Violetta - O Recomeço escrita por Clarinesinha


Capítulo 25
Capítulo 12 - Regresso Comprometido


Notas iniciais do capítulo

Dedico este capítulo a todas que leem, e comentam e favoritam.
Agradeço do fundo do coração á minha miúda linda e sósia de coração a recomendação...és linda.
Espero que gostem, atenção que a próxima parte do capítulo ainda não está escrito e pode demorar um tempo...



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Quando Angie olha para trás vê Ludmila e atrás dela: Francesca, Diego, Maxi, Naty, Camila, Broduei e Andrés…todos olham para ela, mas apenas Ludmila se senta junto a ela. Angie abraça-a, mas não consegue dizer nem uma palavra, deixa-se estar apenas naquele abraço. De repente aparece Pablo, Francesca ligara-lhe, estavam perto do Estúdio e ela sabia que se havia alguém que podia ajudar Angie, era ele.

— Ei…Angie o que se passa? Correu assim tão mal?

— Pablo…- mas ela não conseguiu aguentar e de novo as lágrimas lhe corriam pela cara…sem controlo, era como se naquele momento ela fosse apenas feita de água. Pablo olha para os miúdos e manda-os embora, coloca-se em pé ajudando Angie também a levantar-se e caminham abraçados até ao carro. A viagem é feita num perfeito silêncio, quando chegam a casa Angie corre até ao quarto; Brenda olha para Pablo mas ele também não sabe o que dizer…Angie, não lhe dissera o que se tinha passado. Brenda decide subir para tentar perceber o que se passou, e Pablo sai de novo, ele sabe que o que se passou teve a ver com Angélica por isso resolve ir falar com ela.

— Angie, posso entrar. O que é que se passou, foi a tua mãe?

— Eu vou perdê-la Brenda…eu vou perdê-la…eu não acredito que ela se juntou a ele…isto é um pesadelo…

— Angie, não estás a fazer sentido…perdeste quem? E quem é que se juntou com quem?

— A minha mãe já sabia de toda a história…sabia da traição do meu pai, do facto de ele ter uma filha, tudo…

— Ela sabia…então qual é o problema Angie, se ela sabe já não têm que se esconder…

— Ela está furiosa com o Gérmen por este ter fugido de novo com a Violetta e com a Clara…o que ela não sabe é que ele não fugiu sozinho, que eu fui com ele.

— Mas porque é que não lhe disseste? Angie…

— Porque ela está do lado de José…eles estão juntos…ele ganhou o recurso…ele vai ficar com elas…eu perdi-as e nem com a minha mãe posso contar.

— Eles estão juntos…quer dizer que eles…mas como é que ele conseguiu a guarda tão depressa…há aí qualquer coisa que não bate certo Angie.

— Não sei…mas ganhou. O pior é que eu não posso voltar para o Gérmen…eu estou presa aqui e ele lá…

— Como assim, não podes voltar?

— Aquele “homem” já deve ter colocado alguém atrás de mim…e tenho a certeza que mesmo que eu vá para outro país ele me vai conseguir controlar. Se eu quiser que elas continuem com o Gérmen eu não posso voltar…nem eu nem a Ludmila.

— Mas Angie e…- e aponta para o ventre de Angie…

— Eu tenho que pensar na Clara e na Vilu. Eles achavam que eu estava em França…longe do Gérmen...

— Não tu não podes fazer isso. O pai desta criança é ele, tu não podes…

— Posso e vou fazê-lo…o Gérmen não pode saber de nada. Vai-me custar muito mas eu não posso deixar a Clara viver com aquele homem, e eu sei que a Vilu não vai deixar a irmã sozinha…

— Tens a certeza do que vais fazer…porque é que não falas com a tua mãe com calma sem o José perto…talvez ela perceba que…

— Não, eu nunca mais a quero ver. Talvez vá mesmo para França com a Lu, e fiquemos por lá…não sei.

Brenda não sabia o que dizer, a situação era complicada, mas mentir não era a solução. Gérmen tinha o direito de saber que ela esperava um filho, ele tinha o direito de decidir o que fazer. Por um lado ela queria ajudá-la, mas por outro tudo sabia que aquela tinha que ser uma decisão de Angie e a única coisa que esta podia fazer era estar ao seu lado para tudo o que ela necessitasse. Pablo entretanto chegara a casa de Angélica, ele tinha a certeza que fora ali que começaram os problemas de Angie, bate á porta.

— Pablo…que estás aqui a fazer? É a Angie, não é? Entra, por favor eu explico-te tudo, pode ser que a possas fazer entender o meu lado.

— Bem na verdade eu vim cá para isso, para ver se percebia o que tinha acontecido…- e de súbito ao entrar dá de caras com…- Você? Angélica o que é que este “homem” está aqui a fazer? Agora entendi…

— Pablo…por favor tu também. O José é um amigo, um velho amigo…

— Angélica, não sei se se lembra mas ele quer tirar Clara á sua filha. Ele ameaçou Gérmen e Angie, eles separaram-se para proteger a Clara e a Violetta...e está-me a dizer que ele é um velho amigo?

