Mayday! Mayday!  The ship is slowly sinking,they think I'm crazy, but they don't know the feeling .They're all around me Circling like vultures..... Oh you make everything okay , we are one in the same .Oh you take all of the pain away  save me if I become my demons

Eu detesto levantar cedo... Protestava Perseu em pensamento antes mesmo de abrir os olhos. Então se lembrou de que não somente, levantaria cedo hoje, como também tinha uma missão. Respirou profundamente e antes mesmo de levantar-se deu um murro no colchão fofo que proporcionou uma leve ondulação em suas colchas azuis e levantou-se. Era hoje que ele encontraria a loira.

Perseu levantou e foi direto para chuveiro sem aprestar atenção na bagunça que se encontrava o pequeno apartamento azul – ou o canto da liberdade, como o moreno chamava – totalmente desorganizado devido ás ultimas pesquisas e aquela droga de missão.

A água sempre o acalmou ele jamais soube o porquê disso talvez fosse porque no banho permitia-se divagar sobre o mundo e não manter aparências, ser ele mesmo. Afinal não era uma má pessoa, sim poderia ter o mau dentro de si, mas todos o têm o moreno não acredita ser diferente do restante do mundo.

Mas você os engana Perseu, os controla. Ele quase podia ver sua consciência sussurrar a si mesmo, revirou os olhos consigo e saiu do banho. Hoje talvez a água não o afetasse, ele sabia que seus pensamentos não deixariam de ser nebulosos e difusos, pois conhecia a verdade, toda essa ansiedade era dada pela culpa.

Por um momento ele imaginou se sua mãe o apoiaria em suas decisões, refletiu que tudo o que ele fazia afetava milhões de mães como a dele, o quanto cada passo seu significava para a sociedade.

Contrariando a poucas coisas que sabia sobre a física – e acredite não eram muitas, o moreno simplesmente não era do tipo que aprendia analisando o mundo ao seu redor de forma teórica, ele precisava da prática, desde que pudesse visualizar em seu inconsciente, relacionar com algo que conhecia ele aprenderia – sentiu a gravidade ser mais forte em si, tornando o mais pesado. Deu de ombros consigo mesmo novamente aspirou profundamente. Era o seu momento; showtime.

Rapidamente pensou sobre as características que lera sobre a missão e pensou em seu visual, não que gostasse de fazê-lo, mas percebeu desde as primeiras missões – na qual, por complicações chegou a quase parecer um mendigo com roupas que provocavam ânsia – que as pessoas são mais do que relevantes ao que você está vestindo.

Saia de casa com a roupa de ginástica, o que na opinião do moreno não poderia ser mais libertador, e as pessoas dificultaram qualquer coisa que queira fazer, até mesmo ir a mercado. Contudo, ponha roupas sociais: camisa, sapatos e calças, e estranhamente você pode entrar na bolsa de valores e mexer nas telas sem que ninguém o questione.

Ah, sim Percy sabia disso por experiências passadas...

Após se vestir de forma formal, metodicamente eliminou um a um os documentos e relatórios de pesquisa da missão mantendo se apenas com um caderninho de anotações para os principais pontos. Por ele não seria tão estratégico, porém Quíron foi extremamente claro o quão tudo isso era importante, estava por sua incumbência implantar três ideias:

1.As preservações de algumas regiões

2.O projeto das vacinas e medicamentos

3.Uma modificação estudantil

Somente isso três ideias, três princípios que teriam de convencer o candidato Lewis Lancaster a prosseguir quando ao que tudo indica assumisse a presidência.

É claro que Percy questionara o porque dar a ele essa missão, por um momento (um muito breve) o moreno ofereceu até sua prima, Talia, para cumprir isso e por óbvias considerações, a resposta foi um sonoro não - afinal havia uma alta probabilidade de sua prima, levando em conta sua personalidade, tentasse implantar ideias com o velha conversa com o punho.

Dando um ultimo olhar ao apartamento e com as malas em mãos, Perseu fechou o e seguiu caminho do seu pequeno cantinho da liberdade ao aeroporto.

(...)

—Cara eu não sei porquê de Quíron escolher você.

