As Vantagens de Ser Um Garoto escrita por Gynger


Capítulo 2
Estupro


Notas iniciais do capítulo

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Passei cuidadosamente a pomada no corte em minha testa. Eu não sabia dizer o que doera mais, o chute de Rowley ou a cabeçada que dei no armário por causa da força daquele chute. Dizem que ele nunca fez nenhuma arte marcial, há, duvido! Aquele garoto só podia ser um gangster, então! Como alguém podia bater daquele jeito?

Sacudi a cabeça para afastar as imagens de Rowley agredindo os garotos no pátio(inclusive a mim). Independente do que doera mais, eu não podia ficar remoendo. Meu lindo rosto estava todo cheio de curativos. Um band-aid no nariz, outro no lado esquerdo da testa, outro na mandíbula direita. E ainda havia as feridas que já criavam casquinha, como a do lábio inferior, a rente à sobrancelha e outra no pé da narina esquerda. Só pensar nas cicatrizes que possivelmente se formariam no meu rosto eu já estava arrepiada.

Se fosse na minha antiga escola, na minha antiga vida, eu estaria surtando. O quê? Uma ferida nos meus lindos lábios delicados? Como eu passaria gloss? E aquele crush jamais sentiria a menor vontade de me beijar! Meu Deus, claro que não! E ele ainda espalharia para os amigos que eu tinha herpes! Ou sapinho...

Gemi silenciosamente ao colocar o band-aid bem no meio da testa, onde eu havia acabado de passar a pomada.

Agora eu realmente parecia um garoto. Minha pele ainda era levemente delicada, mas as rouxidões embaixo do olho esquerdo e os curativos combinados ao meu topete cacheado me fazia parecer um delinquente saído dos anos 80.

Fiz um biquinho como se fosse tirar uma foto e analisei meus ângulos no espelho. Soltei mais um botão da camisa do uniforme da escola e, com meu biquinho, joguei um beijo para o espelho.

Sim, eu estava fazendo graça com a minha miséria. No entanto, o que mais eu poderia fazer? Eu admito que não era uma das garotas mais bonitas, mas me encaixei perfeitamente na lista de garotos mais bonitos.

Baixei o espelho de rosto e levantei-me da escrivaninha. Puxei a gravata vermelha listrada, já frouxa, até ela sair totalmente e a joguei na cama.

Quando tudo isso acabasse, meu pai saísse da cadeia, os verdadeiros criminosos fossem presos e meu irmão encontrado, eu contaria tudo à Louise e juntas escreveríamos um best-seller avassalador. Seria baseado nas minhas aventuras nesse colégio horrível, só que, claro, com um contexto e uma historia beeem diferente. Com muito romance...

Antes de adentrar o banheiro para colocar meus pijamas, fui checar a porta. Todas as noites antes de dormir eu praticava esse ritual. Meu maior medo era ter o quarto invadido por aqueles garotos horríveis. Eles eram desumanos! O que poderiam fazer se descobrissem que eu não passava de uma delicada moça? Não tão delicada por conta de todos os hematomas que eles mesmos me presentearam, mas ainda assim uma moça.

Assim que me certifiquei de que a porta estava devidamente trancada, as batidas vieram.

— Quem é? – perguntei hesitante. No entanto eu sabia exatamente quem era.  

— Sou eu, Matt. – respondeu ele do outro lado.

Matt mal esperou eu abrir a porta e entrou como uma bala. Após trancá-la, virei-me para ele.

— O que está fazendo ainda vestido desse jeito? – ele ajeitou os óculos fundo de garrafa e me olhou de cima a baixo.

— Ham... – encarei seus olhos azuis nervosamente, subitamente me lembrando que hoje era sexta-feira. – Eu não sei se é uma boa ideia, Matt...

Eu me preocupei com regras apenas no começo. Mas quando entendi que a minha presença ali já era uma violação da regra mais absoluta, era tarde demais. Minha vida já havia se tornado uma retratação do Inferno de Dante.

