Entre dois mundos escrita por Vicky18


Capítulo 53
A carta


Notas iniciais do capítulo

Hello voltei bem rapidão hoje,acabei escrevendo bastante kkkkk espero que gostem e tenham uma boa leitura:)



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Enquanto isso-No mundo paralelo=+=+=

—A gente ainda pode abrir a porta do carro e pular enquanto ele tá distraído.-Cascão susurrou no ouvido de Magali.

—Eu ouvi isso!-Cebola chamou a atenção de cascão sem tirar as mãos do volante.-Porque não para de falar bobagens e para quieto por um minuto pelo menos?

—Porque eu tenho que arranjar alguma forma de fugir de você!Acha mesmo que eu não sei que esse tal consultório é na verdade um cativeiro onde você está prendendo o verdadeiro Cebola?!

—HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHA-Tanto Cebola quanto Magali começaram a gargalhar dentro do carro.

—Do que vocês estão rindo?Eu tô falando sério!!

—De você hahahahaha!-Magali respondeu aos risos,assustando Cascão.

—Até você?!-O mesmo perguntou indignado.-Achei que você estivesse do meu lado…Espera um pouco... VOCÊ TAMBÉM NÃO É A MAGALI DE VERDADE!!!

—Sou o que então?O Bozo?

—EU NÃO DUVIDO!! VOCÊ PODE SER O BOZO ASSASSINO E TER SEQUESTRADO A MAGALI E AGORA ESTÁ PRESTES A ME SEQUESTRAR!!!

—Ele não pode tá falando sério né?-Cebola estava incrédulo com aquele comportamento,afinal até um momento entendia a confusão de Cascão...mas já estava passando dos limites.

—SOCORROOOO!!!!-Cascão abriu a janela do carro e começou a gritar desesperadamente,se soltando do cinto de segurança e se apoiando pra fora do veículo.Porém o momento não durou muito tempo, já que Cebola freiou o carro bruscamente fazendo Cascão bater de cara com o banco da frente.

—Não me obrigue a fazer isso de novo.-Cebola virou pra trás e encarou Cascão com autoridade de um pai.-Agora vê se coloca esse cinto e para quieto.

—Hahahahahhaahaha! Isso foi engraçado a beça!-Magali gargalhava ao lembrar da cena do amigo batendo a cara no banco.-Foi Hilário!Poderia fazer de novo ,né cê?

—Se eu quisesse matar ele eu com certeza faria,mas como eu não estou afim de ver ele voando pra fora do carro,eu não vou repetir isso.

—Que pena HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!Aí cascão você deveria ter visto a sua cara,parecia aquelas massas de pão sendo amassadas sabe?

—Nossa que engraçado! Hilário...Meu Deus estou rindo horrores aqui.- Cascão respondeu revirando os olhos e colocando o cinto de segurança novamente.

—Da próxima vez que quiser fugir espera pelo menos eu estacionar,tá legal?-Cebola advertiu num tom irônico.

—Ah claro…-Cascão bufou e cruzou os braços, encostando a cabeça na janela do carro e observando a paisagem da cidade que se formava do lado de fora.

Depois de quase meia hora de viajem, Cascão parou de observar a paisagem e resolveu observar Cebola e Magali nos bancos da frente,sem imaginar que iria se deparar com a cena mais estranha e inimaginável que jamais pensou que veria na sua vida.

Os dois estavam de mãos dadas enquanto permaneciam com o olhar fixo no trajeto,algumas vezes Magali olhava o “amigo” ao seu lado com um sorriso no canto da boca e vice versa.Aquela cena estava tomando rumos um tanto estranhos,deixando Cascão perplexo.

—O-o que tá acontecendo aqui?!

—Ham?-Magali se virou pra trás com uma expressão de dúvida no rosto.

—Vocês estão namorando?!!!

—O quê? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA do que está falando?-A mulher riu ainda mais ao ver expressão de horror em Cascão.-Só porque estamos de mãos dadas?

—Sim!E porque mais seria?!

—Você ouviu isso Cê?Ele acha que estamos namorando!

—Bem que poderíamos…Mas você não quer.-Cebola surpreendeu ainda mais Cascão com aquela “declaração”.

