homem, que eu não conheço, entrega o que eu acho serem as chaves do carro para o Barney. Barney abre a porta do motorista e depois destrava as demais, sai do carro e segura a porta aberta para nós. Gibby solta a minha mão e faz um sinal para que eu espere. Ele vai até o Barney e diz algo em seu ouvido. Noto que Barney faz uma careta, mas rapidamente se recompõe. Gibby acena para mim se aproximar e entra no carro. Vou até lá e olho para o Barney que mantém uma expressão impassível não revelando nada.

Sento no banco macio de couro branco e observo o Gibby ao meu lado esquerdo. Ele não me olha no rosto. Barney volta ao avião para pegar nossa bagagem e coloca no porta-malas.

Ele retorna ao carro e eu fecho meus olhos para cochilar. Seattle está tomada pela noite e não me sinto com vontade de olhá-la. Algumas más recordações da última vez em que estive aqui para visitar o Spencer retornam em minha mente. Eu não o avisei que vinha. Amanhã de manhã mandarei mensagem para ele avisando da minha chegada. Por hora só quero descansar.

— Senhor? Nós chegamos. - Barney avisa ao Gibby me acordando do meu cochilo.

— Eu vi. - ele responde e me olha - Carly eu...

Levo a mão à boca ao olhar pela janela. Bushweel Plaza! Mas o Gibby mora em uma casa! A não ser que...

— Por que paramos aqui?

— Porque é aqui que você vai ficar. - ele sai do carro e fico parada em choque. Ele está me deixando!

— Gibby. - eu chamo já querendo chorar.

— Barney me ajude com as malas da senhorita Shay. - Gibby pede indo para trás do carro.

Observo a cena muda. Barney sai do carro para ajudá-lo e eu permaneço sentada. Droga! Ele está terminado comigo. Oh meu Deus!

Após pegar as minhas malas Gibby percebe que ainda estou no carro e vem abri a porta para mim.

— Por quê? - pergunto olhando para ele.

— Saia do carro Carly. - ele manda com raiva - Ou eu mesmo irei te tirar dai. – tabom, tabom, não perca a linha Gibby.

Retiro-me do carro e ele pega minhas malas da calçada. Gibby caminha para dentro do hotel e o sigo querendo chorar como uma criança.

— Não termine comigo Gibby.

Ele se vira deixando as malas no chão e me olha.

— Não podem deixar as malas aqui há essa hora! Vocês estão todos errados! - Lewbertt grita estonteante. Não acredito que ainda trabalha aqui.

Gibby o ignora e por um momento acho que ele vai mudar de ideia, porém ele se desvia de mim e anda de volta a porta.

— Fique com seu irmão. - ele pede e vai para o lado de fora, o sigo rapidamente e seguro sua mão.

— Você está me deixando?

— Eu não sei. - Gibby continua com uma expressão fria - Mas eu quero um tempo. Preciso pensar e acho que só conseguirei fazer isso longe de você. - ele enfatiza a palavra "longe" e isso me machuca profundamente.

— Não vai. Por favor. - eu suplico.

Ele suspira, fecha os olhos, depois os abre e se aproxima mais de mim.

— Eu não quero mais você Carly. - ele afirma sem qualquer emoção - Não depois disso.

— Não... - eu protesto baixinho e aperto sua mão com força - Eu te amo.

— De todas as mentiras que você me contou e que eu acreditei, essa foi a pior. - ele estala e solta a minha mão.

— Não! - eu grito quando ele abre a porta do carro.

Ele volta até mim e beija minha testa.

— Eu sinto muito. - ele sussurra e se vira para olhar pro Barney que está fora do veículo. - No carro Barney. Agora! O que você quer? Um aumento de salário?

— Senhor... - ele começa a dizer e eu assisto tudo em silêncio.

— O quê?!- ele pergunta nervoso.

Barney abaixa a cabeça e abre a porta do motorista.

— Nada, me desculpa senhor.

Gibby me lança um último olhar e bate encima do carro duas vezes. Ele entra e parte no meio da noite.

Volto para dentro do hotel e sinto que Gibby levou com ele metade do meu coração. A única coisa que me mantém em pé, é a outra metade, que permanece comigo. Olho para o Lewbertt que está se olhando no espelho, cutucando aquela verruga que deve ter até vida própria.

— Eu... Eu preciso ligar pro meu irmão. - peço tremendo com o que aconteceu.

— Não sabe pegar suas malas e subir no elevador? - ele guincha e eu me apoio no balcão para não cair - Ahh não encoste nisso, eu desinfetei hoje! Pega logo esse telefone... - ele coloca o aparelho no balcão e vai para dentro da sua salinha.

Disco o número do celular do Spencer e o aguardo atender. Provavelmente está dormindo. Continuo esperando e ele finalmente atende.

Alô?— sua voz sonolenta me reconforta de imediato.

— Spencer. - sussurro querendo chorar.

Carly?— ele se desperta - O que aconteceu? Onde você está?