— Pablo...o Gérmen decidiu fugir de novo, levando as minhas netas...eu não posso nem quero voltar a viver longe delas...

— E então decidiu unir-se á única pessoa que fez mal á sua filha, decidiu colocar-se contra a sua filha…Angélica tem noção do que está a fazer á Angie...escolheu este...em vez da sua filha.

— Eu não estou contra a minha filha. Nós queremos que ela venha morar connosco em Madrid…os cinco juntos. Mas ela simplesmente…

— Eu não acredito, está a falar a sério. Quer que a Angie vá morar com “ele”? Sabe onde está a sua neta…aliás a vossa neta Violetta neste momento…- eles olham para Pablo sem perceber nada...- ela está numa cama de hospital em coma, teve um derrame cerebral.

— A Violetta está no hospital...em coma, mas como? O que foi que aconteceu, ela é tão nova…não diz-me que não é verdade

— Se quer saber nem sei como é que nunca lhe aconteceu antes...com tudo o que aquela miúda sofreu na vida: desilusões, enganos, mentiras, omissões, proibições…

— Se a Violeta está em coma, eu tenho a certeza que a culpa foi daquela…

— A Angie nem estava com ela quando aconteceu. E ainda fica do lado deste…apesar de acusar a sua filha de colocar Violetta numa cama de hospital…

— O José está nervoso, como todos nós...e é claro que a Angie não tem culpa, ela jamais faria alguma coisa contra a Violetta.

— Não me parece que o “seu amigo” saiba disso…

— Pablo…por favor. José não podes culpar a Angie, ela jamais faria alguma coisa contra a nossa neta...

— Nunca a Angie ama aquela miúda como se fosse sua filha. E depois a culpa é do senhor que a quis separar do Gérmen, da Angie que foi a única referência que ela teve como uma mãe...já para não falar dos amigos, do trabalho que ela ama e do Leon...

— Chega Pablo…chega. Sabes onde ela está? Sabes onde está a Vilu?- pergunta Angélica…

— Não Angélica, mas mesmo que soubesse, acredite que neste momento nunca lho diria. Eu estou do lado da Angie, e nem acredito que lhe está a fazer isto, que está do lado deste “homem”, a tirar a filha á sua filha...eu simplesmente não consigo acreditar…

— Pablo, eu não estou a fazer nada contra a Angie, já te disse que nós gostaríamos que ela viesse morar connosco…

— Angélica pense bem naquilo que está a pedir á sua filha…e depois talvez perceba o erro que está a cometer...

Pablo sai revoltado, zangado, frustrado…agora percebia o porquê de Angie estar como estava, a própria mãe estava a ajudar aquele…a tirar-lhe a filha. Ele não conseguia perceber Angélica, sempre fora uma pessoa tão justa, tão protectora em relação a Angie…e agora parecia que alguém lhe fizera uma lavagem cerebral e ela esquecera-se de que lado estava a verdade. Quando chegou a casa, Angie abraçava uma Ludmila chorosa…quando o viu Ludmila simplesmente correu para o quarto.

— Ludmila…- Angie está pronta para se levantar, mas Brenda para-a.

— Angie, ela precisa de estar sozinha. Tudo isto é difícil…

— Eu sei...achas que eu não sei. Eu estou-lhe a pedir para fazer o que eu própria não quero. Mas não tenho escolha, nós não temos escolha.

—Angie...- Pablo abraça-a...- já sei de tudo, talvez me tenha metido demais, mas fui falar com a Angélica...e já...

— Pablo, como é que ela me pode estar a fazer isto? Ela é minha mãe.

— Eu também não a entendo. Se bem que ela me disse que vai para Madrid com José e com as miúdas e que tu podias ir com eles, talvez não fosse...

— Não vou fazê-lo, mesmo que quisesse não posso, não neste momento.

— Não estou a perceber porque não? Pelo menos um de vocês estava com Clara e com Vilu.

— Pablo…primeiro porque a Vilu ainda está no hospital numa espécie de semi-coma, e depois porque…porque eu descobri que...

— Descobriste o quê? Angie, estás a assustar-me.- Angie olha para Brenda que com apenas um olhar lhe dá o ânimo necessário para ir em frente.

—Eu estou grávida Pablo...e eu não vou deixar que aquele “homem” me tire este filho...

— Tu já...o Gérmen sabe...- Pablo está abraçado a Angie, feliz, surpreso, preocupado…é uma mistura de emoções.

— Não, ele ainda não sabe. E ainda não sei se lhe vou contar...ele tem tanto com que se preocupar neste momento...não sei por um lado quero contar-lhe, mas por outro vamos ter que viver longe um do outro...

— Como assim, tu vais ter com ele daqui a uns dias. Só tens que ir amanhã com a Ludmila e...

