Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 20
Capítulo XX - Black Raven


Notas iniciais do capítulo

Hello, heroes!! Estou de volta, atrasada como sempre, postando mais um capítulo dessa fic maravilhosa que eu vou terminar nem que me mate, nem ferrando vou abandonar ela. Mas esse capítulo acontece ao mesmo tempo que o último e, no final, eles dois se encontram.

Não se esqueçam de checar o tumblr para fazer perguntas pros personagens e ver edições que faço com eles!! E acho importante lerem um dos contos que fiz do Tony e da Yuki, só para saberem que ela já o viu sem máscara, então vou deixar o link aqui:

https://deepsixfanfic.tumblr.com/post/182807050365/tony-e-yuki-os-dois-personagens-aproveitam-um



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Uma série de eventos fez com que ele concordasse com esse encontro, mas o principal foi Mark trazer à tona a Black Raven não só para Yuki, mas também para outros membros do Deep Six. Sabia que a personalidade caótica do amigo o ferraria algum dia, só não pensou que seria de forma tão avassaladora. 

Além disso, precisava lidar logo com a chegada repentina dos dois em Gotham, o que já lhe trazia muitas lembranças ruins. Se continuasse evitando o assunto, só iria perder a chance de descobrir o que estavam planejando. Se encontrar com eles não era algo sensato. Vic diria que foi um ato de desespero para evitar a merda prestes a acontecer, que só iria piorá-la, porém nunca foi conhecido por sua auto-preservação. Precisava parar de fugir.

Mesmo pensando assim, uma voz em sua cabeça praticamente gritava enquanto ele assistia o carro preto parando na frente do galpão ao lado do porto. O mesmo onde, há muitos anos, eles fizeram sua primeira missão. Quando viu Jeffrey sair do carro com um sorriso no rosto, seu corpo imediatamente entrou em alerta. Sabia que se não se acalmasse, iria correr, congelar ou partir pra cima dele. 

— Preciso dizer, foi uma surpresa agradável ter aceitado o nosso convite — Jeffrey o estudou com o olhar.  — Sentiu saudade?

Tony precisou engolir seco ao ouvir a voz dele. Depois de tanto tempo, ainda se lembrava de todos os anos em que o considerou seu melhor amigo, a única pessoa em que podia confiar. E ele sentiu raiva de si mesmo por pensar nisso naquele momento. 

— Fui eu o responsável pela sua saída da cidade, então já pode imaginar a resposta. 

— Não tente ser frio agora, Tony, se quisesse ter me matado, eu estaria morto. 

O detetive desviou o olhar do ex companheiro para olhar para Janessa, que também havia saído do carro e estava sentada no capô. Rapidamente a analisou à procura de armas e algo parecido, porém não encontrou nada que pudesse ser uma ameaça à vista. 

— Me chamaram aqui só para me irritar? — ele ignorou o comentário de Jeffrey, mas voltou a olhar para ele. 

— O chamamos aqui porque queremos voltar a ser como antes. É fofo você ter encontrado outra equipe, nunca pensei que depois do que houve você fosse ter coragem para isso — o loiro deu uma risada enquanto se aproximava. — Mas acho que está na hora de voltar para casa, com as pessoas que realmente se importam com você. 

— Você não pode estar falando sério. 

— Por que não estaria? Você sabe que precisa de nós, Tony. Precisa de mim. Não adianta fingir que gosta da vida que leva hoje, você amava estar no topo do mundo, estar ao meu lado fazendo o que quisesse fazer — conforme o Crane se aproximava, o detetive sentiu um de seus olhos tremer em um espasmo e seu corpo travou. — Nenhum deles se importa com você, é só uma aberração ao ver deles. Eu sei disso, porque é como a maioria me vê também. Não somos pessoas normais, nem nunca podemos ser, não somos os mocinhos. 

— Não me compare a você! — Tony se forçou a dizer, entredentes. — Você é um monstro, um assassino doentio que matou meu melhor amigo, o meu pai, porque ele me mostrou a sua verdadeira face. 

Ouvindo isso, Jeffrey deu uma risada sem humor e parou na frente dele, sua atitude não abalada pela acusação. 

