P.O.V. Cassie.

Ele é incrível, é o cara mais perfeito e incrível do mundo. Ele é cavalheiro e não tem medo de mim. Mas, imagino que quando ele souber que sou filha do meu pai isso vá mudar e muito.

—Cassie?

Me assustei e deixei os livros caírem.

—Oi.

Me ajoelhei para pegar os livros e ele como um cavalheiro me ajudou.

—Desculpe. Eu não queria assustar você.

—Tudo bem. Isso acontece muito.

—Porque?

—Porque eu me distraio com muita facilidade e a minha mente divaga.

—Sei. Você não precisa se preocupar seu segredo tá seguro comigo.

—Segredo? Que segredo?

—Seu pai. Eu não tenho medo de você Cassie.

—Mas, dele você terá. Ele é o triplo do seu tamanho em todos os aspectos.

—Eu não terei medo. 

—A sua reputação o precede. Se as pessoas souberem eu não vou ser mais a Cassie, vou ser a filha do Deus do trovão e da astrofísica mais famosa do mundo. Vou ser a herdeira do Trono de Asgard.

—Você sempre vai ser a Cassie pra mim.

P.O.V. Adam.

Assim que eu disse que ela sempre seria apenas a Cassie pra mim ela abriu um sorriso tão lindo e tão brilhante que ofuscaria qualquer estrela.

—Você é real?

—Como assim eu sou real?

—Você é bom demais para ser de verdade. 

—Digo o mesmo sobre você.

O sorriso ficou maior.

—O sinal vai bater. Vamos rápido.

Ela me puxou e eu me deixei ser arrastado. Ela sentou, abriu os livros e colocou as mãos nos ouvidos tapando eles e fez isso numa velocidade impressionante. Alguns segundos depois o sinal bateu.

—Bem na hora. 

A turma entrou como uma boiada e a professora veio atrás.

—Hoje vamos estudar o amor. A poesia de William Shakespeare.

—Ele não era o que vocês pensam. Ele era um recluso, tinha delírios, hoje ele seria classificado como esquisito e seria diagnosticado com agorafobia e esquizofrenia.

—Morgana! Fica quieta.

—Vai me dizer que você o conhecia senhorita?

—Eu não. O namorado da nossa tia.

—Fica quieta Morgana. 

—E o namorado da sua tia viveu 150 anos?

—Não! Ele viveu mil.

Cassie falou numa língua que ninguém entendia. E parecia irritada.

Incrivelmente Morgana respondeu na mesma língua. Imaginei ser asgardiano.

—Meninas. Meninas!

—O que?

—Vocês tem uma língua secreta de gêmeas?

—Não. Discutimos usando uma língua morta ou uma que ninguém daqui jamais vai saber falar.

—Ninguém daqui?

—É.

—Deixa a professora dar a aula Morgana.

—Quando tio Elijah ensina é bem mais divertido.

—Claro. Ele sabe coisas que nenhuma pessoa viva jamais saberia.

—Eu sei.

—Se nenhuma pessoa jamais saberia como ele pode saber?

—Porque ele já está morto a séculos.

—Espera, esse seu tio é Elijah Mikaelson?! Um original?

—É. Ele é namorado da nossa tia, ela é a última descendente viva de Amara Petrova.

—Ela é uma cópia?

—É. Mas, elas preferem duplicata.

—Cópias? Original?

—Vai me dizer que conhecem os primeiros imortais do mundo?

—Claro.

—São parentes?

—Não! Ela é nossa tia de consideração.

—Como Sif.

—Sim.

Uma das alunas se entrometeu.

—Sif? A Asgardiana?

—Sim.

—Vocês são filhas do Thor!

—Somos. Valeu mesmo Adam! Você prometeu!

—Desculpe. Saiu sem querer.

—Odinson. Filho de Odin.

—Sim. E Mikaelson, filho de Mikael. Não existiam sobrenomes na antiguidade.

—É eles moravam em vilarejos todo mundo conhecia todo mundo.