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Capítulo 22
Homecoming


Notas iniciais do capítulo

Em homenagem a todas as crianças que crescem na ausência do pai por causa da Guerra. Espero que gostem.



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Artemis não queria soltar a mãe por nada. Tinha medo que tudo fosse um sonho. Era tão bom estar envolvida naqueles braços quentes e sentir aquele perfume... Ficaria assim para sempre se de repente não ouvisse um som familiar.

“O que aconteceu aqui?” Perguntou Albus, fazendo com que a garotinha saísse correndo para abraça-lo.

“Tio Al!” A pequena gritou.

“Onde você estava seu imbecil sem juízo?” Exclamou Rose com um tom de advertência na voz.

“Fui ter certeza que Alice estava bem...” Desculpou-se, virando levemente o rosto para ver quem estava ao seu lado.

“Oi.” Disse a loira ao lado de Albus com um bebê no colo.

“Reencontros a parte... Temos que voltar para a loja antes que Hermione chame Harry e Ordem da Fênix para vir atrás de nós...” Comentou Ron. “E chegando na Toca temos muito que conversar, mocinha.”

“Na Toca?” Perguntou confusa.

“Sua filha precisa de um banho e roupas novas, não acha?”

Hermione abraçou o marido com toda a força quando o grupo retornou. Ela estava tão desesperada com aqueles acontecimentos que não hesitou em dar ao ruivo diversos beijos no rosto enquanto ele a segurava pela cintura. Do outro lado, Albus junto com Alice mostrava a pequena Primrose para Artemis que sorria ao ser tranquilizada pela harmonia da família. Rose, tão parecida com a mãe, correu para os braços de Scorpiu, aproveitando que a filha estava distante, e deixou com que seus lábios rapidamente se encontrassem com os dele, porém o beijo não durou mais que alguns segundos, pois ela começou a chorar novamente.

“Rose? O que houve?” Perguntou Scorpius.

“Não é nada...” Ela disse limpando as lagrimas. “Estou apenas preocupada com Spectrum.”

“Spectrum...? Ah, sim... “ Ele suspirou e olhou para a garotinha loira que ria do bebê que estava no colo da namorada de Albus. Ela parecia feliz mesmo com a roupa suja e o leve corte no rosto. Até então ele não tinha reparado naquela menina presente ali, pois fora pego de surpresa pela ruiva. A menina era... A menina era...

“Eu quase me esqueci que...” Virou-se para ver a menina.

“É a Artemis?” Perguntou. Suas pernas pareceram estar petrificadas por um momento.

“Sim. É minha pequena Artemis...”

“Merlin.” Sussurrou reparando nos cabelos bagunçados dela. “Parece mesmo com o pai.”

“Você diz isso como... Ai meu deus! Nós fizemos...?” Rose ficou vermelha ao voltar olhar para ele. Até então ela não tivera tempo de pensar em sua conclusão de que ele realmente era o pai de seus filhos e isso incluía a participação no processo de geração de bebês.

“Muitas vezes, se quer saber.” Ele riu. “Isso não vem ao caso agora, mas eu tenho certeza de que sua filha é minha...”

Rose estava prestes a comentar algo em relação aquilo, mas antes que o fizesse o homem estava andando na direção da menina. Avançando um passo a cada vez, obviamente processando o fato de que estava vendo a filha pela primeira vez em dez anos, Scorpius foi notado pela pequena que deixou de olhar para o bebê. As pernas dele não aguentaram por muito mais tempo e logo o loiro caia de joelhos.

“O que está acontecendo?” Perguntou Hermione baixo para Ron.

“Eu acho que temos uma neta.” Respondeu ele, observando o Malfoy que tentava se controlar para não chorar. “E é a primeira vez que o Doninha Júnior está vendo ela”

Ninguém mais ousou falar nada. O único som ouvido no local era o som de Prim mordendo a própria mão por causa dos dentes que ameaçavam nascer em breve.

“Mãe?” A garota desviou o rosto para a mãe com uma expressão curiosa. Ela havia visto aquele homem bem mais jovem na velha foto que acabou deixando com os Malfoy e agora ele estava ali em sua frente.

“Eu acho que sim.” Disse Rose como se soubesse o que se passava pela mente da garotinha.

Sem pensar duas vezes, a menina correu para os braços de Scorpius e deu-lhe um abraço tão forte que o deixou sem ar. Demorou um tempo até que ele finalmente passasse seus próprios braços em volta da garotinha e a envolvesse em um abraço. Era sua filha. Ele não podia acreditar que tinha uma filha e que estava abraçando ela, mas era real.

“Papai.” Disse ela gentilmente abraçando ele e sentindo os olhos enchendo-se de lágrimas. “Oh meu...”

“Santo Dumbledore...” Ele disse sem conseguir conter mais as lágrimas e a abraçando ainda mais forte. “Você é enorme.”

“Você é real.” Ela comentou, afastando-se um pouco e segurando o rosto dele entre as mãos. “Você... Você é meu pai?”

“Eu ficaria muito surpreso se não fosse...” Comentou ele. “Você é a garota mais bonita que já conheci... Depois de sua mãe, claro.”

“Você é real.” Ela disse novamente. “Papai, você é real.”

“Sim, eu sou.” Disse ele, sorrindo entre as lágrimas.

“Eu te amo tanto...” Ela disse tão naturalmente que mais lágrimas desceram pelo rosto dele. Como ela podia amar alguém que havia acabado de conhecer? "Eu esperei minha vida inteira por você."

Enquanto os dois estavam em um momento de encontro de pai e filha incrivelmente bonito, Rose se aproximou dos pais e deu-lhes um abraço forte. Ela também sentia muita falta deles.

“Nós merecemos explicações, não acham?” Disse Hermione acariciando os cabelos ruivos da filha.

“É... Eu sei... Eu iria contar...” Rose começou.

“Por que escondeu isso de nós, Rose?” Ron parecia um pouco bravo.

“Eu... Eu...” Rose olhou para o relógio. “Olha só! Já está quase na hora de fecharem a loja. Vamos conversar na Toca? Artie precisa de um banho e...”

“Sem desculpas, Rose Granger-Weasley.” O pai continuou

“Malfoy.” Concertou Scorpius, trazendo a filha no colo para perto da pequena família Weasley. Artemis não queria desgrudar dele. Tinha medo que ele desaparecesse.

“O que?” Ron olhou para o loiro. Teria ele ouvido direito?

“Rose Malfoy.” Ousou dizer, ignorando o tom de ameaça do senhor Weasley. “Ainda somos casados. Eu acho.”

Hermione limpou a garganta com um som para chamar atenção dos homens.

“Rose tem razão... Além do mais, a menina precisa descansar e... Ron, não vamos tomar conclusões precipitadas.”

“Tem razão.” Suspirou. “Mas acho melhor irmos agora para que Molly não fique louca porque chegamos quando ela preparou quantidade suficiente para nove pessoas e não... Quantos Weasley somos agora?”

“O número exato ou só os descendentes de Arthur Weasley?” Perguntou Fred girando as chaves da loja na mão. “Eu vou com vocês... Estou morto de fome.”


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Notas finais do capítulo

Tudo bem, eu acho que somente eu chorei porque estava vendo videos de crianças reencontrando os pais.