— Você sempre teve uma imaginação encantadora, mas acho que deveria parar de acreditar nos seus delírios.

Essa foi a gota d'água. Tony pegou o spray em seu bolso e o espirrou na máscara para desprendê-la de seu rosto, a tirando com um movimento rápido e revelando seu rosto.  As cicatrizes de três cortes profundos cruzavam seu rosto, do topo da testa até seu queixo, passando por parte de seu lábio, e cobriam o que antes era a tatuagem de um corvo em sua têmpora. 

— Isso é um delírio, Crane?! — ele soltou a máscara no chão e segurou o outro pela gola da camisa, o puxando com toda a força para perto de si. — Você fez isso comigo quando eu tentei te impedir, porque é isso o que você faz quando as pessoas não fazem o que você quer! 

— Tony, solta ele — Janessa disse, ainda sem se aproximar. 

— Eu deveria te matar por tudo o que fez comigo, mas isso me faria igual a você — Tony o soltou de forma brusca, o empurrando para longe. — Toda a manipulação, fingindo se importar comigo quando na verdade queria um cachorro pra te obedecer e seguir. Vic abriu os meus olhos e você pensou que matá-lo me traria de volta. Uma novidade, Jeff, eu te odeio, eu nunca mais vou voltar e farei todo o possível pra fazer da sua vida um inferno!

A forma como ele disse tudo aquilo pareceu fazer o Crane soltar a máscara de falsa animação, a trocando por um semblante sério, quase irritado. 

— E vai fazer o quê? Voltar para o seu Deep Six, os heróis inúteis — Jeffrey zombou. — Não aprende mesmo, não é? Já deveria imaginar o que acontece com aqueles que ficam entre nós, achei ter deixado isso claro. 

Como se esperasse pelo sinal, seu celular começou a vibrar incessantemente, com o aviso de que alguém invadiu seu apartamento. O apartamento onde Yuki estava naquele momento. Sem sua máscara, não conseguiu esconder o desespero que passou por seu rosto ao associar as palavras do ex-amigo a isso. 

— Está preocupado, Tony? É bom que esteja, porque eu fiz questão que ela fosse a primeira. Ainda mais porque a prima dela estava ansiosa pra reencontrá-la — ao ver a expressão do outro, Jeffrey pareceu se recompor e voltou a ter um sorriso de canto nos lábios. — E esse é só o começo. Eu irei atrás de cada um deles, vou fazê-los sofrer antes de dar a eles o que eu queria ter dado ao seu querido Vic, uma morte lenta e dolorosa!

Ele estava perto novamente e, quando terminou a frase, bateu com uma das mãos no capô do carro ao lado de Tony, o som fazendo o detetive tremer levemente pela surpresa. 

— E quando eu terminar, você vai ver que sempre esteve sozinho e que a única pessoa que cuida de você, sou eu — essa frase foi dita de forma calma e delicada, em contraste com os gritos da anterior. — Sem mim, você sempre estará sozinho. 

A tensão foi cortada ao ouvirem uma risada estranhamente familiar e escandalosa vindo de cima de um dos containers não muito distantes de onde eles estavam. Quando se virou, Jeffrey viu a figura de cabelos azuis e roupas coloridas sentada em cima de um deles, observando atentamente a cena abaixo. 

— Au contraire, Espantalhinho — Duela deu outra risada, agora mais contida. — Se depender de nós, ele nunca vai ficar sozinho! 

Abaixo dela, Greg e Cassandra saíram de trás do container e andaram na direção do carro, alertando Janessa, que também foi até eles. Nenhum dos dois parecia muito contente com o que tinham ouvido. 

— Ficar na equipe dos “heróis inúteis” me ensinou que eu realmente não gosto de ficar sozinho, e que nem todos são traidores manipuladores como você — Tony falou em um tom que apenas Jeffrey conseguiria ouvir. 

— Cassy — o Crane tentou falar, porém foi cortado quando ela desferiu um soco em seu rosto, surpreendendo Greg que a segurou em seguida. 