— Pablo, eu não posso voltar. Numa altura destas eles já puseram detectives atrás de mim. Vão saber onde estou, para onde vou, o que estou a fazer...nem eu nem a Ludmila podemos voltar.

— Meu Deus...por isso Ludmila estava a chorar. Ela e o Frederico...mas eles podem voltar os dois para Itália, era onde eles moravam os dois.

— Pablo, ninguém pode sair de onde está…estamos todos presos: eu e a Ludmila aqui; Gérmen, Frederico, Leon, Vilu e Clara lá onde estão. É uma sensação horrível...estamos presos sem estar.- o telemóvel toca…

Em Sevilha, Leon acorda abraçado a Vilu e depois de lhe dar um beijo de bons dias, senta-se junto dela e começa a cantar-lhe…

Ya no hay sueños rosas, no cada día hay más tristezas.

Que lejos estoy del cuento,ni príncipe ni princesa.

Quisiera escuchar tu voz diciendome con amor

que querés estar conmigo pero es sólo una ilusión.

No te importa que me muera de dolor

que te mire y sienta que hoy sos la mujer de mi vida.

No te importa, y ya no lo niegues más vos no me podes cuidar,

nadie cura mis heridas, nadie más.

Estoy extrañando tus besos y pensando sólo en eso

que no me deja olvidar que esta es mi vida.

Extrañando los días en los que me querías y yo era tu amor.

No te importa que me muera de dolor

que te mire y sienta que hoy sos la mujer de mi vida.

No te importa,y ya no lo niegues más vos no me podés cuidar,

nadie cura mis heridas, nadie más. Nadie más.

 Quando termina de cantar ouve um pequeno gemido como se o tivessem a chamar...olha para Vilu e nem quer acreditar no que vê, os seus olhos, aqueles olhos que há tanto tempo não via e aquele sorriso...

— Vilu, tu acordaste. Meu amor, voltaste para mim...- e beija-a com saudade, com paixão com amor...- Eu vou chamar uma enfermeira...eu venho já...não saias daí...eu já volto...

— Leon...para um minuto. Primeiro eu não vou a lado nenhum, e depois existem...- e pegando na campainha...- as campainhas para chamar as enfermeiras...

— Tens razão é que eu estou tão...tão feliz, nem sabes o que passamos. Mas tu estás bem, e falas e mexes-te e...tu consegues cantar certo?

— Acho que ainda sei, mas estou um pouco cansada para isso agora...- e ri-se do nervosismo de Leon, nunca o tinha visto assim preocupado, ansioso...e ficava mais bonito ainda...- Eu amo-te.

— Eu também te amo, muito...eu não sei como é que iria conseguir viver se tu não...Eu não vivo sem ti Vilu...eu sobrevivo...Amo-te...- e beijam-se até que entra uma enfermeira.

— O Senhor chamou, passa-se alguma coisa com...- Leon afasta-se e a enfermeira percebe que Violetta está acordada...- Eu vou chamar o Dr. Herrera.

— Acho que todos estão felizes por estares acordada.- Eles riem-se e abraçam-se. Entretanto chega os médicos, Rodrigo fica feliz, apresenta-se como seu médico e tio de Tatiana, que diz ter sido a primeira a acreditar que ela iria acordar, que tinha estado com ela todos os dias, conversando, acarinhando, mas principalmente dando força a Gérmen e a Angie. Levaram Vilu para fazer uma serie de exames, Leon tentou falar a Gérmen mas o telemóvel dele estava desligado, mas depois de algum tempo pensou que poderiam fazer uma surpresa. Quando ela voltou Leon falou-lhe do seu plano para surpreender o seu pai, Vilu adorou a ideia, e assim ficaram á espera da visita deste.

Gérmen acorda com o mais lindo gargalhar que ele podia ouvir, levanta-se e vai até ao berço de Clara, e de novo aquele gargalhar mais lindo de sempre...Gérmen de repente tem uma ideia.

— Minha princesa que tal irmos os dois ver a tua irmã...acho que ela tem saudades tuas, do teu cheirinho, do teu sorriso, da tua pele macia e principalmente desde teu gargalhar maravilhoso. Mas primeiro vamos telefonar á tua mãe...- e depois de pegar em Clara e a levar até á sua cama, Gérmen liga a Angie, porém esta não atende...- A mamã não atende, deve estar a falar com a tua avó Angélica...ligamos mais tarde.

E assim depois de se arranjar e a Clara desce e vai tomar o pequeno-almoço, era sábado por isso todos estavam em casa, menos Leon que ficara com Vilu no hospital. Ele conta á mãe que iria levar Clara a ver a irmã...talvez Vilu acordasse...Tati quis ir com o Tio, pediu, implorou á mãe e ao pai, e embora estes não estivessem inclinados a autorizar, acabaram por concordar já que esta tinha feito todos os trabalhos no dia anterior. Assim que acabaram os três dirigiram-se ao hospital, Tati estava feliz, ia ver de novo a sua prima, e tal como Gérmen tinha a certeza que aquele era o dia...Violetta iria acordar. Eles não o conseguiam perceber nem explicar porquê de toda aquela certeza, mas algo lhes dizia...

