A Esperança traz o Fogo escrita por Raquel Potter


Capítulo 5
Os jogos Começam


Notas iniciais do capítulo

Bem desculpa por ter sumido estive com muitos problemas e agora consegui voltar a postar, espero que gostem e ainda hoje terá mais



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Umas semanas se passaram após isso Peeta e eu estávamos nos entendendo e toda aula de Prim eu ia e os dois me usavam como degustadora do que preparavam, de bolos a tortas pães e biscoitos. Já Gale me evitava desde o fatídico encontro, no dia seguinte a conversa com Peeta estava indo ao Prego e ao sair de casa o encontrei saindo de sua casa, e então o acompanhei até a padaria de seus pais e depois seguir meu caminho, quando estávamos chegando a praça Peeta pisou de mau jeito com a perna falsa em uma pedra, e para apoia-lo abracei sua cintura enquanto ele apoiava o braço em mim buscando não cair, assim que nós olhamos não pudemos evitar um riso o quase tombo de Peeta aconteceu justamente quando eu lhe contava de como quase sempre caia quando tentava usar os saltos que Effie me derá. Mas justamente quando estávamos assim rindo abraçados Gale passou por ali sujo de carvão saindo de seu trabalho nas minas e nos viu, depois disso não o vi mais, ele não foi a floresta no domingo não me dando oportunidade de conversar com ele sobre eu e o garoto do pão.

   Era fim de tarde e eu voltava da casa de Hazelle onde havia passado para deixar a caça que consegui, Gale sempre sumia quando eu aparecia, mas sua mãe sempre me recebia na pia em que esfregava as roupas que lavava as roupas com um sorriso e a mão suja de sabão. Eu mal conversará com ela hoje, o motivo era o mesmo que me levou a passar parte da manhã e toda a tarde dentro da floresta tentando de todo jeito ocupar meus pensamentos, Effie me ligou logo cedo para me lembrar que o Tour da Vitória estava próximo. Ele ocorria entre um Jogo e outro para manter fresca na memória de todos a ameaça que ele carregava, eu e Peeta deveríamos visitar todos os Distritos faríamos um discurso para o povo dependendo do Distrito uma caminhada e um jantar de comemoração, aconteceria primeiro no Distrito 11 e então em ordem decrescente até chegarmos a Capital e por fim o 12.

   Eu seguia para a Vila dos Vitoriosos quando ouvi meu nome ser chamado, ao me virar vi vindo da direção da cidade Peeta, ele parecia tenso, as mãos no bolso da calça seus olhos me olhavam mas pareciam não me ver realmente, e seus lábios estavam pressionados eu parei minha caminhada e esperei até ele me alcançasse. Logo que ele chegou até mim seus olhos olharam para todos os lugares menos para meu rosto, eu não aguentei e perguntei:

— Tudo bem?- Eu sabia a resposta, mas não sabia mais oque dizer.

— A turnê começa logo.- Ele falou olhando em meus olhos pela primeira vez e isso me fez estremecer seu olhar era pesado, e eu imaginava oque se passava pela mente do menino do pão.- Voltaremos a fingir, sorrir para a família daqueles que matamos, e teremos de parecer agradecidos.

— É claro, esperam isso de nós, e só estamos os dois vivos porque fizemos isso.- Eu disse sem emoção, aquilo era a pura verdade só ainda continuávamos vivos pela mentira que contávamos.

— Bem eu preciso ir, Portia me ligará em breve para falar de meu figurino, tchau Kat.- Peeta disse e antes de partir me deu um beijo na testa, e se foi me deixando ali parada.

    Sua ação me deixou paralisada, o apelido não era novo pra mim, ele me chamara assim algumas vezes já e até na arena, mas o beijo suave que ele depositou na minha testa era algo novo e me fez sentir bem por dentro.