—Hahahahahahaha!Pare com isso seu bobinho!-Magali deu um riso um tanto forçado pra esconder a sua surpresa.-Você sabe que muito bem que é casado,né? Não se esqueça disso.

—E você sabe muito bem que era pra eu estar casado com você.-Cebola respondeu num tom de voz sério,deixando Magali extremamente corada.

—Hahahaha!Adoro as suas piadas!-A mesma tentou mudar o assunto disfarçando mais uma vez o clima que havia se instaurado no carro.-O cebola é sempre tão brincalhão…ein...que tal a gente colocar uma música?Pra dar uma animada aqui.-Magali soltou a mão do amigo e ligou o rádio. 

—Você realmente não é o Cebola.-Cascão confirmou enquanto se encontrava pasmo com aquelas revelações,parecia que haviam muito mais segredos naquele mundo para serem desvendados.

Mais alguns minutos de viajem e finalmente chegaram ao seu destino, interrompendo o clima de constrangimento e atraindo todas as atenções para o que realmente interessava...o experimento.

Assim que se aproximaram do consultório já puderam ver o doutor Licurgo na frente do local,checando seu relógio de bolso e alguns papéis que segurava.

—Doutor,parece que já estava à nossa espera.-Cebola saiu do carro cumprimentando Licurgo.

—Na verdade eu estava apenas esperando uma encomenda,mas já está demorando um bom tempo pra chegar...Mas enfim,vejo que trouxe a Srta.Magali e...Sr.Marques?-O doutor até ajeitou os óculos para poder enxergar direito o que estava acontecendo,era realmente uma surpresa ver Cascão e Cebola juntos(já que os dois eram conhecidos por todos como grandes rivais).

—Ah sim...eu suspeito que ele também esteja nesse tal experimento.

—Mas como?!

—Isso só ele pode te explicar…

—Certo...Podem entrar.-Licurgo conduziu os três para o consultório observando com muita atenção o comportamento de Magali e Cascão.-Srta Magali?

—Sim?

—Você lembra da última vez que esteve aqui?

—Pra ser honesta...eu não lembro de ter vindo aqui alguma vez.

—Hum... interessante,e por acaso lembra da carta que escreveu?

—Que carta?

Licurgo a encarou com um olhar preocupado e em seguida a conduziu para outra sala,deixando Cascão e Cebola na sala de espera.

—Desculpe doutor...Mas eu não faço ideia do que você está falando.

—Eu sei,por isso mesmo vou esclarecer tudo pra você...sente-se por favor.-Magali obedeceu o comando e sentou no divã, enquanto observava Licurgo vasculhar algumas gavetas, até encontrar um envelope branco.-Aqui está.-o mesmo alcançou a correspondência para a sua paciente,observando-a abrir cuidadosamente o envelope e tirando a “misteriosa” carta.

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Eu sei o quanto é estranho pra você ler isso,mas espero que entenda...Nós vivemos em mundos totalmente diferentes e por incrível que pareça eu entrei no seu de uma forma que eu não consigo te explicar,mesmo que sejamos a mesma pessoa...vivemos em realidades diferentes e eu preciso que conheça a minha nesse momento.

No mundo em que eu vivo ainda tenho meus 17 anos,estudo no ensino médio no colégio do limoeiro e minha melhor amiga ainda é a Mônica,mas tudo mudou quando eu entrei em um experimento chamado “experimento alfa”.Por causa dele eu fui sequestrada e levada pra uma espécie de cativeiro onde fazem experimentos com as pessoas,eu realmente não consigo te explicar como tudo funciona por lá,mas é basicamente isso.

O professor,quero dizer o Dr.Licurgo me pediu pra escrever essa carta para você,mas eu sinceramente não sei o porquê,a única coisa que eu espero é que você me entenda e acredite no que eu digo.

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—Nã-não pode ser...Eu não posso ter escrito isso.-Magali balbulciava enquanto segurava a carta com as mãos trêmulas.

—Mas escreveu.-Licurgo respondeu de forma direta com muita segurança no que dizia.

—Como isso é possível?!Eu juro que não lembro disso!