— Você é um belo de um filho da puta! — ela berrou, tentando se desvencilhar do namorado. — Você matou o Vic e ameaçou matar os meus amigos! Seu doente desgraçado, eu vou acabar com a sua raça. 

— Cassandra, para com isso! — Janessa também a puxou para longe, mas a jovem a empurrou. 

— E você! — ela apontou. — Sabia disso e ficou do lado dele?

— Ele é o meu irmão.

— Ele é um monstro que fodeu com a vida do Tony e com a sua! 

— Cala a boca, sua vadia! — todos se viraram para Jeffrey quando ele gritou aquelas palavras. — Acha que pode aparecer aqui e bancar a heroína? Não precisa fingir na nossa frente, não é melhor do que ninguém aqui, a única coisa que presta tá no meio das suas pernas. 

— AH, É ISSO, EU VOU MATAR ELE! — Duela pulou de cima do container, já com sua pistola em mãos. 

— Não faz isso, ele não merece sair dessa tão facilmente — a Wayne se acalmou com algum esforço e parou de tentar ir para cima do Crane, segurando Duela no processo. — Vamos garantir que ele pague por todas as merdas que fez. 

Jeffrey começou a se afastar do grupo, seu sorriso agora substituído por um de escárnio e ira. 

— Façam isso, mas façam direito. Se eu cair, eu levo todos comigo porque, caso tenham se esquecido, nós somos a Black Raven! Nós roubamos e desafiamos mafiosos, nós matamos quem entrou no nosso caminho, éramos os mais poderosos de Gotham até você estragar tudo — ele olhou na direção de Tony, que agora tentava ao máximo não pegar seu carro e sair dali para garantir que Yuki estava bem. — Eu os criei, vocês pertencem a mim! E até entenderem isso, vão ter que lidar com seus piores pesadelos. 

— É melhor parar de falar, Crane, está parecendo um gatinho encurralado — Greg comentou, cruzando os braços. 

Tony percebeu isso também. Nunca havia visto Jeffrey tão nervoso e irritado em todos esses anos. Talvez porque, pela primeira vez, não estava conseguindo manipular nenhum deles. 

— Para te derrubar, eu caio junto com muito prazer — o detetive disse, já perdendo a paciência com aquela conversa. — Agora, se me der licença, preciso continuar com meus planos para foder com a sua vida. 

— Quando encontrá-la morta, quero que pense em mim, Tony — por sorte, quando ouviu as palavras de Jeffrey, ele já estava de costas pegando sua máscara do chão e abrindo a porta do carro. 

Sentiu um aperto em seu peito só de pensar na cena, e o fato de ela não atender o telefone quando ele ligou para ela já dentro do carro só piorou sua ansiedade. Ficou esperando pelos outros, que agora encaravam Janessa, porém estava cogitando sair sem eles se demorassem mais. 

— Ele é o seu irmão, mas você sabe que o que ele fez é terrível, então não use como desculpa — Cassy disse, a seriedade em sua voz não combinava com o jeito divertido e feliz da jovem. — Eu não quero lutar contra você, Jane, por isso vou te dar uma chance de vir conosco e deixar ele. 

De onde estava no carro, Tony pôde ver o conflito nos olhos da Crane mais nova. Ele sabia da história deles, sabia que se não fosse por Jeffrey, ela teria sofrido as diversas torturas que o Espantalho provocou em seu filho. Até se conhecerem, Jeff foi tudo o que ela teve e não era algo que iria simplesmente descartar, mesmo que seu irmão fosse um monstro não muito diferente de seu pai. O detetive entendia os motivos dela, porém não doía menos vê-la virar as costas para eles e seguir para o carro dos dois. 

Cassandra estava a ponto de chorar. Escondeu isso lançando um último olhar de ódio para Jeffrey e entrando no carro no banco do carona. Duela e Greg a seguiram, entrando pelo banco de trás. 

Com todos ali, Tony apenas acelerou e seguiu o mais rápido que pôde para seu apartamento. No retrovisor, podia ver a figura de Jeffrey se afastando, e só então conseguiu respirar normalmente. 

