Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 51
Localização


Notas iniciais do capítulo

Voltei, pessoal. ♥
Era para esse capítulo ter saído a alguns dias, assim que eu voltei de viagem, mas aconteceu uma tragédia. Eu estava terminando o capítulo e a luz da minha casa caiu por tipo, 5 segundos e voltou. Mas, eu não tinha salvo o documento e perdi o capítulo INTEIRO. Minha vontade foi apenas de desligar o computador e chorar em posição fetal. Desde então, estou reescrevendo como o "original" e isso atrasou o envio do mesmo. Mas aqui estou.
Espero que gostem.



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Gotham City - Laboratório Van Criss 

O segurança do portão principal toma mais um gole de café de seu copo térmico, a chuva deixa um rastro frio e sombrio do lado de fora da cabine, molhando toda a área. Pela estrada única surge um furgão branco, ele vem em direção da empresa. O segurança apoia seu copo no balcão e se aproxima da janela de vidro, segurando em uma das mãos sua prancheta de entrada e saída.

O furgão para na entrada, o portão de ferro permanece trancado enquanto o motorista se dirige ao segurança:

— Entrega. Cesta de Natal antecipada para o Dr. Van Criss. — Rocco está em baixo de um boné de entrega, usando sua voz mais superior e com uma das mãos ao volante

O segurança checa sua prancheta de horários e entregas.

— Não está na lista de entregas, não posso te deixar entrar. Sinto muito. — Ele responde colocando-a novamente em seu balcão

— Sério? Nossa, como são incompetentes. Não precisa abrir o portão, eu deixo com você. Estou muito atrasado hoje.— Rocco pega uma cesta grande, repleta de papéis de presente e um cartão de Natal 

— É... Tudo bem, eu acho — O segurança estende as mãos para pegar o embrulho — Estão em nome de quem?

Ele deposita a cesta em seu balcão. O capanga ao lado de Rocco aciona um dispositivo pequeno, a cesta dentro da cabine explode em milhares de pedaços, fazendo o segurança ser lançado para trás.

Coringa abre a porta traseira do furgão e desce por ele, seus homens seguram armas. A chuva fina e gelada bate em seu cabelo e escorre pelo rosto, ele observa seus homens abrindo o portão. Em poucos segundos já estão todos segurando armas e entrando na empresa, Coringa dá uma última olhada no segurança inconsciente.

Vários disparos são feitos e centenas de gritos são ouvidos, Coringa caminha sem pressa, enquanto a chuva molha suas roupas e escorrem em suas armas. Assim que ele entra na empresa já consegue ver os corpos no chão, o sangue nas paredes e seus homens em pé em cima das mesas. Massacraram os funcionários.

— Aqui. — Rocco surge e aponta com a cabeça uma sala específica

Coringa pega uma das suas armas e segue seu parceiro até a fonte de todo o problema. Há uma sala toda de vidro, onde um homem com jaleco branco e touca fina está parado atrás de uma mesa de metal. Há diversos avisos de "Perigo" dentro da sala.

— Abra. — Coringa diz batendo a ponta da arma no vidro da sala

O homem apenas dá alguns passos para trás. Em vão, homens ao seu lado atiram contra a sala, mas formam apenas pequenos arranhões no vidro resistente. Coringa sorri e pega em seu bolso esquerdo um tablet preto, ele tem algumas gotas de água da chuva. Ele desbloqueia o mesmo e o coloca em transmissão ao vivo.

Com certa raiva ele segura o tablet contra o vidro da sala, expondo a esposa do homem com amarras nas mãos e nos pés e uma faca contra seu pescoço. 

— Por favor, faça o que eles disserem. Por favor, apenas faça. — A mulher implora com lágrimas nos olhos

O funcionário, atormentado pela situação, aperta o botão de abertura. A porta abre de forma mecânica e Coringa estende o tablet para o Rocco, que estava parado ao seu lado.

Ele entra na sala seguido de seus homens, o funcionário dá alguns passos para trás. Na grande mesa de metal está diversos dispositivos, como armas com pontas extremamente finas. Coringa pega um em suas mãos e examina o objeto. 

— Isso parece divertido. — Coringa avança no homem e aperta o dispositivo contra seu pescoço

O homem segura um grito de dor e coloca a mão contra o pescoço. Coringa anda pela sala, observando todos os computadores e a alta tecnologia usada pelo laboratório.

— Agora, por que não me diz como desativa isso? Nós dois precisamos saber. — Joker tem a mesma voz doentia e divertida, enquanto ele dá passos lentos pela sala

— Primeiro solta a minha mulher, por favor. — O homem já tem lágrimas nos olhos

Coringa não faz nada além de revirar os olhos.