—Você não estava consciente,mas essa “outra” Magali estava “usando” o seu corpo para escrever essa carta.

—Isso é muito assustador!É como se eu tivesse sido possuída pela minha versão do passado?!

—Mais ou menos,na verdade isso comprova a existência de dimensões paralelas que por conta desse experimento foram interligadas de alguma forma...no seu caso o seu corpo é a  passagem para esse mundo.

—Como assim?!

—Há inúmeras formas de se acessar uma realidade paralela,às vezes podemos acessar através da mente,dos sonhos ou nos casos mais raros...no próprio corpo.

—Isso quer dizer que tem outra Magali vivendo em outra dimensão e quando ela tá afim de entrar em outro mundo,ela simplesmente me possui?

—Ela é induzida através de um conjunto de processos a entrar nessa realidade,na primeira fase ela precisa de aparelhos para entrar em contato, já na segunda ela precisa ser medicada...Até chegar na última em que ela não precisará de nenhum dos dois e é aí em que mora o perigo.

—Perigo?Eu não tô gostando do rumo que essa conversa tá levando…

—O maior perigo desse experimento é o que eu chamo de “transporte de consciência”.O seu corpo é “possuído” pela consciência dessa outra Magali,e se houver o transporte excessivo e uma frequência alta dessas “conexões” com a outra realidade paralela pode levar a cobaia a dois caminhos sem volta.

—E quais são?-Magali não conseguia piscar de tão presa que estava naquele assunto, normalmente ela riria da situação e duvidaria...mas a veracidade daquelas palavras era indiscutível e inquestionável.

—A loucura ou...o suicídio.

Magali sentiu um arrepio lhe percorrer o corpo inteiro e uma sensação horrível se instaurar na sua mente.

—A loucura vai começar a ser alimentada aos poucos quando a cobaia começar a perder a consciência de quem realmente é,essa loucura vai perturbá-la tanto que ela vai começar a acreditar que a vida real é a realidade paralela e que a única opção para escapar é a morte.

—Meu Deus…-Magali não conseguia mais processar nada além de medo e pavor.-Por favor...me diga que tem uma cura.

—Tem sim,o corte dessa ponte entre as duas realidades paralelas.

—E como podemos fazer isso?

Licurgo respirou fundo e se sentou na poltrona a frente de Magali,lhe encarando com um olhar devastador.

—A outra Magali já está na segunda fase desse experimento...o que significa que não vamos ter muita opção a não ser…

—A não ser?...

—Acabar com a única forma que ela tem de se conectar com esse mundo…

—O meu corpo?!

Licurgo apenas assentiu com uma expressão triste em seu rosto,ele havia pesquisado e estudado outras formas de evitar aquilo,mas tudo dependeria de como as coisas andariam na outra realidade,o que no caso piorou.

—Você vai ter que me desculpar,mas eu não vou fazer isso!!-Magali rasgou a carta e saiu às pressas da sala.

—Magali!Volte aqui!-O doutor saiu correndo atrás da sua paciente pelos corredores do consultório.-Ainda pode haver uma outra opção!

No mesmo instante Magali parou de andar e se virou para trás, esperando a resposta de Licurgo.

—Se formos rápidos podemos tentar outro método…

—E qual seria?

—Podemos tentar bloquear a sua mente para que a consciência da outra Magali não entre mais nela,assim evitando outras conexões.

—Acha que isso pode dar certo?

—Vai ter que dar.

—E quando começamos?

—O quanto antes,se for possível agora mesmo.

—...Eu estou confiando em você Doutor e  espero que não me decepcione.

—Eu farei o possível.-Magali se encontrava em um jogo naquele momento,em que a aposta mais alta seria a sua vida...A mesma não sabia ao certo o que estava havendo,mas acreditava que Licurgo a ajudaria de alguma forma e torcia para que o pior não tivesse que ser feito para que essa ponte fosse destruída.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi um misto de emoções,devo admitir que até eu fiquei um pouco chocada com essas revelações todas... será que eles vão conseguir resolver isso a tempo?É o que vcs irão ver nos próximos capítulos:)Bjs da Vick e até a próxima♥



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