A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 25
Capítulo Vinte e Cinco - Gêmeos, Lino e Presente de Natal.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Divirtam-se!



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                Lestrange entrou no Salão Comunal da Grifinória e só não deu meia volta porque já estava na hora de recolher e tinha visto os monitores começarem a se reunir para a ronda. Marcos a esperava no sofá vermelho, como vinha fazendo desde que ela parara na enfermaria.

                Uma semana havia passado sem Belinda falar com Marcos, se afastando sempre que ele chegava, estava com medo de acabar por descontar toda sua fúria no rapaz e sabia que isso não seria bom pra ninguém, estava irritada com ele, mas haviam muitas coisas além disso.

 -Bell, por favor. –Marcos pediu. –Só um minuto.

                Belinda encarou os olhos verde-azulados e suspirou, recordando de quando pensara que poderia chegar a perder o amigo realmente.

 -O que é? –Quis saber.

 -Eu sei que fui um idiota e...

 -Você é sempre um idiota. –Cortou ela.

 -Eu sei, eu sei. –Ele fez careta, parecendo escolher as palavras. –Olha, eu tô agindo de forma escrota há dias, mas sempre que olho o Malfoy...

 -Vamos fazer assim, Marcos. –Ela o interrompeu, vendo os gêmeos ali perto, a encarando e mandando-a manter a calma. –Vamos fingir que você não é a merda de um imbecil e que não fez um show desnecessário e extremamente patético. –Ela deu um leve sorriso. –Vamos apagar isso, beleza?

                Marcos ficou estático por alguns segundos, se surpreendendo pela facilidade que Belinda o perdoara, mas não questionaria. Coren a puxou para um abraço e ela deu uma leve risada.

 -Você é demais, garota.

 -Eu sei disso. –Ela bufou, se afastando um pouco. –E tô morrendo de sono. –Lhe deu uma piscadela e um beijo na bochecha. –Se comporta, okay?

 -Eu sou um garoto muito comportado.

 -E Merlin renasceu das cinzas e tá fazendo malabarismo em pé em um Hipogrifo! –Os gêmeos soltaram e Belinda riu.

 -Vão tomar no cu. –Coren mandou e Belinda sorriu.

 -Tchau pra vocês.

 

                O castelo estava enfeitado para o natal como todo ano e como todos os anos a neve já deixava tudo escorregadio pelos cantos de Hogwarts, mas daquela vez havia alguém para ajudar Filch na limpeza.

                Belinda viu Parkinson, acusada por Umbridge de tentar ajudar os delinquentes que tentaram expulsa-la de Hogwarts com bombas de bosta, então lhe colocou para dar assistência a Filch durante o período de dezembro completo, após as aulas. Parkinson estava no corredor antes da biblioteca, com uma pequena espátula de metal, tentando retirar chicletes de um canto na parede e resmungando.

 -Olá Pansy. –Bell cumprimentou, dando uma mordida na empada de framboesa e parando bem próximo a Parkinson.

 -Sai daqui, Lestrange! –A menina rugiu.

 -Tão amargurada. –Ela zombou sorrindo.

 -Eu tô mandando você sair...

 -Tenho certeza que o caminho para a biblioteca é livre para todos os alunos que queiram aumentar seu conhecimento. –Discursou Belinda. –A propósito não pode entrar lá com comida, que cabeça a minha.

                Bell suspirou e simplesmente jogou a empada, de massa fina e quebradiça, no chão, o que o deixou imundo de farelos e creme de framboesa.

 -SUA DESGRAÇADA! –Pansy berrou.

 -Ops! –Ela cobriu a boca com a mão, fingindo inocência. –Foi mal, eu deixei cair. –Suspirou como se sentisse muito realmente. –Bem, espero que não se importe de limpar, tenho alguns livros pra ler agora. –Sorriu e começou a se afastar. –Boa limpeza, Pan.

 -Eu vou acabar com você, sua...

 -O que tá acontecendo aqui? –Filch questionou, surgindo próximo a Pansy.

 -Aquela garota jogou esse...

 -Que imundice, limpa logo isso que não tenho o dia todo! –Encarou Belinda, que caminhava para a sala. –E esses moleques imundos ficam passando por aqui e vai sujar mais!

                Freddie e George estavam na biblioteca quando Belinda chegou, logo se sentando junto aos ruivos.

 -E então? –Freddie quis saber.

 -Quero que perturbem tanto a vida de Pansy Parkinson quanto possível, durante esse período de detenção dela.

                Freddie sorriu pela simplificação que a menina dera em seu pedido.

 -Como quiser. –George concordou.

 -Parkinson vai preferir nunca ter irritado você. –Freddie prometeu.

 -Sabia que podia contar com vocês.

 -Lino vai gostar de saber que poderá deixar a prima dele fazer todas as bagunças que desejar. –George comentou.

 -Sem falar que Ginny odeia a Pansy, ela vai aceitar facinho perturbar. –Freddie confirmou.

                E de repente um debate sobre as pessoas de confiança e que gostavam de aprontar na escola foi colocado em pauta e os gêmeos armavam como irritar a vida de Parkinson.

