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Capítulo 6
Time is over


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais saiu! Espero que gostem dessa surpresinha!



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Londres, Inglaterra

Naquela noite escura e chuvosa havia apenas um estabelecimento aberto. Era um velho bar – diríamos o pior bar da cidade inteira, onde apenas as pessoas mais sombrias costumavam frequentar – de onde vinham as risadas bêbadas mais grotescas. Com o vento gélido soprando e empurrando as gotas que vinham do céu para o sul, um carro esportivo estacionou em frente ao local barulhento. Era surpreendente ver aquele tipo de veículo por ali, portanto a dona dele estava ciente de que não deveria demorar muito e o velho motorista ressaltou outra vez antes que ela saísse do carro se cobrindo com um longa capa preta.

Quando a bela mulher entrou no local, todos os rostos se viraram para ela. Não era comum haver mulheres por ali, mas ela já era conhecida... Ou melhor, temida por aqueles que costumavam frequentar o bar. Então, com os olhos fixos nela, aproximou-se do balcão e aguardando a atendente. Bem ao seu lado estava um homem que aproximadamente tinha 30 anos e que parecia beber para tentar esquecer seus problemas.

“Ainda está se afogando nas bebidas, Hunter, meu querido?” Ela olhou-o com um biquinho nos lábios, fingindo sentir muito por ele.

Hunter não respondeu, apenas pegou sua bebida e se afastou para o outro lado do salão.

“Madame Knight, que prazer tê-la em meu humilde bar...” O atendente disse com um sorriso amarelado nojento. Ela o reconheceu imediatamente. Era o dono do local. “Gostaria de uma bebida?”

“Sabe que não, Pendle.” Seu olhar era sério e um tanto assustador, o que fez o homem deixar de sorrir imediatamente. “Eu quero ver Ele.”

“Ele está ocupado.”

“Eu tenho novidades para Ele... Se não me deixar entrar, eu terei que mata-lo.” Ela sorriu de um modo tão frio que o homem lhe entregou uma adaga prateada.

“Não suje o corredor desta vez...” Sussurrou-lhe.

Rindo, a mulher de cabelos castanhos levemente ondulados, se afastou. Seu destino foi um corredor, não muito longe dali, onde haviam três portas. A primeira porta era imunda e tinha um símbolo que indicava ser o banheiro masculino. A segunda porta, onde um homem velho e mal cheiroso prensava uma jovem que tinha metade do cabelo raspado, era o banheiro feminino. E a terceira... A porta que era somente para os funcionários. Ali sim era seu destino e não tardou até que ela tocasse a maçaneta gentilmente e girasse, fazendo a porta destrancar.

Do lado de dentro tudo era escuro, totalmente impossível de se enxergar, e o cheiro lhe dava náuseas. Era uma mistura de bebidas alcoólicas com poeira e algum animal morto. Não tinha ideia de como a vigília sanitária não havia interditado ainda. Com um passo para dentro, ela sacou a varinha – uma varinha de madeira escura tão bem esculpida que só poderia ser obra francesa – do bolso e acedeu-a, iluminando um pouco enquanto fechava a porta atrás de si. Precisou tomar um folego antes de prosseguir.

Alguns minutos depois, após passar por diversas garrafas vazias de bebidas amontoadas umas em cima das outras, ela parou e bateu o pé em cima de uma das tábuas solta então deu um passo para trás. Uma escada surgiu logo no local onde havia batido o pé e ela seguiu por aquele novo caminho. Quando pensava que nunca chegaria ao solo, seus pés encontraram a terra firme. Sabendo o que viria dali em diante, ela apagou a varinha e respirou fundo.

Suas mãos tatearam as paredes úmidas e acompanhou sempre reto até que pode sentir sua própria respiração batendo em uma parede em frente e voltando em seu rosto. Finalmente havia chegado ao local que parecia não ter saída. Tomou o punhal na mão e girou-o por um segundo. Precisava fazer aquilo. Então ela simplesmente fez um corte em sua mão, profundo o suficiente para sangrar e assim que o sangue estava bem espalhado, ela levou-a até a parede. Um gemido estranho veio da parece, como se ela estivesse sentindo prazer de receber aquele sangue, e assim a mulher começou a falar, mas nada foi compreendido, pois era latim. Após alguns minutos, a parede se abriu, revelando um salão pouco iluminado.

“Entre, criança.” Uma voz rouca chamou-a, ecoando por todo o corredor mal iluminado e estreito.

“Meu senhor...” Ela sussurrou, hesitante, e então tomou coragem para dar um passo a frente. “Trago boas notícias.”

“Capturaram o Malfoy?” A mão da criatura que estava em pé diante dela fez um sinal para que se aproximasse. Estava coberta por uma luva escura.

“Não, meu Senhor.” Ela abaixou a cabeça, sentindo o medo correr por suas veias. “Mas estamos muito perto disso, Senhor.”

“Como tem tanta certeza?”

“Encontramos uma pista de onde ele pode estar...” Ela tirou do bolso um jornal e jogou sobre a imensa mesa que havia ali.

A personagem misteriosa se aproximou do jornal e olhou-o por alguns minutos, curiosa.

“New York, United States?”

“Exatamente.” Ela se aproximou do jornal, apontando para um nome no final da coluna. “Ela está lá. Ele deve estar junto.”

“Rose Weasley? E como pode acreditar que ele deve estar junto com ela?”

“Ele estava com ela na última vez que o encontramos, meu senhor, e tentou protege-la de qualquer modo.” Explicou. “Mas talvez ele tenha se afastado dela.”

“E como planeja encontra-lo caso ele não esteja junto com ela? Creio que ele deve ter se afastado... Conhecemos muito bem ele, não é? Seu pai tentou fazer a mesma coisa.”

“Se ele não estiver com ela, podemos usa-la como modo de ter ele em nossas mãos.” Sorriu fraco. “Ele nunca deixaria nada acontecer com ela, pelo que vimos há dez anos atrás.”

“E se não der certo?”

“Vai dar certo... É uma questão de tempo.” Ela pareceu confiante por alguns segundos.

“Questão de tempo?” O outro riu perversamente. “Questão de tempo? Acha mesmo que temos tempo para isso?”

De repente, as mãos dele pegaram o pescoço da jovem, sufocando e a levantando no ar. Os pés dela balançavam, desesperados a procura do chão enquanto as mãos tentavam afastar as mãos dele.

“Eu esperei por dez anos! Dez anos! Não tenho mais tempo para esperar vocês pegarem esse estupido...”

“Meu senhor...” Esforçou-se para dizer. “Não haverá erro desta vez...”

Sem mais, o homem soltou-a, fazendo com que ela caísse de maneira bruta sobre o chão.

“Está bem, criança.” Disse mais calmo. “Mas você terá apenas um mês. Se falhar... Ah, você já sabe. Um por um de vocês morrerá. E você será a última que terá de observar tudo.”

A parede então se fechou, deixando a mulher sozinha no escuro. Sem perder tempo ela correu para fora dali e do estabelecimento, entrando desesperada no carro. Havia um celular no banco e ela pegou-o, discando desesperadamente um número.

“Para o aeroporto.” Anunciou ao motorista antes de colocar o telefone no ouvido.

“Alô?” disse a voz do outro lado.

“Não temos mais tempo. Temos que pega-lo.” Disse rapidamente

“O que você está falando?”

“Scorpius Malfoy e sua namoradinha... Se não o trouxemos é o fim.”

“Eu estou trabalhando nisso.”

“Não. Precisa ser agora.” Ela desligou o telefone.


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