— Tio Gérmen...- diz Tati já a caminho do quarto...- Eu acho que a Clara vai trazer sorte...acho que a Vilu vai acordar hoje.

— Sabes, vou-te contar um segredo...eu também sinto o mesmo. Vai ser a Clara que a vai fazer acordar...não é princesa...- e entram finalmente no quarto de Vilu, contudo têm a maior surpresa de todas...Vilu está acordada. Gérmen, nem acredita no que vê, a sua filha, a sua menina acordou...e está linda com um sorriso...como ele tinha saudades daquele sorriso, como ele tinha saudades da sua menina.

— Vilu, tu acordaste...tu finalmente acordaste. Voltaste para nós meu amor...estou tão feliz…- e abraça-a, ainda com Clara ao colo, não a querendo soltar nunca mais, era como uma necessidade absurda de a proteger de tudo e de nada. Vilu, também não queria separar-se daquele abraço, mas tinha duas pequenas princesas a chamar por ela...

Tati, que correra até Leon, estava já sentada junto de Vilu, chamando-a, e Clara ao colo do pai chamava também a atenção de Vilu. A primeira a receber um abraço foi Tati, abraçam-se com ternura, amor...um amor incondicional...

— Eu sabia que tu ias acordar, eu sabia...estou tão feliz.

— Obrigada Tati, por tudo. Por me ajudares, mas principalmente por ajudares o meu pai e a Angie…- e abraça-a de novo, de repente ouve a outra princesa “Bilu” e virando-se para Gérmen estica os braços para pegar em Clara, a sua irmã, a sua princesa...Gérmen aproxima-se com Clara rindo de orelha a orelha, ele olha para as duas filhas tinham um sorriso igual...embora uma fosse a cara do pai com os olhos de Maria e a outra a imagem viva de Angie.

— Minha Princesa, estás de novo connosco. Estou tão feliz...tão feliz, eu ainda nem acredito.

— Onde está a Angie? E a Lu, e o Fede?

— Calma...estão todos bem, não te preocupes. Leon, como é que…?

— Foi agora de manhã, tentei ligar-lhe enquanto a examinavam mas...

— Papá, isso interessa mesmo? Eu só quero ver a Angie, onde é que ela está, chama-a por favor...

— Vilu...ela...a tua tia foi a Buenos Aires com a Ludmila.

— Ela foi-se embora? Ela voltou para Buenos Aires? Com a Lu.

— Shiuu...posso explicar. A Angie não se foi embora, ela foi falar com a tua avó Angélica, ela foi-lhe contar toda a história. E a Ludmila quis ir ver a mãe, quis ir ver a Priscila...e eu sei o que vais dizer, mas ela é mãe da Lu, e nós não a podemos proibir.

— Tudo bem...mas podes ligar á Angie eu quero ouvir a voz dela...por favor...eu prometo que não demoro, só quero ouvir a voz dela.

— Ok...vou tentar. Eu tentei á pouco mas ela não me atendeu...deve estar a falar com a tua avó.- E assim tenta de novo ligar a Angie, mas desta vez muito mais feliz, e ele sabe que Angie vai pular de felicidade.

Em casa de Pablo, quando o telemóvel toca pela primeira vez, Angie não atende ele sabe que é Gérmen e naquele momento ela não sabe o que lhe dizer. Decide levantar-se e ir falar com Ludmila, ela sabe que o que lhe está a pedir é demasiado, mas terão que o fazer, por Vilu e por Clara. Sobe e nem bate á porta do quarto, abre-a e vê-a completamente de rastos, deitada de bruços afundada na almofada. Senta-se junto dela e começa a acariciar as suas costas, tentando de alguma forma confortá-la, se bem que ela saiba que nada a poderá confortar.

— Lu, podemos falar. Por favor...- pergunta Angie com uma voz suave e calma.

— Angie, eu adoro-te, mas não me podes pedir isto, não podes. Eu amo o Fede, eu preciso dele, eu quero estar junto dele...

— Lu, pensas que eu não quero estar junto do Gérmen, da Vilu e da Clara? Estar contigo e com o Fede? Mas eu não posso, nós não podemos...

— Porquê Angie, porquê? Não é justo, eu não quero ficar longe do Fede, não quero.- e as lágrimas começam de novo a cair...

— Eu sei, eu sei que nos vais custar às duas. Mas se o pai do Gérmen as descobrir todos nós ficaremos sem elas, por favor Lu, eu preciso da tua ajuda, preciso que sejas forte.

— Mas não é justo Angie...- e abraça-se a Angie, ela sabe que a culpa não é dela, ela sabe que Angie está a pensar em todos, principalmente em Clara, e que no fundo todos eles iriam sofrer se José a levasse. Tinha que haver uma solução, tinha que haver uma forma de dar a volta a esta situação e eles continuarem todos juntos.

