Amor à segunda vista! escrita por Yasmin, Yasmin


Capítulo 14
Capitulo 14 — Tudo à perder


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu amores...
Como vão?
Saudades dessa história. Sumi por esses dias visto que tinhas muitas ideias para esse capitulo. Escrevi, reescrevi e não conseguia me decidir. Mas, graças a Deus eu consegui finalmente chegar a uma conclusão. E de coração espero que vcs gostem do rumo que estou dando pra esse casal. Especialmente, a partir de desta atualização...
Bom, peço desculpas novamente e peço perdão pelo meu amadorismo. Essa é minha primeira fanfic com essa narrativa. O que está sendo um desafio para escrever, viu. Peguem leve comigo .... e se tiver erros me perdoem ... eu sempre tento corrigir os erros, alguma palavra, letrinha que foi invertida na hora da digitação... Bom é isso... chega de falatório. E sobre os comentários... vou responder a todos ate o final de semana ...
Boa leituraaa..



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Springfield, Sábado, 14:35

A missão de capturar Snow parecia cada dia mais impossível. Peeta já havia ficado semanas na cola de Mérida. Grampeado seu telefone, rastreado a conta bancaria. Tudo o que fosse possível. No entanto, não conseguira nada que pudesse leva-lo até o avô da moça.  Pois ela era discreta.  Ia da faculdade pra casa, nos finais de semana, passava uma parte do tempo na biblioteca da publica da cidade. E somente as vezes fazia viagens rápidas e saídas curtas que não demoravam, mais que alguns minutos nas boates das cidades onde passava. Ela parecia treinada, o fazendo acreditar que Mérida Snow com aquele rostinho de anjo não era totalmente inocente.

Ele suspeitava também, pelo exagerado número de dígitos positivos em sua conta bancaria. Era muito dinheiro para uma herdeira, cujos pais falecidos e falidos, não tinha cacife de deixar para ela.

 Ele já havia descartado a possibilidade de ser herança dos seus pais. Pois os nomes de ambos se encontravam nos registros de dívidas públicas do estado.

 E desde o falecimento deles, o que acorrerá quando a garota era apenas um bebê.  Ela passou a ser responsabilidade do estado, já que seu único parentesco vivo, era seu avô, um imigrante russo, que desde os anos noventa já era um foragido da policia americana. E agora estava usando a neta como seu bode expiatório.

— O que ela faz tanto nessa biblioteca? – Cato falou, enraivecido pelo trabalho que a moça estava dando.

— É uma biblioteca, Cato, o que as pessoas fazem numa biblioteca? — rosnou Joe mais irritado ainda, achando a indagação de Cato completamente desnecessária, ao contrário de Peeta que não havia achado a observação tão pífia, mas sim inteligente, talvez fosse à pista que precisavam para dar um passo à frente.

— Cato tem razão, essa patricinha não parece ser ávida por leitura, tem algo estranho em seu comportamento, vou checar — Ele saiu do carro, batendo a porta e orientou os amigos a se afastarem, já que a van estava parada ali tempo o suficiente para levantar suspeitas. — Voltem daqui meia hora — Cato e Joe, se foram.

Enquanto subia os degraus que o levariam para biblioteca pública, Peeta ajeitou a camisa por dentro da calça e colocou no rosto um óculos de grau que estava dentro da bolsa de couro, cuja  carregava no ombro.

Antes de entrar, ele ajeitou os cabelos, deixando-os uniforme e, seguida abaixou as mangas da camisa ¾ escondendo a tatuagem, fazendo o ganhar, a aparência que ele tinha quando ainda cursava faculdade. Estava novamente parecendo um nerd.

Lá dentro, o número de pessoas era maior que esperava, na verdade ele não se lembrava que Springfield tinha uma biblioteca tão vasta como aquela. Ele passou o olho ao redor e, num canto nas mesas com computadores, viu Mérida concentrada na tela plana a sua frente, no entanto as escrivaninhas que ladeavam a sua, estavam ocupadas, bem como havia outros usuários a espera de uma vaga. Então, Peeta decidiu circular por entre as prateleiras, até chegar na sessão de livros que interessariam a Mérida, caso ela realmente tivesse se dirigido ali para estudar, o que não era o caso, já que a moça estava utilizando o computador para pesquisas comuns, diferente dos outros usuários que apenas pesquisavam os títulos dos livros e deixavam o próximo usar.

