Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 35
Sonhe comigo! – parte II


Notas iniciais do capítulo

Como o prometido, estou de volta com a parte II do capítulo que postei ontem ;-)



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Sam olhou para seu irmão, dizendo que a situação não estava nada boa, quando escutou o barulho de carro freando, e o celular caindo ao chão.
— Anda rápido, alguma coisa aconteceu.
Dean sentiu seu sangue gelar nas veias, e acelerou tudo o que podia o carro. Ele não queria saber de regras, queria ver a sua Prue. Ao chegar na rua do motel, Dean parou o carro de qualquer jeito, e correu em direção a Prue.
— O que aconteceu? – ele perguntou as poucas pessoas que estavam por lá.
— Eu já liguei para ambulância. – o homem que dirigia o carro, falou. – Ela atravessou a rua do nada.
— Eu não posso dormir... – Prue falou baixinho. – É o cara do bar.
— Eu fico com ela, você volte a polícia e veja se acha alguma coisa daquele filho da mãe. – Dean disse nervoso, jogando as chaves do impala para o irmão.
***
Dean andava de um lado para o outro, no hospital. Ele estava completamente preocupado com a possibilidade de que alguma coisa séria pudesse acontecer a Prue. Foi justamente ali, naquele momento de incerteza, que sua ficha caiu. Só ali, Dean começou a entender o que seu irmão e a Prue sentiam em relação ao que aconteceria com ele em dois meses. Era uma sensação assustadora e impotente de não conseguir fazer nada para evitar o pior.
— Sammy, porque não me liga, falando que achou alguma coisa. – olhou pela quinta vez para seu celular. Então finalmente, Sam ligou para o irmão. – Me diz que você achou alguma coisa?
— Como ela está?
— Mal.
— Dean... Eu estou indo para aí.
Mal desligou seu celular, e uma enfermeira se aproximou. A enfermeira perguntou se ele se chamava Dean, porque a Prue a estava chamando por ele.
— Eu posso vê-la?
— Claro. – ela sorriu, o levando até o CTI. – Ela está delirando, o que é muito estranho nesses casos. Vou deixar você sozinho com ela, qualquer coisa me chama. – saiu do quarto.
— Essa é a minha garota!
— Dean...
— Estou aqui! – ele sorriu. – Continue assim, não durma de vez! Vamos consegui te tirar dessa.
— Eu...
Dean percebeu que ela tinha parado de delirar, e que isso só poderia significar o pior. Ele saiu do quarto para ligar para seu irmão, quando o encontrou no hospital.
— E aí?
— Ela estava delirando enquanto dormia, agora não está mais. – Dean falou preocupado. – Achou alguma coisa?
— Sim. Projecção nos sonhos
— Projecção nos sonhos?
— Sim. É isso que o Berman o cara do bar, está pesquisando no laboratório. A habilidade de se projetar nos sonhos de outra pessoa.
— Nos sonhos das mulheres matando-as?
— Não são nos sonhos de qualquer mulher. São nas mulheres que o rejeitam. – Sam falou. – Como a ex-namorada dele. Ela se separou dele, enquanto eles estavam indo para um sitio. Eles tiveram um acidente e é por isso que ele está paralisado. No dia seguinte depois ele ir trabalhar no laboratório, ela morreu misteriosamente. Seis meses depois, mais duas mulheres morrem esmagadas ao dormir.
— E a Prue rejeitou o cara! Maravilha! – Dean travou o maxilar.
— Ela é a próxima vítima. – Sam falou igualmente preocupado.
— A Prue está correndo perigo e como vamos ajudá-la?
— Ou entramos no sonho dela, ou tentamos fazê-la usar seus poderes e acordar. – Sam disse. – Ou podemos ligar para as irmãs dela e pedir ajuda. Alguém tem que entrar no sonho dela para ajudá-la.
— Eu entro no sonho dela, e você vai atrás desse maluco! – Dean disse, ligando para as Halliwell.
Piper e Phoebe estavam muito preocupadas com o que tinha acontecido a irmã mais nova. Elas concordaram que alguém teria que entrar no sonho e salvá-la, mas que isso poderia ser muito perigoso.
