Solangelo Moments escrita por Junebug


Capítulo 12
Joy


Notas iniciais do capítulo

Espero que a bad pelo último cap. já tenha passado ^^
Eu tô super feliz por ter finalmente conseguido escrever sobre... Solangelo com um bebê ♥ Obrigada Laurinha e misuki! Os pedidos de vcs me incentivaram a não desistir dessa ideia :)
Vamos só fingir que eu não ultrapassei ligeiramente o limite de palavras que eu mesma impus. Ok? Ok :D



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Eles nunca imaginaram que cuidar de um bebê seria fácil, mas também aquele bebê tinha sido uma espécie de surpresa. Will tinha atendido uma adolescente num hospital comunitário que estava grávida de um homem que morrera numa briga. Ela mesma não tinha bons antecedentes, mesmo com a pouca idade, mas alegava estar determinada a ser uma boa mãe. Só que os médicos diziam que ela sequer conseguiria viver para ser mãe se não interrompesse a gravidez , o que ela se recusou a fazer.

Will tinha tentado ajudá-la o máximo possível com seus poderes de filho de Apolo. Ele tinha se tornado muito próximo da jovem, que também chegou a conhecer Nico e, pouco antes de morrer, implorara para que eles tomassem conta da criança.

Nascida prematuramente, a garotinha quase não sobreviveu também. Enquanto acompanhavam sua luta pela vida no hospital, tão pequena e frágil, Will e Nico sentiram crescer entre os três um laço tão forte quanto o de sangue, de modo que não descansaram até conseguir realizar o último desejo da mãe.

Foi assim que eles acabaram pais de Maeve - o nome já tinha sido escolhido pela mãe, em homenagem à falecida avó irlandesa, e segundo ela, significava “alegria”. Sua pequena alegria chorava agora a plenos pulmões, acordando-os pela segunda vez naquela madrugada.

Era a vez de Nico, então ele se levantou para vê-la, mas já fazia algum tempo e o choro continuava. Will decidiu verificar qual era o problema. Aproximando-se da porta entreaberta do pequeno quarto que Hazel e Piper tinham ajudado a decorar e transformar num mini paraíso infantil, ele pôde ouvir Nico apesar do choro:

— Olha, eu realmente não faço idéia do que mais posso fazer por você, milady. Que tal uma dica, hein? – ele falava suavemente com a voz sonolenta.

Pela fresta da porta, Will conseguiu enxergá-lo segurando Maeve na altura dos ombros, movimentando-se lentamente com ela enquanto massageava suas costas com delicadeza.

— Você sente falta de sua mãe? É, eu acho que sei como é... Você a tornou uma pessoa melhor, sabia? Sua mãe... – O choro estava diminuindo de intensidade, mas persistia. Nico continuou: - Ou será que você quer que ele venha aqui? – Will se preparava para se retirar em silêncio sem querer atrapalhar a “conversa” entre pai e filha, até entender o que Nico queria dizer. Então ele se encostou na parede, onde não podia ser visto, para ouvir mais. - Ele é melhor nisso que eu, não é? Desculpe, eu estou tentando... Não sei, acho que tem alguma coisa a ver com o olhar, o tom de voz ou talvez o sorriso... – Nico deu uma risadinha misturada com um bocejo. – Sabe quando foi que eu percebi que estava apaixonado por ele?... Foi quando acabaram os três dias em que ele me mandou ficar na enfermaria... Eu pensei: “Que diabos eu vou fazer sem ele por perto agora?”... Eu não precisava ter me preocupado. Ele não me deixou em paz nunca mais... Graças aos deuses... Quanto a você, eu não faço ideia de como aconteceu, mas me apaixonei por você também, sabia? Eu não sei o que faria se de repente não tivesse mais que acordar de madrugada com seu choro, trocar fralda suja ou me preocupar que você esteja ficando doente... Talvez seja porque você é muito bonitinha... Sua mãe era bonita. Você deve ficar parecida com ela quando crescer... Nada de pensar em namorar antes dos vinte, talvez vinte e cinco, está entendendo?

Silêncio. Nico suspirou longamente. Só agora, Will percebia que o choro tinha acabado e olhando novamente pela fresta, viu Nico terminando de depositar Maeve no berço.

— Até mais, Mae – ele disse bem baixinho, com um sorriso.

Quando Nico levantou os olhos, surpreendeu-se ao encontrar Will na porta, mas teve o bom senso de continuar em silêncio até ter saído do quarto e fechado a porta atrás de si.

— Você estava escutando? – ele perguntou, sem jeito, corado.

— Talvez – disse Will, que não conseguia parar de sorrir, agarrando-se ao pescoço dele e beijando várias partes do seu rosto.


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