Violetta - O Recomeço escrita por Clarinesinha


Capítulo 18
Capítulo 9 - Duas Viagens, Dois Destinos (Continuação)


Notas iniciais do capítulo

Larissa dedico esse a ti...a minha melhor leitora, a única que recomendou o que quer dizer que algum jeito eu devo ter. Obrigada por todas as tuas palavras.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700241/chapter/18

Assim que acabaram de cantar foram ambos aplaudidos, Vilu por sua vez beijou Leon como que a agradecer tudo aquilo, ele conhecia-a bem porque a verdade é que tudo se tornou mais leve e menos cinzento. Cantar fazia-lhe bem, tudo o que a preocupava era colocado em segundo plano e a única coisa que importava naquele momento era a música e tudo aquilo que ela sentia enquanto cantava, era como se tudo o que a prendia fosse desamarrado e ela se sentisse livre. Logo Francisco lhe foi falar dando-lhe os parabéns e convidando-a para aparecer mais vezes. Enquanto isso Leon falava com Rafael combinado algo que ela não ouviu.

— Vamos tenho mais uma surpresa...o Rafael vai ficar aqui à nossa espera, e vai telefonar à tua avó só para lhe dizer que estamos bem.

— Leon...mas...

— Vamos. Vais gostar, tenho a certeza. - E sem lhe dar qualquer hipótese de recusar pega-lhe na mão e começa a andar pelas ruas de Sevilha. Passado algum tempo, Violetta percebe onde está no mesmo local onde há um ano atrás eles se reconciliaram e se prometeram amar para sempre.

— Foi aqui que nós nos prometemos amar para sempre nos bons e maus momentos. Vilu eu não te vou forçar a falar o que não queres mas...eu quero ajudar-te, porque se tu estás mal eu também estou.

— Eu amo-te...- foi tudo o que ela lhe disse antes de o beijar com todo o amor, carinho que ela tinha por ele...- A verdade é que nem eu sei porque reagi como reagi...a verdade é que desde que soube da...Tia Luzia, eu perguntava-me com quem é que ela era parecida...mas quando a vi...eu não consegui…

— Porque viste a tua mãe?

—Sim, e não sei Leon...eu entrei em pânico, a única coisa que queria era desaparecer dali. Depois pensei em Angie e no papá, como eles vão reagir ao vê-la...

— Vilu, a Angie já sabe...ela viu uma foto da Luzia antes de viajarmos, a tua avó mostrou-lhe. Ela telefonou-me para saber de ti estava preocupada, conhece-te bem e...

— Sim ela conhece-me como ninguém...a minha "mãe" Angie. E o papá também viu a fotografia?

— Não sei...mas a Angie queria muito falar contigo, estava bastante nervosa falou mesmo em vir já amanhã para Sevilha. Posso ligar-lhe?

— Sim...eu não quero que eles venham mais cedo por minha causa...liga eu tenho que falar com ela.

No quarto do hotel Angie continuava nervosa, ela já tinha falado com Leon mas por mais que o seu magnífico esposo a tentasse acalmar ela simplesmente não conseguia. Acabaram por se deitar os dois abraçados, por muito que fechasses os olhos ela não conseguia dormir, levantou-se bem devagar para não acordar Gérmen, pegou no seu telemóvel e olhou para o visor não tinha nenhuma mensagem...ela já enviara para cima de um dúzia de mensagens para Violetta. Decidiu ir para a varanda, respirou bem fundo, estava preocupada com a sobrinha, não sabia como é que ela estava, o que sentia com toda aquela história…de repente o telemóvel tocou era Leon.

— Leon? O que se passou, como está a Violetta?

— Sou eu Tia...

— Vilu...minha princesa. Como estás...desculpa princesa devia ter falado contigo antes mas eu também só soube...

— Angie...Tia está tudo bem a sério...eu fiquei confusa acho eu. Ela é tão parecida com a mamã.

— Eu sei amor...mas estás bem mesmo Vilu? Nós podemos ir já amanhã...se quiseres...

— Não venhas Angie, eu tenho o Leon...não quero que estraguem a vossa viagem. E o papá, ele sabe?

— Não eu vou-lhe contar antes de irmos ter convosco. Eu sei que é complicado, mas pensa que tudo tem uma razão de ser…e…talvez seja uma forma de estarmos mais perto da tua mãe…

— Não sei Angie, eu pensei que tinha ultrapassado a morte dela, mas ao ver a Tia Luzia…senti-me mal, tenho saudades da mamã…

— Eu sei meu amor. Vilu, se precisares de falar...eu estou sempre aqui.

— Eu sei...amo-te muito tia...

— Eu também, amo-te muito mais...beijos Vilu...

E desligam a chamada, Angie volta a deitar-se; Vilu e Leon retornam até ao Estúdio de Sevilha onde está Rafael à espera para retornarem a casa. Quando chegam a casa apenas Rosário está acordada, ela tenta falar com Violetta mas esta sobe para o quarto, ignorando completamente a avó.

— A culpa é minha eu não me devia ter esquecido, era lógico que ela se ia lembrar de Maria...

— A Violetta vai perdoá-la, tenha calma. Ela está em choque, sem saber o que pensar, sem perceber o que sentir. Têm que lhe dar algum tempo para ela digerir tudo isto.