Mas, porque diabo estava fazendo isso?

A resposta era clara, ela não queria deixar rastros.

Um tempo depois de esperar, uma das máquinas ao lado da garota ficou disponível, e com uma pilha de livros ele se sentou exausto, fingindo estar ali, pelo mesmo motivo que ela, pesquisando assuntos relacionados ao seu curso de arqueologia, dando a impressão que coincidentemente ambos tinham aquilo em comum.

— Com licença, você tem a senha dessa máquina? — ele fingiu não saber — Não estou localizando — sorriu de lado, fazendo o cabelo da nuca de Mérida eriçar, antes de enfim conseguir responde-lo. Até nerd ele era bonito, certo?

— A senha é padrão — Ela inclinou o corpo procurando um adesivo que confirmaria sua resposta. — Aqui está, se fosse uma cobra lhe picaria — ultrapassou a linha imaginaria da mesa dele e inseriu os dígitos que liberariam o acesso do computador à Peeta.

— Obrigado — ele disse sorrindo mais do que gostaria.

Mérida não conseguia prestar atenção em nada mais, além dele.

— É primeira vez que venho aqui — Ele quebrou o contato, deixando ela completamente sem graça. — Obrigado — começou a digitar na tela o título de um dos livros que havia pegado.

— De nada — Ela olhou para o chão ao seu lado e só depois para tela a sua frente. Mas, fosse o que fosse que fazia ali, já não tinha importância, assim ela começou a fechar as abas das páginas que visitava, uma a uma, enquanto iniciava uma conversação com ele — Arqueologia? — Observou a pilha de livros que estavam na mesa dele.

Peeta sorriu por dentro.

— Sim — respondeu sem tirar os olhos da tela — Sou professor, gosta?

— Muito — falou estonteante. — Estou no segundo ano.

— Jura? — ele voltou à atenção a tela a sua frente e depois estrategicamente para Mérida novamente, fazendo com que a moça se explodisse por dentro ao escutar o final do flerte dele...

 

♡♡♡♡

 

— Vou parar de te amolar. — disse Mérida

 Naquela altura, depois da conversa animada que Peeta manteve com ela sobre o pouco que sabia de arqueologia. Ele estava convicto que sua estratégia de se aproximar da garota não havia sido falha.

— Sem problemas — respondeu ajeitando a coluna na cadeira — Só precisa terminar essa pesquisa o quanto antes, ainda tenho o museu para conhecer.

— Certo.

Ele voltou a prestar atenção à tela, enquanto Mérida tentava com todas as forças da sua mente expulsar o encantamento que em pouco tempo sentia por ele. Ela não conseguia se lembrar de qual tinha sido à última vez que manteve uma conversa normal sem que fosse impedida de fazê-la.

A garota desde muito nova tinha uma vida de nômade. Pra lá, pra cá, ou qualquer lugar mais longe que pudesse ficar da sua origem, do passado nada honroso dos pais e principalmente do seu único parentesco vivo: Seu avô, Snow.

No entanto sabia que aquele momento prazeroso ao lado do homem gentil e bondoso cujo nome ela não fazia questão de saber, acabaria ali. Pois morreria se que quisesse prolongar o momento e por sua culpa ele acabasse como os outros que havia tentado se aproximar dela.

— Fim — Peeta disse anotando numa folha de papel todos os nomes dos livros que encontrou. — Agora posso perambular pelo museu. — Levantou, ajeitando as coisas, mas antes de sair fez novamente o convite a ela — Tem certeza que não quer ir?

— Não — disse ela tentando sorrir — Já conheço todas as peças daquele museu.

— Uma pena — ele se aproximou e beijou a mão dela — Foi um prazer... — ela ainda não havia dito o nome dela.

