Malandramente escrita por giovanacanedo


Capítulo 4
Um elo que nos une.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, perdão por demorar tanto a escrever. Prometo q não vai acontecer. Mas tenho 2 coisas p falar.
1. Preciso pedir que vcs comentem mais poxa, só uma pessoa comenta e tem 18 de vcs acompanhando e 2 já favoritaram.
2. vou colocar gifs das meninas, imagens de como elas são nesse capítulo e nos anteriores. Ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703826/chapter/4

(...) Hogwarts School. 6:54 AM.

 

  

    Rose Weasley gostava de chegar cedo na escola. Os corredores vazios, as salas silenciosas e os professores cansados entrando e saindo da escola a faziam se sentir em um vídeo-clipe de Skye Sweetman. Era como se sentir invisível, só que de uma forma boa. Como um fantasma que ronda os lugares, uma onipotência momentanua, paz de espírito temporária. Então, todos os dias durante o ano letivo Rose acordava 5:20 da manhã para se arrumar e ir à escola contente. Mas hoje era um dia especial, ela precisava pensar. 

   Os flashes de uma semana atrás rondavam sua cabeça. As luzes neon, as mãos para o alto, a música alta fazia tudo parecer mágico e cruel. Rose era genial, com sua memória fotográfica e seus milhões de livros sobre festas e farras adolescentes, mas se sentia mais fracassada do que qualquer coisa agora, já que em nenhum livro falaram sobre como a bebida tinha um gosto podre e de como as drogas te fazem perder noção de quem é e de que limites deve seguir, de uma forma muito ruim. Ninguém escreveu sobre como é ser rejeitada enquanto está nua, em cima de alguém. Ninguém nunca disse que overdoses reais não eram bonitas, mas desesperadoras. Esqueceram de escrever esses detalhes informativos para Rose. Mas tudo bem, aquilo para todos era viver e ela queria viver também.

  Do outro lado da parede Nataly Nott andava com passos fortes, rápidos e desesperados. A cacheada queria gritar o mais alto que conseguia, mas nenhum som saia de sua boca. Seu uniforme estava mal arrumado. Não o mal arrumado sensual e rebelde de sempre, mas o mal arrumado de quem não dormia há tempos e pôs a roupa às três da madrugada e saiu de casa, a pé, até a escola, chorando. Sua mochila tinha todos os livros e maquiagens, mas a única coisa que ela queria esconder não cabia: O teste de gravidez.

    Ela havia escondido aquele teste durante dois meses. Quando o comprou resolveu esperar, esperançosa de que fosse um problema hormonal ou alimentar. Mudou a dieta, cortou café, nada. Agora ela estava para ir para o terceiro mês de atraso de menstruação e não havia mais lugares para esconder, já que sua irmãzinha agora estava com oito anos e queria ser como ela. Tinha que ver o resultado o mais rápido possível. 

    Nataly jogou água no rosto. Estava pálida, fraca e tremendo. Mas era agora ou nunca. E ao jogar a mochila na pia, jurou que seria agora, se arrependendo quando viu as palavras grávida no aparelho. Sentiu seu mundo cair de suas mãos junto com o aparelho. Suas lágrimas raivosas e revoltadas caíam de seu rosto sem parar e ela mordia o lábio o mais forte que conseguia tentando não chorar alto. O que faria com uma criança aos dezessete anos? Como iria contar para seus pais? Ou pior, pro pai da criança?

    Rose virou o corredor envolta por seus pensamentos até ser despertada por um barulho de quebra de vidro no banheiro feminino. Estranhando, entrou no local e se surpreendeu ao ver Nataly Nott com o cabelo preso em um coque muito mal feito, rosto inchado de tanto chorar, olhos vermelhos e maquiagem borrada no meio de espelhos de vidro quebrados, pias abertas, porta papel higiênicos jogados no chão junto com os papéis. Sem saber o que fazer a ruiva pegou a castanha e suas coisas.

— Vem, meus pais estão no trabalho por uns dois dias, vamos sumir daqui.

(...) Casa dos Weasley. 7:30.

 

 

 

     Nataly abriu os olhos e se assustou com o teto de nuvens do quarto de Rose. Tentou se lembrar como chegou lá e repassou as lembranças em ordem na cabeça. Grávida - Destruição - Rose Weasley aparece e a ajuda. - Casa dos Weasley de frente à escola. - Chora tanto que Rose teve que jogar fora uma almofada. - calmantes. - Rose diz que vai para o colégio e que tudo ficaria bem. - Rose deixou uma caneca de achocolatado com um bilhete de "Não cometa suicídio até eu chegar.". A garota suspirou, se perguntando se foi essa a impressão que passou, de alguém que desistiu da vida. Ela não destruiu tudo por ter desistido, destruiu tudo por querer lutar e provavelmente seria expulsa agora da escola. Sua cabeça doía muito em pensar que perderia a bolça estadual para a universidade. Tudo bem que não precisava, seu pai era o melhor amigo do reitor, mas ainda assim... O reitor era o pai da criança. Riu dela mesma com o clichê em que se envolveu: A filha se apaixona e faz sexo com o melhor amigo do pai que por acaso, é casado com uma doce e intenligentíssima mulher que ela gostava muito. Sentiu seu corpo todo doer e fechou os olhos para cair no sono, torcendo para ser um aborto natural, e se ela tivesse sorte, indolor.

