A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 24
Capítulo Vinte e Quatro - Pena...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Divirtam-se!



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  Draco voltou à enfermaria assim que fora liberado das aulas para o horário de almoço, mas assim que chegou lá viu que além de ter várias pessoas confusas, a cama estava vazia.
—Onde está Belinda, madame Pomfrey? –Ele questionou, ignorando Hermione e seus amigos, incluindo o maldito olhar de Potter.
—Lestrange saiu da Ala Hospitalar, sem permissão, mas saiu. –Respondeu ela e rolou os olhos. –Agora que eu já disse o que queriam saber, saiam todos. –Mandou.
         Draco suspirou e deu meia volta, sem paciência pra falar com qualquer pessoa, mas sentindo quem andava alguns passos atrás.
—Madame Pomfrey mandou entregar essa poção pra Bell, assim que a encontrarmos. –Taylor informou, se colocando ao lado de Draco.
          Malfoy arqueou a sobrancelha e olhou o pequeno frasco com liquido arroxeado que o moreno lhe estendeu.
—Por que tá me entregando? –Ele quis saber, voltado a olhar para frente e ainda sem fazer menção de pegar.
—Você sabe onde ela tá. –Ty bufou e colocou o frasco em frente ao rosto do loiro. –Não precisar ser um babaca tão grande comigo, Malfoy, eu não ligo.
           Ty viu o loiro agarrar o frasco e rolar os olhos, mas dar um leve sorriso de canto.
—De babaca por babaca, parceiro, a gente tá na mesma reta. –Draco anunciou, dobrando uma esquina para se distanciar de todo o grupo que saia da Ala Hospitalar.
—Talvez por isso eu seja amigo dela! –Ty disse com um risinho.
—Ela realmente tem um péssimo gosto pra amizades! –Ele brincou, o tom carregado de deboche, mas Ty compreendeu o divertimento por trás daquilo.
          Malfoy odiava se mostrar amigável e por isso tinha um grupo especifico de amizades, mas no fundo era um cara legal, só que nem todos viam assim, pois logo se irritavam com seu deboche. Taylor não ligava, era adaptado as idiotices de John pra ligar para as de Draco Malfoy.
—Não sei como você consegue aguentar essa Fuinha. –Rony reclamou, se juntando ao moreno.
          Ty deu um sorriso calmo e enfiou as mãos nos bolsos.
—Malfoy é só... –Ele riu. –Malfoy.
          Hermione fez careta.
—Ótima explicação.
—Ele é tão fácil de explicar quanto Belinda. –Os olhos verdes do moreno brilharam.
—Então ele é horrível pra ser explicado. –A castanha decidiu e Ty sorriu de canto.

 