Por isso, eu não estava preocupada em descumprir regras. Estava era com medo de ser espancada em um beco escuro onde não havia inspetor nenhum para me socorrer.

— Bora, Larry, larga de ser covarde. Faz um tempão que não vemos meninas. E vão estar todas lá, tão lindas, reunidas no Buffalo Trace. – a voz de Matt saiu sonhadora e seus olhos divagaram enquanto ele desenhava um corpo feminino no ar.

Não consegui evitar um sorriso fraco. Ele era muito charmoso e eu tinha crush secreto nele.

— Não, Matt. Melhor não. Você vai acabar se ferrando por minha causa...

— Se você não for, eu não vou! – o loiro subiu na minha cama e cruzou as pernas em posição de lótus.

Mordi o lábio dolorido impacientemente.

— Tá, eu vou me trocar. – a verdade é que eu bem queria ir mesmo.

Matt abriu os olhos e sorriu para mim. Ele era nerd e ainda se vestia como um, mas tinha um sorriso lindo.

— Cara, eu não acredito que você fica com esse quarto só para você. – dizia ele enquanto eu entrava no banheiro.

Até cogitei na possibilidade de Matt vir a ser meu colega em vez do tal garoto novo. No entanto, ele compartilhava seu quarto com Nathaniel Rowley. Ou seja, falta de vontade de trocar nunca faltou ao Matt. Mas Rowley não queria abrir mão de um brinquedinho que podia dormir na cama de cima.

Após o banho, vesti uma blusa social branca com bermudas azul escura e sapatos preto.

Quando saí, Matt sorriu.

— Hoje você pega alguém. – brincou. – Bora?

Concordei e, relutante, segui Matt até o lado de fora da escola onde já se encontravam reunidos cerca de quatro nerds. Ethan Ohio, Pett Evergreen, Simas Vouche e Thales Black-Doyle.

— O que ele está fazendo aqui? – perguntou Vouche ao me ver.

O olhar preocupado e amedrontado no rosto dos meninos me fez repensar minha decisão de ir ao Buffalo.

— Ele vem com a gente. – respondeu Matt como se desafiasse os colegas.

— Então vocês vão sozinhos. – Ohio cutucou Vouche. – Vem.

Os três o seguiram até um carro onde desapareceram pela rua escura.

— Acho que deveríamos voltar... – estremeci.

— Não. – Matt ajeitou os óculos e sorriu para mim com segurança. – A gente vai andando. – e assim começou a seguir por onde o carro desaparecera.

Observei, desconfiada, aquele breu pesado.

— Não vem? – indagou Matt virando-se para mim.

Eu gostava muito de Matthew O’Lakes. Mas ele era completamente suicida.

Acenei com a cabeça e o segui. Fazer o quê, eu também era.

Enquanto caminhávamos, conversamos sobre diversas coisas. O céu estrelado, as marcas dos carros que passavam e como eu era do mesmo tamanho que Matt.

— Minha família por parte de mãe é baixinha, mas a por parte de pai é toda alta. – expliquei, levemente triste por pensar em meu pai na prisão e minha mãe embaixo da terra. – Meu irmão dá... – fiquei nas pontas dos pés e ergui a mão o mais alto possível indicando, boba, a altura de Brayan. – quase dois de mim. E é muito bonito e inteligente. – sorri ainda boba. – Igual meu pai...

Matt acenou com a cabeça, dando um sorriso também.

— A minha mãe é bem alta, meu pai já é um pouco menor. Chega ser engraçado, ele com aquele sotaque italiano. – Matt soltou uma risada. Era incrível como a risada dele era fofa e gostosa de se ouvir. – Ele chora que nós não o respeitamos por causa de seu tamanho. – e o loiro riu de novo. – Nada a ver... Aqui estamos. – murmurou fixando o olhar em um ponto à frente. – Viu, como foi rápido.

