On the Edge of Paradise escrita por Jana


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente!
Gosto bastante desse capítulo, espero que gostem também!
Boa Leitura!



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POV Summer

Estávamos na balada á 45 minutos e desde que chegamos as duas não pararam de procurar aqueles babacas. Eu já estava irritada e pronta pra deixá-las sozinhas. Então meu celular vibrou com uma mensagem. Guilherme.

Sum?

Oi Gui

Você saiu com as meninas?

Sim, pq?

Vocês ainda não saíram de casa?

Hum, na verdade já chegamos à festa

É?

Então manda esses trouxas falarem onde estão

Para as duas malucas pararem quietas

É que eles mentiram o lugar onde foram Sum

Eu tentei impedir. Juro.

Discuti com eles

Mas são uns babacas

Foi mal

SÉRIO?

NÃO ACREDITO!

OTÁRIOS!

Mas quer saber? Bem feito pra elas

Briguei com elas também e de nada adiantou

Que merda

Vou contar pra elas...

Elas vão querer saber como você sabe Sum

E será que acreditariam em ti?

Verdade

Quer saber? Foda-se!

Digo o mesmo sobre esses babacas aqui

Observei as duas dançando desanimadamente enquanto olhavam para todos os lados sem parar. Bufei. Ridículo.

— Vou dar uma volta. – Falei saindo de lá com minha bebida e o celular. Tentei me divertir. Dancei e bebi. Até conversei e conheci algumas pessoas. Ri um pouco. Mas algo dentro de mim me fazia lembrar do Guilherme e em como seria legal se eles estivesse realmente na mesma festa que eu. Pufft! Pelo amor né Summer?!

— Você não ta a fim de ir lá fora comigo gata? – Um cara realmente gato que estava á algum tempo ali comigo perguntou. Ele era lindo porque não iria? Lembrei do Guilherme no mesmo momento. Já ia dizer que não queria. Porra Summer! Ta louca? Ele deve estar pegando várias lá. E você também deveria estar fazendo isso.

— Claro! – Respondi por fim. Ele sorriu animado. Virei e comecei a desviar entre as pessoas. Ele colocou a mão na minha bunda pelo caminho. Nem me importei. Chegamos a um canto, parei e virei pra ele que já veio cego na minha boca. Eu deixaria, claro. Mas em um impulso virei o rosto. Ele começou a beijar meu pescoço e nunca senti tanta vontade de fugir. Tentou me beijar várias vezes e eu desviei em todas. – Hum... Foi mal. Acho que não to afim no momento. – Falei deixando ele com cara de bobo.

— Qual o problema?

— Nenhum. Foi mal. – Disse saindo rapidamente. Não parei até estar fora do local.

Gui?

Mandei mensagem. Mas nada. Ele deveria estar curtindo a festa, como eu também deveria. Suspirei. Olhei pra frente e vi alguns caras vindo em minha direção. Mereço.

— E aí gatinha! – Falou o mais alto deles. O segundo, um loiro, só acenou e me olhou de cima a baixo. O terceiro, o mais gatinho deles, me cumprimentou com um beijo no rosto.

— Aê! – Falei desanimada.

— O que ta fazendo sozinha aqui fora? – O loiro perguntou.

— Não me diga que já está indo embora? Muito cedo gata! – O que me deu um beijo no rosto falou fazendo cara de triste.

— Hum, é realmente cedo. – Concordei. Aqueles caras eram realmente bonitos. Eu poderia facilmente ficar com os três. Mas ao invés disso baixei a cabeça para o celular torcendo pro Guilherme ter me respondido. Nada.

— A festa não ta boa? – O cara loiro perguntou.

— Na verdade não muito.

— A gente vai entrar agora, deixamos tudo melhor. – O mais alto disse piscando. Dei uma risadinha.

— Acredito nisso. – Concordei e depois voltei a olhar o celular.

...

Digitei pro Guilherme.

— É serio que vais ficar no celular e não nos dar moral? – O gatinho que tava mais perto de mim disse.

— Foi mal. Não to muito boa pra papo hoje. Mas tenho duas amigas ali dentro precisando de emoção. – Falei olhando para o alto e o loiro.