— Aqui no saguão. Você pode vir me buscar?

Sim. Posso.

— Obrigado.

Por que não avisou que viria?— Spencer pergunta - E está tarde, aconteceu alguma coisa?

— Só venha me buscar - eu choramingo e desligo o telefone.

Fico andando em círculos no saguão enquanto ele não aparece. Dou exatas 10 voltas quando por fim, ele corre em minha direção.

— Carly! - ele chama e me abraça.

— Spencer! - eu não aguento mais e choro no seu abraço. Meu irmão. Meu único irmão. O que eu abandonei cruelmente depois de tanto tempo cuidando de mim.

— Carly, por que está chorando?

— Me perdoe pela última vez em que eu estive aqui. - continuo chorando e ele se distancia sem me soltar.

— Faz mais de um ano, não se preocupe, está tudo bem. - Spencer me conforta e me dá outro abraço. Ele me solta e pega as minhas malas.

— O Gibby terminou comigo. - digo entre as lágrimas que ainda caem.

— Vocês estavam juntos? - ele não entende. Ai esqueci que não contei a ele.

— Sim, mas agora terminamos. - soluço enquanto vou com ele para o elevador.

— Por quê? - Spencer aperta o famoso botão para o 8º andar.

— É uma longa história. - murmuro tentando parar de chorar.

— Tudo bem, então amanhã você me conta - eu aceno com a cabeça e ele me puxa para perto dele.

O elevador chega ao nosso andar e saímos de lá praticamente nos arrastando, eu com uma mala e ele com outra.

— Vou dormir no meu antigo quarto? - pergunto quando ele abre a porta do apartamento.

— A Sam também vai vir? - ele muda de assunto.

— Sim, com o Freddie, eles estão juntos de novo. Provavelmente vão ficar no apartamento dele.

— Oh, isso é bom. - ele coloca minhas malas nos sofá, as luzes já estão acesas.

Observo a decoração, ela está diferente, tem algumas coisas novas, como luzes no teto e esculturas pelos cantos, mas mesmo assim, é o único lugar do mundo que consigo chamar de casa.

— Onde vou dormir? - volto ao assunto do quarto.

— Era sobre isso que eu preciso te avisar. - ele começa a explicar colocando as mãos no bolso do pijama. - Fizemos algumas... Alterações.

— Como assim?

— A Jenner está gravida. - ele me conta e eu quase caio para trás.

Jenner é a namorada do Spencer. Eles começaram há namorar dois anos atrás, e ano passado eu vim visitá-lo com meu pai. Foi quando ele nos apresentou ela. Loira dos olhos castanhos. Meiga, educada e adorável. Mas ela tinha um problema. Ela me detestava por ter abandonado o Spencer quando ele mais precisou de mim. Ele teve um problema grave de saúde e eu não pude vir visitá-lo. Eles ainda não namoravam, mas ela foi a médica que o atendeu no hospital e por alguma razão desconhecida, se apaixonaram. Quando jantamos juntos acabamos por discutir e eu disse coisas horríveis a ela e a ele também. Desde então o Spencer e eu não nos falamos muito. E agora ele me diz que ela está grávida.

— Como? - é uma pergunta idiota, mas é a única coisa que consigo dizer.

— Já faz sete meses Carly. - ele me informa.

— E você não me contou? - esbravejo.

Ele leva o dedo à boca

— Shhh! Você vai acordá-la. - ele vem pra perto de mim - Você a detesta Carly, por que eu deveria ter te contado?

— Porque você é meu irmão - lembro a ele.

— E ela é minha esposa e pediu para que eu não te contasse.

— Esposa?! - eu berro com ele.

— Assinamos os papéis do casamento já faz 10 meses. Você não gosta dela, ela não gosta de você. Então também optei por não contar sobre isso. Sinto muito, mas é a minha vida Carly. Eu a amo e você não vai estragar isso. - Spencer me explica e fico pasma.

Muita coisa aconteceu hoje, é informação de mais para mim. Acho que vou vomitar a qualquer momento. Levo as mãos à barriga e olho pro Spencer.

— Me-u... Meu quarto? - pergunto baixinho.

— A gente reformou. Vai ser o quarto do bebê. - ele responde e olha para trás de mim.

— Carly? - escuto uma voz feminina.

Viro-me e me deparo com a Jenner. Ela está usando um roupão. A barriga fica bem visível. Uma enorme barriga com um bebê. Um bebê do Spencer! Eu vou ter um sobrinho dessa mulher horrível. Spencer vai até ela, e é quando vejo o amor que eles têm um pelo outro, ela segura a barriga com uma mão e dá a outra para ele segurar.

— Você devia estar deitada. - Spencer diz para ela com um enorme carinho.

— Ele chutou o tempo todo, eu não conseguiria dormi igual. - ela responde para ele.

Quero odiá-los por esconderem as coisas de mim. Quero odiá-los por terem um bebê juntos. Quero odiá-los por se amarem. Mas eu só consigo encarar a barriga dela.