— Mérida — respondeu e se segurou para não perguntar o dele.

Não o fez.

Era melhor assim, pensou, enquanto via o corpo dele desaparecer pelas largas e gigantescas prateleiras.

♡♡♡♡

Minutos depois, inexpressivo em frente a uma tela no qual estava o retrato de Presidente Abram Lincoln, Peeta avistou a moça por quem ele esperava se aproximar.

— Você esqueceu seus óculos... de proposito — Continuou, olhando atentamente para o rosto dele, que naquela altura já tinha um sorriso nos lábios.

— Calunia — Ele pegou o objeto e propositalmente fez seus dedos roçarem, nos dela. A sensação de estar flertando com outra mulher que não fosse Katniss não era nada boa. Ou tão fácil como os amigos havia o instruído pelo rádio. — Quer me acompanhar? — disse agora com a consciência pesada mantendo espaço entre eles.

— Seu nome? — ela se posicionou ao lado dele, olhando agora para um cavaleio cromado em ouro.

— Oliver!!

— Como já sabe, sou Mérida — O sorriso dela quase não cabia nos rosto, mas logo murchou ao ver a lança do cavaleiro perfurando um urso. Seu estomago revirava pois fazia a lembrar da morte. De tantas outras mortes que ela sabia que iriam acontecer.

Apreensiva, ela olhou para os lados. Tinha medo de Snow. Era seu avô. No entanto, sabia que ele era um homem perverso, e se ela atrase apenas alguns minutos, tinha receio do que ele poderia fazer... — Eu preciso ir, tenho um jantar com ... — a frase morreu quando ela percebeu que estava falando demais e com um estranho por sinal. 

Sem se despedir, a garota afastou-se, logo em seguida dando as costas para ele, Peeta sabia que não podia insistir sem levantar suspeitas.

— Obrigado — Ele falou mostrando os óculos pela ultima vez.

♡♡♡♡

— Está roubando patrimônio público agora? — comentou Joe quando avistou Peeta com um dos computadores da biblioteca no braço.

— A garota passou horas nessa máquina. Quem sabe podemos encontrar algum vestígio. Foi bem difícil conseguir tirar isso lá de dentro, cadê Cato? — olhava em volta, procurando algum vestígio do amigo e Joe deu a partida no carro explicando que a ausência do agende Ludwing se dava pelo fato das câmeras implantadas no prédio da garota terem apresentado falhas.

— Ele ficou de consertar e que você descobriu?

— Nada demais... Falei com ela, apenas...

Peeta fez um breve resumo do contato estratégico que teve com Mérida. Repassou, repassou cada palavra trocada entre eles.

— Ela não disse com seria o jantar, na verdade a frase morreu na ultima palavra. Mas tudo indica que pode ser o avô.

— Talvez — Joe estacionou o van duas quadras do edifício onde Cato estava. — Vou tentar tirar algo daqui — Joe foi para carroceria da van e ligou o notebook, e os demais equipamentos que o ajudariam a invadir a memória da máquina que ela havia acessado.

 Com Joe concentrado em seu oficio, Peeta aproveitou a folga do momento e tentou pela quinta vez naquela noite falar com katniss e nada. Então, para dissipar sua preocupação ele telefonou para agencia e fez contato com Haymitch que cobrava a todo o momento progresso na investigação.

— Precisamos ir — afobado Cato bateu nas laterais da van.

— O que foi?

— Ela está indo para o aeroporto.

— Como assim?

— Não sei, só sei que precisamos ir e um de nós precisa chegar ao mesmo tempo que ela.

♡♡♡♡

Durante o percurso até o aeroporto, depois de discutirem quem embarcaria no voo, eles chegaram à conclusão que Peeta seria a ponte entre a garota e o FBI.

 Depois que o setor de tecnologia passou a informação do avião de Mérida, com apenas uma bolsa de ouro, onde ele carregava o necessário, Peeta comprou a passagem para mesmo destino que ela; Chicago.

Para não causar estranheza na garota ele optou por outra companhia érea. Durante o voo ele estudou as coordenadas e pode perceber que aquela era a quarta viagem que a garota fazia a menos de um mês. 

