On the Edge of Paradise escrita por Jana


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, já estamos no terceiro capítulo
Espero que gostem desse e deixem comentários kkk
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/697449/chapter/4

POV Summer

Fui para casa da Barbie como de costume, aonde permaneci até de noite. Elas tagarelavam o tempo todo. E eu respondia o necessário. Assistimos TV, fomos na hidromassagem e na academia. Porém meu pensamento estava o tempo todo em Guilherme. Ele realmente era um otário e me tirava do sério. Sempre tirou. Era insuportável! Mas ontem fora extremamente legal comigo... Tinha sido realmente bom dormir nos braços dele. E era tão engraçada a forma que ele conseguia me tirar do sério. Tudo bem que eu sempre fora pavio curto e agressiva com todos. Porém ele também era, então brigávamos facilmente. Como hoje. Tudo que ele disse... No fundo aquilo me magoou. Um pouco. Até parecia que eu me importava com a forma que ele me enxergava. Idiotice. E hipocrisia. Ele era tão igual a mim. Geralmente nunca me sentia mal por brigar com alguém, contudo agora eu estava meio assim. Até senti vontade de mandar uma mensagem pra ele. Entretanto é claro que não vou.

— SUMMER! – Escutei Teresa gritando na minha cara.

— O QUE? O que foi? – Respondi para ela que estava com uma fisionomia irritada.

— Está surda menina? – Barbie disse.

— Em que mundo você estava? – Teresa completou.

— Nesse. Pelo o que eu saiba ainda não descobriram outro mundo com seres humanos gatos aonde eu poderia estar pensando. – Falei irônica. Barbie revirou os olhos e Teresa riu. – O que estavam perguntando?

— Em que balada nos vamos. – Tery me informou.

— An?

— Festa Summer. B-A-L-A-D-A. Sabe o que é? – Bie falou.

— Ah. Hoje é sábado né. – Suspirei. – Sei lá. Qualquer uma. To de boa hoje.

— Ai meu Deus! Você realmente está com problemas.

— É, isso não é normal. – Elas resmungaram. Revirei os olhos

— Tanto faz. – Respondi.

— Vamos à que os meninos forem! Vou perguntar pro Vini. – Teresa falou animada. Barbie concordou já mandando mensagem no celular.

— Sério? Ai cara, vão se ferrar. Vocês são tão estúpidas às vezes. Eles foram otários tantas vezes com vocês e continuam aí. Acreditando que eles são seus príncipes encantados. Patético! – Não me aguentava mais. Tive que falar. Elas me encaravam boquiabertas.

— Summer. – Barbie disse devagar. – Se você não acredita em amor, em segunda chance, que as pessoas realmente podem ter finais felizes, tudo bem. O problema é seu! Mas você não precisa descontar isso na gente. Nós já nos ferramos? Já! Porém no momento estamos felizes. Você pode entender isso e deixar de ser egoísta?

— Eu egoísta? Não estou sendo egoísta cara! Pelo contrário. É por eu me preocupar com vocês que falo isso! – Falei indignada. – E ah, não existe final feliz. As pessoas morrem. – Disse séria. As duas me encaravam quietas.

— Você é tão insensível! – Teresa disse por fim. Viraram as costas pra mim e começaram a escolher a roupa em que usar. Revirei os olhos.

— Vão me ignorar agora? Por eu falar o que penso? Ou melhor, falar a realidade para as meninas iludidas?

— Summer cala a boca. Sério, você deveria ter a capacidade de guardar o que pensa para si! – A loira disse de costas.

— Verdade. Eu não quero brigar contigo. E me importo com sua opinião. Mas sabes por tudo que passei para fazer o Vinicius desistir da Vivi e voltar para mim. Não quero ouvir seus conselhos agora Sum.

— Certo. Então boa sorte. Realmente espero estar enganada. – Me levantei. – E o Vinicius não voltou para ti. Vocês só ficaram ontem. – Falei e me arrependi. Teresa me olhou meio sentida e Barbie brava. Revirei os olhos. – Desculpa por falar a verdade. A partir de hoje ficarei quieta.

— Legal. – Barbie disse e elas voltaram a ver roupas. Olhei meu celular e vi uma mensagem do Guilherme.

Foi mal por hoje à tarde, fui um "babaca completo"

Se não quiser me responder ou falar mais comigo, beleza

Eu entendo

Mas só queria me desculpar

Sei lá por que...

Sorri involuntariamente com isso. Então eu não fora a única que andei pensando sobre o acontecido? Bom! Fiquei decidindo se respondia ou não. Mas optei por responder. Não estava mais com raiva mesmo.

            Ah, tudo bem

Me desculpa também

E valeu por ontem. De verdade.

Não por isso

Foi muito legal na verdade haha

Claro

Dormir comigo deve ser algo muito bom mesmo,

concordo hahaha

                          Sua convencida!