— Emoção é comigo mesmo!

— Pode crê! Entra e mostra pra gente gata!

— Não é necessário. Elas estão perto do segundo bar. Uma loira de vestido vermelho e outra morena de saia prata. Com cara triste e celular na mão. – Descrevi tudo como apostava que ainda estava acontecendo.

— Certeza?

— Uhum. Vou mandar mensagem á elas avisando que mandei vocês lá. – Pisquei pra eles. Abri o nosso grupo e escrevi.

Meninas têm dois amigos meus querendo as conhecer

Não vacilem

Aproveitem

— Orra! Menina parceira, assim que gosto! – Falou um dos dois que tinham se aproximado de mim pra ver se eu realmente escrevia.

— Claro! – Falei tocando a mão do outro que estava com ela estendida pra mim.

— Vamos lá então. – O loiro e o alto se despediram de mim entrando. Olhei novamente para o celular e suspirei.

— O cara não responde? – O terceiro e mais gato garoto que, aliás, não havia entrado, perguntou.

— É. Não.

— Melhor pra mim. – Falou parando na minha frente e me olhando com olhar sensual. Eu realmente poderia dar pra esse cara. Mas não queria. E não fazia a mínima ideia do por que.

— Não vejo por que. – Falei seca.

— Ah gata. Posso fazer uma festa particular pra você. – Pegou minha mão e deslizou por seu abdômen. Tirei a mão.

— Não. Valeu. – Disse me afastando dele e também da saída da balada.

— Ah cara, nem se faz. Vamos se pegar sem compromisso. Garanto que não vais se arrepender.

— Não to afim. – Falei e dei as costas. – Tchau. – Gritei por sob os ombros. O senti me puxando por trás e grudando a boca em meu pescoço.

— Você não vai se arrepender. – Disse encostando o negócio na minha bunda. Suspirei. Minha noite poderia melhorar um pouco se eu fizesse um sexo legal. Senti meu celular vibrando. Era o Gui.

Oi ruivinha

— Não to afim! – Repeti alto o empurrando e andando mais rápido. Nem sabia pra onde estava indo.

— Ah para de se fazer! – Ele gritou novamente e me empurrou contra um muro.

— Eu disse que não estou afim! Me solta agora! – Apertei o botão para ligar pro Gui.

— Acho que ta hein. – Falou tentando me beijar.

— Mandei me soltar! – Dei um chute no meio das pernas dele que caiu no chão de dor. Saí correndo pra bem longe dele.

Summer? – Guilherme falava do outro lado.O que ta acontecendo?Dava pra ouvir barulhos de música cada vez mais fracos.

Gui você ta muito longe? Perguntei indo para o estacionamento por ser mais seguro.

Não muito, porque Sum? O que ta rolando?

Acho que preciso de ti. Deixei a voz morrer.

Summer ta tudo bem? Falou preocupado.

Ta. Eu só saí de perto das meninas, deixei um cara na mão e acabei de chutar outro que também deixei. Dei uma risadinha.

Chutar? O que ele te fez?! — Senti uma pontada de raiva na voz dele.

Só quis me obrigar a ficar com ele. Mas já cuidei disso.

Summer! Que babaca! Ele gritou.Cara to com o Jeff, mas vou dar um jeito de ir te buscar.

Relaxa, se for por isso pego um táxi.

Não. Encontrei um amigo aqui, peço o carro dele emprestado e vou até você.

Sério?

Sim. Me espera aí.

Ta. To no estacionamento. Não demora.

Não irei.

Ele desligou e desliguei também. Sentei em um lugar onde a estrada era bem visível. Suspirei. Só a ideia de ver ele fazia meu coração bater mais rápido. Que merda! Eu nunca fui de negar uma transa. Porque porra neguei várias vezes hoje e ainda por cima liguei pro Guilherme me salvar como se fosse uma garotinha em apuros? Que patético! Mas acho que eu só queria ver ele mesmo. Ai, que ridículo Summer! Fiquei observando os carros estacionados e achando várias pessoas se comendo no meio e dentro deles. Ri daquelas cenas. Fiquei distraída com isso, pensei em quantas vezes já fizera igual. E como aquilo era idiota. Peguei meu celular, respondi as meninas que estavam querendo me matar por aqueles garotos, e fiquei mexendo lá. Até que meia hora depois Guilherme me mandou mensagem.