Demorou quase meia hora para chegar lá. O detetive pulou para fora antes mesmo do carro parar completamente, fazendo com que batesse na lateral do prédio. Ele correu pelas escadas até encontrar a porta arrombada e sinais de luta dentro do apartamento. Berrou o nome dela enquanto revistava o local, sem resposta, e então notou a janela quebrada. Foi até ela e imediatamente sentiu seu corpo balançar por causa da altura, sua visão ficando levemente turva, mas isso não iria pará-lo. 

Apenas enquanto subia a escada de incêndio percebeu que estava chovendo bastante, o que tornava os degraus mais escorregadios, e isso o fez demorar mais ainda para subir. Parou ao sentir uma mão em suas costas e viu Cassy e Greg bem atrás dele. 

— A gente tá aqui, vai — ela disse de forma a assegurá-lo que não o deixariam cair. Por mais simples que a frase fosse, ele sentiu uma onda de alívio.

Chegando ao terraço, ficou apavorado com a quantidade de sangue no chão, sendo ainda mais espalhado pela chuva. Viu Yuki sentada no chão com o corpo de Shi em seu colo, em sua mão a espada Soultaker, e imediatamente correu até ela, se jogando no chão ao seu lado. 

— Yuki, você está bem? O que houve? — ele moveu o corpo de Shi sem hesitar para poder virar a amiga para si, passando os olhos por seu torso à procura de ferimentos. 

Só quando a sentiu tremer percebeu que ela estava chorando muito e apertava a katana com força. Ele, então, segurou a mão dela e a removeu cuidadosamente da espada, fazendo-a relaxar um pouco mais. A jovem olhou para o rosto dele e se encolheu em seus braços, aceitando o conforto de tê-lo ali. 

— Ele a matou — ela disse entre soluços. — Damian matou a Shi. 

O fato não o surpreendeu, mas ouviu Cassandra praticamente engasgar ao lado deles. 

— Onde ele está? — a Wayne perguntou, com certo nervosismo. 

— Eu não sei — Yuki apertou mais o braço de Tony, como se apenas pensar em Damian a deixasse com raiva. 

— Eu vou procurá-lo. Greg, você e Duela cuidam do corpo da Shi — ela saiu depois que seu namorado assentiu. 

Tony ficou com ela ali por mais alguns segundos, observando Greg levar o corpo da espadachim pelas escadas do prédio. Continuaram abraçados, ignorando a chuva ao redor deles e os sons dos trovões à distância. Quando sentiu que ela parou de tremer, o detetive a segurou em seus braços e entrou com ela para as escadas, a colocando no primeiro degrau que encontrou e ficando na sua frente. 

— Eu sinto muito por tudo Yuki, isso foi tudo culpa minha — ele segurou o rosto dela em ambas as mãos, estava quase chorando só de vê-la naquele estava. — Eu deveria estar com você, deveria saber que o Crane faria algo assim e você quase morreu por minha causa. 

— Tony, — ela segurou uma das mãos dele, o fazendo parar de falar. — Não foi culpa sua, o que houve entre a Shi e eu iria acontecer cedo ou tarde. 

— Crane a levou até você, tudo porque ele sabe que você é a pessoa mais importante pra mim. Porque eu escolhi me aproximar, enquanto deveria ter lidado com os meus problemas há dois anos. 

— Você estava com ele? — ela perguntou, percebendo que o amigo estava tremendo e com a respiração pesada, como geralmente ficava quando tinha ataques de pânico. — Tony, ele fez algo contra você?

— Ele tentou, e quase conseguiu o que queria — o detetive soltou uma risada sem humor, quase de desespero. — Enquanto ele falava, eu quis voltar para ele. Por mais que eu odeie admitir, por anos eu precisei dele para me dizer o que fazer, para me aconselhar, me manter na linha, e isso nunca me incomodou até a morte do Vic. Ele me quebrou de uma forma que eu não acho que vou conseguir consertar. 

Vendo que o amigo estava começando a hiperventilar, Yuki o trouxe para perto e encostou sua testa na dele, olhando para seus olhos castanhos escuros pela primeira vez em muito tempo. Sem a barreira da máscara, ele percebeu o quanto sentia falta da proximidade com alguém daquela forma. 