(...) Aula de história, primeiro período. 8:00 AM.

 

— Que? - Blair quase cuspiu o suco que tomava correndo antes do professor chegar na sala. - Não acredito nisso, Nataly pôs o banheiro à terra? - A garota puxou seu celular e começou a digitar uma mensagem no grupo das meninas. 

— O que pensa que está fazendo? - Perguntou Rose, tentando pegar o celular da amiga e é empurrada pela mesma, caindo em cima de Scorpius Malfoy. As poucas pessoas que tinham na sala encararam a cena com uma certa vergonha alheia, incluindo as primas de Rose. - Ah, Deus, que vergonha... 

— Tudo bem, hmmm... Rose?! - Rose se levantou rapidamente e assentiu para ele. - Quem diria que no primeiro dia de aula a mulherada iria cair em cima de mim, não é?

— Uma coisa que não acontece duas vezes na vida. - Respondeu a ruiva antes de Blair se meter no meio da conversa com seu celular. Lily havia dito que tinha câmeras no banheiro e que quando alguém entrasse seria a primeira coisa que fuçariam. Rose prendeu a respiração, com os olhos arregalados e Scorpius tentava entender a situação olhando de Blair para Rose, de Rose para Blair. Molly II apertou seu celular com tanta força vendo aquela cena que o aparelho acabou desligando sozinho. Suas amigas em volta encararam-na assustadas.

— Ahn, é, prazer... 

— Você é o aluno novo gatinho, eu sei. Sou Blair, ela é Rose e a gente tá caíndo fora. - Disparou a garota antes que ele terminasse uma frase. Ela se virou e pegou as coisas de Rose e dela mesma. Guardou o celular no bolso e jogou a mochila para a amiga, que saiu correndo com tanta força que derrubou o lixo da sala. Blair acabou esbarrando em Alvo Potter. 

— A Rose tá matando aula? - Perguntou Molly II, confusa e assustada.

— E daí? - Desdenhou Alvo. - Deixa a menina em paz. E aí parceiro!

*****

 

— E o que vamos fazer? - Perguntou Blair. - Quer dizer, ela salvou a vida de Lily! A gente meio que deve uma pra ela.

— Se pegarem a gente vamos ser expulsas junto com ela! - Falou Ashely. - Nossa, isso cheira à mijo de gato demais para um armário de limpeza! 

— Vamos votar. - Falou Rose racionalmente. - Quem acha que devemos fazer algo? - Rose, Lily e Blair levantaram a mão. Asheley bufou e cruzou os braços. As meninas saíram do armário e começaram a correr até o térreo, onde ficava a sala da diretora e as chaves de todos os banheiros. 

— Você sabe que pode ir se quiser, não é? - Avisou Blair. - Você não precisa nos ajudar com isso...

— (...)Na pior coisa que já fizemos. - Citou Ash. - Fizemos uma promessa. Essa promessa é o elo que nos une e não vou ser a primeira a quebrar.

— Um elo que nos une... - Murmurou Blair, sem ar.

— E qual é o plano, afinal? - Lily perguntou. Rose suspirou e falou:

— Vamos até a sala da diretora Mcgonagoll e Lily irá vigiar a porta da sala dela, se necessário distraí-la com alguma coisa. Nós três roubaremos a chave do banheiro feminino número dois e depois uma irá tranca-lo para ganhar tempo de invadir o arquivo e apagar as filmagens de hoje de todo o colégio. Então eu vou pegar a fita da sala nove de filmagem, é lá que o povo da fotografia do jornal imprime e é de lá onde eles sabem tanta fofoca.

— Nós podemos dançar com isso. - Avisou Lily, sem ar devido a corrida.

— Se caso a gente dance a gente coloca uma música legal. - Respondeu Ashley.

      Rose bateu na porta da diretoria, mas ninguém respondeu. Então ela forçou a fechadura, mas a sala estava trancada. Lily sorriu, já sabia como acabar com esse problema. Seu irmão fazia isso com ela direto, como se fosse impedi-la de entrar. Ela sacou um clip e destrancou a sala, ficando de vigia no corredor torcendo para que a diretora não aparecesse lá.

    Rose abriu a janela e se sentou em frente à tela do computador que apesar de não ter senha para ligar tinha senha em todas as opções. E gravava todo o procedimento feito. 

— Droga! Vou ter que restaurar o computador em padrão de fábrica e se eu fizer isso nunca vamos saber o número da fita. - Rose bateu na mesa. Ashley se assustou, dando um pulo.