— O que você esconde senhorita, Snow?

Estudava as fotos dela, por todos os lugares que havia passado. A garota era nova demais pra viver solitária num apartamento de luxo com apenas um gato. Seu comportamento também dava a impressão de estar sempre à espreita, esperando alguém aparecer. Na verdade parecia uma fugitiva, mas de quem?

“Chicago” ele avisou Joe, que veria a mensagem logo que chegasse a cidade.

Circulando pela multidão de pessoas, Peeta caminhou até as dependências do FBI que ficava aeroporto. Lá ele recarregou a arma, fez contato com a agencia, dando tempo do avião de Mérida pousar.

Ela desceu — outro agente o informou assim, que conseguiu a informação do centro de controle.

Peeta caminhou como um passageiro qualquer, até chegar ao portão do desembarque. Como a garota havia pegado uma nave fretada, ela apenas passou por entre as pessoas, que apressadamente andavam na direção da esteira em busca de suas bagagens. 

Sorrateiramente, ele foi atrás dela.

Mérida caminhava assustada, aquela viagem novamente não estava em seus planos, na verdade desde que alcançara a maioridade, todos os planos que ela pensava que poderia seguir havia evaporado.

Sem ela saber, desde que nasceu seu destino já havia sido traçado, e mesmo que quisesse não poderia fugir disso.

Peeta estranhou quando, com urgência a garota entrou num táxi, mas dois homens corpulentos tentavam na base da conversa, persuadi-la para que ela os acompanha-se num carro blindado. Mesmo com o semblante apavorado ela não cedia.

Pensou que talvez, pudesse segui-los. Mas, olhou para trás e não via sinal dos parceiros. Ele sabia que não estava autorizado a seguir sozinho, mas também sabia que perde-la de vista só o atrasaria.

— Algum problema aqui? — Peeta atravessou a conversa dos três.

— Não... — ela respondeu olhando para os brutamontes que analisavam Peeta. — Esses senhores não estão entendendo — ela forçou a mente para se lembrar do nome dele: — Eles só pensaram que eu não iria mais ocupar o táxi... Oliver.

— Ela chegou primeiro, sei que é difícil encontrar outros carros, mas tenha fé — deu dois tapinhas no ombro de um dos mau encarados que o olhavam com raiva — Mas, boa sorte — entrou no carro, sentando-se ao lado dela.

Ele sabia que não deveria se arriscar dessa maneira, na verdade, pela primeira vez na vida, não fez isso pensando na pobre menina indefesa, a aquela altura do campeonato, a saudade de Katniss era tanta que tudo que ele desejava era finalizar o caso. E perder Mérida de vista, anulava as únicas chances de localizar o paradeiro de Snow.

O setor de inteligência recebia todos os dias ameaças falsas de ataques em parques ou em entidades publicas. E embora ainda não concretizados, a agencia temia que a qualquer momento o alarme soasse verdadeiro e aterrorizasse a todos novamente. Após os ataques do onze de Março o terrorismo passou a ser o principal entre os crimes federais, ultrapassando até mesmo o trafico que assolava as fronteiras americanas.

— Obrigada, eu não sei como agradecer.

— Me explicando quem era aqueles caras. Não caí naquela história...

Mesmo com toda sua esperteza, Mérida naquele primeiro momento não foi capaz de se perguntar quem ele era de verdade. E o que fazia ali. Só conseguia agradecer mentalmente, por ele ter surgido assim de repente. O encontro Snow era inevitável. Mas, rezava para ter de adiar apenas mais uma noite.

— Meus seguranças, sou uma filha rebelde, tento fugir deles o todo o tempo.

— Seguranças? — ele levantou as sobrancelhas fingindo surpresa nisso — Não me diga que virei amigo da filha do presidente? — sorriu.

— Amigo? — ela riu também — Só nos vimos duas... — seu semblante alternou instantaneamente, quando sua mente apenas naquele momento processou, a coincidência dele estar novamente a menos de 24 horas no mesmo local que ela. — Pare o carro — ela gritou assustada para o taxista. — Quem é você? — ela se afastou dele, pressionando a costa na porta. 