— Então vocês acham que podem levá-lo para dentro do sonho dela? – Sam perguntou.
— Acho que podemos com os poderes de nós duas. – Piper disse.
— Tem certeza que quer fazer isso?! Pode ser perigoso ter duas pessoas no sonho dela. – Phoebe disse.
— É o único jeito de fazer isso. – Dean olhou para sua garota deitada naquela cama de hospital.
***
No sonho, Berman levou Prue para o terraço de um prédio muito alto.
— Como eu cheguei aqui? Eu não estou...
— Dormindo? – o homem disse irônico. – Na verdade está inconsciente, você estava com tanto sono que acabou sendo atropelada. Uma coisa terrível. – ela pegou seu celular, discando o número do Dean. – Falando em dor, você realmente me magoou ontem à noite. E não apenas os meus sentimentos.
— Sofra!
— Estamos definitivamente fora do alcance. – tirou o celular de suas mãos. – Quer um pouco de vinho com a sua morte?
O homem começou a empurrar a cama, e Prue começou a gritar. Como se isso fosse dar algum resultado, ela estava completamente sozinha, seus poderes não funcionavam e não tinha forças para lutar. Seu corpo todo doía, e ela só conseguia pensar no Dean.
— Você gostou do vestido?
Foi então que Prue percebeu que estava com um vestido preto de festas, e que não estava mais em uma cama de hospital. E sim em pé de frente para o homem, mas por algum motivo não conseguia correr.
— Já usei melhores.
O homem a forçou a dançar, e ela só desejava que alguém pudesse ajudá-la, ou caso contrário estaria perdida. Foi quando olhou para uma porta, e viu Dean. No primeiro momento ela não pode acreditar, mas depois se convenceu que ele realmente estava em seu sonho. Mas como?!
— Dean?!
— Seu namoradinho, não pode te ajudar. – o homem a virou. – Ora... ora veja se não é o príncipe que veio ajudar a donzela em perigo. – ele riu.
— Prue não desista, lute... se concentre... você consegue. – Dean falou. – Use o teu poder.
— Eu não consigo, não tenho controle sobre mim.
— Tadinha...
— Larga ela. Acabou... Fim de jogo pra você cara.
Dean foi com tudo pra cima dele, e começaram a lutar. Prue estava aflita, vendo aquela briga toda e tinha total certeza que suas irmãs estavam envolvidas, com o de Dean estar no seu sono. Ele conseguiu vencer a briga e o homem maluco acabou caindo do prédio.
— Você está bem? – Dean correu em sua direção.
— Estou, obrigada. – Prue o abraçou.
— Está tudo bem agora. – a beijou.
***
Dean estava aflito, andando de um lado para o outro no quarto. Prue ainda não tinha acordado, e isso estava lhe deixando louco.
— Porque ela não acorda?
— Talvez seja pelo acidente. – Sam disse.
— Pode ser. – Piper disse olhando para sua irmã.
— Não. – Dean olhou para sua bruxinha. – Eu acho que...
— Você não está pensando que a minha irmã não quer mais acordar, pelo o que vai te acontecer, não é?! – Phoebe perguntou realmente surpresa.
— Faz sentido. Ela...
— Eu concordo. – Piper olhou se encostou a uma das paredes do quarto. – Pode ser um jeito que ela encontrou para não sofrer, sabendo que você vai para o inferno.
— Mas não podemos deixá-la assim. Ela tem que acordar. Eu não quero ir sabendo que...
Dean não terminou a frase e saiu do quarto. Ele queria voltar no sonho da Prue e fazê-la acordar. Ele não poderia ir para o inferno sabendo que a sua bruxinha estava em coma em um hospital. Durante um excesso de raiva, Dean socou a parede do lado de fora do hospital.
— Cuidado para não quebrar a mão. – Sam se aproximou do irmão.
— Ela tem que acordar, nem que eu volte aos sonhos dela.
— Dean! Ela vai acordar.
— Eu estou com medo, Sammy. Medo de tudo isso que está acontecendo, e da Prue não voltar a acordar.
