Now escrita por Marshimellow ambulante


Capítulo 7
VII – Sorriso


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pela pequena demora. Tive um enorme trabalho escolar para fazer e fiquei focada nele por quatro dias, fora que tive que estudar para as provas. Enfim, espero que me perdoem.
Boa leitura!



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O quarto de Peeta é todo em tons azuis, variando do mais claro até o mais escuro. Não foi surpresa descobrir que era um quarto arrumado, ele sendo organizado, arrumava os livros em ordem alfabética, coisa que eu não faria nem se me passagem vinte dólares.

A surpresa da vez foi a mediana coleção de réplicas de pequenos carros em uma estante de vidro. Muitos carrinhos, desde os mais antigos ate os atuais, em réplicas perfeitas enfileirados de acordo com os anos.

— Eram do meu avô, eu apenas continuei - comentou de repente, olhando para os carrinhos. Um olhar vago, como se lembrasse de um momento distante.

— Uma bonita coleção, de verdade - falo.

— Aqui está um toalha e vou deixar você com uma blusa e uma calça de moletom. Está bom?- pergunta colocando as peças sobre a cocha, xadrez, da cama.

— Sim - respondo pegando as coisas.

— O banheiro é ali. Fique a vontade - diz apontando para a porta branca no lado direito.

Caminho com as peças de roupas nos braços até o banheiro. É parecido com o meu, talvez um pouquinho maior e com azulejos no tom azul escuro. Coloco as roupas na pia e me arrasto para o box.

Realmente eu me sentia congelar por dentro. É como se eu não tivesse mais controle sobre meus dedos ou maxilar, que insistiam em tremer cada vez mais, me dando raiva. Mudo a temperatura para morna e ligo o chuveiro. Nem sei como explicar o alívio de estar mais quentinha. É como tomar chocolate quente em uma noite fria.

Depois que termino meu banho, visto as roupas. De alguma maneira estranha as roupas tem cheiro de perfume masculino, meio amaderado, mas nada muito forte ou enjoativo. Era um meio termo perfeito. Porém de maneira mais estranha ainda é eu achar bom o perfume de Peeta, o menino no qual desejava enforcar a algumas horas atrás. Mas, não podia negar que ele me ajudou, de todas as formas....ele continua sendo o mesmo Preta de sempre.

Deixo meus cabelos soltos, ja que os mesmos estão úmidos e dobro um pouco as mangas da blusa. Estou me sentindo um balão prestes a voar! As roupas ficaram um pouco grande demais, pela diferença física de ambos.

Peeta é uns cinco centímetros mais alto que eu, fora que seus braços é uma das minhas coxas. Além do mais, Peeta tem uma grande bunda. Não que eu tenha reparado ou olhado para essa parte do corpo, mas a calça ficou com pano faltando no lugar da bunda, ja que não sou muito privilegiada com isso. Então apenas fiz uma suposição.

Saiu do banheiro penteado meus cabelos com as mãos, tentando em vão... desembaraça-lo. Vejo o Mellark deitado na cama, olhando para o tempo e alheio as coisas ao redor. Talvez esteja pensando.

— Eu terminei, bem eu vou indo. Obrigada mais uma vez - digo segurando minhas roupas com as duas mãos.

Não espero qualquer resposta ou comentário. Ando em direção a porta e quando toco a maçaneta sua voz me para.

— Ei Everdeen, não precisa correr. Pode ficar aqui se quiser - disse ainda olhando para o teto.

— Não tá planejando me matar né?-pergunto brincando. Logo ouço sua risada, bem a verdadeira risada de Peeta Mellark. Sem sarcasmo ou ironia.

— Ainda não - responde - Cato logo irá chegar com Clove, talvez a baixinha goste de te ter aqui.

— Ela pode me chamar, minha "casa" é do lado da sua, agora.

— Eu não mordo, Everdeen.

— Deixe-me ver: é como aqueles cachorros pequenos, só late?

— Haha que engraçado... Clove vai pensar besteira.

— Por que?

— Porque você está com minhas roupas e porque ela quer que a gente se pegue.

— A gente se pegando? Que hilário - digo rindo - Falando sério, eu já to ficando com medo do Mellark legal. Quando você vai voltar a ser o chato de sempre?

