Entre dois mundos escrita por Vicky18


Capítulo 67
O plano "Infalível"


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!Voltei!!A produção está indo de vento em poupa,to mega ansiosa pra publicar tudinho pra vocês♥♥



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O café ainda estava quente quando o telefone do delegado tocou naquela manhã.Faziam poucas horas desde do depoimento de Cascão na delegacia e faziam poucos minutos que o agente notou as bolsas debaixo dos seus olhos.

Ele nunca tinha pego um caso tão complexo quanto aquele,principalmente,no bairro do limoeiro onde as coisas sempre ocorriam de uma forma muito pacata.Não era a toa que ele tinha pedido transferência para aquela unidade a pouco tempo.Afinal de contas,todos precisam de um descanso de vez em quando.

Mas mero engano o dele ao achar que aqueles desaparecimentos seriam solucionados rapidamente.Ele nunca achou que perderia o sono por conta de um caso,mas sempre há uma primeira vez para tudo na vida.E não foi diferente com o pobre homem que não conseguia dormir direito a semanas.

Ele deixou a xícara de lado para atender a ligação,imaginando que poderia ser alguém da família dos envolvidos pedindo mais informações sobre o andamento do caso.Mas se surpreendeu ao ouvir a voz de um dos seus colegas de trabalho lhe falando sobre uma tal encomenda suspeita que uma indústria de equipamentos hospitalares recebeu.

Pelo o que foi passado para os policiais,o revendedor da empresa achou estranho de onde estava vindo o pedido.Ele disse que o telefone não era de nenhum hospital ou clínica de nenhum lugar,mas o que realmente despertou suas suspeitas quanto ao seu mais “novo cliente”,foi a localização que foi solicitada para a entrega.Na beira de uma estrada que por coincidência ou não,ficava a 1 hora da cidade(Exata localização que Cascão havia descrito no depoimento).

Era realmente estranho e nada convencional que uma entrega como aquela fosse feita para um lugar,aparentemente, inóspito.

— Anotem o contato desse revendedor,precisamos confirmar essa localização com ele...Estarei aí daqui a pouco.

O Delegado mal desligou o telefone e saiu às pressas da cozinha, deixando o café esfriar em cima da bancada.Era assustador e ao mesmo tempo empolgante os rumos que aquele caso estava tomando,agora só restava saber se as localizações realmente batiam e finalmente descobrir o paradeiro dos desaparecidos.

A poucas horas atrás no laboratório…

Anne nem conseguia acreditar que tinha conseguido fazer a tal encomenda dos equipamentos.Agora era só esperar que o caminhão chegasse em alguns dias para que Jeremy perdesse seu cargo e seu respeito da organização.Afinal de contas,quem o Chefe teria para desconfiar quando tivesse a informação de que um caminhão com encomendas estava parado a poucos metros do seu esconderijo pronto para ser descarregado?Obviamente,seria daquele que estava na sua sala naquele instante tentando lhe convencer a fazer tal encomenda.

Fazia um bom tempo que Anne não se sentia tão eufórica,a primeira parte do seu plano já estava feita,agora restava comemorar cumprindo a segunda parte.O descarte da sua “amada” cobaia.

Ela tinha certeza absoluta que Magali poderia facilmente substituir Cebola naquele experimento,mesmo que mais incapacitada fisicamente,ela não questionava tanto quanto o seu amigo(Já que seu psicológico também não estava dos melhores).Seria mil vezes mais fácil manipulá-la e assim Anne teria mais um “cachorrinho” para fazer o que bem entendesse.

Cebola estava fazendo perguntas demais e sabendo demais também, naquele jogo, só um lado poderia vencer e não havia espaço para mais um.

Anne não tinha planejado isso no começo do experimento quando Cebola chegou até lá,ele realmente mostrava um certo potencial em relação aos demais,mas a “liberdade” que lhe foi dada para tomar certas decisões transformou um futuro prodígio numa ameaça eminente.Anne se sentia um tanto estúpida por não ter cogitado que ele se rebelaria a algum momento.

Mas estava tudo correndo muito bem e ela estava confiante de que conseguiria fazer o que queria enquanto montava uma bela cesta de café da manhã com frutas,frios e uma garrafa de champanhe com duas taças para saborear pela última vez ao lado da sua cobaia.Ela tinha muitos motivos para comemorar, e nada melhor que um belo brinde.

A poucos metros dali- Na sala do Chefe…

—Porque acha que invisto milhões na organização,Dr,Jeremy?-A voz irritada do superior era a maior indício que a resposta seria um “não”.-...Para manter o SIGILO!

—E-eu sei,senhor! Mas visto os problemas que a cobaia vem tendo depois da cirurgia,não temos certeza de que ela vai servir para o resto do experimento.

—Se ela não sobreviver,já sabem o que fazer.Ainda temos o garoto,não temos?

—Sim...Foi isso que eu pensei,chefe.Ele está em perfeitas condições para continuar no teste.

—Foi o que pensou,mas não o que fez quando me trouxe essa proposta estupida!

—Me desculpa, Chefe,mas a equipe médica me recomendou que…

—Não importa o que eles dizem,eu sou o dono desta organização e sou eu que pago salário desses imprestáveis!-O homem socou a mesa da sua sala como se estivesse amassando um tomate com os punhos.- Eles tem tudo o que precisam aqui dentro!TUDO!

—Vo-você tem razão,chefe.

—De qualquer forma...Eu quero a cobaia viva,se ela realmente não conseguir sobreviver,podem descartá-la o quanto antes.Estamos na fase final do experimento e eu não quero interrupções no processo.

—Como quiser,senhor.- Jeremy abaixou a cabeça submissamente e se retirou da sala com medo que seu Chefe tivesse mais um ataque de nervos.

Ele ficava se perguntando porque achou que a ideia de Anne seria uma boa ideia,não fazia sentido.De qualquer forma,agora ele sabia que não deveria se questionar nem se outro funcionário o fizesse pensar que deveria pensar diferente.Regras são regras e normas são leis dentro da organização.


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