— Lu...há mais uma coisa que eu preciso de te dizer, e vou precisar da tua ajuda...porque na verdade nem eu consegui assimilar a notícia.

— Que notícia Angie? O que é que se passa, foi a Vilu? Ela piorou?

— Não, pelo que sei a Vilu está na mesma, se bem que o Gérmen me ligou há pouco mas neste momento eu não consigo falar com ele.

— Angie podia ser sobre a Vilu, podia ser importante...

— Se for, ele liga de novo. Lu...eu preciso de te contar uma coisa. E ninguém pode saber, apenas Brenda e Pablo sabem e é assim que vai continuar...prometes que não contas a ninguém?

— Sim claro Angie...diz logo, estás a assustar-me.

— Eu...eu estou...eu estou grávida. Estou á espera de um bebé...

— Mas isso é optimo Angie, o Gérmen vai ficar feliz da vida...e a Vilu quando acordar...

— Ludmila, acabei de te dizer o quê? Eu ainda não sei se vou contar, nós vamos ficar separados, não sei por quanto tempo, eu não sei se será...

— Angie, não podes fazer isso, não podes esconder. Mesmo longe, nós vamos arranjar uma forma de nos falarmos...tens que lhe dizer Angie...- e de repente toca de novo o Telemóvel...- É o Gérmen?- pergunta-lhe e Angie sorri dando a entender que sim...- Atende, ele tem que saber...

Angie sabia que no fundo Ludmila tinha razão, ela não podia esconder algo assim, ainda por cima com Vilu naquele estado, ele tinha o direito de saber, mas como é que iriam conseguir viver assim: cada um para seu lado, ele com Clara e Vilu e ela com Ludmila e aquele filho...mas finalmente decidiu atender...

— Gérmen...como está tudo por aí?- mas não conseguia ouvir nada, apenas pequenas gargalhadas que ela reconheceria onde quer que estivesse...- Gérmen estás com a Clarita?- mas nada ele não respondia...- Gérmen? Gérmen estás aí?- virando-se para Ludmila...- Acho que a Clara está a brincar com o telemóvel dele...- e de repente...

— Tia. Tia...estás aí...- uma outra voz que Angie poderia reconhecer estivesse onde estivesse...

— Vilu...Vilu, és tu? Estás...Vilu meu amor, minha princesa...- e nessa altura já Ludmila também se aproxima do telemóvel de Angie...

— Sou eu Tia...eu estou bem, estou de novo com vocês...quando é que voltas? Estamos com saudades, eu estou com saudades...

— Oh Vilu, eu não sei...eu...- Angie não consegue aguentar e as lágrimas que estavam quase a cair acabam por escorrer sem cessar...

— Tia, Angie...por favor não chores...eu estou bem. Por favor não chores.

— Vilu, é a Lu...não te preocupes são só lágrimas de alegria...- Ludmila diz depois de tirar o telemóvel de Angie, ela sabe que aquelas lágrimas não são só de alegria, ela sabe o que significam aquelas lágrimas...mas também sabe que não podem dizer nada a Vilu naquele momento...- Estou com saudades tuas maninha...a minha vida sem ti não tem...vida.

— Lu, também tenho saudades tuas. Quando voltam? Já foste ver a Priscila? Voltem logo, por favor...

— Não ainda não a vi. E não te sei responder quando voltaremos, depende de...depende da tua avó Angélica...- e na verdade ela não estava a mentir, pois se conseguissem convencer Angélica a não ficar com a guarda de Clara e Vilu, seria mais fácil depois ela convencer José a fazer o mesmo.

— Como assim da Avó Angélica? Ludmila, estás a esconder-me alguma coisa?

— Não, claro que não. Mas sabes muito bem como tu reagiste a toda esta história, agora coloca-te no lugar da tua avó...- Ludmila pensou rápido, mas sabia que isso a iria convencer.

— Tudo bem...eu vou dar o telefone ao papá, acho que ele quer falar com a Angie. Adoro-te Lu...voltem logo por favor.

— Eu também te adoro Vilu...- e passa o telefone a Angie...- ele quer falar contigo...tens que lhe dizer, ele tem que saber.

— Não Lu, não consigo...não agora...por favor inventa alguma coisa, eu não consigo falar com ele agora...- e nisto sai do quarto, pegando apenas na carteira...

— Angie? Angie, estás aí?- fala Gérmen pelo telemóvel, Ludmila não sabe o que fazer...não lhe compete a ela dizer alguma coisa, tem que ser Angie a contar...

— Gérmen, é a Lu...a Angie saiu, ela...ela está mal, acho que a conversa com Angélica correu mal, mas eu não sei pormenores.

— Ludmila? Como assim correu mal? Não me estás a esconder nada pois não?

— Não, claro que não. Gérmen, liga mais tarde, pode ser que ela esteja mais calma...sabes que a Angie precisa de deitar tudo cá para fora primeiro...dá-lhe tempo.