                Todos se preparavam para a viagem de natal, arrumando seus malões e se programando para reencontrar as famílias. A verdade é que Belinda gostaria de poder fugir a esse compromisso e se afundar na cama em seu dormitório, permanecendo ali e não saindo até as aulas retornarem, contudo não era um desejo que fosse se realizar.

                Belinda bem sabia que Pansy estava enlouquecendo e vivia choramingando para Draco, que a estava tratando pior que o normal. Bell via muitos alunos implicarem com Parkinson e sujarem mais que o comum onde sabiam que ela era obrigada a limpar, durante um mês Belinda viu o quão às garotas da Grifinória fizeram questão de usar o banheiro dos monitores e deixa-lo imundo, pois todo final de tarde era o primeiro lugar em que Pansy deveria começar sua limpeza.

                Lestrange seguiu para o Salão Comunal e encontrou os gêmeos e Lino, conversando animadamente no canto.

 -Temos algo pra você. –Lino comentou sorrindo e se erguendo, mostrando ser maior que a menina.

 -Digamos que um presentinho de natal. –Freddie falou, se colocando de pé e passando o braço pelos ombros da amiga.

 -Eu fico assustada com essa informação, pra falar a verdade. –Comentou ela e os rapazes riram.

 -Confia na gente. –Lino pediu, sorrindo abertamente e fazendo os olhos castanhos fecharem e enrugarem nos cantos.

 -Você vai gostar, tenho certeza. –George prometeu.

                Belinda logo se viu arrastada para o primeiro andar, mas não o caminho do Salão Principal, sim para um dos muitos corredores, onde pararam no canto e Bell ouviu a voz de Pirraça cantando, estava abafada.

 -Ele tá dentro do elmo da armadura de aço. –Freddie comentou, ainda com o braço pelos ombros dela.

 -Que os pelos dos sacos não enrolem e forme uma... –Belinda fez careta pela música que o Poltergeist cantava.

 -Pirraça cantando impropérios não é exatamente um presente de natal. –Comentou ela e os meninos riram.

 -Ele cantando não. –George concordou.

 -O que ele vai fazer com a Parkinson sim. –Freddie afirmou.

 -Relaxa, Lestrange. –Lino pediu e passou a mão morena no cabelo curto.

                Menos de cinco minutos se passaram até Belinda começar a ouvir os berros de Parkinson e as gargalhadas de Pirraça.

 -SAI! –Pansy berrou.

 -SERPENTE RUIM DE AGARRAR! –Pirraça ria. –É ESCORREGADIA!

                Belinda franziu o cenho e colocou a cabeça pela entrada do corredor, de onde vinham os berros e odores bem questionáveis. Pirraça havia bombardeado Parkinson com balões diversos, os quais Belinda nem queria saber onde conseguira, e tentava montar em seus ombros, mas a morena se debatia e tentava fugir, enquanto ele a perseguia mais para perturbar do que realmente tocá-la.

 -Rato na gaiola. –Sussurrou Lestrange.

            Belinda já ouvira Pirraça usar aquele termo e no sentindo literal. Ele o usava quando queria atormentar os ratos que pegava pelos corredores. Lestrange riu, Pirraça não machucara Parkinson e isso era uma exigência da menina, ninguém a machucaria, exceto Belinda.

 -Eu disse que você ia gostar. –Freddie falou em seu ouvido e ela sorriu.

 -Feliz natal. –George disse, arrancando uma leve risada dela.

 -Vamos sair daqui que os gritos dela já devem ter atraído Filch. –Lino alertou.

 -Merda. –Freddie falou.

                Belinda pensou em questionar, mas logo ouviu o maldito miado de Madame Norra. Não precisou ser verbalizado, todos começaram a correr imediatamente e se jogaram pra dentro da primeira sala que encontraram, ouvindo os passos e xingamentos de Filch, correndo atrás da Gata-Maldita e logo os quatro jovens corriam para o Salão Principal.

 -Antes de Parkinson conseguir ter um natal, vai precisar limpar toda a sujeira do corredor. –Lino comentou baixinho, enquanto seguiam para a mesa da Grifinória.

 -E quando chegar em casa e for abrir o malão e os presentes, receberá um muito especial. –Freddie falou sorrindo abertamente.

 -Não sei o que armaram, mas gosto da ideia. –Bell sorria.

 -E não vamos esquecer o presente que ela vai dar para os pais. –George disse, sentando de seu outro lado.

 -Como assim? –Belinda ria.

 -Vai por mim, você não quer saber. –Lino informou e ela fez careta.

 -Sendo assim, eu realmente não quero.

                Os quatro riram e Ginny se juntou a eles.

 -Vejo que entregaram o presente da Belinda. –Disse ela, pegando uma perna de frango.

 -Shiiii. –George mandou.

 -Não vamos falar disso agora, a Mione tá vindo. –Freddie informou e todos começaram a se servir.

                O jantar fora calmo e quase divertido, se não fosse à preocupação de Belinda com o natal, que lhe pesava os ombros. Mas teve seus pontos que ela realmente se divertiu, como Marcos cantando Hermione durante o jantar inteiro, levando constantes nãos da menina, que ria e o ignorava com maestria.


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Notas finais do capítulo

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