— Você gosta mais do chato?- pergunta

— É que eu conheço você, Mellark, em sua versão chata.

— E a versão legal?

— É estranho, parece que estou conversando com um desconhecido. E eu não sou muito de conversar.

— É, eu já percebi. Vai ficar quanto tempo? Digo, na casa dos seus avós.

— Até minha mãe achar que ela deva vir me pegar ou até eu ir para um colégio interno.

— Eu estava certo quando disse que você cheira a problema.

— É, talvez - digo e abro a porta - Diga a Clove que se ela quiser falar comigo a casa dos velhos são ao lado.

— Ok - responde

— Até, versão menos chata do Mellark - digo fechado a porta.

Minha sorte é que a casa está vazia, sem os pais de Peeta. Seria estranho eles me verem saindo da casa deles com a roupa do filho.

Rapidamente eu estou no lado de fora da casa, caminhando até a de meus avós. Sim, se você quer saber, sim eu saí praticamente correndo da casa dos Mellark's.

Abro a porta e vou diretamente para o meu quarto me deitar. Sinto como se tivesse passado uma família de elefantes pro cima das minhas pernas, fora que meus braços também estão mortos de cansaço.

...

— Katniss! - ouço uma voz me chamar - Será que ela tá morta?

— Claro que não, ela está apenas dormindo - disse a outra voz, só que dessa vez era mais grossa.

— Ela só tá dormindo. Depois do jeito que tava até eu dormia até de noite - disse outro alguém. Como assim de noite?

Abro os olhos e me depara com o rosto de Clove bem próximo ao meu. Sua cabeça estava inclinada para o lado e seus cabelos estavam quase cobrindo a minha visão. Só sei que foi automático, quando vi já estava gritando e junto comigo todos os três.

— Que droga Katniss, que me matar do coração?- pergunta Cato colocando a mão nos cabelos e puxando uma grande quantidade de ar.

— Te matar do coração? Vocês quase me mataram de susto! - grito me sentando.

— Não temos culpa se você dorme feito pedra - reclama Clove - Estamos te chamado a minutos.

— Quem deixou vocês entrarem? - pergunto passando a mão pelos fios, mantendo eles no lugar.

— Seu avô, ele é bem maneiro, Katniss - responde Clove.

— Ei essa blusa é do Peeta?- pergunta Cato de repente.

Droga Everdeen, você não tirou as roupas do loiro azedo antes de dormir. Que cabeça a minha!

— Do Peeta? Não, tá doido - respondo tentando esconder meu nervosismo por estar mentindo - São do meu avô

— Seu avô usa o mesmo perfume do Peeta?- questiona Clove.

— É o mesmo perfume? Que coincidência - diz Peeta

— É...muita - fala Clove desconfiada

— Tira essas minhocas da sua cabeça, Clove - falo de uma vez e riu.

— Eu? - pergunta se fazendo de inocente - Vamos pra sala, seu avô fez sanduíches.

Me levanto e calço minhas chinelas de dedo de joaninha. Prendo meus cabelos em um coque desajeitado e acompanho o pessoal no corredor.

— E gente - fala Cato - É uma foto da Katniss, na minha casa. Que maluco, eu não lembro de você!

— Nem eu - comenta Peeta ao meu lado.

— Deve ser outra casa - digo

— Não, é a minha, Peeta havia pintado um pedaço da escada com giz de cera laranja junto com uma amiguinha - conta Cato.

— Você era fofinha - diz Clove - Você tinha um sorriso lindo.

—Eu estava banguela! Vamos, eu to com fome - falo empurrando todos para longe das minhas fotos.

Quando vou em direção ao sofá, sinto Peeta segurar meu braço, puxando-me um pouco mais para perto.

— O que quer Mellark?- pergunto

— Até hoje você ainda tem um belo sorriso - sussurra próximo ao meu ouvido, enviando uma série de arrepios pelo meu braço.

Depois o vejo sentar junto de seu irmão no sofá para assistirem um jogo de basquete que passava com meu avô.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo de hoje?
Eu, sinceramente, espero que sim. Deixem sua opinião nos comentários, vou amar saber delas.
Até o próximo e beijos ♥



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