— Não sei Leon...tenho medo de ter perdido a minha neta...

— Eu conheço a Violetta à quatro anos, há três que namoramos: com algumas zangas pelo meio, separámo-nos nem sei quantas vezes. Mas sempre...sempre voltávamos porque se há coisa que Vilu tem é uma capacidade enorme de perdoar...

— Obrigado Leon, és um bom rapaz e a minha neta tem muita sorte em te ter encontrado. Vou descansar amanhã é um novo dia.

— Eu vou ver da Vilu depois também vou descansar...e não se preocupe, ela vai acabar por perdoá-la.

Assim foram os dois descansar, Rosário foi para o quarto onde Clarita já dormia tranquila. Leon foi ao quarto de Violetta...quando entrou percebeu que ela tinha adormecido, nem se tinha trocado, e estava com lágrimas ainda a escorrer pela cara; ele chegou-se mais perto deu-lhe um beijo na testa, tapou-a e saiu do quarto. Assim, os dias em Sevilha foram passando, Violetta divertia-se com Leon, e até mesmo com os primos, adorava cuidar de Clara e ensinar-lhe novas palavras, a nadar e até a andar. Continuava a evitar encontrar-se com a Tia e com a avó...apesar de às refeições ter que as ver mas tentava evitar falar com elas. Rosário andava triste mas tentava dar-lhe o tempo que ela precisasse. Luzia é que já não podia mais com aquela atitude, estava cansada de ver a mãe triste e de aturar a "birra" de Violetta, porém Rosário pediu-lhe que tivesse paciência que tudo se iria resolver.

Angie e Gérmen continuaram a sua viagem no Porto visitaram ainda uma das Caves de Vinho do Porto e também a Casa da Música. No terceiro dia Gérmen alugou um carro e foram até Viana do Castelo ficaram hospedados numa Pousada no cimo da cidade de onde tinham uma vista maravilhosa sobre a cidade; na manhã seguinte à chegada desceram e puderam ver todas as ruas enfeitadas com tapetes de flores de todas as cores, tinham ido na altura das festas da cidade sendo a principal a Romaria da Nossa Senhora da Agonia com desfile de carros alegóricos e várias moças vestidas com os trajes típicos e enfeitadas com brincos, colares e pulseiras feitas em ouro (ou melhor feitos em filigrana que são fios muito finos de ouro trabalhados para fazer joias magníficas), foram passear um pouco pela cidade e enquanto Angie entrou numa loja, Gérmen entrou numa outra sem que esta se apercebesse, depois seguiram para o Hotel, onde namoraram à luz das estrelas e do fogo-de-artifício que vinha da cidade. No dia seguinte seguiram caminho para a paragem seguinte, Angie continuava sempre sem saber o que se seguia pois Gérmen nunca lhe dizia para onde iam, quando chegaram ela nem podia crer de novo Gérmen se superara estavam em Coimbra cidade dos estudantes e dos amores, pelo menos era isso que Gérmen lhe contara. Coimbra foi das primeiras cidades da Europa a criar uma Universidade, remonta ao século XIII, durante o reinado de D. Dinis. Mas de Amores e Desamores esta cidade tem uma longa história, o local onde eles iriam ficar hospedados chamava-se "Quinta das Lágrimas", era um local onde a família real portuguesa vinha caçar na altura em que vivia por esta cidade.

Após serem encaminhados para o quarto e de se trocarem depois de um banho refrescante, Gérmen pegou em Angie e foi passear com ela pelos maravilhosos jardins. Quando chegou a uma fonte com o mesmo nome da quinta abraçou Angie por trás e deu-lhe um beijo na face.

— Vou-te contar a história desde lugar, pois encantou-me: dizem que era aqui que o Príncipe D. Pedro e Dona Inês de Castro uma dama, se encontravam, sempre em segredo, de maneira a que nada perturbasse o seu amor.

— Mas porquê em segredo?

— D. Pedro estava noivo de Dona Constança, mas se apaixonou por uma das suas damas de companhia, Inês de Castro. Contudo, o pai o Rei D. Afonso IV o forçou a casar com Dona Constança o que fez D. Pedro começasse a ver D. Inês às escondidas de todos.

— Parece uma história bem triste Gérmen...o que aconteceu com Dona Inês?

— Os dois se amavam então continuaram a encontrar-se aqui nesta fonte. Há uma lenda que diz da Quinta sai um cano estreito, hoje chamado "dos amores", que vai terminar a uma centena de metros do Convento de Santa Clara onde morava Dona Inês. Seriam as águas que brotam da Fonte dos Amores para este cano que serviriam de transporte para as cartas de amor de Pedro para Inês. Diz a lenda que o príncipe as colocava em barquinhos de madeira que, seguindo a corrente, iriam até às mãos delicadas de Inês.

— É bonito, um amor proibido...contudo eles lutaram por ele. Eles conseguiram ficar juntos?

— Infelizmente não o Rei D. Afonso IV mandou matar Inês. Dizem que terão sido as suas lágrimas que fizeram nascer a Fonte das Lágrimas.

— É triste...essa história. Como é que um pai pode fazer algo tão cruel...

