Uma nova História escrita por Adhara Mckinnon Black


Capítulo 3
A carta


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, fico feliz por ter pelo menos alguns leitores que disponibilizaram do seu tempo para dar uma passadinha por aqui e ler minha história.
Esse capítulo é a primeira interação da nossa personagem no mundo mágico.
Se gostarem, ou detestarem, comente pra eu saber o que posso melhorar.
Obrigada e boa leitura!



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Outro 27 de abril. Outro aniversário. Seu aniversário de 11 anos. Era pra ser como qualquer outro dia, mal sabia Kathy que aquele era o dia que iria mudar sua vida.

Levantou, fez sua higiene matinal e foi fazer o café da manha. Era a única de pé, pois madame Josefine e Scarlet só levantava na hora do almoço quando a garota não tinha aula, mas como estava de férias, a pré-adolescente dormia até tarde, coisa que ela mesma deveria estar fazendo. Escutou um chorinho de criança e sorrindo foi até o quarto de onde vinha o som.

—Bom dia Anne. Vem, já preparei seu leitinho, bebê. - Katherine a levou para baixo. E cuidou da criança como sempre. Enquanto Anne estava brincando quietinha na sala ela preparava o almoço, as duas outras residentes acordaram e Josefine fora ´´trabalhar´´ no escritório do orfanato, como a mesma dissera, mas todo mundo sabia que ela não trabalhava coisíssima nenhuma.

—Aberração, onde está o café da manhã?- Scarlet chegou insultando.

—Já que quer tanto saber, que tal você mesma não fazer seu café?

—Fazer o café? Ta doida? Eu não sei fazer nada disso.

—Então cale a boca coisa ridícula e não me perturbe, ou eu te deixo com fome.

—eu vou contar para a mamãe.

—Tenta! Só não se esqueça de que quem cuida da sua comida sou eu, então se por acaso encontrar veneno nela, é só uma mera coincidência.

Bufando e batendo o pé, a loira sai da cozinha resmungando.

É... Katherine podia não ter pais, mas sabia se defender muito bem sozinha. Não que tivesse opção, já que ninguém estaria lá por ela.

Após o almoço e Anne ir passear com Gabriel, Josefine chama Katherine na diretoria, pois queria conversar. Ao chegar à sala, a morena se surpreende ao encontrar uma senhora com o coque rígido, cabelos negros e vestes verde esmeralda e tinha o rosto muito severo.

—Boa tarde senhorita Moore, sou Minerva McGonagall, professora da escola de magia e bruxaria de Hogwarts, e... –mas o que aquela senhora diria ficaria para depois, pois fora interrompida por um bufo de desdém de uma Kathy desconfiada e confusa.

— Espera um pouco! Magia e bruxaria? Desculpe-me senhora, mas sei que isso não existe, e acho que a senhora esta muito velha para fazer brincadeiras deste tipo-quando a professora foi responder, Katherine fez um sinal calando-a e se virou para a outra pessoa presente na sala- e você - virou-se para Josefine- fico impressionada ao ver o quão longe sua imaginação pode ir para me insultar de esquisita ou estranha. Francamente! Inventar uma coisa dessas. Só pode ser brincadeira viu.

Irritada, a morena se virou para sair do recinto, mas fora impedida.

—só um instante senhorita Moore. –a professora quebrou o silêncio ao ver que a outra estava muito chocada com as palavras da menina- mas receio que seja verdade, e – levantando a mão para cala-la, continuou seu pensamento- posso provar que digo a verdade, mas antes, tenho uma coisa que pertence à senhorita.

Então a velha senhora tira do bolso uma carta de papel pardo, endereçado em tinta verde para: Katherine Moore, Londres, o menor quarto da casa. Em dentro, um brasão com um leão, uma águia, um texugo, e uma serpente envolta de um grande H.

Com um pouco de surpresa, a garota abre a carta.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Diretor: alvo Dumbledore

(ordem de Merlin, primeira classe, grande feiticeiro, bruxo chefe, cacique supremo, confederação internacional de bruxos).

Prezada Srtª Moore,

Temos o prazer de informar que V.S.a tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

Diretora substituta.