Percy revirou os olhos perguntando-se o mesmo mentalmente. Além de adicionar ao seu monologo interno o motivo que o fez ligar ao Nico. Às vezes o Di Ângelo era extramente semelhante a si, arriscar se para salvar os outros ir aonde ninguém o quer apenas para que nada saia errado, isso fez com que Di Ângelo se tornar um dos seus melhores amigos, mas em outras ocasiões Nico era um tremendo babaca – ainda mais quando pontuava algo que o próprio Percy estava pensando, ou ao menos é isso que ele acreditava.

Nico, o emo – como Perseu o chamava quando ele não estava por perto – era o complemento do Percy, ou seja, tudo o que ele não era. Calculista, paciente, e não se importava com o que os outros iriam pensar desde que soubesse que estava fazendo o certo – sem dúvida alguma o moreno de olhos pretos e roupas da mesma cor e pele pálida não aparentava isso tudo, mas se Percy tivesse de narrar todas as qualidades (e aventuras) do Nico ficaria o tempo todo somente nisso. Assim Nico e Percy formaram sempre uma boa dupla.

 Nessa manhã, não sabendo ao certo se tudo isso seria bom, Jackson somente chegará ao aeroporto pegará a passagem e sentara-se em um banco onde poderia observar tudo.

 Ele ainda sentia-se culpado; talvez mudasse com toda vida de Annabeth, claro que ele já fizera isso outras vezes, pois quando precisava sua postura profissional sempre assumia, era um controlador afinal, assim como o próprio Nico e sua prima,mas levando em conta tudo que essa garota passara, não parecia correto. Fazia o sentir mais intenso que o normal, levava a mais culpa.

Por isso o Jackson pegará o seu telefone criptografado e ligará para o Di Ângelo, pois só um companheiro de missões compreenderia o outro. Mesmo que não pudesse falar sobre o que estava fazendo tinha a vaga ideia de que Nico já sabia.

— Obviamente isso significa que eu posso – mentiu.

—Não. — contrario o outro moreno no final da linha - isso significa que o velho está sem opções. Sabe que Grover vai ficar furioso com você se não conseguir e...

—E você sabe que não podemos falar sobre isso, muito em menos em telefone, então calado Di Ângelo.

—Uau TPM Jackson? – bufou Nico ao telefone, Perseu quase poderia dizer que o via revirar os olhos do outro lado - Até você. Já não basta eu ter de aturar o meu marido dando chilique e minha esposa grávida?

Percy riu, o Di Ângelo era o único maluco o suficiente que ele conhecia que não tinha apenas um cônjuge, mas sim dois. Dessa forma os três juntos literalmente formam um “tricasal” já que Nico é casado com a sua prima Tália e mais seu outro companheiro Will Solace. Percy perdeu a conta de quantas vezes questionou-se como era o cotidiano deles, mas podia ver a irradiação de felicidade em todos os três, o que era mais do que suficiente para sanar suas dúvidas.

—Você que disse sim Nico, o nome disso é escolhas.

— Sim eu sei, e estou muito feliz!

Foi à vez de Percy bufar, Nico só podia ser bipolar, mas mesmo que não fosse um consolo ao qual Perseu procurava , conseguiu fazer o que a água não conseguirá essa manhã: esquecer. Nico foi o suficiente para distraí-lo da ansiedade, para sumir com a culpa, com tudo aquilo, um objetivo cumprido.

Ao longe ele observou à loira, parecia bastante ansiosa andando de um lado para o outro até finalmente parar em uma lanchonete e pegar um sundae de morango. Imediatamente, a loira relaxou suas feições ficando na opinião de Percy ainda mais bonita.

Então se esquecendo de Nico, Percy so fechou o aparelho e a visualizou melhor, de roupas folgadas composta de saia e uma blusa branca simples, com um rabo de cavalo. Annabeth e seus olhos de tempestade pareciam uma preciosidade. Perseu sentiu como se a loira soubesse um segredo e o escondesse dele, olhos certamente intimidantes para a maioria das pessoas, mas não para ele.

Era aquele olhar, era por esse, que Perseu definitivamente iria para missão. Por mais que se imaginasse maquiavélico com os fins justificando os meios ele precisava acreditar que pessoas assim mereciam o esforço, que seria diferente.

 Pelo bem da sua sanidade ele acreditaria que Annabeth Chase é diferente que ela poderia ser forte, não podia?