— Eram outros tempos...mas Inês foi Rainha de Portugal. D. Pedro acabou por subir ao trono e declarou Dona Inês como sua Rainha e não mais se casou. Para ele não haveria outro amor igual ao que ele sentia por sua Inês.

— Como o nosso? Já te disse que te amo...que nunca pensei que conseguisse amar ninguém como te amo a ti...

— Hoje ainda não...esta história de amor e desamor fez-me lembrar a nossa história: tanto tempo perdido a admitir este amor por medo, por vergonha, por covardia e no final amar é tão fácil, tão simples só temos que seguir o nosso coração.- Angie sente Gérmen colocar-lhe alguma coisa à volta do pescoço, olha para baixo e vê um coração feito em filigrana, com a inicial do nome de Gérmen, era lindo.

— Gérmen é lindo...eu nem sei o que dizer...

— Não precisas de dizer nada, este é o meu coração e estou a oferecê-lo a ti, para cuidares, protegeres e amares...para sempre.

— Amo-te amor...mas eu não tenho nada para te oferecer...

— Já me deste tudo o que mais queria uma família...e deste-me a Clara que é o melhor presente que me podias ter dado.

E depois de um beijo apaixonado deixaram-se ficar naquele lugar mágico, apaixonante e cheio de história. Quando começou a escurecer voltaram para o quarto e logo adormeceram.

Ficaram ali mais um dia, passearam, conheceram a cidade e fizeram até um pequeno passeio de barco pelo Rio Mondego. Depois de uma noite bem passada seguiram depois com a sua viagem e mais uma vez Angie estava sem saber para onde ia...mas desta vez ela nem sequer se importava estava a ser tudo tão bom que já nem ligava, estava com Gérmen o amor da sua vida, e era tudo o lhe interessava.

Violetta continuava sem falar com a avó ou com a tia, evitava até encontrar-se com a tia. Leon começava também ele a ficar cansado daquela atitude dela, aquela não era a Vilu que ele amava. Naquele dia Luzia iria para o hospital e a avó visitaria uma amiga assim Violetta sentia-se pela primeira vez livre para pensar em todas aquelas dúvidas e perguntas sem resposta que a tinham assaltado durante aquela semana: ela sabia que a avó não fizera de propósito mas por outro lado porque é que ela nunca lhe dissera nada? Será que ela pensara que ela não se lembrava da sua mãe? Como é que ela podia esquecer-se da sua mãe? Ela era pequena...mas era a sua mãe e nunca iria esquecer-se dela. E a sua Tia Luzia, que culpa ela tinha de ser parecida com Maria? Mas que culpa tinha ela de não conseguir olhar para a tia sem ter vontade de chorar de gritar? Era horrível tudo o que ela sentia, e já se tinha apercebido que Leon também já não conseguia aturar estas suas dúvidas e "birras". Que saudades da Angie, ela precisava de falar com ela mas não podia interromper a viagem dos dois...não ela iria esperar pela sua tia. Uma vez que já não conseguia dormir mais, levantou-se e decidiu ir dar um mergulho, desceu e apenas Chica e Lia, uma das empregadas da casa, estavam acordadas a colocar a mesa para o pequeno-almoço.

— Violetta já acordada, se quiser posso servir já o Pequeno-almoço?

— Não, obrigada Chica eu vou dar um mergulho preciso de refrescar as ideias, e arruma-las.- Sai para a piscina tira o vestido que colocara por cima do biquíni, chega perto da piscina e mergulha. A sensação do choque de temperaturas parece que lhe dá como que um choque nas suas ideias. Ela até podia perdoar a avó e até sabia que a Tia não tinha culpa de ser parecida com Maria, mas ela naquele momento não conseguia encarar a tia...não doía demais lembrar-se da mãe, da falta que ela lhe fazia, doía muito, parecia que até lhe faltava o ar, deixou-se estar apoiada na piscina com a cabeça sobre os seus braços. Nisto ela ouve a voz de alguém...uma voz que ela conhecia bem demais.

— Isto não é forma de receber uma Supernova como eu. Violetta pensei que pelo menos um tapete vermelho...por favor...

— Ludmila...eu não acredito. Tu vieste...vieste mesmo.- Ela sai da piscina pega na toalha e enrola-se nela.

— Não me chamaste, nunca deixo ninguém à espera, principalmente se és tu "maninha".- Vilu vai abraçá-la mas...- Vilu, nem te atrevas...

Mas Violetta nem lhe liga, abraça-a com saudade, carinho, amor...ela sentira saudades da sua "irmã do coração". Quem diria que elas as duas seriam amigas, confidentes, parceiras...irmãs. Ludmila apesar de no início ficar com alguma raiva pois ficara toda molhada acaba por se deixar levar por aquele abraço, também ela tivera saudades de Vilu, apesar de obviamente não o admitir...nunca.

— Que bom que estás aqui...precisava tanto de falar com alguém. O Leon já nem fala comigo...

— O que se passou? Discutiram? Também não é nenhuma novidade, vocês ou estão bem ou estão mal, para vocês não há meio-termo.

— Não, nós não estamos exactamente zangados. Mas acho que ele apenas está cansado de me ver de "birra".