♡♡♡♡

Dos sete dias que contemplavam sua semana de folga, ele já havia usufruído três deles. Os dias, as horas, passavam numa agilidade como as correntezas de um rio. No entanto, Peeta e Katniss traçaram planos para que juntos pudessem, aproveita-los, da melhor maneira possível.

O casal se separava apenas, quando ela precisava ir ao trabalho e durante esse período, como havia prometido, ele desinstalava as dezenas de câmeras de segurança que estavam espalhadas pela casa, deixando apenas duas no quarto do bebê e as da área externa da casa. De forma alguma ele abriria mão, pois presava pela segurança da sua família.

E quando a noiva estava em casa, eles exploravam um ao outro da melhor maneira possível ou mais exatamente, fazendo programas que casais de namorados fazem, e até mesmo aproveitaram o momento para escutar os batimentos cardíacos do bebê e, nessa oportunidade, Peeta teve a honra de conhecer uma das tias do seu filho ou filha.

Tum Tum Tum

Eles ouviram mais uma vez e um pouco mais audível, aquele som ocupar todo o ambiente da sala. Os jovens pais não conseguiram naquele momento encontrar palavras corretas que pudessem descrever o que sentiam. Apenas, se olhavam orgulhosos do que haviam feito.

— Estão vendo? — Prim, dizia enquanto deslizava o aparelho na barriga de Katniss. — Ele é pequeno, então ainda não dá pra saber o sexo. Mas... — ela disse com um sorriso largo no rosto —... o importante é que está tudo bem. — guardou o aparelho de ultrassom no suporte e limpou a barriga da irmã com um lenço. — Eu não acredito que vou ser tia e que ainda não tinha me contado isso.

— Eu ia contar — Katniss se levantou com a ajuda de Peeta. — Na verdade, estava no aguardo de ter todos vocês em casa. Algo que está bem difícil acontecer.

Prim olhava curiosa para Peeta, ele era diferente do Gale. Usava um relógio esportivo, calças jeans desbotada e uma camiseta branca sem estampas. Deixando visível a tatuagem através do tecido. E ver sua irmã com arquétipo daquele, era talvez, a única travessura que ela havia cometido desde que elas se entendiam por gente.

— Está perdoada. Só porque serei a médica de minha sobrinha e já que me escolheu preciso que preencha uns formulários.

— Claro — Ela se levantou — Preciso de mais alguma recomendação?

— Sim — Prim destacou uma folha do canhoto, e ditou o que katniss devia e não devia fazer durante os meses. — Principalmente... — ela aproveitou o momento que Peeta precisou atender celular e sussurrou baixinho: — Nada de sexo selvagem, eu sei que é meio difícil de resistir — ela deu um risinho—  Mas, é para o bem de seu bebê.

— Prim — Katniss a repreendeu.

— O quê? Olha pra ele? Aliás, você precisa me contar essa história direito, você terminou com Gale, arrumou um novo namorado e está gravida de 16 semanas?  Quanto tempo ficou sem me ver...

Prim e katniss eram boas amigas, apesar da distância e a vida agitada de medica plantonista, elas sempre se reportaram uma a outra, conversavam, desabafava, brigavam. As irmãs, incluindo Madge que sempre estava em viagem segredavam tudo uma da outra.

— Eu sei que é um pouco complicado, repentino demais, mas ele é um encanto.

— Eu vi, mas e o gale?

— O que tem ele? — o rosto de Katniss ficou sério por um momento.

— Achei que o amasse, fez tanto por ele... — Prim sabia do sacrifício que ela havia feito — Você estudou tanto, enfrentou a lista de espera de Harvard. Fez trabalho comunitário, regrou os melhores momentos da sua vida porque queria aquela promotoria. E desistiu, assim, do nada?