Sum cheguei.

Onde você ta?

Levantei meu olhar e vi o Guilherme no outro lado da rua, do lado de um carro preto me procurando. Tava com uma calça jeans azul marinho e uma camiseta preta. Cabelo bagunçado como sempre. Tão bonitinho. Summer! É o Guilherme!

Já te vi. To indo.

Caminhei rapidamente até ele. Só de vê-lo lá fiquei mais tranquila. Quando me viu deu um sorriso maravilhoso. Ele sempre teve esse sorriso?

— Oi Sum. – Disse me olhando quando parei em sua frente.

— Oi Gui. – Respondi sorrindo sinceramente. Ele me puxou para um abraço, fechei os meus olhos. Era tão reconfortante. Beijou o alto da minha cabeça. Nossa, aquele era mesmo o Guilherme? Ele sabia ser fofo?

— Vamos? – Perguntou. Concordei e entrei no carro. – E então? O que foi isso? – Perguntou depois de dar partida no carro.

— Eu não sei. – Respondi sincera. Ele deu uma risada.

— Você me deixou preocupado Summer! – Disse me olhando sério. Suspirei.

— Foi mal. – Dei de ombros. Ele sorriu e balançou a cabeça.

— Obrigado. – Ele agradeceu.

— Por quê? – Perguntei confusa.

— Por me tirar de uma festa super sem graça. Ah e sem Summer. – Deu uma risada.

— De nada. Festas sem mim são horríveis mesmo! – Concordei rindo. Ele acompanhou. – Pegou quantas?

— Sinceramente? – Ele perguntou. Concordei. – Nenhuma.

— E porque nenhuma? – Perguntei confusa novamente.

— Não tava afim. Eu tava pensando demais em outra garota.

— Ah... – Disse e desviei o olhar. Será que poderia ser eu? E porque merda ele pensaria em mim? Da mesma forma idiota que eu tava pensando nele...

— E o que vamos fazer agora?

— Sei lá. Mas você deve ter que devolver o carro né.

— Não, ele me deu livre arbítrio com ele. – Falou rindo.

— Uau que amigo legal!

— Verdade. Se é meu amigo é legal. – Disse dando uma piscadinha.

— Tenho que discordar senhor bonzão. – Falei sugestivamente.

— Verdade de novo. – Ele suspirou. – E então, o que vamos fazer agora?

— Hum... Não quero voltar para uma festa.

— Eu também não.

— Nem para casa.

— Muito menos.

— Então vamos... Para praia. – Eu disse adorando minha própria ideia.

— Sério?

— SIM! – Gritei empolgada. – Nem está muito frio hoje!

— Tudo bem dona Summer. Irei dar essa alegria para ti de ter a oportunidade de me levar á praia.

— Hahaha! – Mostrei á língua.

— Quem mostra língua pede beijo. – Ele me olhou maliciosamente.

— Talvez eu esteja pedindo... – Senti a surpresa no olhar dele. – Ou talvez não. – Falei rindo. Ele revirou os olhos e me deu um beliscão na coxa. – Ai idiota!

— Foi mal! – Disse rindo. Dei um tapa em sua perna. Fomos o caminho todo conversando, cantando e é claro incomodando um ao outro.

— Pode parar. – Falei enquanto ele estacionava.

— Ah é mesmo? – Respondeu irônico. Dei uma risada. Saímos do carro e paramos de frente um pro outro. – Acho que não vai ser muito legal andar na areia de salto. – Ele falou apontando pros meus sapatos. Abaixou e tirou os seus.

— Acho que você poderia tirar eles pra mim.

— Ah até parece!

— Seja cavalheiro! – Falei rindo.

—Tudo o que você mais quer né. Ver-me ajoelhado te servindo ordens.

— Claro! – Comecei a rir.

