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Capítulo 25
Rose's Memories


Notas iniciais do capítulo

Respirem fundo e vamos lá!



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Rose desparatou em frente ao famoso edifício do Big Ben com as mãos no bolso. Seu corpo tremia. Tinha certeza que ir ali era sua pior escolha, mas o que poderia fazer? Tantas coisas estavam acontecendo ao mesmo tempo que fazer uma escolha decente era quase impossível. Lembrava-se de quando saiu d'A Toca, seu pai já havia saído a trás de Scorpius junto a Albus. Ártemis agora deveria estar na cama, com Hermione abraçando-a e tentando lhe acalmar. Pensar que seus filhos estavam sofrendo lhe causava um sentimento ódio imenso.

Com a luz fraca iluminando a rua, viu uma coruja voar pouco acima de sua cabeça, deixando-lhe um pequeno envelope. Para Rose Weasley, diziam as palavras em referência ao destinatário. A ruiva olhou em volta, desconfiada e então abriu cuidadosamente. Em letras perfeitamente desenhadas, provavelmente feitas com um repetidor, havia um endereço. Rose já havia estado lá há muito tempo atrás e apressando o passo, não demorou para que chegasse ao local.

"Reservas em nome de quem?" Perguntou o recepcionista, olhando-a simpaticamente.

"Eu não fiz reserva."

"Estamos lotados. Sinto muito." O olhar dele foi de desdém, fazendo-a bufar irritada. Não queria usar magia ali para entrar.

"Tudo bem. Ela está comigo." Uma voz familiar lhe chamou a atenção.

"Oswald?" Rose olhou surpresa. Algo estava errado ali. Como ele conseguiu...? Sua mente tentava processar as informações.

Ele apenas sorriu e fez um sinal para que lhe acompanhasse. O recepcionista deixou ela passar.

O caminho até mesa foi silencioso. Ninguém ousava dizer nada. Podia apenas ouvir o som dos passos pelo longo corredor misturado ao som dos talheres que batiam nas peças sofisticadas do restaurante. Rose olhou para trás por um momento, como se houvesse esquecido algo, e suspirou. De repente, Oswald parou e puxou uma cadeira para ela. Sem questionar, sentou-se e esperou o homem fazer o mesmo.

“Como você...?” Rose tentou perguntar

“Antes de qualquer coisa, me dê sua varinha.” Ele disse enquanto ajeitava-se na cadeira.

“O que!?” Questionou com um tom de surpresa em sua voz.

“Não quero que me mate antes que eu me explique sobre o que está acontecendo aqui.”

“Eu não vou te matar.”

Houve um silencio. Eles se olhavam, mas a Weasley não sentia a mesma coisa que antes de tudo aquilo acontecer. Talvez ter olhado para Scorpius tivesse feito com que qualquer outro olhar fosse insignificante.

“Me desculpe por isso, Rose.” Ele suspirou tristemente.

“O que diabos você está fazendo!?” Bufou “Você está do lado deles não está?”

“Eu não estou fazendo nada...” Finalmente seus olhos se encontraram. “Eles estão me controlando.”

“Quem?” Ela olhou em volta.

“Você não vai descobrir quem.” Suspirou e fez um sinal para o garçom.

Rose esperou o homem fazer o pedido antes de voltar a discussão inicial. “O que você está fazendo aqui?”

“Está bem.” Ele respirou fundo e inclinou-se para frente. “Eles me pegaram no momento que deixei vocês fugirem... Me levaram para uma lugar sinistro. Seu filho estava lá...”

“Spectrum!?” Exclamou. “Ele... ele está bem? Está ferido?”

“Está tudo bem com ele. Só está tendo aquele mal humor de sempre.”

“Ele não é mal humorado.” Protestou

“Voltando ao assunto... Ele está bem.” Balançou as mãos impacientes. “Mas eles me torturaram. Me fizeram contar tudo o que eu sabia... Usaram maldições proibidas... Me forçaram a vir aqui.”

“Para que?”

“Para lhe entregar isso.”

Oswald ergueu um frasco que cotinha uma pequena etiqueta. Rose precisou focar o olhar para entender o que era aquilo. Ao ler as palavras, surpreendeu-se.

Memórias de Rose Weasley

“Acho que é isso que lhe faltava.” Confessou

Rose estendeu a mão para pegar, mas o outro foi mais rápido ao afastar o item.

“Por que não me dá isso?” A ruiva questionou.

