A Testemunha escrita por Dimitri Alves


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês.
Sarah se encontra bastante confusa agora... Será que Jordan seria mesmo o assassino de sua amiga? As provas apontam que sim, mas algo dizia que tinnha alguma coisa muito estranha ali.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704862/chapter/15

Sarah dirigia sem prestar muita a atenção na pista. A imagem de Jordan no telefone de Kirsten ainda estava vagando em sua mente. Era totalmente absurdo Jordan ter tentado assassinar alguém, mas as provas eram claras. Encontraram a digital de Jordan na cena do crime. Ele não estava no seu apartamento. Ele só poderia ter fugido.

                Mesmo sabendo de tudo isso, Sarah não conseguia absorver essas informações. Era como se dissesse que o Papa odeia Deus. Algo no fundo lhe dizia que algo estava errado.

                Robert estava ao seu lado. A expressão de Sarah era de confusão e de dúvida. Ela dirigia mordendo a unha, sinal de que ela estava pensando em algo. Ele percebeu que ela tinha ficado um pouco chocada ao ver a foto de Jordan.

                Robert observava, ainda, o rosto de Sarah. Ele sabia exatamente o que aquilo significava. Ele sabia que Sarah conheceu ou conhecia aquele cara, não havia outra explicação para ela ficar daquele jeito.

                – De onde você o conhece? – Perguntou Robert sem nenhum rodeio.

                Sarah se sobressaltou ao ouvir a pergunta de Robert. Por frações de segundos ela não o entendeu, depois caiu em si. Como ele sabia que ela o conhecia? Ela nunca falou dele a ninguém. Ela continuou a dirigir, olhando fixo para frente, fingindo que não ouviu a pergunta.

                Robert percebeu a reação de Sarah. Aquilo não era um bom sinal. Será que ela teve alguma relação com ele? Será que ela passou informações sem perceber? Isso deixou Robert em pânico por alguns segundos.

                – De onde você o conhece? – Repetiu, agora com a voz mais alta e clara.

                Não tinha mais como ignorar a pergunta. Ele tinha falado bastante claro agora. Sarah suou frio. Bastava dizer que o conhecia, para se tornaria o ponto central da história. A culpa poderia cair sobre ela. Ela conhecia Jéssica na palma da mão e se relacionou com o suspeito. Estava perdida.

                – Conheci no Central Park – disse por fim, sem tirar os olhos da pista.

                – Porque você não contou? – Perguntou Robert tentando manter a calma e seguindo a lógica de seu raciocínio.

                – Pense bem, Robert. Eu iria ser a culpada. Eu conheço o cara que tentou matar a minha amiga. Eu poderia ser acusada por participação – disse sem a menor noção do que estava dizendo.

                – Ora, vamos lá, Sarah! Você é advogada! Amiga de Jéssica! Porque ocultou essa informação?

                Nem mesmo Sarah sabia o porquê não tinha dito. Ao ver Jordan ali na tela, algo lhe dizia que estava errado. Além disso, tinha se envolvido sentimentalmente por ele. Jordan parecia ser uma boa pessoa. No fundo, ela quis o defender.

                Robert passou a mão em seus cabelos, depois pelo queixo. Não sabia o que fazer agora. Essa informação não era muito importante, mas por outro lado era bom. Sarah sabia mais ou menos o tipo de vida de Jordan e poderia ter informações importantes, se não é que ele fingia ser a pessoa que se fazia para Sarah.

                – Você fez sexo com ele? – Perguntou para saber em até que ponto de intimidade eles tinham chegado.

                – Não! – Exclamou um pouco constrangida com a pergunta de Robert. – Nos nunca chegamos a ir à casa um do outro. Só nos encontrávamos no Central Park, nada, além disso.

                Robert prestou bastante atenção em suas palavras e na sua expressão para ver se ela estava falando a verdade. Felizmente, estava. Foi um alívio muito grande para Robert saber que Sarah não se deitou com ele.

                – Do que vocês conversavam? – Perguntou. Robert queria saber que tipo de informações Sarah poderia ter passado para ele.

                – De tudo, mas nunca falamos de Jéssica, se é isso que você está pensando. Eu comentei uma vez que tinha uma amiga advogada, mas nunca disse o seu nome.

                Robert se encostou melhor na cadeira e respirou fundo. Foram muitas informações em poucas horas. Aquela situação tinha dado várias reviravoltas. Muitas coincidências. Apesar disso o caso era bem simples: localizar e capturar Jordan.  Com Jéssica viva, poderia perguntar a ela se viu alguma coisa a mais.

                Sarah continuava a dirigir agora um pouco mais devagar. Aquilo tudo tinha a deixado zonza. Duas pessoas que ela gostava entrelaçadas numa única situação, na qual um deles estava sendo acusado injustamente, e a outra correndo risco de vida.

                – Isso só ficará entre nós – disse Robert.

                Era exatamente isso que Sarah queria ouvir. Estava morrendo de medo de que perguntas e mais perguntas caíssem em cima dela. O seu trabalho era interrogar, prender ou defender, mas ser interrogado é outra coisa.

                Robert olhou para a janela e ficou admirando os prédios passando sobre sua janela. Nesse momento o céu celular vibrou. Ele atendeu quase que instantaneamente.

                – Sim? – falou ele e ficou ouvindo o que a pessoa falava. Sarah ficou curiosa, mas Robert não falou absolutamente nada só concordava. – Para o hospital – disse ele depois de desligar o telefone.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Testemunha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.