— Adoraria te ver ajoelhada também. – Falou maliciosamente. Dei um soco em seu peito. – Da pra ver porque tu ganha tantos campeonatos de luta pela academia. Ai cara! – Falou passando a mão onde soquei.

— Obrigada. Agora tira pra mim?

— E o que ganho com isso?

— Você verá depois que tirar.

— Sério?

— Aham! – Sorri de um jeito que achava ser fofo. Ele bufou, mas se abaixou e tirou minhas sandálias.

— E agora o que ganho?

— Poder me ver linda e maravilhosa sob a luz do luar. – Mandei um beijo pra ele.

— Ah vai se ferrar! – Ele falou com um bico enorme. Dei uma risada. Guardamos os sapatos no carro e depois puxei ele pela mão.

— Vem chato! – Nossas mãos se entrelaçaram e aquilo me fez sentir algo estranho. Continuei andando. Pisei na areia e aquela sensação realmente me acalmou por um segundo. Mas a mão dele na minha continuava me causando voltas nos estomago...

POV Guilherme

Ela começou a caminhar na minha frente segurando minha mão. Aquilo me causou algo tão intenso. Porque merda? Eram só mãos dadas. Não, não eram. Eu nunca tinha dado as mãos para uma mulher sem estar a levando pra algum lugar para comê-la. Não pude deixar de olhar para sua bunda na minha frente que rebolava mesmo inconscientemente. Ela estava com um vestido preto realmente curto e apertado que fazia sua bunda gostosa ser impossível de não analisar. Depois de um tempo ela parou e ficou em silêncio olhando o mar, a lua... Fiz o mesmo. Olhei para o lado e vi que ela estava com os olhos fechados respirando profundamente. Tão linda. Rosto sereno. Peito subindo e descendo. A brisa tocava em seu rosto e bagunçava calmamente seus cabelos soltos. Fechei os olhos também e senti aquela brisa fria me tocar. E mesmo assim estava tudo quente. Pois o toque de sua mão causava uma corrente elétrica em meu braço.

— Você quer andar? – Ela falou baixinho. Abri os olhos e a vi me encarando intensamente. Aqueles olhos verdes que brilhavam pela luz da lua, com sombra e delineador preto que os faziam realçar ainda mais. Nunca dei importância à cor dos olhos dela. Nem para ela. E do nada começo a perceber como ela é encantadora.

— Quero. – Respondi por fim. Ela deu um meio sorriso, soltou devagar da minha mão e começou a andar. Acompanhei seus passos. Percebi que ficara uma sensação estranha em meus dedos sem os dela ali. Suspirei. Ela andava com os braços cruzados no peito, e eu com as mãos nos bolsos. Comecei a pensar em como eu deveria estar naquela festa. Eu tinha decidido que iria beber e pegar várias. Mas ao invés disso eu estava em uma praia com a Summer. Dei uma olhada de canto de olho, ela estava com uma fisionomia que não dava pra definir. Suspirei novamente.

Flash Back on

A festa realmente estava uma chatice, pois eu não conseguia curtir estando irritado com o Vini e o Jeff. Ainda bem que encontrei um antigo amigo e comei a dançar com ele e suas amigas. Todas elas eram bem gatas e divertidas. Os pé no saco já tinham saído com duas meninas quaisquer. E eu realmente comecei a me divertir.

— Samantha está louquinha pra te beijar Gui. – Falou John rindo em meu ouvido.

— Eu sei. – Dei uma risada de volta. Olhei em direção á garota. Ela era uma morena de estatura mediana, mas com um corpo bem voluptuoso. Tinha franja e cabelos ondulados. Dançava me olhando sensualmente. Tinha que atacar. – Você ta muito linda com esse vestido vermelho. – Falei chegando até ela e a encochando.

— Ah, você acha é? – Ela sorriu de um jeito safado. Concordei sorrindo.

— Posso admirar mais de perto? – Perguntei em seu ouvido. Ela sorriu e me puxou pela mão. Senti meu celular vibrar em meu bolso, porém continuei o caminho. Quem que fosse poderia esperar. A empurrei pra parede quando estávamos perto dela. E parei na frente de Samantha para admirá-la. Era muito linda mesmo. Percebi que tinha olhos verdes e aquilo me fez lembrar instantaneamente de Summer. Virei o rosto e engoli em seco.