É quando escuto minha própria voz soar no meio do silêncio.

— É um garotinho? - lhe pergunto entrelaçando minhas mãos.

— É uma garotinha. - ela responde em uma alegria sincera. Acho que já não tem nenhum ressentimento contra mim.

— Já escolheram um nome? - me aproximo hesitante.

Spencer me avalia e anda um pouco para frente como se quisesse protegê-la de mim. Jenner toca seu peito dizendo que está tudo bem e volta a me olhar.

— Sim. - ela responde e alisa a barriga. - Aurora.

Macacos me mordam! Meus olhos se arregalam tanto que por um momento penso que vão pular das órbitas. Aurora... O nome da minha mãe.

— O nome da mamãe - sussurro para o Spencer.

— Sim. - ele fala com admiração.

— Você devia pegar um colchão pra Carly e arrumar no antigo estúdio dela. - Jenner pede pro Spencer.

— Vou fazer isso. - ele a beija no rosto - Agora você e nossa filha devem voltar pra cama.

— Como quiser papai. - ela concorda e acena pra mim - Desculpa por tudo Carly, é bom que esteja aqui.

Jenner caminha lentamente para o quarto do Spencer, bem, agora o quarto dos dois e ele a observa. Depois me olha e vem pegar as malas.

Spencer arrumou um colchão com travesseiro e uma coberta para mim no antigo estúdio do iCarly. Eu me deito com a mesma roupa que estou uma calça jeans branca e eu uma camisa azul. Respiro fundo e olho para o Spencer.

— Espero que fique confortável, se você tivesse avisado que viria eu teria preparado uma cama ou alguma coisa assim. - Spencer se desculpa.

— Tudo bem, eu estou confortável aqui - murmuro.

— Que irmão que eu sou? Estou te fazendo dormir em um colchão no chão. - ele se lamenta indo pra porta.

— Não importa, estou bem - dou de ombros.

— Hum... Bom, então boa noite. - ele fala como se refletisse sobre alguma coisa, ele parece inseguro.

— Spencer - eu chamo quando ele já está na porta, ele a segura aberta e me olha - Você vai ser um bom pai ok? Eu sei que vai. Não se preocupe.

Ele fica em silêncio e depois sorri.

— Obrigado Carly.

— De nada. - me deito no colchão.

— Boa noite maninha.

— Boa noite manão - murmuro para ele que sai e apaga as luzes do antigo estúdio.

O estúdio está vazio, sem a decoração que me lembro. Sem o carro, a tv na parede, os equipamentos do Freddie, a bancada, o controle da Sam. Só resta o vazio. O nada. Até mesmo as memórias felizes que temos aqui se dissolveram. Então aqui é só um cômodo vazio. Assim como meu coração. Finalmente eu choro com força. Soluçando, sufocando os gritos no travesseiro, fazendo birra. Como eu pude ser tão estúpida. Não contar ao Gibby a verdade e não contar a Sam sobre as ligações do Austin. Mesma estupidez duas vezes. Encolho-me e continuo chorando. Cada lágrima é uma cachoeira. E elas nunca parecem terminar.

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Capítulo bônus: Dando olá pra futura sogra

Povs Sam:

— Atual localização:aeroporto Internacional de Honolulu, Havaí. Horário: 7 horas e 47 minutos. Estou ao lado do homem mais lindo da terra. - digo para a câmera e a foco no rosto do Freddie.

— Senhora Benson larga isso, por favor. - ele me pede rindo.

Compramos uma câmera em uma loja de eletrônicos, só para gravarmos vídeos aleatórios e tirar algumas fotos juntos. A ideia surgiu quando Freddie mencionou que precisávamos de alguma coisa nossa. Então optei por uma câmera.

— Ah senhor Benson, para de ser chato. - continuo gravando enquanto caminhamos pelo corredor até o avião.

— Ansiosa para se sentir em casa? - Freddie pega a câmera da minha mão e grava meu rosto.

— Seja lá aonde eu estiver, eu sempre vou me sentir em casa estando com você. - respondo olhando para ele.

— Que fofo isso vindo de você. - vejo ele dar zoom na câmera.

— Para de dar zoom nos meus peitos, já conversamos sobre isso - começo a rir e para perto dele.

Freddie passa o braço em minha volta, beija meu rosto e me devolve a câmera.

— Eu não estava. Juro. - ele se inclina e morde minha orelha.

— Sei. - beijo sua boca e ignoro as pessoas que passam por nós.

Freddie me abraça e depois continuamos andando até o avião. Nos acomodamos nos nossos bancos na primeira classe e deixo minha mão descansando na coxa do Freddie.

— Pena que não estamos sozinhos - ele sussurra no meu ouvido.

— Que lamentável, não é? - sorrio para ele e coloco minha cabeça no seu ombro - Eu estou com uma sensação ruim.

— Como assim?