— Não consigo achar essa bendita chave. Onde ela põe essas porcarias? - A garota abria as gavetas raivosamente e fuçava sem nenhum cuidado, quebrando algumas peças de vidro.

— Acho bom ela não chegar antes da gente dar o fora daqui! - Blair olhou diretamente para Ashley. - Acho bom mesmo.

   Abrindo armários, fechando gavetas, papeladas jogadas pela sala, arquivos incripitados, senhas incorretas e vinte minutos de tentativas até acharem as chaves fora de ordem. Rose bufou, puxando seus cabelos e sentindo sua incompetência domina-la.

— Vamos ter que tentar uma por uma? - Blair questionou. 

— Tem ideia melhor? - Ashley cruzou os braços e bufou. Blair levantou as mãos em forma de rendição. 

— Já conseguiu alguma coisa Rose?

— Não, porcaria! tá travado! 

— Ela tá chegando! Encostou o carro no estacionamento! - Gritou Lily antes de trancar a porta com o clipe de ferro. As garotas se encararam.

    Andando pelo corredor Minerva Mcgonagoll não podia se sentir mais bonita ou satisfeita com a sua vida. Seu último divórcio a deixara ainda mais feliz do que já era: Mais um homem traidor que iria rechear sua conta bancária. seus saltos altos de novecentos dólares faziam barulho no chão de mármore de sua escola. A escola era o seu reino e ela amava ser tratada como a rainha. Por onde passava os funcionários paravam o que faziam para desejar-lhe um bom dia, nas salas os alunos e os professores faziam o mesmo. Levantando-se de seus lugares e ficando em silêncio. Ela estava tão contente que nem estranhou de sua chave precisar dar uma volta para abrir a porta em vez de uma. Mas ela gritou muito quando viu sua sala do trono destruída e sua coroa mágica em forma de notebook, no chão, quebrado.

****

 

— Já tentei 50 chaves! Merda! - Falou Ashley para Lily, que roía as unhas de nervosismo. A diretora havia convocado todos no refeitório, então tinham pouco tempo para se livrar de tudo. Rose havia ido na sala de vídeo principal e apagado todos os arquivos, já que a sala também era no térreo. Ou pelo menos era isso o que era esperavam. Ashley soltou um grande suspiro quando Rose apareceu correndo pelos corredores com Blair e jogou as chaves na privada do banheiro.

— Isso apaga as digitais. Como apaguei todas as imagens nada foi pro pra sala do grupo de fotografia. A gente se safou dessa. - Rose disse, aliviada. 

*****

(...) Aula de filosofia. 11:30 AM.

 

— Lily Potter, você pode fazer dupla com Tom? -  O professor de filosofia era de longe, a pessoa da classe dos professores que mais intimidavam Lily. Na verdade, a qualquer um. Ele era alto e bombado, com uma voz de quem vai explodir a qualquer momento. - Ele é novo na escola, você deve saber. - Lily só fez assentir sem parar, quase fazendo xixi nas calças. - Boa menina! - Tom não sabia se ele estava gritando com ela ou a elogiando.

— Cara estranho, né? - Falou ele para a ruiva. Lily sorriu, tensa. Era muita informação para um dia só. Quebrar normas escolares, leis estaduais, conhecer o garoto novo bonitinho e sentar do lado dele, tendo que fazer bem mais que só sorrir como uma pessoa que tem o rosto travado.

— Ele, hãn, me deixa assustada. - Foi o máximo que ela conseguiu falar, mas aparentemente para Tom foi o suficiente, pois ele fez uma careta simpática e concordou com ela. - Eu sou Lily Luna. - Ela estendeu a mão para o rapaz que sorriu e apertou a mão.

— Sou Tom Marvolo. - Lily fez uma careta também. - Um nome bem medieval, é que veio do meu avô e do meu pai. Sabe como é, sou o III dos Riddle. 

— Ah, que coisa maneira! 

     E riram a aula toda, recebendo vez ou outra olhares curiosos dos colegas de classe.  Por um segundo, Lily sentiu que seu dia tinha sido simples e normal, tão leve quanto as conversas com Tom.

******

(...) Casa dos Weasley. 13:00 AM

 

 

— Nataly? - Chamou Rose, sem saber se receberia uma resposta. Ouviu passos descerem as escadas e em poucos segundos viu a garota com um pijama dela, rosto abatido e inchado. Todas as meninas colocaram suas mochilas nos sofás dos Weasley e foram até a escadaria.

— Contou para elas? - Perguntou Nataly. Apesar disso tê-la irritado não tinha energia para discutir. 

— Eu iria precisar de ajuda. - Rose começou, sentando-se de frente para Nataly. A morena arqueou as sobrancelhas. - Pra te livrar da expulsão.

— O que vocês...? 

— Não importa. - Lily começou. - Está tudo bem e ninguém vai saber de nada.

— É uma promessa. - Falou Ashley.

BLAIR  LONGBOTTON


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Malandramente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.