Ao terminar de ler, chocada, olha para a senhora que a observava com um discreto sorriso quase imperceptível, e um pouco tímida e ainda receosa, a pede para demonstrar se for mesmo verdade toda aquela história.

— então é verdade. – não era uma pergunta, mas mesmo assim a professora afirmou- por favor, sente-se, e perdão pela grosseria.

Antes de deixar a mulher responder, já virara para Josefine.

— pode ir. A conversa diz respeito somente a mim. Se precisar de você, te chamarei, mas por ora, a senhora é MINHA convidada e esta aqui para falar COMIGO. - Não dando a chance de a outra retrucar, Kathy a coloca para fora da sala e fecha a porta em seu rosto descontente.

—desculpe a grosseria, mas ela só iria atrapalhar. Quando terminarmos de conversar, darei a ela as informações que precisará saber.

—desculpe senhorita, mas receio que vamos precisar que sua mãe ou responsável esteja presente. – disse a velha senhora.

—ela não é minha mãe, e nunca vai ser. O assunto da minha educação não interessa a ela- Kathy fechou a cara e falou duramente- Podemos ir direto ao ponto?

Ainda um pouco surpresa pela situação, mesmo sem demonstrar, a mulher explica a criança sobre a escola. Katherine, que sempre tivera o sonho de sair daquele orfanato causador de sua infelicidade, aceita ir para a tal Hogwarts.

—então todas aquelas coisas que eu fazia era magia?- perguntou só para confirmar.

—sim senhorita.- a professora disse simplesmente para logo ficar surpresa com o feito daquela garota.

O bule de chá se servia sozinho, mas não era aquela senhora que estava fazendo aquilo, era Kathy. E a garota que já estava acostumada em fazer isso, já que sempre treinava em casa mesmo antes de saber que era bruxa, não demonstrou nenhuma reação com a surpresa da mulher.

—mas senhora, como vou pagar pelas minhas coisas? Tenho certeza que madame Josefine não irá pagar por minha educação em uma escola de bruxos.

— a escola de magia e bruxaria de Hogwarts fornece os materiais para alunos que não podem pagar, é claro que são materiais de segunda mão, mas o que importa é seu aprendizado Srtª. – disse a mulher se recompondo da surpresa de ver uma simples criança com tanto controle de sua magia.

— tudo bem, aceito então. Mas consigo achar esses materiais em Londres?

—se souber aonde ir.

—poderia me ajudar?- pediu um pouco sem graça.

—com todo o prazer senhorita Moore. – a mulher dera um discreto sorriso para uma Katherine estranhamente envergonhada.

Uma pausa querido leitor, sim, nossa querida professora McGonagall sorriu mais de uma vez para nossa criança, e sim, é o apocalipse. Agora voltemos.

A professora a levou para um bar sujo que se a mulher não entrasse, ela nem repararia no local. Passaram direto e foram ate um muro atrás do bar, onde a senhora bateu uma sequencia de tijolos e uma espécie de portal se abrira.

—Seja bem-vinda ao beco diagonal!

Katherine nunca vira nada mais incrível antes. Aquilo era a prova que magica existia mesmo. Quem dera se tivesse vários pares de olhos para ver tudo de uma vez.

— então senhorita Moore, vamos ao banco Gringotes antes de tudo. Depois, comprar seus livros primeiro, um caldeirão, e vamos seguindo a lista. Você guardou a lista, sim?

—aham- acenou com a cabeça.

Pegou a lista que mal tinha reparado ontem e leu:

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Uniforme. Os estudantes do primeiro ano precisam de:

1.Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (pretas);

2.Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário;

3.Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar);

4.Uma capa de inverno (preta com fechos prateados);

As roupas do aluno devem ter etiqueta com seu nome.

Livros. Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:

1.Livro padrão de feitiços (1° série), de Miranda Goshawk;

2.História da magia, de Batilda Bagshot;

3.Guia de transfiguração para iniciantes, de Emerico Ewitch;

4.Mil ervas e fungos mágicos, de Flida Spore;

5.Bebidas e poções magicas, de arsênio Jigger;

6.Animais fantásticos e onde habitam, de Newton Scamander;

7.As forças das trevas: um guia de autoproteção, de Quintino Trimble;

Outros equipamentos:

—uma varinha mágica;

—1 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2);

—1 conjunto de frascos;

—1 telescópio;

—1 balança de latão;

Os alunos podem ainda trazer OU uma coruja OU um gato OU um sapo.