Fiz o mesmo e assim que avistei o bar, reparei na musica country que chegava fraca até mim.

Ao lado da entrada, um casal parecia discutir ferozmente.

À medida que nos aproximamos, reconhecemos o rapaz. Rowley. Engoli em seco e olhei de soslaio para Matt, que por sua vez continuou caminhando impassível.

Fiquei bastante atônita e sem reação.

— Você não pode fazer isso comigo! – a garota estava em lágrimas, esmurrando o peito de Rowley. – Você não pode!

Ele era bem maior que ela, mas não fazia nada para impedi-la. Simplesmente mantinha as mãos nos bolsos de seu jeans e a observava de cima com seus límpidos olhos verdes.

— Sabe qual tipo de garota mais detesto? – sua expressão parecia assustadoramente fria e indiferente enquanto ele inclinava a cabeça para o lado.

— Não ouse... – disse a garota com incredulidade.

— As escandalosas e estúpidas, sem o menor orgulho próprio. – Rowley a golpeou sem dó.

Fiquei impressionada como ele podia agredir com excelência tanto fisicamente quanto verbalmente. Morri de pena da menina.

— Nate! – ela deu um tapa no rosto dele.

— Acho que deveríamos contornar. – sussurrei a Matt. Eu tinha a impressão de que Rowley nos faria pagar mais tarde por testemunhar aquilo.

 – Não seja ridículo. – retrucou Matt.

Rowley endireitou o rosto e encarou a garota com um ódio descomunal.

Matt fez um barulho com a garganta, anunciando nossa presença. Rowley nos notou de imediato, mas a menina apenas parou de socar o (ex)namorado assim que chegamos perto o suficiente. Ela baixou abruptamente a cabeça e encarou, envergonhada, o chão.

Rowley tomou a oportunidade para ajeitar os fios negros e deslizar para dentro do bar.

Enquanto Matt e eu entrávamos no Buffalo, me esforcei para não encarar a menina. Ela era absurdamente linda e charmosa. Até ao jogar o cabelo para frente, a fim de disfarçar o rosto envergonhado, ela parecia uma modelo. Infelizmente a minha pena se transformou em invejinha bem rápido e assim dizimou qualquer pena que eu pudesse ter sentido dela. Ia arranjar alguém melhor, tinha potencial(aparência) para isso.

— Quem era? – perguntei no ouvido de Matt devido a altura da musica.

— Linda, não? – ele sorriu com um quê de decepção. – Nome: Treta, sobrenome: Confusão. Celina Justice. Uma das garotas mais cobiçadas da cidade. A principio pode não parecer merecer alguém como Rowley, mas os dois foram feitos um para o outro.

— Só que... agora eles terminaram, certo? – concluí pensativa. Afinal, a moça se livrou de um boçal na vida dela.

— O quê? Terminar? – Matt riu com escárnio. Apoiando-se no balcão. – Eles sempre fazem isso. Brigam como se fosse a ultima vez, mas não conseguem ficar longe um do outro. E discutem pelas coisas mais banais, você tinha que ver no dia em que brigaram por causa das orelhas dele. Esse sim foi o dia em que todos acharam que não voltariam mais. Rowley quase agrediu a garota.

Revirei os olhos. Que desperdício. Rowley era extremamente violento, com certeza ele já agrediu Justice.

Pelo canto do olho, percebi que Matt avistara seus amigos, entretanto resolveu não acenar.

— Pede um Jack com coca duplo – disse Matt. – Na caneca... Já volto. – e desapareceu por entre a multidão.

— Me vê dois... jack com coca duplo. – pedi ao barman. – Na caneca.

Uma moça se apoiou no balcão também e aproveitou para pedir uma garrafa de vodca.

Reconheci ser Celina Justice. Analisei, disfarçadamente, sua vestimenta. Ela usava botas de couro amarela e um leve e solto vestido de linho branco. Estava simples e completamente linda. Quase perguntei se ela não sentia frio, pois eu estava me segurando para não terminar de abotoar a minha camisa.