—Ta tudo bem gato? – Ela disse encostando a mão em meu ombro. Tentei apagar aquele pensamento.

— Claro. – Sorri. E levei minhas mãos pra sua cintura. Comecei a deslizar pelas laterais de seu corpo. Senti meu celular vibrar de novo. Afundei meu rosto em seus cabelos e apertei sua bunda com força. – Esse vestido realmente realça suas belas curvas. – Falei em seu ouvido para ela entender. Ela suspirou e começou a beijar meu pescoço. Virei para beijá-la na boca, porém observando aquela franja mais de perto uma imagem da Summer veio no mesmo momento. Bufei e virei o rosto.

— O que foi?! – Ela perguntou confusa. Eu deveria deixar pra lá e beijá-la, entretanto peguei meu celular. Vi que havia duas mensagens da Summer. Cliquei para abri-las. – Ah, é isso então! Você tem uma namorada. Muito bonita por sinal. Seu galinha! – Ela cuspiu tudo rápida quando olhou para o meu celular, e saiu rebolando. Eu abri a boca pra responder, mas desisti. Eu deveria correr e pegá-la. Porém preferi responder a Summer.

Oi ruivinha

Digitei. Ela parecia online, mas não me respondia. Fiquei parado esperando. Até que ela enviou uma chamada, atendi na hora. Ao invés de receber um alô comecei a ouvir uma conversa estranha. A voz de um homem e uma mulher, e bem no fundo barulho de música. A mulher era a Summer com certeza.

Summer? – Comecei a gritar e ir pra fora do lugar. Continuei gritando seu nome. O que ta acontecendo?Cheguei ao lado de fora da balada.

Gui você ta muito longe? Ela enfim perguntou.

Não muito, porque Sum? O que ta rolando?

Acho que preciso de ti. Sum sussurrou. Aquilo me deu um frio na barriga. Foi tão prazeroso a ouvir dizendo aquilo. Porém ao mesmo tempo me deixou preocupado. Summer dificilmente admitia precisar de ajuda. Ela era uma pessoa muito independente.

Summer ta tudo bem? Falei querendo estar perto dela.

Ta. Eu só saí de perto das meninas, deixei um cara na mão e acabei de chutar outro que também deixei. Deu uma risadinha. Ela chutou um cara? Coisa boa esse otário não tinha feito.

Chutar? O que ele te fez?!

Só quis me obrigar a ficar com ele. Mas já cuidei disso.

Summer! Que babaca! Gritei involuntariamente. Sentia uma raiva enorme tomar conta de mim.Cara to com o Jeff, mas do um jeito de ir te buscar. Comecei a pensar em como poderia fazer isso. Lembrei-me de John, ele emprestaria o carro dele. Comecei a andar para dentro do lugar novamente.

Relaxa se for por isso pego um táxi.

Não. Encontrei um amigo aqui, peço o carro dele emprestado e vou até você.

Sério?

Sim. Me espera aí.

Ta. To no estacionamento. Não demora.

Não irei. – Desliguei o celular e alcancei a rodinha onde John estava. – Ei John! – Falei o puxando pelo braço.

— Hey Gui! O que aconteceu? Deixasse a Samantha cara?!

— É, foi mal. Uma mina aí ta precisando de mim. Coisa séria.

— Ah é mesmo? – Ele disse rindo.

— Não, de verdade. Será que você poderia fazer o “favorzão” de me emprestar teu carro?

— Pra ir atrás da garota? Claro mano! – Ele falou tranquilo.

— Sério? Valeu! Depois trago ele aqui.

— Nem se esquenta mano. Se essa mulher fez você deixar a Samantha na mão então ela deve ser muito boa.

— Com certeza ela é!

— Então vai cara. Amanhã tu leva meu carro na casa da Sophie. Vou com ela pra casa. – Deu uma piscadinha e me entregou as chaves do carro.