— Você não está quebrado, nem precisa dele. Somos só humanos, temos o direito de ter fraquezas, mas não podemos desistir por causa dela. 

— Eu considerava ter relacionamentos como uma fraqueza, eles só eram munição para os meus inimigos. Mas, no momento em que ele mencionou você, foi quando percebi que nunca poderia voltar a servir ele — agora, Tony a estava segurando como se fosse a pessoa mais importante do mundo para ele, e nunca mais quisesse deixá-la ir. — Pensei em você e em tudo o que já fez por mim, em como me ajuda a ser melhor a cada dia e está sempre comigo. Foi então que percebi que você, a Cassy, o Greg, são a minha força. 

Apesar de toda a tristeza e raiva que estava sentindo no momento, Yuki sentiu uma grande felicidade ao ver o amigo falando aquilo, depois de tanto tempo se martirizando e se excluindo. Vê-lo dar esse passo enorme para a sua recuperação foi o suficiente para animá-la um pouco. 

— Não ligo para o que pensou antes de recusar a proposta dele, estou orgulhosa de você — Yuki conseguiu dar um leve sorriso e beijou a testa do amigo. — E nunca se esqueça que sempre vou estar ao seu lado.

As palavras da jovem trouxeram um sorriso inesperado para os lábios dele. Quando piscou, algumas lágrimas deslizaram por suas bochechas e ele a abraçou com força. Quando se separaram, ele parou por um tempo, observando o rosto entristecido dela e em como faria de tudo para vê-la sorrir de novo. 

Ele encostou suas testas novamente, dessa vez, abaixando um pouco mais o rosto para que seus narizes se tocassem. Eles ficaram assim por algum tempo, apenas ouvindo a respiração do outro, seus olhos fechados, seus problemas esquecidos por esse período. Tony chegou a pensar que talvez pudesse tornar as coisas estranhas entre eles, mas Yuki segurava seu sobretudo com um aperto que lhe dizia que não queria que ele a soltasse. 

— Não está usando sua máscara — ela sussurrou, e ele quase não ouviu por causa de seu coração batendo tão alto. 

— Me senti no direito de ser um pouco dramático durante o encontro — ele a sentiu dar uma risada e abriu os olhos, voltando a observá-la. 

E ele nunca quis tanto beijar uma pessoa em sua vida. Não precisou de muito para isso, já que ela o encontrou no meio do caminho e uniu seus lábios ao dele em um beijo casto e simples. Ainda que suave, a conexão que eles sentiram com o ato os acalmou consideravelmente, trazendo uma inesperada explosão de satisfação para ambos. 

Não demorou muito e eles se separaram, se encarando um pouco surpresos com a atitude. As bochechas dela começaram a ficar vermelhas e quando ele pensou em se desculpar, ela sorriu. 

— Está tudo bem, acho que precisávamos disso — ela disse, sem desviar o olhar. 

O detetive não conteve o alívio em seu rosto ao ouví-la dizer aquilo. Porém, logo ouviu o som de mastigação e olhou para o lado, onde viu Duela e Greg parados em outro lance de escadas, os observando. 

— Vocês são fofos demais! Façam de novo — Duela continuou comendo o que parecia ser uma barra de cereais enquanto assistia. 

— O que ela tá fazendo fora da prisão? — Yuki perguntou. 

— Soltamos ela — Tony continuou ao receber um olhar da amiga. — Tenho muito o que explicar, eu sei, mas vou te contar tudo. 

— Vocês eram da Black Raven — ela o interrompeu, arqueando uma sobrancelha ao ver a expressão surpresa do Bertinelli. — Sou uma detetive. 

— Certo — ele passou a mão pelo cabelo ainda molhado e olhou na direção dos outros dois. — Vamos para a base do DS, preciso falar com todos. 

Ela assentiu e o seguiu descendo as escadas. No caminho, Greg estendeu a espada na direção dela. Ao vê-la, Yuki pareceu hesitante por alguns segundos, mas a colocou na bainha e seguiu atrás deles.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o capítulo de hoje, pessoal!! Não se esqueçam de comentar aqui ou no tumblr pra eu saber o que estão achando :3



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