Now escrita por Marshimellow ambulante


Capítulo 3
3 – Como é que é garoto?


Notas iniciais do capítulo

Olá terráqueos!
Aqui está yo com mais um capítulo quentinho para vocês. Espero que gostem. Boa leitura!



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Eu estava sonhando, um bom sonho devo confessar. Juro que queria permanecer daquele jeito por mais algumas horas ou talvez toda a minha vida, mas até mesmo isso me foi tirado pelo aquele objeto tirado das profundezas do tártaro e entregue a chatos e caretas familiares.

— Inferno – grito irritada

Pego aquele maldito aparelho e jogo na parede, contente por ter acabado com aquele maldito barulho. Aqueles vários caquinhos no chão do que um dia fora um despertador me deixa aliviada.

Me levanto e caminho ate o banheiro para fazer minha higiene pessoal. Eu odeio acordar cedo, Clara sabe muito bem disso e para não ter que lidar com uma Katniss mal humorada, sempre me matriculava no período da tarde. Mas Sarah não, ela quer me irrita, me fazer perder a linha e me colocar em um maldito internato que ela vivia recomendando a Clara todas as vezes que nós duas tínhamos brigado. Porém como estou aqui, ela não pode fazer isso, vovô nunca deixaria. Então ela apenas se contentou em me colocar em um colégio local no período da manhã.

Dentro do closet mesmo, visto minha roupa. Uma calça jeans preta, com rasgos variados por toda a perna, blusa do Batman cinza e um all star preto nos pés. Nos meus revoltos cabelos, apenas faço uma trança e saiu do quarto. Sem maquiagens, sem acessórios, apenas a verdade Katniss para todos verem a "verdade".

Nem me importo se estou com uma aparência de cansaço. Não é minha culpa se tenho pesadelos todas as noites, porém nesta eu tive sorte, apenas um pesadelo e o resto dos sonhos foram bons.

Na sala de jantar encontro vovô sento a mesa, lendo seu típico jornal das sete, enquanto bebe uma xícara de café com líquido escuro e quente em seu interior, suponho ser café ou até mesmo chá escuro. Sento-me na mesa, ignorando o bom dia forçado de minha vó, focando-me apenas na variedade de comida a minha frente.

Ok, eu não tinha nada disso onde morava. Não que a gente passasse necessidade, pelo contrário vivíamos bem, a questão é que minha adorável e exemplar mãe não se acordava cedo para preparar um café para que eu possa ir a escola. Então desde que eu aprendi a colocar cereal em uma tigela com leite, ela não precisou mais me ver pela manhã, nem pela tarde e as vezes nem mesmo a noite. Digamos que ela também não sentia muita falta, assim não teria que lidar com a filha revoltada e depressiva.

— Está ansiosa para escola, querida?– pergunta vovô.

— Sinceramente?– pergunto e mordo meu sanduíche antes de recomeçar minha fala – Não, nem um pouco.

— Espero que você não se meta com pessoas que não são do nosso nível, naquele colégio tem algumas pessoas que não são confiáveis – diz Sarah. Eu apenas dou de ombros, não me importando muito, já que sou péssima no quesito amizade.

— Vou tentar não ser presa – falo brincando.

— Acho melhor você ir logo ou irá se atrasar – comenta vovô olhando o horário no relógio antigo de pulso.

— Estudar de manhã é um saco! Tchau vovô – falo e me levanto.

Pego minha mochila, que estava largada em cima do sofá, e a coloco no ombro esquerdo, também pego meu boné de aba reta em cima da mesinha de centro. Caminho lentamente, confesso que faço de propósito, até a porta. Assim que a abro, a busina do loiro vizinho me desperta, avisando que minha carona chegou.

— Iai – digo assim que o vejo, com ambas as mãos no volante e um sorriso debochado na cara. Típico de um popular, algo que eu não duvide que ele seja.

— Entra aí – diz apontando para o banco de trás com a cabeça.

Abro a porta e jogo o mochila para dentro, para depois enfim entrar e fechar novamente a porta. No banco da frente o irmão de Cato me olha rapidamente para depois fazer uma breve careta e  desviar o olhar para janela. Eu não me importei, eu nunca me importo, esse tipo de ação é tão comum no meu dia a dia quanto esticar os braços.

—Você pode até gostar da escola, mas saiba que ela não é uma das melhores – avisa Cato – Toda escola é chata no final.

— Deve ser melhor que a minha antiga – digo

— A maioria dos alunos são típicos nerds, como esse aqui do lado – fala brincando.

— A diferença entre vocês e eu: é que eu sei diferenciar o que é realmente importante, enquanto vocês tomam todo o tempo pensando em como querem sair. No fim eu vou estar muito bem enquanto vocês estariam fazendo qualquer coisa – fala Peeta sem deixar de olhar para a paisagem da janela.