LEMBREMOS AOS PAIS QUE OS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM USAR VASSOURAS PESSOAL.

Juntas, caminharam em direção ao banco. Tinha uma espécie de aviso que não prestara muita atenção. Como Katherine tinha pegado metade de suas economias antes de saírem, perguntara a professora como trabalhava com o dinheiro dos trouxas.

—nós convertemos o dinheiro trouxa para o dinheiro bruxo.

Elas caminharam até o balcão.

Depois de ter pegado uma pequena porcentagem da escola, reservado exclusivamente para alunos como Katherine, a garota pediu para o duende converter seu dinheiro trouxa em dinheiro bruxo.

O duende, um pouco desconfiado com a gentileza da pequena feiticeira perante a ele, fez o que foi pedido. Não estava acostumado com gentileza dos feiticeiros para com sua raça. Mas a garotinha não se intimidou. Fizera um monte de perguntas aquele duende, enquanto a professora, vendo a naturalidade que a criança estava, resolveu dar uma passadinha em seu cofre aproveitando que estava lá.

— senhor, desculpe a grosseria, como é o mesmo seu nome? – perguntara com um doce sorriso que inacreditavelmente estava quebrando as barreiras com o duende.

— Gorki.- respondeu o duende seco.

— Muito prazer senhor Gorki. Senhor, sei que esta muito ocupado e disponibilizou um pouco de seu tempo para me ajudar, mas eu gostaria de tirar umas dúvidas, e se o senhor puder me ceder mais uns minutinhos, eu seria muito grata.

O duende, por mais que não queria admitir, estava encantado com a educação daquela criança, mesmo mantendo um pé atrás. Não podia ser receptivo com humanos. Embora tenha acenado com a cabeça, encorajando-a a continuar.

—Para montar uma conta neste banco, quanto de dinheiro eu preciso ter? Ou eu não posso ter uma conta neste banco?

— Todos os bruxos podem ter uma conta em nosso banco, mas é muito difícil ver nascidos trouxas abrirem uma conta aqui no Gringotes. Abrimo-nos para a senhorita por este valor. –mostrou à garota a quantia que seria difícil abrir, mas as ideias correndo, ela apenas acenou.

— se eu vier com esta quantia, posso ter uma conta só minha?

—sim- foi à resposta que obteve.

— obrigada senhor Gorki, o senhor é muito gentil- e deu um sorriso encantador ao duende-gerente.

Antes de ambos falarem mais alguma coisa, professora McGonagall entrara e a chamou para irem. Katherine se despediu e agradeceu ambos duendes. E as duas foram às compras.

Só faltava a varinha. Até uma coruja ela comprou. A coruja que a encantou era marrom com manchas vermelhas e laranjas, lembrando o sol. Ficara surpresa e achou-a linda, a corujinha ter manchas que lhe lembrava de labaredas de fogo. Por isso nomeou sua amiguinha como suny.

A última loja era estreita e feiosa. Letras de ouro descascadas sobre a porta diziam Olivaras, artesão de varinhas de qualidade desde 382 a.C. havia uma única varinha sobre uma almofada, na vitrine cheia de poeira. Um sininho tocou em algum lugar no fundo da loja quando elas entraram, era uma lojinha mínima, vazia, exceto por uma única cadeira alta e estreita.

Kathy teve uma sensação muito estranha, como se tivesse entrado em um local proibido. Ficou olhando as milhares de caixas estreitas arrumadas com cuidado ate o teto. Por alguma razão, sentiu um arrepio na nuca, que passou para o coro todo, fazendo seus pelos eriçarem.

— Boa tarde- disse uma voz suave.

Kathy se assustou. Havia um velho parado diante dela, os olhos grandes e muito claros brilhando como duas luas na escuridão da loja.