— Valeu mano! Ah avisa os dois babacas que vazei. Falou! – Saí correndo. Procurei o carro dele no estacionamento, entrei e liguei o carro. Dirigi o mais rápido que conseguia. Passei em faróis vermelhos. Estava correndo um grande risco caso fosse pego, tinha bebido um pouco. Mas só de pensar na Summer sozinha corria ainda mais. Cheguei enfim no lugar, estacionei e pulei pra fora do carro. Não achava ela em nenhum lugar por ali. Mandei mensagem.

Sum cheguei.

Onde você ta?

Mandei a mensagem ainda a procurando.

Já te vi. To indo.

Ela respondeu. Levantei o olhar e a vi andando do outro lado da rua. Não pude deixar de olhar bobo dos seus pés a sua cabeça. Ela usava um vestido preto curto e colado, que deixava aquele corpo magnífico extremamente a mostra. Tava de salto também preto. Aquelas coxas, aqueles seios fartos. E então aquela boca linda, aqueles olhos verdes esmeraldas. Aquele cabelo ruivo balançando atrás dela. Dei um grande sorriso. Summer parou na minha frente e sorriu largamente de volta.

— Oi Sum. – Falei olhando calmamente pra todo seu corpo de novo.

— Oi Gui. – Falou de um jeito alegre. Passei meus braços ao seu redor e a puxei para um abraço, fechei os meus olhos sentindo seu aroma. Era tão bom ter ela segura ali. Senti vontade de protegê-la. Beijei o alto da sua cabeça. E aquilo foi estranho até pra mim. Eu jamais tinha feito isso com alguma garota. Também jamais tinha sentido vontade de proteger alguém...

Flash back off.

— Eu ainda não acredito que estou aqui contigo sabia? – Falei depois de tanto tempo em silêncio. Aquilo até a surpreendeu. Ela me olhou e sorriu.

— Eu também não. – Sum concordou. – E na verdade também não acredito porque dei fora naqueles caras. Eles eram gatos. E eu nunca deixo de ficar com alguma pessoa gostosa. – Ela deu uma risadinha e olhou pra baixo. Aquilo me deixou um pouco irritado, mas ignorei o sentimento. Eu também quase fiquei com uma mulher.

— É. Eu também.

— Pois é. Que saco. – Suspirou e parou.

— Vamos sentar? – Perguntei e ela concordou. Sentamos na areia. Ela puxou o vestido pra ficar mais comprido e dobrou as pernas de lado. Me joguei com as pernas bem abertas. – Deve ser ruim ser mulher e não poder sentar confortavelmente. – Falei olhando com cara de melhor.

— Eu sento o tempo todo com as pernas abertas queridinho, nem ligo pra isso. Só não to afim que você veja minha calcinha. – Ela mandou um beijinho cínico.

— Ah é? E porque não?

— Primeiro tem que me pagar um jantar e me mandar flores gato. – Deu uma piscadinha. Dei uma risada.

— Vou me sentar direito então. Também preciso de flores e jantar.

— E o que te faz pensar que eu gastaria dinheiro contigo hein?

— Nossa, estúpida! Magoou hein! – Falei fazendo beicinho. Ela riu de um jeito gostoso.

— Que bebezinho lindo!

— Lindo mesmo. Mas bebes não fazem o que eu faço. – Sorri sugestivamente.

— Ah, e o que é que você faz? – Sum disse respondendo meu sorriso safado.

— Eu adoraria te mostrar, mas você precisa de jantar e flores antes. E eu não estou a fim de gastar dinheiro contigo. – Dei uma piscadinha. Ela abriu a boca indignada.

— Nossaaaaa, grosso! – Disse dramaticamente.

— E olha que nem viu nada ainda. – Falei safado de novo. Ela revirou os olhos e depois riu.

— Babaca! – Falou me dando um tapa no peito. Segurei sua mão ali.

— Acho que você é mais.