“Eu quero.” Respondeu. “Mas eu preciso te dar o recado antes.”

“O que? Que merda, Oswald! Me diz o que está acontecendo!?”

“Você não tem mais tempo. O prazo mudou. Entregue ele antes do amanhecer.”

Balançando a cabeça, desviou seu olhar para as próprias pernas, tentando compreender o que o homem havia dito. O que ela faria agora? Scorpius havia sumido.

“O que? Não! Eu nem...”  Quando sua cabeça tornou a levantar-se, Oswald havia desaparecido, porém sobre seu prato estava o frasco com as memórias.

Sem pensar duas vezes, Rose levantou-se e tomou o item nas mãos. Com determinação – e certa curiosidade – caminhou em direção ao banheiro. Tudo podia esperar. Ela precisava saber.

Parada frente ao espelho do banheiro, respirou fundo algumas vezes, pensando sobre quais consequências aquilo poderia ter. Pronta para prosseguir. Seus dedos agilmente destamparam o vidro. O conteúdo parecia dançar dentro dele. Com cuidado, Rose tirou a varinha do bolso e levou-a até a abertura do recipiente. A ponta da varinha tocou cuidadosamente as memórias e com cuidado, Rose levou-as até sua cabeça para restaura-las.

Imagens passaram por seus olhos. Eram os flashback. Ela estava vendo momentos felizes ao lado do loiro, estava vendo tudo que ela havia perdido sobre o relacionamento dos dois. Parecia tudo perfeito, mas de repente, as coisas não ficaram nada bem. Todas memórias boas eram acompanhadas de memórias ruins. Ele havia apostado com os amigos que ela se entregaria a ele, havia a humilhado na frente de toda escola... Então ela o perdoava e tudo estava bem. Ela engravidou, eles se casaram, ela perdeu o neném... Ele parecia indiferente. Não se importava de verdade com ela. Eles não pareciam felizes. As memórias eram confusas.

Quando se deu conta, estava do lado de fora, caminhando sem rumo pela rua com as lágrimas caindo pelo seu rosto. Ela odiava Scorpius Malfoy. Ele somente havia feito ela sofrer. Ele não quis admitiu ter dois filhos, ele a abandonou, ele fez a vida dela um inferno... E agora seus filhos corriam perigo e ele havia sumido.

“Desgraçado!” Gritou ao mesmo tempo que a chuva começou a cair.

Ela continuou andando até que de repente finalmente o viu parado na esquina conversando com uma mulher morena. Pensou em virar-se e ir embora, mas o olhar dele cruzou com o dela no momento que a mulher deu-lhe um beijo. Aquilo era o suficiente.

“Rose!” Gritou ele, afastando a mulher. “Rose, não é o que você está pensando.”

“Ah, não é?” Ela bufou. “Não precisa vir com essa desculpa idiota, Malfoy. Eu sei muito bem o que eu vi.”

“Eu nem sei quem era aquela mulher...”

“Não me importa! Foi sempre assim, não é?” Seu tom demonstrava seu descontentamento. “Eu era a idiota iludida, você acabava com minha vida – porque você sempre quis mostrar que era melhor do que eu –, fingia que tudo ia bem e pulava fora.”

“Do que você está falando?”

“Você sabe muito bem! Não seja tolo!”

“Não. Eu não sei.”

“Você só me fez sofrer, Malfoy! Você conseguiu! Parabéns!”

“Rose...?” Scorpius ainda estava confuso com tudo aquilo.

“Não se faça de idiota. Eu já me toquei.” As lágrimas no rosto uniam-se as gotas da chuva. “Obrigado! Você provou até a minha família que eu sou fraca, idiota e...”

“Eu não sei o que diabos você está falando, Rose Weasley! Eu nunca...”

“Cala a boca! Cala a sua maldita boca!” Brandou. “Eu não quero ouvir sua voz mais. Eu não quero te ver nunca mais!”

O Malfoy encarou o rosto da ruiva.

“Vá embora daqui! Ou melhor, faça alguma coisa que não seja pensando em você pela primeira vez na vida! A criança que você fingiu não ser sua está nas mãos dos malditos comensais por sua culpa!”

“Está bem.”

Sem mais, Rose foi deixada sozinha na rua. Scorpius havia desaparatado. A chuva engrossou e a ruiva abraçou a si mesma. Parecia que seu pesadelo era real. Londres parecia ser feita por Dementadores.

 


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