— Acho que aconteceu alguma coisa com a Carly. Tentei ligar para ela mas o celular estava dando desligado.

— Ela deve estar ocupada com o Gibby, só isso. - Freddie diz com segundas intenções.

— Você não tem sensor de melhor amiga, eu tenho, e bato uma aposta com você que algo de errado não está certo.— desencosto dele e aperto sua coxa.

Freddie ri e brinca com os botões da minha blusa, a aeromoça passa por nós bem na hora e cora com a cena. Freddie tem mais energia do que eu, ele não cansa nunca. E ele me mostrou muito bem isso no nosso tempo na ilha. Coro com o pensamento que vem na minha mente. Sei que também não canso de fazer amor com ele.

— No que está pensando? - seu tom de voz muda, fica macio e atraente.

— Em nós dois. - junto nossas mãos.

— Seja mais específica.

— Cama, tapete, areia, banheira, mesa, bancada da cozinha, sofá... - solto sua mão e conto nos dedos.

Ele leva um tempo até entender e fica perplexo.

— Avião. - ele adiciona.

— Não vamos fazer isso aqui, ficou maluco? - sussurro achando divertido.

— Mas temos que fazer um dia, ok?

— Você me assusta - solto uma risadinha e roubo um selinho.

— Eu te amo. - Freddie fala as palavras mágicas.

— Eu também te amo. - nos beijamos de novo.

Escutamos a voz do piloto, e todo aquele blá blá blá rotineiro sobre a viagem. Depois a aeromoça vem até nós perguntando se queremos alguma coisa. Eu peço um chá, um hábito londrino que permanece e Freddie não aceita nada, só sorri para ela. A aeromoça sorri para ele mas pisca pra mim.

— Não ficou com ciúmes? - Freddie tenta me provocar.

— Ela estava olhando para mim e não para você. - ergo as sobrancelhas para deixar implícito o que eu disse.

— Ela é... - ele abre a boca surpreso.

— Hunrum - balanço a cabeça positivamente.

— Que desperdício - ele faz uma careta e a observa enquanto atende outro passageiro.

— Ridículo. - reclamo e ele ri.

— Só amo você Sam, renuncio ela e todas as outras.

— Dá um bom voto de casamento. - passo a mão no queixo.

— Tem razão. - ele concorda e encerramos a conversa.

A viagem seguiu tranquila, assistimos séries, conversamos, tiramos um cochilo, nos beijamos e tudo isso sem soltar a mão um do outro. Freddie e eu descobrimos uma ligação muito intensa na ilha. Passamos muito tempo sozinhos, para temos que sair da nossa bolha agora. Na ilha, parecia que eramos nós dois contra o mundo. Eu era dele e ele era meu. Fazíamos tudo juntos e agora vamos ter que voltar pro mundo real. Eu gostaria de permanecer lá, por mais um tempo. Todo dia parecia ser o primeiro dia de novo. Era algo novo. Eu descobri muita coisa sobre mim mesma, que eu não sabia. Meus limites, meus medos, meus hábitos. E além disso tudo, eu realmente conheci o Freddie de novo. E foi tudo perfeito. Agora as coisas vão ficar meio desniveladas. Mas eu ainda estarei com ele. Vou falar com a Carly sobre transferimos nossa empresa para Seattle. Eu não vou querer ficar longe do Freddie. E ele com certeza, não vai querer ficar longe de mim.

O avião pousa no lugar mais especial do mundo para mim. Balanço o Freddie que está dormindo do meu lado.

— Chegamos baby. - beijo seu rosto e ele acorda com um sorriso.

Freddie balança a cabeça para acordar, retira os fones de ouvidos e os deixa no pescoço, ambos nos levantamos juntos. Quando chegamos ao lado de fora do aeroporto eu respiro o ar de Seattle pela primeira vez após 4 anos. Tem cheiro de maresia, pão saído do forno e vegetação úmida. Reconheceria esse cheiro em um milhão de anos.

— Ansiosa para nossa programação? - Freddie me puxa pela mão e caminhamos até o ponto de táxi mais próximo.

— Não sabia que teríamos uma.

— E temos. Primeiro, ir para o meu apartamento. Segundo almoçar com a minha mãe. - É O QUE?!— Terceiro...

— Espera, espera - paro de andar - Que papo é esse de almoçar com a sua mãe?

Freddie pisca ignorando meu humor.

— Eu pensei que seria bom ela saber que estamos namorando, eu sou um adulto Sam, não moro mais com ela, sou dono da minha própria vida e não devo satisfações a ninguém. Mas mesmo assim, eu gostaria de almoçar com ela e com meus tios, sabe, para eles te conhecerem. - ele responde e espera eu dizer alguma coisa.

Solto um suspiro pesado.

— Ok. Mas não me responsabilizo por nada. - já vou avisando para que ele não me culpe depois.

— Vai ser perfeito relaxa.

