W's escrita por Luana Almeida


Capítulo 5
Visão


Notas iniciais do capítulo

Me contem o que estão achando!



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—Não é uma fuga se eu sou de maior – revirei os olhos.

—É uma fuga se você não avisa seu padastro – Bobby encostou no caixilho da porta.

—Eu não preciso explicar porque saí de lá – fitei o chão.

 

Levantei o olhos para olhar Bobby que soltou um ‘’filho da mãe’’, para ele mesmo.

 

—Vou fazer o almoço – me abaixei para pegar uma panela no balcão.

 

Dean e Sam pareceram perdidos e quando o assuntou encerrou eles voltaram a folhear os livros que estavam em cima da mesa.

 

Tentei fazer tudo o mais rápido que pude. Sam me deixou sozinha com Dean quando foi atender um telefonema e claro ele não perdeu a oportunidade de me interrogar sobre seu pai e deixar quase que claro que eu tinha a culpa.

 

—Olha, eu não tenho culpa se o seu pai preferia estar comigo – caminhei até a mesa onde ele estava e o olhei – Eu sei que você o rastreava, você mantinha o GPS nele o tempo inteiro, mas ele sempre desligava não é mesmo? Sabe porquê? - apoiei as mãos sobre a mesa e inclinei sobre ela – Ele queria proteger você e seu irmão, porque havia uma legião de demônios atrás do Winchester pai e provavelmente foi essa a causa da morte dele – desabafei, Jhon havia me feito prometer não contar isso.

 

Ele ficou me olhando e qualquer coisa que fosse dizer ficou parado em sua garganta, ele baixou os olhos para mesa e me assustou quando levantou subitamente e saiu da cozinha quase levando o caixilho da porta no ombro.

 

Voltei a cozinhar com um certo Q de culpa na cabeça por falar o que não devia, mas estava irritada demais com Dean me cobrando uma dívida que não era minha.

 

—Vocês podem comer se quiserem – anunciei indo até a sala.

—Precisamos conversar depois sobre o caso – Sam falou se levantando.

—Claro – sorri.

 

Todos sentamos a mesa, menos Dean que havia cantado pneus do pátio com seu velho Impala 67. O almoço foi acompanhado de conversas sobre os vampiros naquela região e a morte de minha mãe em termos de iml.

 

Sam anunciou que lavaria a louça por eu já ter feito o almoço e eu resolvi subir ao meu quarto e me instalar. Enquanto subia as escadas decidi não segurar no corrimão porque o pó poderia me engolir, e pensei que a casa de Bobby estava sempre muito suja.

 

Já no quarto sentei na cama pensando em o quanto subir as escadas me fizera perder o ar, talvez fosse um pouco de gripe, mas o fato de ser totalmente sedentária poderia explicar melhor. O chão embaralhou me fazendo piscar várias vezes até tudo rodar e eu desmaiar.

 

—Oi – Castiel apareceu em minha frente assim que abri os olhos -Como se sente? - ele perguntou me ajudando a sentar.

—Normal – agradeci por não ter me machucado, minha testa ainda doía de ontem.

—Teve uma visão? - ele se sentou ao meu lado.

—Um homem, na frente dos meninos e depois ele levou um tiro na cabeça – respirei fundo lembrando de todo o sangue que vi.

—Você tem um arcanjo que a protege, mas com esses problemas que estão tendo no céu eu não sei se ele te dará tanta assistência – ele olhava para o nada.

—É estranho essas coisas que me conta – o olhei.

—É o que você é, é uma escolhida do senhor – ele não retribuiu o olhar.

—Claro – meus argumentos sobre aquela existência rodaram minha cabeça, mas havia um anjo em minha frente, não tinha como discutir.

—Ela não vai – ouvi Dean falar da cozinha.

—Ela vai sim Dean, eu não vou sair desse jeito – Sam respondeu baixo.

—O que foi? - perguntei descendo as escadas e olhando para trás me certificando se Castiel ainda estava lá.

—Você vai com Dean ao ninho, eu não posso ir – Sam não me olhou, mas olhava fixo sua mão.

—Tudo bem – não deixei minha animação transparecer.

—Pegue seu casaco – Dean me olhou – E sua arma.

—Não trouxe minha arma – aquilo parecia um pouco idiota – Gilliard – respondi antes da bronca de Bobby.

—Use qualquer uma dos meninos – Bobby caminhou até onde eu estava – E por favor tome cuidado querida.

 

Sorri e o abracei. Bobby também era uma figura de pai para mim. Passava os verões na casa dele o ajudando com os carros e jogando baseball antes de irmos lanchar em qualquer lanchonete. Minha mãe sempre estava ocupada com tantos casos que tinha que resolver, ela era uma advogada e tanto, e eu queria seguir seu caminho quando era mais nova, mas depois descobri o quão chato aquilo era quando dei uma olhada nos livros que tínhamos em casa.

 


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