O Amaldiçoado escrita por Nath TE


Capítulo 2
Olhos dourados


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo um , espero que gostem!

Estou realmente muito feliz em estar ecrevendo essa historia, é algo que venho sonhando em postar a um tempo.



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Capitulo Um: Olhos dourados

 

Estados Unidos 2010

 

Bella PoV

 

 

É quem diria que eu voltaria a essa pequena e pacata cidadezinha. Nunca gostei muito do clima daqui, é muito depressivo... Mas eu não podia prender mais minha mãe em casa, ela tinha de ser livre de seguir viagem com o Phil. Ela ia ficar feliz, mesmo que à custa de minhas preferências. Em compensação eu teria a companhia de meu pai. Eu sentia falta do jeito calado e quieto dele, combina muito com o meu jeito. Diferentemente de minha mãe, aquele ser feliz e saltitante, que eu tinha o prazer de chamar de mãe.

 

Com esses pensamentos nem vi que o avião acabava de pousar no pequeno aeroporto de Seattle, só percebi quando vi meu parceiro de vôo levantar e pegar sua bagagem de mão. Então fiz o mesmo, só que bem devagar e com cuidado para não acontecer nenhum desastre.

 

Sem pressa sai do avião, cumprimentando as aeromoças que pareciam ter dor só de sorrir. Credo, não queria ter uma profissão como essa, sorrir o dia inteiro deve fazer mal à pessoa.

 

Com a minha mochila no ombro fui à esteira em que se esperam as malas, não demorou muito até. Peguei as minhas duas malas, onde consegui colocar todas as minhas coisas e segui para o lobby do aeroporto.

 

Sem muita dificuldade reconheci Charlie, meu pai, parado perto do cafezinho que ficava no meio do lobby. Sorri carinhosa para ele. Ele estava mais velho do que da última vez que o vi, mas não tão diferente. Continuava com os mesmos cabelos escuros, só que um pouco grisalhos, o bigode bem feito, os olhos castanhos que puxei dele, o mesmo ar sério e compenetrado.

 

Quando me viu, um sorriso bonito surgiu em seus lábios, e ele abriu seus braços para me receber, o que prontamente o fiz, abraçando-o quando cheguei próximo o suficiente, esse reencontro não precisou de palavras ele já expressava por si só. Quando o larguei vi um pequeno tom rosado em suas bochechas, ele era como eu, não era muito adepto a demonstrações publicas ou a ser o centro das atenções.

 

- Bells, que bom que voltou! – sua voz grossa e paternal me encheu de carinho pelo homem a minha frente.

 

- É bom voltar também! - respondi com o máximo de sinceridade que pude colocar na voz, era bom estar aqui com ele, mas de nada me agradava à cidade.

 

Depois desse pequeno diálogo fomos pra a viatura dele e nos colocamos o pé na estrada para irmos para casa. A viajem durou um pouco mais de uma hora, acabei dormindo nesse tempo, a viajem foi realmente cansativa.

 

Quando acordei me vi na pequena e única rua principal da cidade de Forks minha cidade natal, vi o mercadinho, o posto, a pequena lanchonete que eu pai me levava muito para comer quando pequena, a delegacia de policia que ele trabalhava e as ruas que seguiam para as casas.

 

Logo estávamos virando na ruazinha que ele sempre viveu e paramos em frente à pequena casa de dois andares, ela continuava a mesma. Em frente à garagem tinha uma velha picape vermelha, quem será que estava em casa?

 

- Se você não importa, eu tomei a liberdade de comprar um carro para você, gostou? – meu pai falou, apontando a picape que eu olhava intrigada.

 

- Oh! Muito obrigada pai! – sorri para ele, adorei o presente de boas vindas dele. – Não foi muito caro, foi?

 

- Não, Bells. Comprei de um amigo meu de La Push, o Billy. - respondeu, revirando seus olhos para a minha preocupação.

 

- Ah! – fingi lembrar quem ele falava, e pelo visto ele acreditou nessa minha pequena mentira.

 

- Bells! Irei pedir uma pizza para o nosso jantar e ai você vai dormir que amanha terá seu primeiro dia de aula.

 

- Certo.

 

 

Até que não é difícil de achar a escola, Forks High School, era bem pequena, tinha só uns três prédios antigos e muita mata em volta e o estacionamento médio. Já até conseguia ver as pessoas parando e cochichando sobre a chegada da filha do chefe Swan. Ao menos não teria problemas quanto ao carro velho, todos tinham um na mesma condição, não que eu ligasse para carros, eu ligava para a atenção que receberia por esse fato.

 

Estacionei meu carro próximo a um Volvo prata, nossa, tem gente rica morando aqui?