Colocamos as malas no porta malas de um táxi e entramos nele. Freddie passa o endereço do apartamento dele e o motorista conduz pela maravilhosa Seattle. Observo cada lugar, cada rua, cada beco. Tudo me deixa confortável. Eu nasci aqui. Quero viver aqui. Não existe um lugar que eu ame tanto quanto essa cidade. Tenho más recordações aqui? Sim e muitas. Mas é minha casa. Meu lar. E não quero que seja diferente.

Descemos do táxi dentro do estacionamento do apartamento do Freddie. Se chama Axuss. Parece nome de perfume. Freddie ri da minha cara de desgosto e o motorista nos ajuda com as malas. Freddie dá uma gorjeta ao motorista. Um gorjeta meio grande já que vi o Benjamin Franklin na cédula. Entramos no elevador e ele digita o código que dá na cobertura onde mora. Olho para ele e vejo que está me olhando. Ele passa o polegar sobre o indicador, sei que está morrendo de vontade de me tocar, começa a bater o pé impaciente e lança um olhar pra mim de derreter um iceberg; Não sei o que fazer, nesse momento queria beijar e transar com ele aqui mesmo no elevador. Controle-se Samantha! Que tipo de pensamento é esse? Meu subconsciente me repreende e reviro meus olhos pra ele. Finalmente as portas se abrem, Freddie empurra as malas para fora e quando vou entrar na sala ele me pega nos braços.

— Fredward! - dou um risada me surpreendendo com ele.

— Você engordou? - ele pergunta me levando para a cozinha que fica a direita, o apartamento é todo de vidro, dá para ver todo o centro de Seattle.

— Nunca pergunte isso para uma mulher. - mordo sua bochecha.

— Mas você não é uma mulher, você é minha mulher. - ele me beija nos lábios e pede passagem com a língua, aceito e ele me coloca no chão sem romper o beijo. Afundo minha mãos no seus cabelos e me aperto contra ele. Sua mão pega na minha bunda e sua língua brinca sensualmente com a minha, desço uma mão para sua camisa e começo a abrir o primeiro botão. Ele fica extremamente quente em jeans apertado e camisa branca de linho com botões e manga cumprida. Estou no terceiro botão quando alguém pigarreia na sala.

— Nossa... - sussurro me soltando dele e fitando o homem de terno, tipo m.i.b parado no pé da escada. Tem cabelo em um corte militar, olhos verdes eu acho, ele está meio longe então não sei direito. Sua maçãs do rosto são protuberantes e ele assustaria alguém se quisesse.

— Luthor - Freddie cumprimenta - É bom estar em casa de novo.

— Ficamos felizes em ter você de volta senhor. - Luthor sorri formalmente. É estranho ver um homem, com mais de 30 anos, chamar o Freddie de senhor.

— Obrigado. - Freddie ri e olha pra mim, coro na hora. - Gostaria de lhe apresentar uma pessoa, esta linda moça é Samantha Puckett minha namorada. - tenho vontade de fazer um salto duplo quando ele falou isso.

— Prazer em conhece-la senhorita - ele sorri e eu sorrio de volta.

— Somente Sam por favor. - eu peço e ele acena com a cabeça.

— Deseja alguma coisa senhor?

— Só avise a Haley que estou de volta e que é para preparar o jantar por volta das 8 horas da noite. A Sam e eu iremos almoçar com a minha mãe agora, esteja pronto em 10 minutos com o carro no estacionamento. Amanhã iremos voltar a rotina. - Freddie me olha de rabo de olho - Com algumas mudanças claro...

Viro de costas e vou para a cozinha. Esse homem me deixa louca.

— Como quiser senhor. Mais alguma coisa a acrescentar?

— Não, isso é tudo. - Freddie se despede do Luthor e eu abro a geladeira dele a procura de algo para beber.

— Você - aponto para ele e pego uma garrafinha d'água - Precisa controlar seus sentimentos pervertidos.

— Eu não quero controla-los, não quando estou com você - ele caminha até mim. Bebo água na garrafa e coloco na geladeira de novo — Graças ao bom Deus, Luthor é um funcionário discreto.

— Pelo menos causei um boa primeira impressão - dou meu risinho sarcástico.

— Verdade.

— Quando vamos para a casa da minha sogra? - coloco as mãos no ombro dele.

Ele me envolve com os braços e beija meu pescoço, depois sobe até a orelha.

— Quando eu te apresentar meu quarto - ele sussurra sedutoramente.

— Agora?

— Sim - ele beija meu rosto e chega na minha boca.

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Minha cabeça está deitada no peito do Freddie. Estamos deitados na cama do seu quarto. Ele faz círculos nas minhas costas e estou desenhando alguma coisa no peito dele, só não lembro o que era. Sua respiração está calma e eu me sinto satisfeita.

— Eu estou com fome. - murmuro pra ele.

— Eu também - ele se senta sem me tirar do seu peito - A gente toma um banho e vai para lá ok?

Beijo ele nos lábios.