—olá- disse um pouco sem graça.

—oh- o velho homem cravou o olhar nela de uma forma que a fez ficar mais sem graça ainda. O olhar era de quando encontramos velhos conhecidos. Estranhamente, aquele olhar lembrava a da professora quando pusera seus olhos nela pela primeira vez.

—Seu nome?- o homem tinha um olhar astuto.

— Katherine Moore, muito prazer.

—Moore é?!- não era uma pergunta, mas respondera mesmo assim.

—É.

O mais estranho foi ele ter virado o olhar para a professora, mas parecia intrigado.

— Boa tarde senhora.

—Boa tarde senhor Olivaras. - disse a professora rígida.

—Vamos lá então senhorita Moore. Qual o braço da varinha?

— sou destra. –respondeu Kathy.

—Estique o braço. Isso- ele mediu Katherine do ombro ao dedo, depois do pulso ao cotovelo, do ombro ao chão, do joelho a axila e ao redor da cabeça. Enquanto media disse- toda varinha tem seu miolo feito de uma poderosa substancia mágica, senhorita Moore. Usamos pelos de unicórnio, penas de cauda de fênix e cordas de coração de dragão. Não há duas varinhas iguais, assim como não há unicórnios, dragões nem fênix iguais. E a senhorita jamais conseguira resultados tão bons com a varinha de outro bruxo.

Kathy experimentou e experimentou, mas nenhuma servia. O velhote mal entregava uma varinha e já a tomava de sua mão. Já estava achando que não conseguiria encontrar uma varinha para ela.

—cliente difícil em- mas ele não parecia chateado.

Ele ficou observando uma varinha concentrado, e que por fim a entregou com cuidado.

—experimente essa. É uma combinação rara e fiz esse experimento uma única vez antes. Salgueiro, pena de fênix e pó de chifre de unicórnio.

Ao segurar a varinha, uma coisa estranha e maravilhosa ao mesmo tempo aconteceu. Sentiu um formigamento na barriga e um calor irradiar de seu coração e passar para seus dedos. Levantou a varinha acima da cabeça e cortando o ar com ela produzindo um zunido, correntes de faíscas vermelhas e douradas misturadas com azul, prata, amarelo e verde, pelo que conseguiu perceber, apareceu como os fogos de artificio que adorava observar em toda virada de ano. Katherine se sentiu poderosa e com um pensamento de que nada no mundo a deixaria menos feliz.

—Hum, curioso... Curioso... – o velhote resmungava enquanto embrulhava sua varinha.

— O que é curioso senhor? – Katherine que sempre fora curiosa, ficara intrigada mais uma vez com a troca de olhares entre Olivaras e a professora.

—Parece que a senhorita é uma guerreira senhorita Moore. A varinha sempre escolhe o bruxo, e essa varinha tem o núcleo muito poderoso, um pouco temperamental, só uma pessoa guerreira poderia ficar com ela, afinal, é feita com o salgueiro lutador, parece que a senhorita vai passar por muitas lutas.

A garota pensou. Era realmente uma guerreira depois de tudo o que passou.

Kathy pagou o homem e saiu da loja com a professora. A senhora a ajudou a embarcar no trem que a levaria para casa, apesar da garota saber sozinha, não recusou a ajuda. Antes de ir ela entregou a Katherine uma passagem.

—A sua passagem para Hogwarts. Primeiro de setembro, na estação de king’s Cross, esta tudo na passagem. Despedimo-nos aqui senhorita Moore. Espero vê-la no dia primeiro de setembro.

—Obrigada professora! Eu não sei como agradecer à senhora por ter me ajudado tanto. –e repentinamente, deixando a professora surpresa, Katherine lhe deu um abraço.

A professora, desconcertada retribuiu o abraço desajeitado para logo o desfaze-lo.

—Por nada senhorita Moore. Agora tenho que ir. Tenha uma boa tarde.

—Até logo professora. Boa tarde.

Katherine entrou em casa e ao se virar para fechar o portão, a professora não estava mais lá.


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Notas finais do capítulo

Então é isso gente!
Gostaria muito que vocês comentassem o que acharam.
xoxo
Adhara



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