A Testemunha escrita por Dimitri Alves


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é bem tenso. Espero que vocês leem sentados



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Robert não disse nenhuma palavra após a ligação. Sarah perguntou quem tinha ligado, mas ele permaneceu calado. Aquele silêncio não a agradou e a deixou em estado de alerta.

                Sarah passou pelo portão do hospital e procurou uma vaga no estacionamento. Quase que de imediato, assim que ela desligou o motor do carro, Robert saiu do carro sem dizer nada. Simplesmente saiu. Sarah praticamente teve que correr para acompanhar os passos apressados de Robert.

                O ar gelado do ar condicionado a fez se arrepiar, assim que entraram no hospital. O silencio medonho. A pouca movimentação era muito estranha. Sarah nunca gostou de hospital. Para ela hospital é o pior local público e particular que existe.

                Hospital não era um bom lugar para se visitar na madrugada.

                Robert falava com a recepcionista enquanto Sarah se aproximava. Quando estava quase chegando perto, ele se afastou e andou em direção ao elevador. Apertou o botão e ficou esperando. Agora você não me escapa, pensou ela.

                Sarah ficou ao lado dele, esperando que ele falasse algo. Nada. Ela retomou a pergunta que tinha feito no carro, mas ele continuou calado, ficava olhando o marcador do elevador.

                Sarah estava ficando irritada. O que custava dizer o que estava acontecendo? Olhou ao redor e viu a pequena sala de estar na recepção. Havia pouquíssimas pessoas andando, quase ninguém. Os zeladores de vez em quando passavam um esfregão no chão.

                Dentro do elevador foi pior. Duas pessoas que se conheciam, mas que se ignoravam. Sarah não estava se sentindo muito bem com aquilo tudo. O que estava acontecendo? Será que foi algo com Jéssica? Será que tentaram matá-la dentro do hospital? Robert não poderia esconder a informação para sempre, uma hora ele teria que contar.

                – Sente-se e espere – disse ele dando um empurrãozinho em direção a um dos sofás da sala de espera.

                Sarah fez a sua vontade. Enquanto ela anda em direção a algum sofá, observava Robert chegando perto da recepção, que ficava ao lado do elevador, daquele andar. Robert falou alguma coisa que ela não conseguiu escutar. Não demorou muito e um homem apareceu saindo do corredor. Parecia ser um médico. Usava um jaleco branco comprido com uma caneta no bolso.

Robert e médico conversaram um pouco, depois ele fez sinal para que Sarah o aguardasse ali. Os dois sumiram no corredor e Sarah ficou sozinha na sala. Ótimo!

                Ela não planejava ficar ali sentada esperando que Robert falasse o que estava acontecendo, não mesmo. Levantou-se e andou em direção a recepcionista. Perguntou a ela o que Robert estava fazendo, mas em resposta ela ouviu um “sinto muito, mas não posso dizer.” Isso deixou Sarah irritada.

                – Com licença – disse a recepcionista sumindo na porta de trás do balcão.

                A pior coisa acaba de acontecer. Sarah estava completamente sozinha naquele andar do hospital. Nenhum som era emitido. O corredor estava completamente deserto. As luzes claras davam um efeito assustador. O local parecia ser bem perigoso.

                Os minutos passavam-se rastejando. Sarah já não aguentava mais ficar sentada esperando. A recepcionista ainda não tinha voltado, deixando-a mais nervosa e irritada.

                De repente o silencio é quebrado pelo som de uma porta se abrindo. Sarah se levantou e avançou para ficar visível a um dos corredores. Ela olhou para um lado e viu Robert se aproximando. Sua cara não parecia nem um pouco legal.

                – O que está havendo? – perguntou ela antes mesmo que ele se aproximasse.

                – É bom você se sentar – disse ele.

                – Já basta, Robert! O que está havendo?

                Robert bufou e olhou bem para Sarah. Mordeu o lábio inferior escolhendo as palavras certas.

                – Ela não aguentou, Sarah – disse ele por fim.

                Ela não entendeu inicialmente, mas depois compreendeu o porquê do comportamento misterioso. Ele quis confirmar a informação passada. Ele quis poupá-la. Ou, quem sabe protegê-la.

                Jéssica acabara de morrer.


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