Sempre

Tinha que deixar o Guilherme pra lá. Me joguei na cama aonde permaneci até a hora de me arrumar. Peguei uma roupa qualquer da Barbie. Ela sempre nos emprestava roupa. Não fazia falta, o closet dela mais parecia uma loja. Mal sabia onde estávamos indo. Só fui. Precisava beber. Apenas isso.

POV Guilherme

Dirigi até minha casa com um sorriso idiota e insistente. Eu deveria estar morrendo de raiva. Ela havia me batido! Mas em vez disso eu estava maravilhado. Parecia irônico e idiota. Talvez fosse. Porém, eu não sou acostumado com pessoas assim. Tão parecidas comigo em tudo. E muito menos com garotas tão fortes e decididas como ela. Não que eu nunca tenha conhecido uma garota com gênio difícil. Todavia Summer era diferente de todas. E o mais estranho é que eu a conheço desde sempre, mas nunca me importei com isso. Estranho. Muito estranho.

Coloquei o carro na garagem e comecei a subir as escadas. Já pude ouvir os gritos da minha mãe. Suspirei fundo. Eu ia ouvir bastante.

— Olá mãezinha. – Falei abraçando ela antes que começasse. Esta me abraçou apertado, olhou todos os lugares visíveis do meu corpo. A procura de machucados com certeza. Depois que conferiu que eu estava tecnicamente bem, começou a falar.

— Guilherme onde você estava? O que aconteceu? Perdeu o celular para não me retornar? – Ela ia falando atrás de mim enquanto eu continuava andando. – Guilherme olhe para mim e me responda! – Deu um gritinho. Virei para encará-la já na sala.

— Oi mãe.

— Aonde dormisse?

— Não dormi na rua, nem em um hospital ou no chão de uma boate de stripper. Se isso ajuda.

— Eu quero o lugar exato. Por que você não voltou para a casa e não tinha me avisado que ia passar a noite fora. Então te telefonei e mandei mensagem. Nenhum resultado. Tive então que ligar para o Vinicius, realmente pensei que você estaria lá. Mas não estava. Então para o Jefferson, e também não estava na casa dele. Aliás, nenhum dos dois se quer sabia aonde você tinha ido. Você imagina como fiquei? Algo muito terrível poderia ter acontecido com você garoto! Sabe quantas coisas terríveis passaram pela minha cabeça? E você ainda por cima estava com o carro do seu pai! – Ela dizia tudo sem respirar. Minha mãe era cheia de complexos, tinha pavor de mil coisas, e surtava sem motivo. Eu poderia acreditar que toda a fala dela era porque realmente só se importava com o meu bem. Mas eu sabia o motivo. Minha mãe tinha na cabeça desde criança que precisava ser a melhor em tudo. Isso atualmente incluía ser a melhor mãe. Porém ela estava um pouco longe disso, só que laro que eu não demonstrava á ela esse fato.

— Ta legal mãe. Ta tudo bem. – A cortei. – Eu to bem. Dormi na casa de uma amiga. Esqueci-me de te avisar. Peguei no sono cedo e nem me lembrei do celular. Fiquei com preguiça de te responder hoje, pois eu já estava vindo para casa. Não estou machucado. Não estou de ressaca. Não me meti em confusão. E o carro está em perfeito estado se você quer conferir.

— Já fiz isso. Está tudo ok. – Meu pai disse sem emoção alguma. Pude vê-lo voltando para o seu local de costume. Sua poltrona no canto da sala, lendo seu jornal. Ele deveria estar conferindo o estado do seu carro. Única coisa que se importa. Odiava ter que pegar o carro dele, mas tinha acabado com o meu e só iriam me devolver quando minhas notas melhorassem. E entre pegar o carro rosa pink da minha mãe e o do meu chato pai...

— Uma amiga? – Ela levantou uma sobrancelha e depois revirou os olhos.

— É!

— Ta bom, entendi. Querido, eu sei que você está em uma idade onde os hormônios estão à flor de pele e tudo mais. Porém tente se controlar. – Ela olhou de um jeito sugestivo – E você realmente precisa me avisar quando pretende dormir fora.

— Tudo bem mãe. Desculpa. Mas ontem foi uma exceção. Prometo te avisar.

— Ok querido. – Ela sorriu. Sorri novamente. Minha mãe era escandalosa, mas fácil de convencer. Comecei a andar novamente.

— Ah! E só mais uma coisa. – Parei. – Você está usando camisinha, não é filho? Você sabe de todas as doenças, e não quer ser pai assim cedo não é? – Não acreditei que estava falando sobre isso. Olhei para o meu pai implorando por ajuda. Apesar de tudo ele não deixava de ser homem, me entenderia. Este deu uma risadinha. – Você precisa se previn...

— Querida. – Meu pai a cortou. – Acho que o Guilherme já está bem crescidinho. Já tivemos esse tipo de conversa com ele á uns bons anos atrás.

— Isso. Ele está certo, mamãe.

— Tudo bem. É só que...

— Ok mãe. Vou comer ta? To morto da fome. – Fui para a cozinha.