Mordi o lábio e fiquei brincando com os cachos do meu “topete”. Meu orgulho. Aqueles cachos grossos e leves, com uma mistura de castanho médio-claro e algumas listras douradas aqui e ali. Estiquei um cacho apenas para velo enrolar-se novamente ao soltá-lo.

— Não vai dizer nada?

Franzi o cenho e olhei para o lado direito, onde Celina Justice continuava apoiada no balcão. O som com certeza viera daquele lado.

— Hein? – perguntei estupidamente.

Celina virou-se para mim e me encarou.

— Não vai dizer nada? – repetiu a pergunta. – Você viu a minha cena com Nate lá fora. Foi hilário, não foi? – disse com a mandíbula cerrada e a voz fina carregada de ódio.

Olhei em volta sem saber o que fazer. Como assim? Por que ela tinha que estar ali falando comigo? Logo comigo?

— Eu diria que foi mais... triste do que... – ela me interrompeu com uma risada de puro escárnio.

— Você tem namorada?

— Meu nome é Larry Crayon. – estendi a mão para Celina.

Ela encarou minha mão, aturdida. Eu não saberia dizer se foi pela minha ousadia em ignorar sua pergunta ou pela ousadia em me apresentar.

— Celina Justice. – a morena segurou minha mão. – Mas pode me chamar de Cel.

— Pode me chamar de Larry. – retruquei dando o sorriso mais masculino que pude.

— Você tem namorada, “Larry”? – perguntou Celina.

Seu tom foi mudando de agressivo para curioso.

— Por enquanto não. – respondi, voltando meus olhos para o barman. Eu realmente não estava entendendo o porquê daquela demora.

— Eu acabei de ficar solteira. Como você bem viu. – ela se aproximou mais de mim e eu notei que ela olhou disfarçadamente para trás. – Quer pagar essa bebida?

Segurei o impulso de olhar também. Independente de quem fosse, amigas com um plano maligno ou um Rowley ciumento, eu estava ferrada.

— Claro. – pisquei com um sorriso inseguro.

Assim que terminei de falar, o barman se aproximou com os três pedidos. Paguei por tudo direitinho.

— Você é novo no internato, não é? Minha primeira vez te vendo aqui por aqui... – depois que assenti, ela continuou. – Quantos anos você tem, Larry?

— Dezesseis, e você... Cel?

— Também. – ela sorriu sedutoramente. – Tem telefone?

— Não... – mordi o lábio, insegura. Mas que droga era aquela?

— Eu gosto do seu estilo. – Celina se aproximou ainda mais, já tocando meu ombro. – É bem sexy, sabia?

Ela virou a garrafa de vodca na boca e depois de uma careta me ofereceu. Eu estava surpresa demais com aquilo para sequer pensar em aceitar ou recusar.

— Você está bem? – perguntei.

— Eu já volto. – murmurou ela me empurrando a garrafa e passando apressada por mim.

A observei se afastar sem entender nada. Será que aquilo desceu(subiu?) de modo errado?

Coloquei a garrafa na mesa e peguei minha caneca. Cheirei o conteúdo com desconfiança. O que era mesmo? Jack com coca? Quem é Jack? E coca é o quê? Cocaína ou coca-cola?

Pelo canto do olho notei um corpo chocar-se violentamente contra o balcão.

— Desculpem, desculpem. – era uma loira deslumbrante. Ela sorria sem-graça e pedia desculpas para os lados.

Quando seus olhos me encontraram eu apenas acenei e dei um gole no meu drink pra disfarçar. O líquido queimou tudo que pôde dentro da minha boca e garganta abaixo. Foi pura sorte eu não ter me engasgado e pagado o mico do século.

Disfarçadamente, voltei-me para o palco onde a banda tocava Remind me de Nickelback. O vocalista não era lá grande coisa, mas a voz dele era incrível. Eu consegui me concentrar neles por muito pouco tempo, até a loira começar a batucar nervosamente na madeira.