Será que eu passo tão má impressão assim? Bem, eu tenho planos, todos tem. Meu principal plano é viver como se fosse o último dia da minha vida, o que realmente pode ser a qualquer momento, mas também se eu viver vou querer algo relacionado com crianças, elas sim são sinceras e boas o suficiente para receberem meu respeito e admiração.

A fachada da Panem High School é clara, com o grande letreiro em preto e vermelho. Também tem uma patética estátua de um homem velho, com grande barba e olhos que assustam qualquer um. Há vários alunos espalhados pelo redor, as típicas garotas fúteis, os típicos garotos que somente pensam na aparência, os normais cdf's ou nerds/estudiosos e também os típicos excluídos. Será que eu faço parte do último?

Saiu do carro um pouco depois de Cato e Peeta. Cato se oferece mais uma vez para me mostrar toda a escola, como as coisas funcionam e me levar ate a sala, mas como eu disse eu sou péssima em fazer amizades. Caminho sozinha pelos corredores quase vazios a caminho para secretária, pegar meu horário e chave do armário, para depois seguir para sala de aula. 

— Eu vim pegar meu horário – digo assim que acho a secretária. A mulher me olha por alguns segundos e depois se volta para o computador.

— Nome, por favor – pede

— Katniss Everdeen – digo

— Aqui está – falou após alguns minutos – Esse é a senha do seu armário, os livros já estão lá dentro. Tenha um bom dia.

— Valeu.

Segui ate o número do armário, coloquei a senha e abri. Olhando o horário, peguei o livro de artes e de geografia, que seriam as próximas aulas. Me encaminhei até a sala sem muita dificuldade, já que a sala era no mesmo corredor do armário. Como ainda está vazia, me sento na última cadeira, colocando minha cabeça sobre a mochila em cima da carteira, fechando os olhos.

...

— Sejam bem vindo de novo, seus pestinhas – fala o professor em um tom de brincadeira – Vocês ja me conhecem, mas sei que tem novato aqui. Então, eu sou Cinna, professor de artes. Agora vocês vão se apresentar.

Os novatos vão se apresentando conforme Cinna vai indicando, apontando o dedo. Quando chega a minha vez falo somente o básico, meu nome e de onde eu vim.

— Katniss é um nome muito estranho – comenta uma garota, enquanto enrola uma mecha loira falsa, coloque falsa nisso, com os dedos.

— No dia em que a sua opinião for importante, talvez eu ligue fofa – digo e a turma toda rir.

— Acalmem-se, não queremos alguém na sala do Snow logo no primeiro dia. Isso serve especialmente para você esquentadinha – fala Cinna para mim – Copiem o que irei escrever.

Escrevo em silêncio, quieta demais para Katniss Everdeen. Aposto que se ele estivesse aqui com certeza estaria tirando uma com a minha cara, me chamando de bad girl dos livros, como sempre fazia quando me pegava estudando. No fim ele era o único que me incentivava a continuar, mesmo que eu sentisse tédio ou preguiça. Sinto uma lágrima solitária escorrendo pelo meu rosto, mas ela logo desaparece, pois eu a limpo rapidamente com palma da mão.

....

A fila do refeito está simplesmente enorme. Não, enorme é um adjetivo muito fraco para descrever essa fila. A minha sorte é que eu fui uma das primeiras a chegar, faltando agora somente uma pessoa na minha frente.

Observo o pequeno cardápio pendurado na parede, com cada comida e preço. Acabo optando por um bolo de chocolate duplo e uma Coca.

— Katniss, pensei que não ia te ver mais hoje – falou parando ao meu lado. Eu apenas terminei de engolir o pedaço pequeno do bolo – Como está sendo o primeiro dia de aula?

— Normal – respondo

— Ok, da pra vê que você não está afim de papo agora. Te encontro na saída – disse e sai a caminho de uma mesa lotade da populares.

Termino de comer e me levanto. Ainda faltava dez minutos para o fim do intervalo, então resolvo andar pelos corredores, observar o quanto diferente essa escola é diferente de minha antiga. Ele sempre costumava dizer: Você não pode temer as mudanças da vida, Niss. Pena que eu não estou seguindo seu concelho.

...

— Até mais Katniss – diz Cato caminhando em direção a sua porta.

— Tchau Cato – digo – E Peeta...

— Ainda bem que é um tchau – falou de maneira um pouco agressiva, me deixando um pouco em choque.

Que isso, pessoas? Quem ele pensa que é? O príncipe?

— Como é que é garoto? – pergunto irritada. Ele apenas me lança um sorriso debochado, levantando apenas um dos lados da boca, antes de definitivamente entrar.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado do capítulo. Deixem suas opiniões nos comentários, eu adorarei lê-las.
Beijos e até o próximo♥



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