 

Dei de ombros e desliguei a picape descendo dela com cuidado para não escorregar no asfalto molhado, ajeitei a mochila em meus ombros e comecei a me dirigir a secretaria da Escola, quando fui abordada por duas meninas.

 

Uma tinha longos cabelos castanhos claros ondulados cujas pontas tinhas pequenos e lindos cachos, ela tinha um corpo bonito e cheio de curvas, rosto bonito e delicado, que tinha um sorriso cordial em seus lábios cheios, seus olhos castanhos brilhavam para mim, medindo mais ou menos 1, 65. A outra tinha a mesma altura, cabelos pretos e cortados um pouco abaixo de seu ombro, olhos pretos, um sorriso envergonhado e também hospitaleiro, usava óculos e tinha traços delicados, o corpo também era bonito, mas suas curvas eram menos acentuadas.

 

- Olá! Sou Sophia Lwins e esta é Ângela Webber. – falou a castanha, apresentando a si e a outra. – Bem vinda a Forks HS, você deve ser Isabella, não é? – falou simpática.

 

- Sim, sou eu. Prazer... Mas por favor, me chamem só de Bella. – falei, elas parecem garotas legais.

 

- Quer ajuda para encontrar sua sala? – perguntou Ângela timidamente.

 

- Eu preciso, na verdade, ir a Secretaria.

 

- Nós te acompanhamos! – falou, alegremente, a garota Sophia.

 

- Obrigada.

 

Fui para a tal secretaria com as duas conversando comigo, realmente elas eram garotas legais.

 

Assim meu dia começou, descobri que eu tinha muitas aulas em comum com as duas e eu fiquei feliz com isso.

 

Durante o caminho das aulas conversávamos bastante sobre muitos assuntos e foi muito legal fazer umas amizades tão rápido assim. Logo descobri que Sophia era uma garota agitada e adorava brincar e rir, já Ângela era uma garota mais quieta e tímida, muito doce e adorável. Mas as duas eram maravilhosas amigas.

 

Nem percebi que já estava na hora do intervalo, e as duas me guiaram até o refeitório, pegamos nossas comidas e os sentamos em uma mesa em que estavam sentadas algumas pessoas.

 

- Povo, essa é a Bella, Bella esse é o povo! – “apresentou” Sophia.

 

- Olá Bella! – alguns deles falaram, enquanto outros apenas acenavam com a cabeça.

 

 - Olá. – respondi, apenas, e me sentei, entre Ângela e Sophia.

 

E foi só isso acontecer que vieram varias perguntas para cima de mim, não me dando tempo de comer.

 

- Hey! Deixem-na comer! – falou Ângela e eles cessaram o falatório me deixando respirar.

 

Agradeci baixinho para minha nova amiga e comecei a comer. E foi ai que os vi, os cinco seres maravilhosos, entrarem no refeitório, dois casais e um solteiro. Eles não pareciam reais, quero dizer, eles eram reais, mas ao mesmo tempo não pareciam ser.

 

Uma era loira, de copo escultural e de uma beleza que jurava ser impossível, tinha a pele pálida e possuía olhos dourados. Ela andava agarrada no braço de um grandalhão, musculoso, muito bonito também, cabelos pretos e curtos e um sorriso brincalhão em seus lábios e olhos dourados.

 

A outra era baixinha de cabelos negros, curtos e repicados para todas as direções, sua beleza era mais delicada e juvenil fazendo sua expressão lembrar-me uma fada, seus olhos também eram dourados, ela vinha agarrada um loiro com expressão de dor, ele era bonito como os outros, um pouco mais baixo que o grandalhão e um pouco menos musculoso que ele, seus traços eram severos lembrando-me um guerreiro, seus olhos igualmente dourados.

E por ultimo o mais bonito de todos, em minha opinião, seus cabelos tinha uma cor diferente de bronze, pele pálida como a dos outros, e a beleza inumana, seus traços eram angulosos e perfeitos, dando-lhe um ar aristocrático, os cabelos incrivelmente desarrumados, os olhos dourados como ouro liquido e brilhante, tão belos e misteriosos.

 

- Quem são eles? –perguntei curiosa à Ang.

 

- Os Cullen e os Hale. – respondeu-me Jessica, uma garota faladeira da minha aula de Literatura.

 

- Ah!

 

- Eles foram adotados pelo Dr.Cullen e sua esposa. - explicou Sophia.

 

- Hum... – olhei para a mesa afastada em que eles se sentaram, e me surpreendi ao ver os olhos de ouro liquido me fintando com curiosidade e um pouco de frustração.