— E eu acho que não. – Ela respondeu me olhando. Sem perceber durante a conversa nos aproximamos cada vez mais. Agora nossos rostos estavam á milímetros. Sua boca de um vermelho vivo estava tão próxima e tão convidativa. Não hesitei em olhar pra ela. Depois subi meu olhar á seus olhos verdes esmeralda que estavam tão quentes. Minha respiração começou a falhar, meus batimentos mais rápidos. E sentia que o dela também. Nossos corpos estavam emanando energia. Nunca senti um desejo tão grande ao mesmo tempo em que algo tão forte impedindo.

— Eu quero te beijar. – As palavras simplesmente voaram da minha boca.

POV Summer.

Eu estava tão perto de beijá-lo. Na verdade cada parte de mim queria e parecia que precisava disso. Meu peito tão próximo de encostar-se ao dele. Minha mão que estava em seu peito estava tão quente. Eu conseguia sentir seus batimentos ficarem cada vez mais rápidos. Seria tão fácil beijá-lo. Só acabar com a pequena distância em nossas bocas.

— Eu quero te beijar. – Ele sussurrou por fim.

— O que? – Me surpreendi com o que ele falou. Mesmo que eu sentisse o mesmo. Só não esperava ouvi-lo admitir aquilo.

— Argh! E isso é tão estranho! – Gui virou para frente e chutou o nada. Aproveitei pra tirar minha mão de seu peito.

— O que? Você querer beijar uma garota? – Falei para descontrair o momento. Ele revirou os olhos.

— Não sua otária! – Me disse rindo.

— Para de me xingar ô! – Dei um tapa na cabeça dele.

—Ta vendo! Isso é estranho. – Ele falou me olhando como se fosse óbvio. Continuei o olhando esperando explicação. – Você é uma chata.

— Você que é insuportável.

— Então! Eu te odeio!

— Eu que te odeio! Sempre odiei. – Dei de ombros.

— Pois é. E mesmo assim agora isso ta acontecendo.

— Isso o que? – Falei séria.

— Isso. – Ele pegou na minha mão. Senti um frio na barriga no mesmo momento. Prendi a respiração e olhei para aquilo.

— Isso é um tanto quanto gay. – Falei com uma sobrancelha levantada. Mesmo que na verdade só aquele simples gesto me dava arrepios.

— Não é?! Porra! – Soltou minha mão e passou as mãos no rosto com raiva. Deitei a cabeça em seu ombro. Nem sabia por que tava fazendo aquilo. Mas sentia a necessidade. Abaixou os braços e depois permaneceu estático, mal respirava.

— Eu também. – Confessei prendendo a respiração novamente.

— Você também o que? – Ele perguntou baixinho.

— Tenho vontade de te beijar. – Respondi no mesmo tom. Permanecemos em silêncio.

— Hum. – Guilherme murmurou depois de um tempo. Passou o braço ao redor de mim por fim.

— Mas eu não vou te beijar. – Disse relutante e o olhei. Ele levantou uma sobrancelha. – Tipo, an...

— Você quer que eu faça isso? – Ele disse divertido.

— Não! – Falei rápido. – Não, é que... Só que... An... – Estava perdida. Sem saber como explicar. Eu queria, ao mesmo tempo em que não. Era como se eu não pudesse.

— Tudo bem. Eu realmente te entendo. – Ele colocou a outra mão em meu joelho. – Eu também não quero te beijar. – Aquilo realmente me doeu. Apesar de eu ter acabado de ter dito aquilo á ele, ouvi-lo me dando uma espécie de rejeição era horrível. Permaneci olhando séria para ele. – Não, quer dizer. Eu quero. Você é muito gostosa, e atraente. – Dei uma risada com a cara dele. Tão fofinho. – Claro que quero! Acabei de te falar isso. É só que, hum... – Fiquei feliz por ele também estar confuso. – Eu só não quero estragar qualquer coisa. – Ele lambeu os lábios enquanto olhava pro nada. O que fez meu coração acelerar. Ele precisa ser assim tão gato? – Isso parece tão estúpido. – Deu uma risadinha. Sorri.

— E é. – Confirmei passando a mão em minha nuca. O olhar dele era estranho.

— Mas você me entende não é? – Perguntou um pouco preocupado.

— Totalmente.