— Tu a fazeres birra? É o teu estado natural Vilu...- ela olha para Ludmila e não consegue evitar que lhe caia uma lágrima...- Vilu...espera é algo sério mesmo não é?

— Vem, falamos no meu quarto? Espera e o Fede?

— Está lá na sala com a tua avó e com o Leon, foi a Chica que disse que estavas na piscina...mas vamos que temos que conversar "Maninha".

— Vamos...- e seguiram até à sala, onde falou ao Fede ignorando de todo a avó, ela já se apercebera que teria que perdoar a avó mas por algum motivo não o conseguia, pegou na mão de Ludmila e seguiu com para o seu quarto. Enquanto Lu se foi sentando na cama de Vilu, esta foi tomar banho e vestiu-se, quando saiu Ludmila estava a tocar viola...e começaram as duas a cantar.

Descubri, que soy tan parecida a ti

Y que el sonido de tu vos

Me anima, me emociona

Descubri, y se hace mucho más que a dos

Y que si tu estas junto a mi

El miedo me abandona

 

Despues de todo, estamos juntos  Viendo salir el sol

Abro mi corazón a ti  La luz se hace más fuerte en mi

Cuando tu estás puedo sentir  Que no estoy sola para seguir

Abro mi corazón a ti  La luz se hace más fuerte en mi

Cuando tu estás puedo dar más  Sube el telón y que comienze a sonar

Tu voz y mi voz…

— Ai, estava com tantas saudades de cantar contigo...não eu estava a morrer de saudades tuas.

— Ok...deixemo-nos de drama. Conta o que é que se passa? Porquê é que saíram da Argentina? E o que é que se passa contigo e com o Leon, já para não falar do que se passa entre ti e a tua avó.

— Bem, espero que tenhas tomado um bom pequeno-almoço porque a história é bem comprida e complicada.

Vilu começou então do princípio: com a chegada do avô e do drama todo ao saber tudo o que se tinha passado ao longo daqueles quatro anos: o facto de Angélica se ter reencontrado com ela, do casamento de Gérmen com Angie, dela ter seguido os passos de Maria. Finalmente chegou à parte da chantagem que fez a Gérmen: ou acabava com o casamento com Angie ou contava a todos que Miguel e Rosário os traíram e tinham uma filha.

— Espera...o teu avô e a tua avó tiveram um caso...e tiveram uma filha? Isso quer dizer que essa tia é irmã do teu pai, da tua mãe e da tua madrasta que é também irmã da tua mãe...que confusão.

— Foi horrível, a Angie acabou por sair de casa com a Clara porque não queria que avó Angélica soubesse de nada.

— Espera...quem é a Clara?

— Ah! É minha...a nossa irmãzinha. Filha do papá e da Angie...

— Ok, tenho uma irmã e ninguém me contou nada. Estou ofendida…

— Desculpa Lu, mas com a chegada do avô ficou tudo complicado e confuso…

— Mas nem uma mensagem nada…

— Nem me lembrei de te contar...desculpa a sério. Mas ela é a coisa mais linda desde mundo.

— Ok adiante, porque é que vieram para Sevilha? E onde estão o Gérmen e a Angie?

— O avô queria-nos levar para Madrid: a mim e à Clara, ficar com a nossa guarda...percebeste?

— Sabes que és maior, ADULTA...logo o teu avô não pode nada, ele não te pode levar para Espanha sem tu quereres...- e de repente...- Ah, já percebi, Clara. Não a ias deixar ir sozinha, certo?

— Só eu sei o que sofri fechada em casa, sem nunca poder sair, sem amigos, sem vida...eu nunca a iria deixar sozinha. Por isso viemos para cá...fugimos. Entretanto o papá e a Angie fizeram as pazes e foram fazer uma viagem os dois sozinhos...

— Ok. E o Leon porque é que está zangado, chateado...sei lá...

— Essa é outra história...- e Vilu conta-lhe o que se passou quando conheceu Luzia...- Eu sei que ninguém tem culpa, mas...

— Vilu eu até te posso perceber, mas vais fazer "birra" até quando?

— Eu não estou a fazer “birra”- Simplesmente não é fácil de repente…

— Vais ficar aqui durante um tempo, não vais conseguir evitá-la para sempre..."Irmã" há que enfrentar o boi de frente...certo?

— Tinha saudades tuas...- diz Vilu rindo e abraçando-se a Ludmila...- Agora vamos, tens que conhecer a tua nova irmã.

Saíram as duas do quarto, e foram ao quarto de Rosário onde Clara dormia, mas apenas encontraram Lia que arrumava o quarto. Perguntaram-lhe por Clara, ela respondeu que já tinha acordado e que estava com Rosário na sala. Elas descem e vão diretamente a sala de jantar onde estão todos a tomar o pequeno-almoço, Violetta cumprimenta todos com um Bom Dia e vai ter com Clara que logo a chama "Bilu"...

— Bom Dia minha princesinha...Lu está é a Clara...Clarita está é  a Lu.

— Hum! Parecida com a Angie, um toque ou outro de Gérmen e...Graças a Deus nada a ver contigo.- Todos olham para ela com cara de espanto e de incredulidade...quando de repente se ouvem quatro risos completamente diferentes: Leon, Fede, Vilu e a própria Ludmila.