 

Nossos olhos se encontraram e eu fiquei presa no mar dourado, era como se um imã me puxasse para o fundo daquele misterioso e encantador dourado. Deu-me uma vontade irracional de levantar e alcançar o dono dos olhos, não sei para o que realmente, mas eu precisava de alguma forma chegar lá.

 

- Bella! – chamou Sophia, e eu acordei do transe que me encontrava, olhando para os olhos do bronzeado. – Sabia que é feio encarar as pessoas? – riu ela.

 

- Quem é ele? – perguntei a ela, ignorando sua fala.

 

- Ele quem? O loiro com cara de bunda, o armário ambulante, ou o Sr. Topetudo que você encarava sem pudor?

 

Todos no refeitório escutaram uma risada estrondosa por todo o recinto, e que fez até o meu refrigerante tremer dentro do copo. Eu me virei assustada para a mesa dos tais e vi que era o grandalhão quem ria de uma piada que alguém contou lá.

 

- Que tal me falar quem são cada um?

 

- Bom... Até as meninas? - perguntou e eu acenei que sim. – Bom o loiro com cara de bunda é o Jasper Hale, ele parece ser um cara legal, mas ta sempre com essa cara. O armário ambulante é o Emmett Cullen, ele da medo, mas parece que é o mais divertido lá. O Sr. Topetudo que você encarou sem pudor é o Edward Cullen, ele é sabichão. A loira fodona é a Rosálie Hale, ela tem cara de má, mas acho que ela é legal. E por fim a baixinha ali é a Alice Cullen, ela me lembra uma fada. – discursou Sophia, com um sorriso divertido nos lábios.

 

- Ah! Nomes diferentes...

 

- Também acho, mas seja lá quem deu estes nomes possui um bom gosto, eles são lindos - falou Ang.

 

O sinal bateu nessa hora e nos três levantamos para irmos as nossas aulas, dessa vez eu iria ficar sozinha na sala de Biologia.

 

Despedi-me delas assim que cheguei à porta e elas seguiram o resto do corredor, me dirigi ao professor e ele me indicou a única carteira vaga, que era ao lado de ninguém mais ninguém menos que Edward Culllen, o dono dos olhos dourados.

 

Senti minhas bochechas fiarem quentes quando me sentava na cadeira ao lado da dele. Assim que sentei, escutei um ofego desesperado e automaticamente me virei para onde eu escutei o barulho me dando de cara com Edward prendendo a respiração e seus olhos me encarando com fúria, eu só não sabia de quem e por que. Mas parecia que era direcionada para mim.

 

- Desculpe-me, mas o que eu fiz para você? – perguntei, na lata, para ele.

 

A raiva em seus olhos foi substituída por espanto, depois por curiosidade e frustração e por fim a culpa.

 

- Nada, você não fez nada. - respondeu, sua voz era macia e aveludada, seu tom era de desculpa.

 

- É que parecia que estava com raiva de mim. – falei quietamente, baixando meus olhos para o tampo da mesa.

 

- Na verdade, era raiva de mim, desculpe-me se a assustei. – falou claramente se desculpando. Agora não entendi...

 

- Ah... E por que está com raiva de você? – minha curiosidade foi mais alta, e de vergonha continuei encarando o tampo da mesa.

 

- Isso já é só meu. – encerrou a conversa, bruscamente, mas sem deixar de ser educado.

 

O resto da aula não se dirigiu mais a mim, me forcei ao máximo para prestar atenção no professor, mas vez ou outra com o conto do olho via a postura tensa e defensiva que Edward havia tomado, ele segurava com força o canto da mesa, mas seu rosto mostrava serenidade e compenetração, tão contraditório, tão bonito...

 

Para de pensar nisso Isabella Marie Swan! Saber o que é uma planaria é mais importante que o que esse garoto quis dizer ou não com isso! Não é da sua conta o que se passa com ele, poxa!

 

Sem mesmo eu notar o sinal bateu e Edward foi o primeiro a sair da sala, eu limitei-me a suspirar e pegar meu material com calma queria fazer a maior hora possível, já que a minha próxima aula seria Educação Física, a aula que mais odiava em toda a minha grade curricular.

 

E assim, cheia de duvidadas e suposições na cabeça me dirigi ao meu suplicio.


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Notas finais do capítulo

N/B: Nada de estranho, não é? NÃO, ERRADO! xD Sophia! Personagem original... hahaha eu sei qual a importância dela, vocês não sabem! =P A Nath nos fisga pelos detalhes... atenção sempre com essa fic! N/A: Bom, eu realmente quero muito saber o que acham, sabe?

se devo ou não contnua-la... Mas de qualquer forma irei postando... xD

bjss e até o proximo cap!



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