   Após meu pequeno momento de surpresa eu segui para casa assim que abri a porta encontrei minha mãe me esperando, seu olhar denunciava que algo estava errado, mas eu tentei agir naturalmente e retirei minha botas.

— Mãe não se preocupe já estou retirando, não vou sujar o chão.- Mamãe passará dias tentando deixar tudo impecável.

— Filha recebemos uma visita! Ele veio pessoalmente lhe ver.- Havia uma leve ponta de histeria em sua voz.

— Ele a aguarda no escritório.- Quem disse foi um homem alto que estava parado no canto, que eu aliás nem tinha reparado.

— Esta tudo bem mãe.- Disse dando-lhe um sorriso e seguindo pelo corredor, limpando o suor das mãos.

    Assim que adentrei o cômodo que eu bem conhecia, não pude deixar de me espantar com a figura que encontrava-se sentada do outro lado da mesa. O presidente Snow estava ali como se a sala e a mesa lhe pertence-se seu sorriso parecia um alerta de perigo em minha mente, alguma coisa estava errada eu sabia.

—Presidente Snow, como é bom vê-lo eu...- Antes que eu pudesse continuar ele me interrompeu.

—Minha querida acredito que estamos acima desta formalidade, sabemos bem o porque do motivo de eu estar aqui, acho que seria melhor se fossemos verdadeiros ,não há necessidade de mentiras e teatrinhos há?- Sua voz era cortante e não pude reprimir o calafrio que me percorreu.

— Acredito que não, isso nós poupará tempo.- Eu disse nervosa, minha voz saiu quebrada e fraca perante ele.

— Assim está melhor.- Ele falou e sinalizou para eu me sentar e prontamente o fiz.- Vamos ser diretos, sei de seu fingimento, sei que armou para que saíssem vivos da arena.

    O medo me corroeu no mesmo instante, será que ele estava ali para nós punir por isso? Seríamos mortos e usados como exemplo de punição para aqueles que desafiam a Capital como o distrito 13?!

— O senhor irá nós prender?- Perguntei tentando manter a voz firme.

— Do que isso me serviria, prende-los seria admitir que conseguiram me enganar, preciso que vocês mostrem que é a Capital que detém o poder, preciso dos dois vivos nos Distritos relembrando-lhes que devem tudo a nós, preciso que finjam que realmente se amam e tudo foi feito impulsionados por este sentimento.- Seus olhos me olhavam com raiva, ódio e maldade, então ele virou um projetor de holograma em minha direção e eu não pude evitar me espantar com oque vi nele.

—Como você...- Eu comecei a dizer assustada coma cena que via, como ele conseguiu aquilo.

—Querida eu sempre sei de tudo, sei quem não sabe mas seu teatrinho apesar de enganar muito bem as pessoas na Capital não surgiu o mesmo feito nos outros Distritos, até o fim da turnê espero que tenha conseguido resolver este problema, lembre-se que eu sempre estarei observando não só você mas todos ao seu redor.- Sua ameaça foi camuflada mas firme era possível sentir o perigo das suas palavras.

  Meus olhos ainda permaneciam nas cenas a minha frente, a gravação era de Peeta e eu discutindo no trem chegando ao Distrito 12, após isso mostrava Gale e eu nós abraçando quando voltamos a nos falar na floresta e eu e Peeta rindo com eu o apoiando perto na praça e Gale nos observando.

—Bem eu tenho de ir agora, mas Katniss espero que tenha entendido oque eu vim lhe dizer hoje.- Ele disse se levantando. Eu permaneci ali sentada quieta quando ele estava abrindo a porta eu perguntei.

—Como eu evito isso?- Eu perguntei em um fiapo de voz.

—Me impressione senhorita Everdeen.- Assim que disse isso ele se foi me deixando sozinha com meus medos, e então eu vi que era agora que os verdadeiros Jogos Vorazes iam começar.

 


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Notas finais do capítulo

Beijoss e não desistam da fic bye



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