— Tu não mudas mesmo...mas eu sei que não dizes essas coisas por mal…

— Não...estou a falar muito a sério. Ela tem tudo para ser uma mini Supernova...se tu não te meteres claro.

— Tu sabes que ela é mais minha irmã, do que tua? Por isso é mais provável que saia a mim do que a ti.- Diz-lhe Violetta meio a sério meio a brincar.

— Pois, mas sabes que essa coisa de sangue e tal...não é assim tão linear, e depois com a minha ajuda ela vai ser sim uma Supernova.

— Vocês as duas podem acabar com isso...- diz por fim Leon...- sentem-se e tomem o pequeno-almoço por favor. Pessoal esta é a Ludmila...

— Avó eu queria dizer-te uma coisa antes de começarmos...eu sei que tenho sido um pouco...quer dizer muito injusta contigo. Eu quero-te pedir desculpa...- Rosário não disse nada apenas a abraçou...

— Claro que te perdoou...mas também tenho que te pedir desculpa eu devia ter-te tido alguma coisa.- e de novo se abraçam.

— Agora só falta pedires desculpa à minha mãe.- Diz Tati com um sorriso de orelha a orelha, todos olham para ela...- O quê? A Violetta também tem sido muito má com a minha mãe.

— Tati, eu sei que não tenho sido muito simpática com a tua mãe e eu peço-te desculpa se ficaste triste...

— Eu não estou triste, a mamã é que está triste…e eu não gosto de a ver assim, e se já falas com a avó…podes falar com a mamã?

— Tati as coisas são um pouco mais complicadas, vais ter que esperar mais um bocadinho. Mas prometo que vou tentar…

— Sabes Violetta, as coisas não são nada complicadas vocês adultos é que as fazem complicadas...eu só não quero ver a mamã triste.

—Talvez tenhas razão que tal hoje à noite quando ela chegar eu e tu falássemos com ela...tu podias ajudar-me.

— Combinado. Vilu, esta loira que chegou é a Ludmila aquela do arame não é? Ela é tua amiga?

— Sim é a Ludmila, e ela é mais que uma amiga...é minha irmã, minha companheira, minha parceira...é alguém especial. Vais gostar dela.

Depois do pequeno-almoço enquanto os mais novos foram brincar, Vilu, Leon, Ludmila e Fede decidiram ir passear por Sevilha e recordar os momentos inesquecíveis que passaram nesta cidade. Tati também quis ir e depois de muito bater o pé e de Vilu prometer que tomava conta dela Rosário acabou por a deixar ir, apesar de saber que Luzia era capaz de não gostar, mas Tati gostava tanto da prima e Vilu também adorava a menina. Passearam muito, Tatiana estava feliz da vida estava com os seus ídolos e podia ver todas as meninas a olhar para ela com inveja. Violetta conseguiu finalmente esquecer-se de todos os problemas, estava feliz, ela e Leon tinham feito as pazes e Ludmila e Fede estavam ali...decidiram ir ao Estúdio todos eles tinham saudades de cantar juntos e Francisco tinha lhes tido que podiam voltar sempre que quisessem. Assim quando lá chegaram ele os recebeu de braços abertos, Tati estava deslumbrada...

— Vilu...olha este não é o Tio Gérmen?- pergunta Tati apontando para a foto de Gérmen, com Francisco e António.

— É...ele estudou aqui quando era mais novo. E pelo que disse o Francisco um dos melhores alunos do Estúdio.

— Que fixe...eu também gostava de estudar música, mas a mamã diz que eu ainda sou muito nova e que tenho é que ir para o colégio e estudar.

— Pobre de ti...outra Violetta...- diz-lhe Ludmila...- Temos que ajudar esta miúda...Leon, Fede, Vilu...- para as guitarras e para o piano...- Estás pronta miúda...vamos cantar e fazer de ti uma Mini Estrela.

E começaram a cantar: primeiro "Em meu mundo" depois "Destinada a Brilhar", Tatiana cantava bastante bem...no fim Vilu ficou a olhar para o Estúdio, como seria bom encher aquele lugar de novo com música, António iria gostar tenho a certeza, estava tão distraída que nem viu Leon a aproximar-se e apenas o sentiu quando ele a abraçou por trás.

— Em que estavas a pensar meu amor?

— Estava a pensar no António...acho que ele gostaria que este lugar ganhasse de novo vida.

— Talvez...tens saudades do Estúdio?- Perguntou-lhe Leon.

— Tenho: do Estúdio, do Pablo, do Beto...da Fran, da Cami...não sei se algum dia vamos voltar à Argentina, isto já para não falar que tu vais ter que voltar o Pablo não vai conseguir ficar sem três professores durante muito tempo...

— Shiuu! Mas não vou voltar já, para além disso não vais ficar para sempre...tu vais voltar a ver todos de quem gostas, por isso não revirei a pensar assim.

— Eu Amo-te...- abraçaram-se, beijaram-se e voltaram a abraçar-se.

— Aí os pombinhos podem descolar-se está na hora de voltar...- diz Ludmila com um ar meio chateado meio de gozo.