Não consegui evitar ançar-lhe umas olhadas. Era realmente bonita, cabelo de um loiro quase branco e pele bem alva. Seus seios eram enormes e estavam sendo apertados por uma blusa de alcinha rosa. Ela também tinha uma tão bunda grande que, se eu fosse ao menos um pouquinho menor que a garota, poderia ver metade por baixo da mini-saia jeans clara.

— O que foi? Gostou? – a voz dela saiu um tanto arrastada, como se estivesse bêbada.

Pisquei aturdida, não poderia ser comigo de novo...

— Estou falando com você mesmo, ô... do topete!

Não consegui disfarçar a cara feia ao olhar para ela. Topete?

— Do que foi que você mais gostou? – continuou ela agora inclinando-se ainda mais sobre o balcão. – Dos meus seios? Ou da minha bunda? – ela passou a mão na parte de trás da saia.

— Ham... As unhas... é. – respondi olhando para suas longas unhas pintadas de rosa. – Combina com seu tom de pele.

A loira riu.

— Meu nome é Suzy.

— Larry.

— Essa caneca aí... Está esperando alguém? – ela encarou a caneca de Matt.

— Sim, na verdade...

— Esse garçom. – ela me interrompeu, revirando os olhos. E então saiu andando.

Simples assim.

Depois de uns dez minutos Matt voltou, mas nada de Celina.

— Valeu. – ele pegou o copo dele e bebeu quase tudo em uma golada só.

Como eu já havia terminado o meu, fiquei apenas olhando de um lado para o outro. Procurando a dona na garrafa de vodka.

Estava tocando Patience de Guns and Roses e eu simplesmente adorava aquela musica, esqueci bem rápido de Celina e me concentrei naquele palcozinho de madeira improvisado. Depois de Patience a banda tocou mais umas três de Guns and Roses e então ousaram duas de Pink Floyd: Another Brick on the Wall(que fez geral pular no refrão) e Comfortably Numb. Quando estava na terceira de Red Hot Chilli Peppers, City of Angels, foi quando Matt se manisfetou.

— De quem é essa garrafa? – indagou analisando a mesma.

— Celina. – respondi indiferente.

Matt me olhou assustado e eu dei de ombros. Ele correu os olhos pelo bar.

— Onde ela está?

— Não faço ideia. Simplesmente deixou a garrafa e desapareceu há um tempão.

— Alguém te viu conversando com ela? – embora antes de eu responder “não sei” ele me puxou. – Vamos embora.

Do lado de fora relampeava e trovejava, ainda assim não caía uma gota de chuva.

A rua estava deserta, exceto por um rapaz ao lado da lixeira do bar.

— Rowley? – indaguei um pouco mais alto que o necessário.

Ele me olhou assustado e começou a gaguejar. Depois seus olhos voltaram ao chão, onde havia um par de botas esticado.

Em um impulso, corri até ele, empurrando-o levemente.

Celina se encontrava de barriga pra cima, com vestido branco rasgado e toda ensanguentada.

— Mas que porra aconte... – cobri a boca completamente apavorada.

Em choque, reparei que Rowley estava coberto de sangue e com o jeans desabotoado.

— Puta merda... – cambaleei para longe dele. Embora eu pudesse ouvir Matt falando com a polícia no telefone minha mente estava refazendo a cena de Celina sendo estuprada por Rowley.

— Crayon... – o delinquente finalmente encontrou sua voz. – Não fui eu, eu... você tem que acreditar... – ele tropeçou ao vir em minha direção e segurou em meus ombros.

Eu soltei o maior e mais agudo grito que jamais poderia soltar a vida inteira. Ainda gritando dei-lhe um chute no meio das pernas e saí correndo.

Prostrando-me atrás de Matt, comecei a chorar. Ajoelhado no chão, Rowley soluçava também.


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Notas finais do capítulo

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