— Tudo bem falo-lhe mais tarde. Lu, se ela precisar de alguma coisa diz-me por favor...eu pego o primeiro voo para Buenos Aires.

— Está descansado, eu aviso se for preciso alguma coisa. Adoro-vos a todos...diz ao Fede que tenho saudades dele...

Depois de desligar a chamada, Ludmila desce á procura de Angie, mas esta não está, Pablo e Brenda acabam por lhe dizer que ela saiu sem dizer nada, e perguntam-lhe o que se passou. Ludmila abre então um sorriso e por fim conta-lhes.

— O Gérmen ligou, mas não era o Gérmen...era a Vilu, ela acordou, está bem e parece que não ficou com nenhuma sequela.

— Mas isso é bom...é óptimo. Porque é que ela...não, ela não lhe disse nada...não lhe disse que estava grávida.

— Ela não conseguiu sequer falar com ele. Disse que não conseguia...eu por um lado percebo-a, mas por outro o Gérmen tem o direito de saber.

— Vocês só estão só a pensar no Gérmen...coloquem-se no lugar da Angie por um minuto. Ela vai perder a Clara e a Vilu para aquele homem, a mãe está contra ela. Não percebem, ela está a tentar salvar este filho, está a tentar ficar com este filho…

— Brenda eu percebo que ela queira proteger-se, ma o Gérmen tem o direito de saber, ele é o pai…- nisto Angie entra e percebe que estavam a falar dela, para e olha para cada um deles…

— Porque é que pararam? Ouçam, eu sei que cada um de vocês tem a sua opinião mas a decisão final é minha e não vossa.

— Angie desculpa, nós não queríamos pressionar-te de maneira nenhuma.- diz Ludmila, levantando-se e abraçando Angie.

— Eu sei que não o fizeram por mal, que apenas querem o meu bem. E agora senão se importam eu vou descansar um pouco.

— Angie…- chama Brenda antes de esta subir...- Trataste daquilo que falámos hoje?

— Sim, amanhã depois de almoço. Vens Comigo?- Brenda não respondeu e apenas lhe fez que sim com a cabeça, e Angie subiu…ela sabia que tinha que tomar uma decisão sobre o que diria a Gérmen, acerca de tudo o que acontecera nas últimas 24 horas: sobre o que se passara em casa da mãe, sobre o facto de José ter conseguido a guarda de Vilu e de Clara, sobre Angélica estar do lado de José…mas acima de tudo ela teria que decidir sobre se contava ou não a Gérmen que estava grávida. Ela sabia que seria mais uma alegria para Gérmen, agora que Vilu finalmente acordara, mas eles teriam que viver longe um do outro, e nenhum dos dois sabia por quanto tempo.

Enquanto ela estava a pensar em tudo o que tinha que decidir, Ludmila Brenda e Pablo decidiram começar a preparar jantar, assim na cozinha Pablo ajudava Brenda a tratar da comida e Ludmila que disse logo que não tinha jeito nenhum para a cozinha ofereceu-se para colocar a mesa, durante esse tempo ela começa a cantar a música que ela e Vilu fizeram juntas “Mas que Dos”…de súbito ouve-se um telemóvel a tocar. Pablo sai da cozinha pensando que era o dele…

— É o da Angie…- diz Ludmila, e olhando para o visor…- é o Gérmen, eu vou levá-lo até ela…- e subiu as escadas, bateu á porta mas como ninguém lhe respondeu ela entrou. Angie estava a dormir...ela senta-se junto dela e devagar tenta acordá-la…- Angie…Angie…

— Lu, o que é que aconteceu...precisas de alguma coisa?

— Desculpa ter-te acordado, mas o Gérmen voltou a ligar. Ele deve estar preocupado, porque é que não falas com ele. Talvez consigam arranjar uma solução os dois juntos, sempre ouvi dizer que duas cabeças pensam melhor que uma.

— Só tu para me fazeres ri agora…- Angie sabia no fundo que Ludmila tinha alguma razão, talvez juntos arranjassem uma solução. – Podes deixar-me…

— Eu deixo-te sozinha...- e quando já estava junto da porta para sair, virou-se…- Sabes que podes contar comigo para o que precisares...

Angie sorriu-lhe e abriu os braços, Ludmila não hesitou e foi ao seu encontro e deu-lhe um abraço. No final daquele abraço saiu do quarto deixando Angie com os seus pensamentos, apesar do todo o seu receio, apesar de não saber qual seria a reacção dele, Angie sabia que o tinha que fazer, Gérmen tinha que saber de tudo…ou de quase tudo.

