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Capítulo 7
The Calling




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A semana havia sido exaustiva para todos, mas aquela manhã estava batendo o recorde. Tudo estava uma loucura na casa de Rose Weasley. Ela própria parecia uma adolescente ansiosa para o primeiro encontro, andando de um lado para o outro e arrumando diversas vezes as mesmas coisas. Por outro lado, os gêmeos estavam de braços cruzados no sofá totalmente irritados.

“Estou com fome!” Disse o garoto irritado, quebrando a greve de silencio.

“Eu lhe disse para comer uma fruta há uma hora atrás.” Retrucou a ruiva.

“Eu não quero uma fruta!” Protestou. “O Café da Manhã é a refeição mais importante do dia, mãe!”

“Você vai se sujar se for comer...” Mas ela mal conseguiu terminar de completar a frase, pois a companhia tocou, fazendo com que saísse correndo para a porta.

“Ela comprou uma roupa nova para hoje...” Comentou Artemis quando a mãe se afastou. “E até mesmo passou maquiagem!”

“Isso é um absurdo!” Bufou o menino.

“Talvez ele seja legal, Spec...” Disse esperançosa.

“Muito legal.” Ironizou, cutucando a garota e apontando.

Do outro lado da sala, estava a bela Weasley de mãos dada com um homem pouco mais alto que ela que tinha cabelos castanhos e olhos cobertos por um óculos, parecendo não apenas um homem inteligente, mas também um homem muito chato.

“Crianças, este é Oswin Oswald.” Rose sorriu radiante. “Oswin, esses são meus dois filhos.”

O homem sorriu e aproximou-se lentamente, trazendo uma sacola consigo. De repente, ele abaixou para ficar da mesma altura que as crianças.

“Eu trouxe um presente para vocês...”

“O que!? Está pensando que pode me comprar com um presente qualquer?” Exclamou Spectrum e logo soltou um grito por sua irmã ter lhe beliscado.

“O que Apollo quis dizer é que estamos contentes em te conhecer, senhor Oswin.”

“Apollo?” Ele pareceu confuso.

“Eles estão acostumados a se chamarem pelo segundo nome quando estão na frente de estranhos...” Explicou Rose.

“Spectrum Apollo Weasley. Meu nome completo, seu imbe... Ai, Artemis!”

“Obrigada pelo presente!” Ela ignorou o irmão, pegando o que o homem trazia. Ao abrir, porém, o sorriso encantador da garota se desfez. Uma boneca? Ela odiava bonecas. Tinha pavor delas. “Hã... Que bonita.”

“Que bom que gostou.” Então o homem encarou Spectrum e este se sentiu na obrigação de abrir o presente.

“Ah, que legal.” Ele disse ao ver um boneco de ação. Que tipo de garoto o homem pensava que ele era? Irritado, ele jogou o boneco na lareira e saiu para a cozinha.

“Ele só está um pouco...” Rose tentou explicar.

“Não. Está tudo bem...”

“Perdão, senhor Oswald.” Desculpou-se a garotinha.

“Na verdade, você pode me chamar de pai...”

“Não!” Exclamou a garota, sentindo-se ofendida com a invasão do homem. “Você já está ultrapassando dos limites, senhor Oswin Oswald.”

“Artemis!” Repreendeu a mulher.

“O que foi? Ele não é meu pai e não vai ser.”

Oswin então encarou os olhos claros da garota que parecia determinada a não mudar de posição sobre o homem. Diferente do outro, ela permanecia, como se pudesse destruí-lo apenas com aquele olhar. Ele jamais havia visto tamanha determinação em uma criança como via naquela menina.

“Artemis, peça desculpas...” Insistiu Rose quando Spectrum passou correndo em sua frente.

“Fogo! Fogo! A cozinha está pegando fogo!”

“O que!?” Mas a fumaça que vinha do local indicado pelo menino já explicava tudo.