 — Isso não importa mais — Katniss se levantou pegando a bolsa — Eu estou bem, tão bem como nunca estive antes. Trabalhar no FBI é perigoso, eu sei... Mas, se não fosse por isso, eu não teria o conhecido. — ela acariciou sua barriga, olhando para o lado de fora da porta, vendo Peeta, um cara que não aparentava ter o dom paternal agachado conversando com uma criança. De inicio a menina parecia tímida, mas quando ele entregou o origami em forma de passarinho a ela. Viu que seu talento não era especifico para conquistar mulheres.

 — Quando vai ser o casamento? — Ao ver aquela cena, e os olhos cinza cintilantes da irmã na direção dele, Prim não ousaria contestar jamais a forma como eles haviam se conhecido, ou que era insano demais, naquela atualidade, eles ficarem juntos apenas por um descuido de uma noite.

 

  ♡♡♡♡

 

— Está com algum problema? — Perguntou ela assim que eles saíram da clínica. Apesar do momento memorável vivido por lá, katniss com seu faro aguçado, o sentia diferente, mais exatamente, agindo como alguém que escondia algo.

— Não, por quê? — respondeu ele tirando os olhos da via expressa por onde dirigia.

— Nada. — Ela desconversou ainda desconfiada, principalmente, por ele não responder olhando nos seus olhos. Mas não faria disso uma briga. Não até descobrir, com quem ele passava tanto tempo falando ao telefone.

        Já era fim de tarde, quando eles chegaram das compras, após sair da consulta, eles passaram ao mercado, compraram o que faltava em casa; principalmente um estoque enorme de nutella.

 katniss dizia que não tinha costume de comer a especiaria, mas a gravidez, despertava nela, vontades que jamais tivera antes. No entanto o desejo maior que tinha era por Peeta, que nem mesmo a gravidez e a barriga evidente, os impedia de passar horas entrelaçados. Saciando, se deliciando de uma forma que parecia a junção de duas almas.

        Mas, contudo que estava acontecendo, ela não queria passar com ele aquela noite, não com os segredos que escondia desde que havia colocado os pés em casa.

        No início ela não havia se incomodando com aquilo, afinal, ele assim como ela era um agente especial do FBI, mas depois de atender o celular dele e a pessoa do outro lado da linha ficar muda. Ela ficou com dúvidas se realmente o que ele tanto escondia fazia parte do trabalho. Ao mesmo tempo em que queria saber, tinha medo de descobrir. E se fosse o que realmente estava pensando?

— Katniss!!! — Peeta batia na porta do banheiro que ela havia entrado.

Ele não era bobo, sabia que ela estava desconfiada. Desconfiada de todas as ligações que recebia. Se ele realmente tivesse certeza que ela não se chatearia ou até mesmo terminaria com ele quando ficasse sabendo à que estava se submetendo. Com certeza, contaria.  Mas, não queria correr esse risco. Colocar tudo a perder, apenas para ter mais uma missão bem sucedida e conforme o acordado com Haymitch ao final, ele conseguiria sua transferência para o escritório de Chicago.

 — Aonde você vai? — perguntou assim que ela abriu a porta.

O rosto de Katniss estava vermelho.

— Meu apartamento, assim você pode ficar à vontade pra atender suas ligações.

— Katniss... — ele segurou a mão dela que ligeiramente colocava suas roupas que estavam espalhadas pelo quarto na pequena bolsa de viajem. Para ela, não era um rompimento. Só queria que ele dissesse a verdade. Revelasse quem era a pessoa que ligava insistentemente a ele, e o deixava desconcertado quando atendia e nervoso quando se negava atender — ...é só trabalho, Katniss, por Deus!! — Ela queria muito acreditar nisso, mas não conseguia.

— Então me diz quem é Mérida, Peeta? Já ouvi o nome dessa mulher umas três ou quatro vezes. Tenho certeza que é ela que está te ligando.

Assim que ela terminou sua frase novamente o celular de Peeta começou a tocar. Eles olharam ao mesmo tempo para o Black Berry que vibrava impaciente sobre a cômoda. Uma, duas, três ...

Ela o desafiou no quarto toque.