Em Sevilha todos estavam felizes, Violetta tinha acordado e depois de todos os exames feitos tudo estava bem. Apesar de tudo quer o Dr. Herrera quer o Professor Castro não permitiam ainda que ela fosse para casa, teria que passar ainda alguns dias no hospital o que fez Vilu ficar desanimada...mas eis que Tati teve uma ideia e olhando para a prima prometeu-lhe que ela se iria divertir. Todos ficaram curiosos com o que a pequena estava a planear mas por muito que Gérmen lhe perguntasse ela não lhe dizia nada. Quando chegaram, Rosário e Mercedes que já sabiam da novidade vieram a correr abraçá-lo, Luzia também veio mas hesitou um pouco e apenas lhe sorriu, Gérmen foi ao seu encontro e abraçou-a como se abraça a uma irmã. Afinal era o que ela era e apesar de tudo nada do que se passara com a filha tinha sido culpa de Luzia...e não havia razão para aquele afastamento.

— Eu e a Luzia estávamos a pensar ir ao hospital depois do almoço, achas que há algum problema?

— Mamã talvez seja melhor eu não ir...a Violetta precisa de descanso e não de um quarto cheio de pessoas…- a realidade era que Luzia tinha receio de se reencontrar com Vilu. Apesar de lhe dizerem que tudo o que aconteceu não tinha sido sua culpa, ela continuava a sentir-se mal.

— Não Luzia, a Violetta vai gostar de vos ver ás duas. Frederico devias ir também ela perguntou por ti.

— Ok. Então quando a Dona Rosário for eu vou também. Ela já sabe que a Angie e a Lu não estão cá?

— Sim, e já falou com elas. Bom e agora vou deitar esta menina que deve estar esgotada depois de uma manhã cheia de surpresas.- e virando-se para Rosário…- Mamã vens comigo, por favor?- esta segue Gérmen sem fazer perguntas, até porque não sabe o que Gérmen quer com ela apenas percebe que este está algo ansioso, angustiado, e até desanimado, assim que chega ao quarto não aguenta mais...

— Gérmen, eu conheço-te o que é que se passa? É a Vilu, há alguma coisa com ela? É com a Angie?

— Mamã...os meus advogados ligaram-me ontem de Buenos Aires...

— O processo...o teu pai...Gérmen diz-me que o teu pai...- Rosário nem conseguia pensar que José tivesse ganho o processo de guarda das suas netas…era algo impensável…

— O papá ganhou...tenho uma semana para entregar a Violetta e a Clara.

— Gérmen…eu não acredito. Mas porque é que não podemos apenas festejar a recuperação de Vilu…porquê meu Deus.

— Eu também gostava de poder festejar, mas a verdade é que apesar de estar feliz por Vilu ter recuperado, eu vou voltar a perdê-la…e á Clara.

— E se tu negares em entrega-las? Se tu continuares aqui, ou fugires?

— Mamã se não fizer o que eles me pedem, que é entregar as duas no prazo dessa semana, eles acusam-me de rapto...

— Não, tu és o pai...como é que o José consegue fazer-te isto...o que é que vais fazer? Gérmen...Gérmen, estás a ouvir-me?- mas nessa altura Gérmen estava de costas para Rosário e olhava para Clarita que dormia tranquila, sem saber que corria o risco de ficar sem os pais...e sem conseguir aguentar mais deixou que as lágrima lhe caíssem...- Gérmen...- sem saber o que dizer Rosário apenas o abraça, como fazia quando ele era ainda uma criança...

— Eu não sei o que vou fazer mamã...eu não posso, nem quero, nem consigo pensar em ficar sem elas, e a Violetta neste momento não pode saber disto, o Rodrigo e o Professor foram muito claros ela não pode sofrer nenhum tipo de trauma...

— Gérmen, nós temos que ter calma, temos uma semana para ver o que fazemos. Mas em primeiro lugar: já falaste com a Angie? Sei que não é um assunto para se falar por telefone, mas ela tem que saber.

— Eu sei mamã, eu sei que ela tem que saber, mas nem eu consegui ainda processar a notícia. E como é que eu dou uma notícia destas, por telefone, nem sei como começar a conversa. Como é que eu digo a uma mãe que ela vai ficar sem a filha, sem as filhas porque para a Angie a Violetta é como uma filha.

— Não sei, mas tens que lhe dizer. Ela tem o direito de saber…e assim que possa ela tem que voltar para cá, aqui pelo menos estão todos juntos, em segurança.

— Nós não vamos estar em segurança em lado nenhum. Achas que um portão fechado e dois seguranças vão evitar que a polícia entre aqui, mamã não te iludas, nós só temos duas opções: ou desisto e as entrego ou passo a vida a fugir.

— Seja qual for a vossa decisão tens que falar com a Angie, liga-lhe...- Gérmen pega no telemóvel e nada, Angie não lhe atende. Por um lado sente-se aliviado por esta não atender, mas por outro sabe que será inevitável.- Tenta de novo, a decisão tem que ser dos dois.

— Eu não sei se consigo, não sei como lhe dizer, nem sei como começar a conversa, como é que eu lhe vou dizer que vamos ficar sem elas. Mamã eu não consigo…eu simplesmente não consigo.