Oswin se levantou e correu para a cozinha. Rose apenas teve tempo para mandar as crianças para o quarto que ficava no andar superior... Ela não podia acreditar no que estava acontecendo. Todos os seus planos estavam indo por água a baixo.

“Você tem razão, Spec... Este cara é um total idiota!” admitiu Artemis, brincando com o gato em cima da cama. “Ele acha que pode ser nosso pai? Que babaca!”

“Eu sei, eu sei...” O garoto estava enfiado dentro do armário, procurando algo. “Eu te falei, Artie.”

“Como mamãe pode gostar dele?” Ela parecia indignada e sua cara de nojo mostrava bem seus sentimentos.

“Não sei, Artemis. Pode ficar quieta por um momento?” Ele saiu do armário com algo estranho em mãos que jogou pela janela. “Estou tentando ouvir a conversa deles...”

“Como assim?” Com um pulo, ela foi até seu irmão que segurava uma orelha em mãos. “Eca! O que é isso?”

“Uma das coisas que tio Albus me deu de aniversário... Não lembra que ele estava reclamando por ter que pagar tão caro sendo que a loja é dos primos dele.”

“E o que isso faz?” Ela levantou uma sobrancelha, curiosa.

“Ajuda a escutar há uma distancia maior do que podemos...” Explicou. “Escute isso..”

De repente a ponta que estava com eles começou a chiar até que os sons foram claramente decifrados. Era a mãe dos meninos que falava.

“Me desculpe, Oswin. Eu não sei o que deu neles... Eles costumam ser mais bem comportados.”

“Tudo bem, Rose.” Ele respondeu. “Eu entendo o que eles estão fazendo... Protegendo o território. Não se lembra que comigo foi quase a mesma coisa? É só um pouco de ciúmes...”

“O que ele está querendo dizer?” Bufou o menino no andar de cima.

“Mas eu só estou tentando...” Rose continuava.

“Eu sei, eu sei... Mas sabe, meu amor, podemos ajustar tudo isso. Basta casarmos... Eles não terão outra escolha a não ser cede. Eles vão ver que isso é sobre a sua felicidade”

“Eu não sei, Oswin... Acho que é muito cedo para isso.”

“Rose, por favor, quanto tempo mais você quer esperar? Seu primo vai embora... A visão masculina que eles tinham está indo embora. Você precisa de um outro alguém que possa garantir que eles tenham um outro ponto de vista além do seu... Olha, Spectrum já é quase um rapaz. Não acho que você vai saber ajudar ele quando...”

“Eu não quero ouvir isso.” O garoto começou a puxar o instrumento de volta para cima. “Que nojento!”

“Não! Eu  quero saber o que mamãe vai dizer...”

“Nem pensar! Estou farto dessa história toda!” Disse irritado. “Eu quero ir para casa do tio Albus.”

“Mas...”

“Artemis, você quer mesmo ficar aqui vendo esse cara dominar nossa mãe? Ela está sendo tonta! Ele está manipulando ela! Não há nada que possamos fazer!”

“Mas...”

“Vamos. Eu vou ligar para ele.” Mas no momento exato que o menino correu para a sala, onde havia o telefone, este mesmo tocou. Como estava mais próximo, ele atendeu. “Alo?” Disse um pouco curioso. Do outro lado tudo estava mudo. “Alo?” Ele repetiu.

“Alo? Pode me ouvir?” Uma voz masculina repetiu. “Sou eu... Scorpius Malfoy.”

“Com quem está falando?” Disse Rose tomando o telefone do garoto. “Albus, está tudo bem, ok? Não me ligue até a noite.”

“Não era o tio Albus.” Disse o menino, encarando a mãe.

“Quem era?” Ela perguntou quando colocou o telefone de volta no gancho.

“Ninguém.” Respondeu, mentindo sobre a voz que havia ouvido do outro lado. Não sabia porque estava mentindo. Simplesmente havia feito aquilo como se soubesse que era o certo a fazer.

“Está bem.” Suspirou, um pouco desconfiada. “Agora vamos conversar, ok?”


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