— Ok amor - sorrio envergonhada, o lençol que estava a minha volta se soltou aos poucos.

— Quando chegarmos, quero te apresentar outros lugares do apartamento. - ele me dá o sorriso de garoto americano.

— Jesus! Você não cansa Freddie? - dou carinho no seu peito.

— Canso mas, eu gosto disso...

— É muito adulto. - completo e nós dois rimos.

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Estamos dentro do BMW SUV Prices do Freddie. Ele está me contando que comprou uma casa para sua mãe, assim que a empresa decolou no lucro, mas como a casa era muito grande, a mãe dele convidou sua irmã (tia do Freddie) para morar com ela. O nome dela é Rosalie e ela é casada com Kyle. Eles tem três filhos, Luke, Thrude e Oneil. 10 anos, 8 anos e 11 meses. Freddie disse que eles iriam gostar de mim. Bem... Essa eu pago para ver.

Luthor estaciona na entrada de uma grande casa branca, rodeada de árvores em um bairro rico de Seattle. Estamos a poucos quilômetros de Puget Sound. Luthor abre a porta para nós sairmos e caminhamos até a porta da frente.

— Pronta? - Freddie pergunta ajeitando a gravata.

— Nem te conto - murmuro arrumando meu vestido azul. Freddie insiste que eu use azul. Ah e óbvio, insistiu em que eu usasse vestido...

— Então vamos. - ele toca a campainha e pega minha mão. Aguardamos e uma mulher de cabelos castanhos e olhos azuis atende a porta.

— Demorou muito - ela brinca e o abraça, deve ser a Rosalie.

— Muito trânsito tia - ele sorri docemente e não solta a minha mão - Rosalie essa é Samantha Puckett minha namorada. Samantha essa é minha tia Rosalie.

— Você é muito bonita. - ela me elogia e me cumprimenta com um beijo no rosto.

— Obrigada - fico sem jeito.

— Entrem, entrem - ela faz gestos com a mão e adentramos na casa.

Uma sala com tv, sofá de couro vermelho, paredes amarelas, brinquedos de criança espalhados pelo chão, uma decoração extremamente escandalosa. Me pergunto se a senhora B. se arrependeu de ter trazido Rosalie para morar com ela.

Um homem caminha em nossa direção. Cabelos pretos e olhos marrons tabaco, alto e carrega um bebê no braço.

— Hey tio Kyle - Freddie chama.

— Freddie! - eles apertam as mãos - E quem é essa linda moça? - oh céus, por quê sou tão linda?

— A namorada dele. - Rosalie responde - O nome dela é Sam Puckett, não formam um casal lindo? - me surpreendo com sua intimidade comigo, já conquistei a tia pelo menos.

— Namorada? Meu parabéns. - Kyle mostra uma fileira de dentes perfeitos. - E este é Oneil - ele balança o bebê em minha direção - Diz oi pra namorada do Freddie, fala "Oi Sammy" - opa, conquistei o tio, e o bebê parece gostar de mim. - Estamos praticando né garotão - ele beija o bebê. - Vamos pra mesa Sam, vem Freddie.

Sorrio para Freddie que está bem animado e nos encaminhamos para a sala de jantar. Ao chegarmos lá os primos do Freddie correm para pular nele. Luke, suponho deve ser o menino. E Thrude a menina. Os dois com olhos azuis e cabelos castanhos. Realmente é uma combinação bonita. E uma imagem de como seriam meus filhos com o Freddie piscam na minha mente. Balanço a cabeça. Credo. Nada de crianças. Nem tão cedo.

— Sentimos saudades - Luke choraminga abraçando ele.

— Também senti Skywalker - Freddie alisa seus cabelos e se abaixa para beijar o rosto de Thrude.

— Quem é ela? - Luke sorri para mim e passa a mão nos cabelos, não resisto em ri e piscar para ele.

— Minha namorada Sam. - ele se vira para olhar minha expressão, é quando escutamos algo quebrar no chão. Freddie se coloca de pé e fita a mãe dele na porta da cozinha. Um copo de vidro está quebrado no chão, ela olha pra mim horrorizada e seu olho direito pisca constantemente como um tique nervoso.

— Eai senhora Benson, faz tempo né? - cumprimento ela que me fuzila com o olhar e depois fita Freddie aborrecida.

— Freddie, podemos conversar? A sós por favor? - ela mantém a cabeça erguida e todos olham a cena sem entender, menos Freddie e eu.

— Claro mãe. - Freddie murmura e me beija no rosto - Já volto amor.

Ele vai com a mãe para a cozinha e Rosalie me olha confusa.

— Você já se conheciam?

— Sim. Ela nunca simpatizou muito comigo - respondo.

— Oh. Entendo - Rosalie pega Luke pela camisa e o puxa para a mesa - Sente-se conosco - ela aponta e me sento em um lado da mesa. Thrude senta ao lado de Luke e Kyle senta na ponta com o pequeno Oneil.

