Durante todo o percurso até o apartamento da namorada eles íam trocando sorrisos. Quando podia, Grissom acariciava a mão de sua amada que sempre pousava em sua coxa. Estavam felizes, haviam tirado um peso das costas.

— Estou tão orgulhosa, Griss!

— Eu também. Me desculpe adiar isso por tanto tempo, amor. Você esteve certa o tempo todo e eu com aquele medo bobo.

— Já foi, já contamos a eles e estamos super felizes, não é? - Ele apenas sorriu

— Amor, certo, já contamos aos nossos amigos, mas agora precisamos contar a mais alguém. - Ele disse, dividindo a atenção entre a estrada e a namorada.

— Precisamos?

— Minha mãe. - Ele a olhou.

— Ah Deus, nós esquecemos da sua mãe? Você não contou? - Ele ria vendo seu desespero.

— É, nós esquecemos, mas podemos ligar pra ela. - Ele desligou o carro, haviam chegado.

Subiram os dois ainda pensando em como contariam a novidade para a progenitora de Grissom. Sara começou a ficar receosa, agora entendia o medo que seu namorado sentia. Quando já estavam no apartamento, Sara começou:

— E se ela achar ruim? Ela não vai gostar de mim, imagina só! Ela vai pensar que eu quero raptar você dela. O que ela vai pensar de mim? - Ela desabou no sofá e enterrou seu rosto em uma almofada.

— Amor, deixa de bobagem, ela vai gostar de você sim. Eu amo você e ela também vai amar. O que importa é a nossa felicidade. Ela é minha mãe, não um monstro. - Ele sentou-se ao seu lado e acariciou suas costas.

— Você acha? Pois eu acho que ela vai me odiar. Mãe é assim Grissom, gosta de cuidar dos filhos e quando ela souber que você está namorando.. e logo alguém mais nova.. o que ela vai pensar? Que eu quero seu dinheiro, ou algo assim. - Ela o olhou tristonha, abraçou seu namorado e escondeu o rosto em seu pescoço.

— Sara.. eu não acredito que disse algo assim. Nossas idades não são um problema, nem mesmo pra mim. Meu amor, olhe pra mim. - Ele pediu e assim ela fez. - Amor, eu te amo e eu tenho certeza que ela vai te amar. Nós só vamos fazer uma ligação e dizermos a ela que estamos namorando, não é nada demais, está bem?

Ela sentou em seu colo e, como quem agradece, o abraçou e o beijou. Ele limpou seu rosto e sacou seu celular do bolso, discou um número bastante conhecido, olhou para a namorada mais uma vez e enfim escutou a voz eletrônica do aparelho próprio para surdos:

— Oi mamãe, sou eu mesmo. Como a senhora está? - Ele falava enquanto acariciava o rosto de sua namorada.

— Ah mamãe, eu também, mas eu liguei para contar uma no-.. - Ela o interrompeu.

— Não me diga.. que bom, mamãe. - Ele olhou Sara e sorriu meio sem jeito.

Eles conversaram mais um tempo e logo Grissom desligou. Como diria isso a ela?

— O que foi Griss? O que ela disse? Por que não disse pra ela? - Ela o bombardeou.

— Querida.. mamãe vem para Vegas.