— Ou podemos mata-la e eu descubro sozinho. E vou te deixar viver, sabe? Para você descobrir como é ficar sem a mulher que ama. — Coringa dá um curto sorriso de lado, dizer aquilo não lhe trouxe nenhum divertimento

O funcionário caminha até um armário grande de metal, os homens do Coringa ficam atentos a qualquer contra-ataque.

— Cada dispositivo tem um número — O funcionário evita se engasgar enquanto tenta explicar, ele segura uma pequena tela, semelhante a um celular — Você busca o número e escolhe o que fazer, desarmar ou ativar.

Coringa se senta em uma cadeira e coloca os pés em cima de um balcão.

— Deve haver algum tipo de registro ou identificação, procuro por Harley Quinn. — Ele diz cruzando os braços 

— Eu imaginei — O funcionário de senta em uma cadeira do mesmo balcão, ficando de frente para o Coringa — O número de registro dela é o 693. Aqui está. — Ele estende o aparelho para o Coringa, que o segura imediatamente, se sentando corretamente

Na tela está uma foto de identificação de Harley, Coringa observa suas feições, ela estava pálida e em seu uniforme prisional. Mas o que o deixa impressionado são as tatuagens em seu rosto, ele não esconde o desgosto e desaprovamento.

— E como desativar? — Sua voz estava mais seca

— Você quer desativa-lo agora?

— Eu não disse isso.

— Bom, você... — O homem pega o aparelho mas deixa no campo de visão do Coringa, instruindo-o — Precisa apertar aqui — Ele aperta no rosto de Harley, Coringa dá um pequeno sobressalto como se estivesse se assustado com a ideia de que o objeto iria explodir — E depois "desarmar" — O homem mostra o campo verde escrito "Desarmar", acima dele estava "Destruir", a ideia causava em Coringa grande desconforto

— Eu entendi. — Coringa pega com cuidado o aparelho novamente, apertando o "X" que tirava as opções

— Agora, o senhor poderia desarmar o meu e deixar minha esposa livre? 

— Claro que sim, você me deixou de bom humor — Coringa sorri para ele — Qual é o número de identificação?

O homem fica assustado com a ideia que ele irá desarmar o explosivo. 

— Basta ir no registro de mais recentes, não haverá fichas nele.

— Encontrei — Coringa sorri e se levanta, olhando para o dispositivo

O homem respira de alívio e cruza as mãos sob o balcão. Coringa caminha até a porta e passar por ela, fechando-a. O homem continua sentado, observando seus movimentos do lado de fora da sala.

Antes de pensar em dizer alguma coisa, a cabeça do homem se parte em centenas de pedaços. Sangue e pedaços de seu cérebro respingam por toda a sala, desde as paredes até o teto. Do lado de fora da sala, Coringa observa o aparelho dizer "Destruição realizada".
Satisfeito, Coringa coloca o aparelho no bolso e dá as costas. Pelo vidro da sala sujo de sangue, dá para ver o corpo do homem caído no balcão, era uma cena grotesca. 

Uma vez dentro do furgão, a chuva já havia passado e todos já estavam prontos para voltar para a estrada, deixando Gotham mais uma vez para trás. Coringa retira de seu bolso um aparelho celular e vai até as mensagens, ele digita rapidamente "Estou indo buscar você. - C" e aperta o botão de enviar. 

Rocco dirige o furgão, satisfeito por tudo estar dando certo. No GPS nota-se nitidamente "Destino: Midway City".

(...)

Midway City 

Todos caminham lentamente em uma fila mal feita. Vários carros pegam fogo e vários estabelecimentos estão destruídos. Homens do governo designados para a missão estão com suas armas em punho, a Força Tarefa X ou Esquadrão Suicida com a Harley preferiu chamar estão silenciosos.

Ela revira os olhos entediada e resolve bolar alguma coisa que trouxesse mais animação ao dia. Ela corre os olhos pelos homens e tenta descobrir qual deles é o mais "manipulável", primeiro ela pensa em falar com o Crocodilo - que nem homem ela julgava ser - mas acha que ele ficará irritado facilmente, já que ninguém ousou falar com ele ainda.

Como segunda opção estava o Capitão Bumerangue, que parecia ser o mais idiota até agora. Ela dá passos rápidos em direção a ele, preparando seus dotes como psiquiatra e um sorriso convincente.

— Então, eu estava pensando... Juntos, nós podemos derrubar esses caras e seguir caminhos separados, não acha? — Ela sorri, segurando o seu taco em cima do ombro

— Derrubar esses caras, isso soa bem. — Bumerangue repassa a ideia em sua mente

— Então, fale com os outros. — Harley diz e se afasta dele

Ela sorri enquanto vê ele se dirigindo ao El Diablo.