— O Freddie gosta de você? - Thrude pergunta.

— Gosta. - respondo meio confusa.

— É que meu pai disse que o primo Freddie, gosta de meninos, por isso nunca vimos ele com uma namorada. - Luke explica a pergunta da irmã.

— Ah... - olho para o Kyle que finge brincar com Oneil.

— Vocês se beijam na boca? - Luke pergunta colocando os cotovelos na mesa.

— Chega crianças, deixem a Sam em paz. - Rosalie vem em minha defesa. Sussurro um obrigada a ela.

— Sam, você vai casar com o primo Freddie? - Thrude volta a me importunar.

— Os dois vão ficar de castigo se não pararem - Rosalie adverte.

— Estou quieto - Luke se defende ficando emburrado.

— Já mandei ficar quieto.

— De onde você é Sam? - Kyle pergunta gentilmente.

— Atualmente eu moro em Londres, mas nasci aqui em Seattle.

— O que te fez ir para lá? - Rosalie fica curiosa.

— Ah, não sei. Eu quis expandir meus horizontes, vamos dizer assim.

Kyle me avalia e Rosalie bate na mão de Luke que está limpando as unhas com o garfo.

— Diversificar. É disso que os jovens precisam hoje em dia. - Kyle passa Oneil para Rosalie e aponta para mim com o dedo - No que você trabalha Sam?

— Eu tenho minha própria empresa de publicidade, junto com a minha melhor amiga Carly. - falo a ele - Melhor amiga do Freddie também.

— Não - Rosalie balança a cabeça e solta um muxoxo - Você é a namorada e também tem quer ser a melhor amiga. Não estou dizendo que ela é amiga "fura olhos", mas não existe ele namorar você e te-la como melhor amiga. Eles podem ser razoavelmente amigos, a partir do momento que você desconfiar que está demais, você vai ver que eu estou certa. - ela balança Oneil devagarzinho.

— Vou me lembrar do seu conselho. - balaço a cabeça em concordância.

— Bom - ela pisca pra mim e olha para a cozinha - Será que dá pra andar logo ai? Eu to com fome cacete! - Rosalie grita com raiva e me surpreendo, ela é totalmente o oposto da senhora Benson.

— Mãe o que é cacete? - Thrude pergunta com uma cara engraçada, arregalo os olhos e observo Rosalie para ver o que ela vai responder.

— É macarrão em linguagem informal. - ela responde evasiva.

Freddie sai da cozinha seguido da sua mãe, ele pega uma vassoura e rapidamente varre os restos do copo para o canto da parede. Depois sorri para mim e me beija na frente de todos mostrando que está com saudades.

— Esses psicopatas não mataram você? Que milagre. - Freddie brinca com sua família.

— O que você falou? - Rosalie pega a faca na mesa.

— Já chega os dois, vamos dar graças e comer. - a senhora Benson vem toda orações pra cima da gente - Sam? Gostaria de fazer a oração? - ela pergunta se sentando na ponta de mesa.

— Cla-claro - gaguejo e fecho os olhos, escuto Thrude e Luke rindo - Senhor Deus, obrigado pelo alimento que colocou diante de nós...

— Anda logo que eu to fome - Rosalie reclama.

— Abençoa a mesa da viúva, do órfão, do estrangeiro, o Senhor sabes que estamos com fome, amém. - falo em um fôlego só e abrimos os olhos. A senhora Benson estreita os olhos para mim e Freddie tenta segurar o riso ao meu lado.

— Deseja macarrão Luke? - a mãe do Freddie pergunta.

— Sim. - ela estende o prato, a senhora Benson enche de macarrão com queijo. Thrude também estende o prato e a senhora B. também serve ela.

— Nossa - Luke espeta um pedaço de macarrão grande - Que cacete enorme!

— Mentira! Meu cacete é maior que o seu! - Thrude reclama e mostra o macarrão dela para ele. Levo a mão a boca e sufoco um riso.

— O que? Onde aprenderam essa palavra? - a mãe do Freddie já olha pra mim.

— A mamãe que disse. - Luke justifica.

Thrude coloca macarrão na boca e fala de boca a cheia

— Ela falou que cacete é macarrão.

— Rosalie! - a mãe do Benson a repreende - Você não tem educação?

— Chupa meu esfregão - Rosalie diz e ri na mesa, Freddie abre a boca sem palavras e quando vejo, já estou rindo junto com Rosalie.

— Chega!- a mãe do Freddie berra e começo a me servir. Freddie faz o mesmo. Comemos em silêncio até que a sogra, me faz virar o centro das atenções - Então Samantha, como agora você e o Freddie já são crescidinhos - ela está me assustando - Quais são seus princípios no relacionamento?

— Meus princípios? - estreito os olhos para ela.

— Claro, você não veio de um lar cristão, então como funciona seu relacionamento com ele?

Analiso a pergunta dele. Merda! Ela quer fazer eu me passar como a ovelha negra que tirou a virtude do filho dela. Hora de virar o jogo.