— Tu estás é com saudades disto...- e Fede dá-lhe um beijo demorado onde se sente todo o amor que sentem um pelo outro.

— Podemos ir para casa Vilu...estou cansada...- fala finalmente Tatiana que se encosta nela e em Leon, já quase com os olhos fechados...Leon que continuava a abraçar Vilu, larga-a e pega Tati ao colo.

Entretanto Gérmen e Angie acabavam de chegar ao seu destino: Sintra considerado por muitos como a Riviera Portuguesa, foi em séculos passados o local eleito por inúmeros nobres quer portugueses quer estrangeiros como local de eleição para se estabelecerem, o que resultou no aparecimento de mansões e palácios em cada canto desta Vila, é por excelência o local para o romance. Chegaram por fim ao local onde iriam ficar: O Palácio de Seteais, transformado em hotel no séc. XX.

— Vamos amor...- e Gérmen leva Angie que está completamente deslumbrada com o local. Tratam do Check-in e são levados até ao quarto, uma magnífica suite. Angie entra e logo vai ao pequeno terraço admirando a vista deslumbrante, Gérmen fica ainda um tempo a falar ao telefone mas logo vai até ela.

— É lindo amor...eu nem tenho palavras. Amo-te, és o melhor que me aconteceu, deste-me a nossa filha que é o meu maior tesouro, e deste-me a minha sobrinha que eu amo de coração.

— Tu fizeste-me um homem melhor Angie, conseguiste o que eu achava impossível transformar o meu coração de gelo num coração cheio de amor. Obrigada amor por me fazeres feliz todos os dias.- E deixaram-se estar ali durante um tempo, até que Gérmen resolveu levá-la a passear pelos jardins. Estava uma tarde de sol, mas havia uma brisa suave que fazia com que estivesse uma temperatura amena.

Durante o passeio Gérmen contou a Angie a história e a origem do nome do Palácio. Existiam duas versões bem diferentes uma teria a ver com a própria história de Portugal, segundo a lenda um dos cavaleiro de D. Afonso Henriques na altura das conquistas terá lutado com vários mouros nesta zona do país e conquistado este palácio. Encontrou então uma princesa Moura com a sua aia, este se enamorou dela porém esta estava amaldiçoada e se exclamasse sete vezes "ai" no último morreria; e assim aconteceu, e D. Mendo chamou ao palácio "Sete-ais". A outra consta em se gritarmos na estrada junto do palácio um "ai" esse ecoará sete vezes.

— Será que resulta? Se gritarmos...será que o eco repete sete vezes?

— Não sei...são apenas histórias. E se fossemos andando estou com fome...e temos que nos arranjar.

Assim foram para o quarto, mas o que Angie não sabia é que tudo estava preparado para que eles tivessem uma noite especial. Quando chegaram ao quarto Angie reparou que havia um caminho de rosas desde a entrada do quarto até à porta do terraço, ela olhou para Gérmen que apenas lhe sorriu, ela continuou até ao terraço e...no meio estava uma mesa com velas acesas, e música.

— Foste tu que preparaste isto tudo?

— Não, quem preparou não fui eu mas eu tive a ideia...

— Está tudo tão lindo...obrigado amor, vou-me arranjar...

— Não...- disse Gérmen puxando-a para ele...- estás perfeita assim, para além disso tenho intenções de eu mesmo te tirar essas roupas.

— Gérmen...- Angie logo fica vermelha que nem um tomate, mas dá-lhe um sorriso como se lhe estivesse a dar autorização. Jantaram, dançaram e por fim se entregaram àquele amor imenso que ambos sentiam.

Quando Vilu, Leon, Ludmila e Fede chegam a casa, veem uma Luzia estática à espera deles, assim que eles param o carro e saíram do mesmo, esta corre até eles, furiosa.

— Onde e que vocês estavam? Está quase na hora de jantar e nada de chegarem...Tatiana! Que é que aconteceu?

— Calma, ela está apenas a dormir, estava cansada. E a avó sabia que tínhamos saído com ela.

— A tua avó não é mãe dela, e não tinha nada que a deixar sair contigo...com vocês...

— Calma...a Tatiana está de volta sã e salva. E adorou o passeio...- diz-lhe Leon que tenta acalmá-la.

— Eu não estou a falar contigo. Eu estou cansada disto, eu não tenho culpa se sou parecida com a tua mãe, e não tenho culpa se o teu avô é doido...estou cansada dessa tua atitude de menina mimada...

— Nós fomos só passear...eu peço desculpa por nos termos atrasado e devíamos ter avisado mas...

— Chega…se queres continuar com essa atitude infantil de não me falares de nem se quer me olhares tudo bem é contigo. Mas não podes fazer o que te apetece só porque sim e muito menos com os meus filhos. A partir de hoje acabaram-se as birras, percebeste?

Violetta nem sabia o que responder...ela estava disposta a resolver as coisas com a tia, a tentar estar com ela apesar de tudo, apesar de lhe custar olhar para ela e ver a mãe, no entanto, percebeu que Tatiana estava a sofrer com tudo e por ela ia tentar, pela avó que não merecia e até por Lúcia. Mas ela viera com sete pedras na mão, sem se quer dar um hipótese, sem a ouvir. Violetta não sabia nem o que dizer até porque tudo o que pudesse dizer naquele momento não iria adiantar, por isso resolveu sair dali a correr...sem saber sequer para onde ia. Passou por Chica e pela avó que ainda a chamaram mas ela nem parou...estava de novo sem conseguir respirar...precisava de ar desesperadamente...