Parece que vamos ter alguma diversão, afinal.

— Shhhh. — Harley diz baixo no intuito de calar a voz em sua mente, o Pistoleiro olha para trás em direção a ela 

Ela sorri para ele. 

Bumerangue é lançado no chão, todos olham para ele, assustados com o barulho. O Crocodilo acabara de lança-lo em sacos de lixos.

Harley abre a boca mas a fecha novamente. Ela dá passos nervoso até o Bumerangue, que já havia se levantado e estava ajeitando sua jaqueta no lugar.

— O que você disse para ele? — Ela pergunta baixo

— Nada demais, ele que é muito esquentado. Mas ainda falta um. — Ele se afasta dela e parece caminhar até o Amarra

Homens — Harley pensa. Ela continua caminhando, assim como todos os outros. Todos parecem chegar em um grande campo aberto, como se estivessem chegado ao centro da cidade. 

Havia estabelecimentos onde as placas piscavam, janelas quebradas e portas destruídas. Parecia que havia passado um furacão nas ruas. A evacuação foi uma medida mais do que justa, essa cidade foi perdida.

Harley observa o Bumerangue trocando algumas palavras com o Amarra, eles pareciam ter chegado em um acordo sobre algo. Ela resolve prestar mais atenção nas ações dos dois, parece que planejaram algo. Mas era exatamente o que ela queria.

— Hey. — O Bumerangue chama por ela em um sussurro, Harley dá passos rápidos para se aproximar dele

— O que estão fazendo? — Harley sussurra de volta

— Fique perto, nós vamos fugir.

Ela faz um aceno com a cabeça, como se concordasse com ele. Assim que ele dá as costas, Harley sorri em silêncio.

Bumerangue assobia e tudo começa, ele saca suas armas e parte para cima da Katana mas a rápida agilidade dela a protege. Harley pega o seu taco e fica parada, observando tudo com expectativa. Katana prende o Bumerangue contra a parede, posicionando sua espada contra o pescoço dele, Rick Flag grita com os homens para não atirar.

Inesperadamente, Amarra lança uma de suas cordas em um prédio próximo a eles. Rick grita mais uma vez para seus homens não atirar. Amarra escala rapidamente a parede lateral do prédio, já chegando em seu telhado. Rick pega o aparelho transmissor preso ao seu braço esquerdo e sem escolha, o ativa.

A cabeça do Amarra se explode em diversos pedaços e seu corpo fica apenas pendurado pela corda, batendo contra o prédio. Todos parecem surpresos pela explosão, há quem duvidasse do dispositivo ser real. Harley solta uma risada alta, observando o corpo sem vida do outro integrante.

— Uau, esse aplicativo é de matar! — Ela diz com satisfação

— Vocês acham que isso é brincadeira? — Rick grita olhando para todos — Alguém mais quer tentar sair? Quem quer ser o próximo? Ou a próxima? — Ele olha diretamente para Harley

Ela passa a mão em seu pescoço como se dissesse "não, obrigada".

— Quer ser o próximo, Pistoleiro? — Rick diz ajeitando sua arma

— Você está me ameaçando? — Pistoleiro pergunta incrédulo, ele foi a única pessoa que permaneceu em silêncio durante todo o trajeto

— Deus, vocês parecem crianças. — Harley revira os olhos e joga o taco no ombro

Todos começam a andar, Katana recua e guarda sua espada. 

— Eu juro que vou mata-lo. — Pistoleiro sussurra para Harley

— Uh, então melhor se apressar, quero ver isso. Como pretende fazer?

— Primeiro a mulher da espada, depois ele. Os soldados são preparados, mas não como ela. Depois de mata-lo, vou precisar de ajuda com os soldados, está dentro?

— Claro que sim. Mas e quanto a essa merda nos nossos pescoços?

— O seu amigo vai nos ajudar com isso, certo? — Ele para de andar

Harley também para de andar e olha para ele, claro que uma hora ou outra ele citaria a mensagem que ela recebeu do Coringa. Ela sorri para ele de maneira esperançosa.

— É claro que sim. E você é meu amigo também. — Ela empurra ele com o ombro

Ambos continuam a andar.

— Continue malvada, querida. Isso combina com você. — Pistoleiro sorri e começa a andar mais rápido, se afastando dela

Harley olha ao redor, pensando quando o Coringa virá. Sem escolhas, ela continua andando no asfalto destruído, seus saltos batendo contra ele e seu taco sob o ombro. Enquanto entram mais fundo na cidade, se aproximando da missão já com um integrante a menos.


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Notas finais do capítulo

Harley, plantadora de discórdia.
Até o próximo ♥