— Meus princípios são extremamente honrosos, já os do Freddie são meio preocupantes... - ergo a sobrancelha para ele que engole em seco e para de comer.

— Preocupantes como? - a mãe dele fica em dúvida.

— Ah você sabe, ele preferiu não esperar até o casamento, também foi estranho para mim isso vindo dele, mas como uma boa namorada eu o adverti dos riscos e mesmo assim ele quis prosseguir. - Rosalie sorri descaradamente pra mim enquanto alimenta Oneil.

— Freddie, isso é verdade? - ela está chocada e olha pro filho que olha para mim. Vamos Freddie, me desminta na frente da sua mãe.

— Não se preocupe mãe, somos crescidinhos - ele ironiza e pisca para mim.

— Vocês estão se protegendo? - ela aperta o braço dele.

— Então, tem crianças na mesa - Kyle finalmente protesta, tinha até me esquecido da existência dele.

Todos ficam em silêncio de novo até que eu solto um suspiro. A mão protetora da senhora Benson no Freddie e o olhar dela em mim a cada dez segundos está me irritando.

— Você parece cansada Sam - ela comenta para me provocar.

Ah é? Toma essa sogrinha.

— Eu realmente estou, o Freddie me esgota muito. - sorrio inocentemente para ele e coloco a mão na sua coxa esquerda. Ele se engasga com o macarrão e bebe um gole do suco de tangerina.

— Hunrum... - ela murmura vendo que seu tiro saiu pela culatra- Hora da sobremesa.

— Adoro - sussurro para o Freddie e ele entende o que quis dizer.

Sua mão vem para a minha coxa e assim que a mãe dele sai da sala de jantar ele me dá um selinho.

— Amo você - ele sussurra sendo fofo.

— Amo você. - o beijo de novo e sua mãe volta com um pudim de chocolate.

Comemos o pudim conversando coisas aleatórias, eu realmente me sinto confortável. Nunca tive uma família grande e estar com a família do Freddie é incrível para mim. Estávamos comendo o pudim até Luke mencionar algo sobre parecer o cocô do seu cachorro. O que fez Thrude quase vomitar e não querer mais pudim. Continuamos conversando, então alguém me chamou.

— Sam... - uma voz angelical soou na mesa e todos viraram a cabeça para o pequeno Oneil.

— Own que fofooo! - Rosalie berra.

— Sam, Sam, Sam - Oneil chama e agita os bracinhos para mim.

— Todo mundo gosta de você pelo visto. - Freddie murmura e me inclino para pegar o bebê.

— Pois é. - falo baixinho e balanço o bebê nos meus braços.

Ficamos mais um tempo na casa da mãe do Freddie. Já são umas 6 horas da tarde e temos que voltar para o apartamento.

— Voltem logo hein! - Rosalie me abraça de leve.

— Me conta mais sobre sua empresa de publicidade - Kyle me da um abraço de urso que me pega de surpresa.

— Você vai voltar? - Luke faz cara de choro.

— Sim. - aliso seus cabelos.

— Gosto de você. - Thrude agarra na minha perna - Volta por favor.

— Eu volto - a abraço e me despeço de Oneil - Bye bye fofinho.

— Sammy...- ele coloca as mãozinhas na minha bochecha.

— Senhora Benson - me despeço formalmente.

— Marissa, por favor. - ela tenta ser gentil e me abraça com certa dificuldade - Cuide do meu homenzinho.

— Mãe - Freddie reclama.

— Não deixe ele esquecer de passar as pomadinhas dele - ela alisa o braço dele com carinho.

— Mãe!- Freddie fica bravo e Luthor abre a porta do carro - Vem, vamos.

— Obrigado pela visita - eles acenam e eu aceno de volta.

Entramos no carro e Luthor dirige a BMW para longe da enorme casa.

— Eles amaram você. - Freddie beija minha mão e morde meu polegar.

— E eu os amei. - admito e me aconchego no banco de couro - O que iremos fazer agora?

— Agora iremos explorar meu apartamento e o que ele tem a oferecer - Freddie me beija na boca - Luthor, pode acelerar por favor?

— Sim senhor. - Luthor acelera o carro e Freddie ri no meu ouvido.

— Você é terrível.

— Sim baby, eu sou.

))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))(((((((((((((((((((((((((((((((

Em breve:

— Carly? Onde você está? - pergunto a ela sabendo que tem algo errado.

— Sam, me ajuda!- Carly grita e a ligação cai.

TO BE CONTINUED...


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Notas finais do capítulo

E é isso pessoas, digam no comentário oq acharam beijão e até o próximo capítulo!!
escolham:

OPÇÃO 1: Sam vai até o apartamento para falar com a Carly e saber a verdade das ligações após um comentário de Freddie.

OPÇÃO 2: Todos se reúnem na casa do Gibby e Carly conta a verdade para Sam e se desculpa com ela.



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