— Vilu...Vilu. Não sei se sabia mas a Tati tinha conseguido amolecer o coração dela, elas as duas iam conversar consigo, a Vilu ia-lhe pedir desculpa...agora com licença vou deitar a Tatiana.

— O que é que aconteceu? Leon...Luzia alguém me explica o que aconteceu? - Pergunta Rosário que viu Leon passar com Tati ao colo a dormir e logo a seguir Luzia a chorar...e dirigindo-se a Ludmila e a Frederico- Vocês podem explicar-me o que aconteceu?

Estes explicaram a Rosário e a Mercedes o que se tinha passado, nenhuma das duas estava a reconhecer Luzia, ela não era assim. Alguma coisa se estava a passar, Rosário subiu, tinha que falar com ela, encontrou Leon que apenas lhe disse que deixara Tati no quarto a dormir e que ia procurar Vilu.

Violetta estava junto da piscina, tentava respirar, tentava receber o ar que tanto precisava...mas parecia que alguém ou algo lhe estava a apertar a garganta e o ar teimava em não passar, de repente começou a ver tudo nublado, pareceu-lhe ver alguém, seria Leon? Gritou por ele mas a sua voz apenas suou como um gemido e de repente tudo ficou negro. Leon saiu para o alpendre pareceu-lhe ver alguém junto da piscina, mas de repente a pessoa caiu para dentro da piscina...Leon não sabia como, porque dali era impossível perceber quem era, mas sentiu que aquela era Vilu, talvez tivesse decidido dar um mergulho para se acalmar, começou a andar até lá e quanto mais se aproximava, mais nervoso estava ela não se mexia...e de repente ele percebeu o que se estava a passar, correu o mais depressa que conseguiu gritou por Vilu, gritou por Fede, e de novo por Vilu e mais uma vez por Fede. Mergulhou e retirou-a da piscina, ela estava desacordada, nessa altura já todos estavam junto de Violetta.

— Vilu...Vilu...- Leon tentava acordá-la...- Vilu por favor amor acorda.

— Violetta...o que aconteceu Leon? Leon...- perguntou Fede que acabara de chegar junto de Ludmila, e Chica que logo sai...

— Vilu...por favor...Vilu...- Leon chora sem conseguir controlar-se até que de repente alguém o empurra.

— Chica chama uma ambulância rápido...vocês alguém viu o que se passou?

— O Leon...- diz Ludmila...- Leon...Leon...- mas este estava noutro mundo, ele olhava para Violetta deitada à beira da piscina desacordada e as lágrimas corriam-lhe sem que ele tivesse controle sobre elas. De repente à sua frente vê Frederico...

— Leon...sei que estás mal, mas precisamos de saber o que se passou...

— Eu não sei...eu vi-a junto da piscina, e depois ela caiu...mergulhou...eu corri quando percebi que ela não vinha ao de cima...e atirei-me...e...

— Ela estava consciente quando caiu na piscina?- pergunta Luís que continuava a tentar reanimar Vilu.

— Não sei...não sei...- e nesta altura chega Rosário com Luzia e Mercedes.

— Violetta...o que é que aconteceu...Luís...diz-me alguma coisa.- pedia Rosário desesperada.

— A ambulância está a chegar...- e de repente chegam os paramédicos.- rápido...ela está com pulso mas muito fraco. Penso que desmaiou e caiu na piscina.

Os paramédicos trataram de Violetta, colocaram-na na maca e levaram-na para a ambulância, Luís foi com ela na ambulância os outros deviam ir de carro atrás. Mercedes decidiu ficar alguém tinha que ficar com as crianças para explicar o que se tinha passado. Assim que chegaram ao Hospital, Violetta foi encaminhada para o S.O. (Sala de Observação), Luís seguiu com ela, e os outros ficaram na sala de espera.

Angie estava no meio de um jardim cheio de flores: rosas e violetas. Era um local lindo onde se respirava paz e tranquilidade, foi caminhando até que vê alguém que ela reconhece de imediato: Maria é ela...a sua irmã...

— Maria, sinto tanto a tua falta...tenho saudades...- e só nessa altura Angie percebe que Maria está a chorar.

— Angie...minha pequena...meu pequeno anjinho...

— Maria estás a chorar? É por causa de mim e de Gérmen...perdoa-me mas eu amo-o...eu não queria mas...

— Angie é a Violetta, ela precisa de ti...olha...- Angie olha para onde Maria lhe aponta e vê Vilu a tentar chegar até onde elas estão...- ela não pode estar aqui...vai ajuda-a, salva a minha filha.

— Salvar a Vilu...mas...- e olha de novo onde está a sobrinha.

— Angeles...salva a minha filha. Por favor.