— Não vai atender? — Ele apenas desligou o telefone, não podia estragar o disfarce.  Ao mesmo tempo em que estava odiando aquilo. Sabia que se aproximar de Mérida era sua única saída, afinal um agente do FBI era obrigado a se submeter a situações piores. Seduzir uma mulher, era o menos grave, destas.

— Mérida é meu trabalho. Apenas isso, não atendi porque estou de folga.

— Seu trabalho? — riu de escarnio. Fechando o zíper da mala de uma vez e, colocando-a agressivamente ao chão — Bom trabalho — olhou firme para ele e em seguida deixou o quarto com um Peeta visivelmente desesperado com a primeira briga do casal.

— Katniss....

— Não... — ela o interrompeu nervosa ou talvez decepcionada. Ou a angustia que estava sentindo era apenas pelo estado que se encontrava: Grávida.

Grávida de um homem que ela havia conhecido no primeiro porre da sua vida. Ou talvez no momento mais confuso que passava.

Devia apenas, fechar os olhos e acreditar nele?  Num homem que assim como ela fora treinado para mentir, convencer e até mesmo, matar caso fosse preciso.

— Fica — ele segurou o braço dela, que apenas disse estar cansada. E precisava de um tempo sozinha.

 

♡♡♡♡

 

Mesmo na ausência de Katniss ele não se deu ao trabalho de retornar a Mérida. Estava irritado. Tão enraivecido consigo mesmo, que mal sentia as dores nos vãos dos dedos que sangravam pela violência que esmurrava o saco de areia.

Socos e mais socos. Ele não pararia. Merecia...

Merecia por ele mesmo ter se colocado nessa armadilha. Estava tão obstinado em conquistar a confiança de Mérida que não recuou quando viu que ela estava entregue. Tão entregue ao ponto de tentar beija-lo. Confundir as coisas.

Por sorte, seu reflexo foi rápido. Conseguiu se manter longe. Inventou uma desculpa e desde então, tem levado a “relação” com a garota em banho Maria.

Não tinha escolha. Se manteria assim, até ela finalmente revelar o paradeiro de Snow.

Katniss teria de entender, ao fim de tudo eles se resolveriam. Ele a amava. Sabia que ela também sentia o mesmo. Era notório nos seus beijos. O jeito meigo que ela tocava seu rosto ou no jeito ardente que ela o beijava toda vez que o momento começava a pegar fogo.

Ele era dela.

Ela era sua.

Não tinha espaço para sentir nada parecido por outra mulher.

Cansado e com a respiração acelerada, ele abandonou o saco de pancada e virou a garrafa d'água   na cabeça, fazendo o liquido deslizar pelo resto do corpo. Precisava de um banho. Sentia-se pavoroso.

Peeta deixou a academia e entrou pela cozinha. Em cima da pia ele viu as flores que katniss havia trago de seu apartamento desde que ela passou a dormir ali constantemente. Ela acordava antes dele para regar as flores e dizia que tal cuidado deveria acontecer duas vezes ao dia. A primeira antes do sol nascer e a segunda depois que o ultimo raio de sol se fosse.

Distraído, pensando nela. Peeta não escutou o primeiro toque da campainha. Se tocou disso, ao final da segunda vez. E se apressou para abrir a porta. Com tudo, levando um susto ao ver quem estava a sua frente.

 — Hawthorne! — Os músculos de Peeta automaticamente começaram a ficar rígidos.

 — Mellark! — Gale não agia diferente.

Então os dois se encararam novamente. Assim como aconteceu na formatura.


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Notas finais do capítulo

Olá, eu de novo e ai? Gostarammm?
Cês viram? como prometi no capitulo passado, esse foi especialmente do Peeta... rsrsrs
E não querendo pedir muito, mas já pedindo e agradecendo, gostaria do apoio de vcs nos comentários ou conforme vcs acharem necessário.
Ah, mais uma coisinha, não sei se vcs viram. Bel e eu estamos com uma parceria num romance das alturas. Então, quero convida-las para me acompanhar nesse novo projeto. Espero vê-las lá. Segue o link: https://fanfiction.com.br/historia/720538/Os_Voos_de_Madison/



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