Sam olhou surpreso para seu irmão. Ele sabia que o Dean estava apavorado com tudo o que estava para acontecer, mas nunca imaginou que ele fosse se abrir daquela forma. Mas uma vez, Prue tinha conseguido expor um lado de Dean, sem ao menos estar presente.
Passaram-se dois dias, e nada da Prue acordar. Dean se recusava sair do lado dela e desejava que ela acordasse logo. Ele não queria terminar seus dias, vendo sua bruxinha em uma cama de hospital.
— Dean... – sentiu alguém lhe apertando a mão.
— Graças a Deus! – beijou-lhe a testa.
— Ela acordou. – Piper sorriu. – Você está bem?!
— Acho que sim. – Prue disse com voz arrastada.
— Vou deixar vocês sozinhas. – Dean saiu do quarto.
Prue pediu que suas irmãs chamassem o Dean. Quando Dean entrou naquele quarto de hospital, foi recebido com um sorriso aberto de Prue.
— Obrigada por me ajudar.
— Você se lembra? – Dean sentou-se ao lado dela.
— Vagamente. Só me lembro de ter sonhando com você. O que aconteceu?
— Você quer dizer depois do cara maluco tentando te matar?
— É. Como conseguiu me salvar? – Prue segurou uma das mãos de Dean.
— Isso não é importante. O que importa é que você está bem. – ele sorriu.
***
São Francisco – Califórnia
Prue levou alta três dias depois que acordou, e suas irmãs acharam melhor que ela voltasse para casa. Ela de início se recusou a ir para casa, ela só pensava em conseguir salvar Dean do pacto. Mas foi convencida justamente por ele, que ela deveria se recuperar.
Apesar de estar em casa, Prue tornou a olhar o livro das sombras na esperança que algo acontecesse, e uma página com a solução para a pacto do Dean, aparecesse do nada. E seus únicos pensamentos eram “Não queria lembrar que o Dean estava com os dias contados, me sinto tão impotente por não poder ajudá-lo! ”
— Oi! – sorriu ao ver Dean entrar em seu quarto. – Onde esteve?
— Conversando com o seu ex.
— Porque estava conversando com o Mark?!
Dean a olhou e então sentou-se ao seu lado na cama.
— Pedi para que ele cuidasse de você.
— Você o que?! – ela perguntou surpresa. – Você contou a ele que...
— Não. Só falei que ia morrer em breve e...
— Você não tinha o direito de fazer. – Prue esbravejou. – Sabe?! Não sou um objeto que você sai por aí entregado para outra pessoa! Eu não quero nada com o Mark, tanto que ele é ex!
— Eu só quero que tenha uma vida! Isso tudo não para você, só quero que tenha mais que isso!
— Acontece Dean, que você se esqueceu de um pequeno detalhe! Eu sou uma bruxa, e as coisas vem atrás de mim! – se aproximou da porta. – Sabe, eu só queria que você parece de tentar me fazer não sofrer, porque isso não vai acontecer! Poxa, estou prestes a perder o cara que eu amo e você não quer que eu sofra?! Sinto muito, mas não vai dar.
— Não diz isso!
— Dean, estou cansada. Do que me adianta se uma Halliwell, se eu não posso te ajudar com meus poderes.
— Não se sinta assim, a culpa...
— Não se atreva a dizer que a culpa é sua! – Prue alterou seu tom de voz.
— Deus! Como você é teimosa. – Dean se aproximou.
— Do mesmo jeito que você! – ela sustentou seu olhar.
Dean se afastou ainda a olhando com desejo e paixão. Então, Prue tocou aqueles lábios que diziam e faziam coisas que a deixavam completamente louca. Eles estavam deitados agarrados, conversando sobre coisas que não os remetiam ao que estava para acontecer em uma semana. Era como se ali naquele pequeno casulo, Dean não iria ir para o inferno, e nem Prue era uma bruxa do clã Halliwell. Mas isso era tudo imaginação, para tornar a realidade um pouco mais suportável, se é que fosse possível.
Prue adormeceu desejando que ao abrir os olhos no dia seguinte, tudo isso que ela tinha vivido até ali, fosse apenas um sonho.


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