Maria apenas a chamava pelo seu nome quando se zangava ou se havia algum problema grave, por isso Angie levanta-se de onde está e tenta chegar a Vilu...mas quanto mais se aproxima mais longe ela está. Angie grita por Vilu, olha para Maria que chora e lhe pede que salve a filha. Quando está prestes a agarrar a mão da sobrinha, ela simplesmente desaparece da sua frente…e é nessa altura que Angie solta um grito.

— VILU...- e nesse momento acorda, fora um pesadelo ou um aviso, Angie estava de novo com um sentimento ruim dentro dela. Gérmen que acordara com o seu grito abraça-a.

— Angie estás bem...calma foi só um pesadelo...

— Não...Gérmen aconteceu alguma coisa...por favor eu sei que se passou alguma coisa. Liga para a tua mãe...

— Angie é tarde...foi só um pesadelo, amanhã falamos...anda vamos dormir...- e apesar de lhe dizer que não fora apenas um pesadelo, que tinham que falar para Rosário, Gérmen tentou acalmá-la pois se de facto acontecesse alguma coisa a mãe ligaria, mesmo não querendo acabou por adormecer aconchegada nele.

No hospital Violetta estava a ser assistida, Luís estava com ela, Luzia quis ficar também mas este não a deixou, ela estava muito nervosa e convenceu-a que naquele momento o melhor seria ela ficar junto de Rosário. Leon estava desesperado, andava de um lado para o outro, com os punhos fechados para se tentar acalmar, Ludmila abraçada a Fede chorava aflita, este por sua vez tentava aclamar os dois.

— Rodrigo...tens alguma novidade da minha sobrinha? - Luís e Rodrigo eram amigos desde pequenos ambos tinham feito faculdade de medicina juntos, para além de ambos serem padrinhos do filho mais velho de cada um. Eram daqueles amigos para uma vida inteira.

— Luís...já conseguimos estabiliza-la, está a respirar sem recursos o que é um bom sinal, mas continua desacordada. Sabes o que se passou?

— Não exatamente, sei que discutiu com Luzia e que ao que parece desmaiou antes de cair na piscina.

— Doutor Rodrigo...precisamos de si de novo...- e o médico volta a entrar, o que deixou Luís nervoso não era um bom presságio ele ter sido chamado de novo, passado um tempo Rodrigo volta a sair.

— As notícias não são boas, ela teve uma paragem cardiorrespiratória, conseguimos estabilizar de novo o quadro mas tivemos que a ligar ao ventilador por precaução.

— Rodrigo...não me escondas nada, como é que ela está?

—Ela entrou em coma Luís, vamos fazer alguns exames e vou chamar o Professor Castro. Queres que seja eu a falar com a tua sogra? Para além de ser melhor avisares os pais.

— Obrigado, eu falo...podes pedir apenas que os levem para o meu gabinete...eu acho melhor não falar no meio das Urgências. A Violetta só tem o pai, ele está a viajar.

— Tudo bem, é importante ele estar cá, eu vou pedir que levem a Luzia e a tua sogra até ao teu gabinete, se tiver novidades digo-te.- E saiu para falar com uma enfermeira. Luís foi andando para o gabinete...ele não sabia como iria contar, mas tinham que avisar o pai de Vilu. Luzia entrou sem bater a porta...olhou para Luís, ela conhecia-o suficientemente bem para perceber pelo seu olhar que era algo grave.

— Luís...eu conheço-te...é grave não é? Fala por favor...

— Preciso que se acalmem todos.- e sem querer prolongar aquela situação continuou...- Sim é grave a Violetta entrou em coma.

— Não...Luís diz-me que não. A minha neta...Luís diz-me que ela vai ficar bem por favor.

— Rosário eu sei que é difícil, mas temos que ter esperança...ela é jovem. Os meus colegas estão a fazer mais alguns exames eles acham que pode haver mais alguma coisa...

— A culpa é sua...- diz Leon apontando para Luzia...- Não tinha nada que discutir com ela...a culpa é sua...

— Leon agora não é hora de arranjarmos culpados e sim de nos concentrarmos em Vilu.- Diz-lhe Fede abraçando-o, Leon não suporta mais as lágrimas que teimam em cair...

— A Vilu queria falar com ela...ela estava a sofrer porque não conseguia olhar para si sem se lembrar da mãe, mas estava disposta a fazê-lo...

— Leon, ouve o colega que está a tratar de Violetta acha que a discussão apenas apressou o desmaio ele acha que ela tem mais alguma coisa...por isso estão a fazer exames.

— Luís, o que é o Rodrigo acha que ela tem? E não me digas que não sabes, vocês não escondem nada um do outro.

— A verdade Luzia é que ele também não sabe, está a fazer exames e pediu para chamar o Professor.- Luzia percebeu naquele momento que o quadro da sobrinha era realmente grave e que não sabiam mesmo o que ela tinha, só chamavam o Professor Jorge Castro quando era alguém da família de algum membro do hospital ou então se o quadro era mesmo muito grave.

— Eu não quero acrescentar mais drama a isto tudo...mas alguém tem que falar a Gérmen e à Angie.- Diz Ludmila também ela com lágrimas nos olhos. E assim que ela diz estas palavras o telefone de Rosário toca...todos se olham.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que tem Violetta???

Próximo capítulo já está a meio...
Recomendem, Favoritem e Comentem...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Violetta - O Recomeço" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.