  Draco a encontrou exatamente onde imaginava.
           Belinda estava sentada no centro da Torre de Astronomia, o cabelo preso em um coque mal feito que deixava algumas madeixa soltas tocarem o rosto levemente sujo de tinta, os olhos negros firmes no que desenhava, as mãos inacreditavelmente imundas de diversas cores de tintas rabiscavam quase furiosamente o papel apoiado em suas pernas. Draco a viu se irritar com uma madeixa que cairá em seu olho esquerdo e a empurrar de modo raivoso para o lado, sujando mais o rosto e deixando uma listra azul no cabelo.
—Azul é uma boa cor pra ti. –Draco comentou de leve.
          Belinda ergueu os olhos com uma rapidez inacreditável e a mão agarrara algo dentro da mochila, Draco tinha a plena certeza que era a Varinha.
—Que susto. –Ela resmungou, fazendo careta e tirando a mão de dentro da mochila, sem trazer nada.
—O que aconteceu? –Ele exigiu saber, se aproximando e sentando a sua frente.
    Lestrange se mexeu desconfortavelmente e olhou para o desenho, o qual Draco puxara pra si e analisou com calma. Ainda não estava finalizado, mas Malfoy viu os rastros de destruição no desenho de Hogwarts e uma serpente enrolada em uma caveira brilhando em verde néon sobre o castelo. Draco queria muito falar algo, mas não sabia o que.
—Dumbledore foi me visitar hoje cedo. –Ela comentou, olhando para as próprias mãos.
—E? –Draco questionou, ainda fixo no desenho e em seus detalhes.
—Ele acha que eu sirvo a Voldemort. –Ela praticamente cuspiu as palavras, tamanho sua raiva.
           Malfoy ergueu os olhos, que estavam tão cinzas quanto o céu se tornava em uma tempestade, tanto que o azul nem aparecia em meio à densa névoa. A expressão da menina estava ressentida e Draco a viu coçar furiosamente por cima da faixa, ele tinha certeza que ela deixaria em carne viva por baixo.
—Para. –Ele mandou, segurando a mão dela.
           Belinda sempre voltava com esse tique quando as coisas estavam complicadas pra ela, estava achando curioso e bom que mesmo com a presença de Bellatrix, Rodolphus e Rabastan isso ainda não tivesse retornado, mas seja lá como fora confrontada por Dumbledore, a afetou seriamente e Draco sentiu a raiva queimar sua língua.
—O que aconteceu exatamente, Belinda? –Malfoy estranhou sua própria voz, parecia distante e irritada demais em seus ouvidos.
           Lestrange ergueu os olhos lentamente e encarou o amigo, que soltou sua mão com calma.
—Ele questionou a faixa. –Ela falou, cravando a unha sobre a faixa, mas sua mente estava tão entorpecida que não sentia nada realmente. –Queria saber o motivo da cor, o que ela esconde e por que simplesmente não sai quando as pessoas tentam tirar.
          Draco sentiu o antigo ressentimento voltar à tona com força quando ouviu aquilo. Ele sabia tão bem quanto Belinda o que a faixa escondia e o sofrimento que causava na menina, passara muitas horas dos dias e noites com ela chorando de dor e raiva após ganhar aquilo.
—Me conta absolutamente tudo que aconteceu.
           Belinda lhe contou cada detalhe da visita de Dumbledore e a cada nova frase os olhos de Malfoy pareciam adensar mais, em outro momento Lestrange teria se preocupado com aquilo, mas estava tão anestesiada pelo ocorrido que mal sentia a própria dor que causava no braço.
—Segundo as especulações de todos que acreditam no Harry e do próprio Alvo Dumbledore, provavelmente sou uma seguidora do maldito que matou Cedrico Diggory. –Ela bufou. –Não me bastava Umbridge me infernizar por meu nome, agora vem Dumbledore com sua “curiosidade”.
—O que você fará agora?
—Vou fingir que nada aconteceu. –Deu de ombros. –O que mais posso fazer? –Ela riu sem humor e massageou as têmporas, deixando marcas de tinta ali. –Mas posso dirigir todo meu ódio para Parkinson, o que é bom até.
           Draco arqueou a sobrancelha.
—Por que a Pan? O que ela tem com isso?
Belinda o encarou, quase surpresa.
—Você não ficou sabendo que foi sua adorada Infeliz Miserável que me atacou?
—Como é?
—Pansy Parkinson me atacou quando eu voltava para a Torre da Grifinória.
—Explica do começo. –Mandou ele, segurando novamente a mão da menina, que já coçava sobre a faixa.
            Draco viu o olhar de Belinda se dirigir pra faixa em seu braço e depois sua mão, como se estivesse percebendo o que fazia somente naquele momento.
—Achei que tivesse me livrado disso. –Ela comentou, parecendo realmente estar curiosa.
—Achava o mesmo. –Ele disse, soltando a mão dela. –Agora me fala sobre a Pansy.
—Primeiro vou lhe contar onde eu estive ontem e tudo o que aconteceu.
—Como quiser.
           Draco ouviu com atenção sobre Dorian e o encontro no Picadeiro dos Hipogrifos, de como ela finalmente conseguira se transformar em um Lobo sem estar irritada, de como não chegou nem perto de atingir sua transformação para seu corpo de volta, de como fora acompanhada por Dorian em forma de Animago e por fim cada detalhe do encontro com Pansy.
—Eu disse pra ela ficar longe de você. –Falou ele. –Pansy vai me pagar. –Anunciou e ela sorriu, mas fora uma coisa completamente desprovida de bom humor.
—Não, não vai. –Disse ela com calma. –Ela vai descobrir o que eu falei sobre se manter longe de mim, Draco.
—Eu não vou ficar quieto, Belinda e... –Ele se exaltou.
          Draco estava furioso com tudo o que acontecera nas últimas 24 horas na vida de Belinda e nem tão feliz no que acontecera na sua própria.
—Faça o que achar necessário. –Comentou ela, dando de ombros. –Mas quem vai realmente foder a vida da Cadela-Parkinson, sou eu.
          Malfoy encarou os olhos negros da menina e realmente, pela primeira vez em sua vida, sentiu pena de Pansy, seja lá o que Belinda fosse fazer, ele não queria estar na pele de Parkinson.
—Pretende fazer isso quando?
—Não vai ser tão rápido e nem tão certeiro, Draco. –Ela sorriu maliciosamente. –Pansy vai provar lentamente do que eu sou capaz, até eu realmente querer acabar com tudo.
           Draco com toda a certeza sentiu pena de Pansy. A pior vingança de Belinda vinha a longo, longo mesmo, prazo. Ela ia brincando pelas beiradas, causando uma brincadeirinha aparentemente inofensiva aqui e ali, mas quando Pansy se descuidasse, se veria inteiramente em suas mãos, a mercê de sua vontade. Pansy escolheu o pior momento possível para provocar Belinda, a qual Animago representava perfeitamente bem.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
O que vocês acham que a Bell irá aprontar?
Deixem seus comentários.
Beijos e até o próximo capítulo.



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