— Gérmen, eu sei que não vai ser fácil mas tens que o fazer...- nisto o telemóvel toca, Gérmen olha para o visor, olha para a mãe...esta percebe quem é...- Vou-te deixar sozinho...- faz-lhe um carinho como apenas uma mãe sabe e sai.

— Angie?

— Gérmen...eu preciso de falar contigo sobre…

— Eu também preciso de falar contigo...

— É a Vilu? Ela está pior?

— Não, a Vilu está bem, ainda está no hospital apesar de querer vir para casa, sabes como ela é com hospitais...

— Claro que sei, nunca gostou deles, desde que...

— Desde que Maria morreu...mas vai ter que ficar pelo menos mais uma semana.

— E depois volta para casa...isso passa depressa e depois tem o Leon e a Tati...

— A tati está tão feliz, não para, nem á escola queria ir esta semana. Bem mas a verdade é que talvez precisasse de mais tempo...mas eu...nós infelizmente não temos esse tempo. E ela vai ter que sair de lá no final desta semana…

— Tu...já sabes. Já falaram contigo? Já sabes do teu pai...e...- Angie não aguente e começa a chorar...

— Angie por favor não chores...por favor. Os advogados ligaram-me ontem logo depois da Vilu me apertar a mão pela primeira vez, mas eu não consegui dizer-te...mas como é que tu sabes?

— O teu pai, eu encontrei-o. E não te preocupes eu percebo porque não me contaste. Gérmen o que vamos fazer? Eu não posso voltar para aí, ele sabe que eu estou em Buenos Aires...

— E a Angélica, ela não te pode ajudar? Podias falar com ela, talvez ela pudesse falar com ele...

— A minha mãe...ela, esquece...ela não nos vai ajudar.

— Não estou a perceber. O que queres dizer com isso? O que é que se passou?

— Ela e o teu pai, são amigos. Talvez mais que amigos, não sei.

— O quê? Mas ela não está de acordo com ele...não pode...

— O pior é que está. Ela diz que tu fugiste de novo com as netas e que...desta vez não vai ficar sem fazer nada.

— Angie, perdoa-me. A culpa é minha…de alguma forma…

— Gérmen…a culpa é do teu pai e do ódio que ele sente por alguém que já morreu há mais de 10 anos...

— Não Angie, de alguma forma eu devia tê-lo impedido, devia tê-lo enfrentado…

— Gérmen para, por favor. Eu amo-te, e amo a família que construímos os dois.

— Eu também te amo Angie...mas a família que eramos e que construímos juntos está destruída...e a culpa...

— Gérmen...nós podemos estar separados por um mar imenso mas continuamos a ser uma família…nós os 6...- Angie aproveitou a oportunidade, era agora ou nunca…

— Os 6? Já estás a contar com o Leon, ele ainda não é da família. Se bem que não sei se vai demorar muito para…

— Gérmen...eu não estava a contar com o Leon. Eu estava a falar de nós e das nossas filhas…bem filhos no geral.

— Angie mas nós só temos três: a Vilu, a Clara e agora a Ludmila...- Gérmen para de falar e de repente...- Angie, tu estás...estás grávida?

— Sim, vais ser papá de novo Gérmen...sei que não é a melhor altura já que vamos estar longe um do outro...

— Não Angie, eu estou tão feliz...mas vais ficar em Buenos Aires e se o meu pai te vir grávida...Angie ele não pode...

— Eles acham que estive em França sozinha. De qualquer forma estava a pensar sair da cidade, não quero encontrar-me nem com ele nem com a minha mãe.

— E vais para onde? Não podes viajar de avião, o meu pai vai-te seguir para onde quer que vás.

— Eu sei, estava a pensar ir para Rosário.

— É uma boa ideia, ele pode nos ajudar, ele sempre conseguiu ter alguma influência no meu pai.

— Você está se esquecendo de você tia, se ela sonha que eu estou lá, ela vai contar o seu pai. Mas eu conheço alguém lá que sempre me ajudará ...

— Eu confio em ti, Angie eu amo-te nunca te esqueças disso. Eu não vou deixar Vilu e Clara com meu pai ... mesmo que eu tenha que fugir até o fim do mundo.

— Germen se eles te encontram vais preso... por favor, tem que haver outra maneira ...

— Talvez, mas não estou disposto a correr riscos Eu amo-te...

 

 

 

— Eu também te amo…ligo-te amanhã. Dá um beijo enorme á Vilu e á Clara.

— Claro que dou...cuida de ti e do nosso bebé...

Depois de desligarem ambos se sentem felizes e tristes ao mesmo tempo, se por um lado esta nova vida era por si só uma alegria e motivo para festejarem eles não o podiam fazer, tinham-lhes tirado esse direito: de juntos poderem rejubilar-se com a notícia. Eles eram um só, foi o que o padre lhes disse no casamento “os dois se tornaram pelo casamento num só corpo”, mas esse corpo agora estava dividido, separado...era como se a parte que faltava a cada um se tivesse tornado num vazio imenso.


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