— Viu, isso é estranho! – Ele riu.

— Verdade. Muuuito estranho! – Dei ênfase no muito e acompanhei sua risada. Nossa risada foi terminando e deixando um silêncio no lugar. Baixei o olhar para as minhas mãos que agora estavam em meu colo. Ele tirou a mão de meu joelho e levantou meu queixo com um dedo.

— Ei ruivinha. – Falou divertido. Seus olhos azuis brilharam. Pude ver refletida neles a lua que estava atrás de mim. E mais do que isso... Eu conseguia enxergar qualquer coisa naqueles olhos. Senti-me desmanchar com aquilo.

— Para um babaca insensível, até que você esta se mostrando bem parecido com um príncipe de contos de fadas bobos. – Confessei. Ele deu uma gargalhada com o meu comentário.

— Sério? E você para uma marrenta assanhada, esta se saindo bem parecida com uma princesa de... – Parou a frase e olhou pra cima com uma fisionomia de quem estava forçando um pensamento. – Nãaao! Você continua estúpida e safada demais para ser uma princesa.

— Seu idiota! – Falei dando socos em seu peito e rindo. Ele revidou com cócegas. – Para Guilherme! Não sou uma criança! – Eu falava segurando os risos. Ele por vez estava morrendo de tanto rir. Menos quando eu o acertava.

— Chega! – Ele disse aguentando meus dois pulsos com força.

— Eu é quem mando aqui! – Falei e mordi forte seu lábio inferior que estava próximo de mim. Aquilo com certeza fez meu corpo ferver.

— Ai Summer! – Ele gritou me soltando e segurando seu lábio. – Sua cachorra! – Disse olhando pros dedos que tinham um pouco de sangue. – Você não presta! – Falou sério, mas sem raiva. Na verdade bem divertido por baixo daquela cara.

— Agora que percebesse? – Respondi divertida. Ele foi à minha direção e eu comecei a correr pela praia, enquanto ele corria atrás. Passei pela água, virei e comecei a chutar água nele, que revidou. Continuei fugindo até que ele conseguiu me puxar. Me carregou nas costas como um saco de batatas. Dei diversos socos em suas costas até que ele me jogou no mar por não aguentar mais.

— Você não sabe brincar menina! – Falou enfim. Levantei-me cuspindo água.

— Ah eu sei sim! – Olhei com os olhos cerrados para ele. O empurrei na água e sai correndo em meio á gargalhadas. Quando percebi ele estava correndo atrás de mim novamente. Ele acabou me alcançando, caindo em cima de mim. Continuamos rindo igual a dois idiotas. Até que a risada acabou. Permaneci olhando dentro dos seus olhos, e ele nos meus. Nossas respirações desreguladas pela correria. Nossos peitos se encostando. Os dois molhados. Ele engoliu a saliva, e eu abri a boca para tentar respirar. Calmamente colocou um fio de cabelo atrás da minha orelha e sorriu fofo. Sorri de volta sinceramente. Guilherme deitou no meu lado. Aconcheguei-me em seu peito e permaneci assim. Para mim aquilo poderia durar para sempre.

POV Guilherme e Summer

Algo dentro de mim havia mudado. Eu sentia isso, da mesma forma que sentia o vento suave tocar em mim. Só não queria acreditar.

I won't give up on us

Não desistirei de nós

Even if the skies get rough

Mesmo que os céus fiquem violentos

I'm giving you all my love

Estou lhe dando todo meu amor


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Notas finais do capítulo

E então fantasminhas o que acharam? hahaha Ficou bem grandinho né.
Eu particularmente acho esse capítulo muuuito fofo. Sei que o relacionamento deles pode estar sendo muito devagar e tudo mais, porém estou tentando deixar bem claro tudo para vocês. Para que nós possamos entender todos os sentimentos junto deles. Talvez nós já tenhamos a ideia concreta que existe algo claro entre eles kkkk mas os dois ainda não, é algo muito estranho e novo para ambos, entendam isso.
Até agora não apareceu nenhum comentário, mas vocês continuam acompanhando, então vou entender isso como que estão gostando. haha
Beijinhos ♥



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