— Olá seu Guilherme! – Disse alegre Maria, uma mulher de 40 anos que cuidava de mim desde que nasci, e hoje em dia ainda auxiliava em tudo aqui em casa. Ela e minha mãe estudaram juntas quando jovem, e por Maria ser muito pobre mamãe a trouxe para trabalhar para eles. Era como uma segunda mãe para mim. Porém menos neurótica e mais parceira.

— Oi Mari linda. – Dei um beijinho no rosto dela enquanto fui olhar o fogão e a geladeira. – O que tem para comer? To morto da fome!

— Ah é? A noite foi cansativa? – Ela deu uma risada. Enquanto foi esquentar algo para eu comer. Sentei-me à mesa.

— Hahaha. Engraçada. – Ri com ela. – Se eu te contar que não foi nenhum pouco cansativa. Que não bebi muito e nem dei se quer um beijo na boca, você acredita?

— Hummm, me deixa pensar... – Ela olhou para o nada. – Não! – Rimos novamente.

— É sério Mari! Por mais incrível que pareça!

— Sei. – Estreitou os olhos para mim. – E essa menina na qual dormisse?

— Estava escutando a conversa é mocinha?

— Como se não desse para ouvir os gritos da sua mãe lá da esquina!

— Verdade! – Dei uma gargalhada. Não conseguia não rir perto dela. – Mas enfim. Eu dormi na casa de uma pessoa do sexo feminino mesmo. Porém não peguei ninguém.

— E por que não? Que milagre aconteceu? – Ela colocou minha comida na minha frente e se encostou ao balcão para me ouvir.

— Então né... Lá estava eu dançando na mesma rodinha que a tal garota. E ao invés de "caçar" fiquei observando ela dançar. Porque puta que pariu! Tu não tens noção de como é aquela guria dançando Mari! – Comecei a contar enquanto comia. – Ela tem um negócio naquela cintura, naquele quadril, ela rebola de um jeito. Não tem como explicar. Já vi muuuita mulher dançar na minha vida, mas como ela não tem.

— Uau! – Falou divertida.

— É, uau mesmo. Tipo, ela é gostosa pra caramba. Mas o que tem de gata tem de irritante. A gente não consegue ficar no mesmo lugar por muito tempo sem brigar. Ela é um pé no saco. Talvez por isso que eu nunca tive vontade de ficar com ela. E daí ontem ela fez escândalo, como sempre. – Revirei os olhos. – Nós brigamos, porém ela brigou com as amigas dela primeiro. Pra você ver como o problema da história não sou eu. – Maria deu uma risada. – Tudo porque as amigas dela foram se pegar com os meus amigos idiotas. Depois de brigar com todo mundo ela simplesmente sumiu. E o idiota aqui deveria ter aproveitado isso e ir pegar alguém né? Entretanto o que eu fiz? Fui procurar ela.

— Aaah que fofo! – Revirei os olhos com o comentário dela.

— Achei-a sentada sozinha, e acabei ficando o resto da festa sentado lá com ela conversando. E por incrível que pareça não brigamos. Daí ela pediu para eu levá-la para casa. Eu poderia ficar na festa e aproveitar, só que não senti vontade alguma. – Percebi como aquilo que eu dizia era verdade. – Então a levei para casa. Ela me convidou para subir...

— Hummm. – Me olhou maliciosa.

— Eu disse que nem beijar beijei ô!

— Ah, é verdade. – Deu outra gargalhada. Balancei a cabeça.

— Ela foi tomar banho e eu fiquei jogado na cama dela. – Dei uma risada. – Depois fui tomar uma ducha também e quando voltei, ela tinha pegado no sono. – Sorri involuntariamente lembrando. – Tentei me despedir dela fazendo o mínimo possível de barulho, contudo ela acordou e pediu para que eu dormisse com ela. E eu dormi. Literalmente dormi. Sem malícia alguma. Como nunca havia feito com alguém antes. E hoje de manhã brigamos de novo. E ganhei um tapa na cara ainda por cima. – Revirei os olhos por causa da última parte. E depois terminei de comer em silêncio. Ela me olhava com um olhar estranho. – O que foi? – Perguntei.

— Ah Guilherme querido... – Deu uma risadinha.

— O quê que tem?

— Nada não. – Suspirou. – Logo a Summer.

— Como você sabe que é a Summer? – Perguntei surpreso. Tinha certeza que não havia citado o nome dela em momento algum.

— Única garota que você não ficou na qual conhece... Única que briga igual á cão e gato. Falasse dos teus amigos com as amigas dela... Enfim, não sou burra. Enxergo as coisas de longe. – Sorriu como se tivesse se referindo á mais coisa.

— É eu sei. – Levantei e coloquei a louça na pia. – E essa é a minha história. – Compartilhamos mais uma risada. – Vou subir Mari, beijo.

— Beijo Gui. Até segunda. E se cuida.

— Pode deixar. – Gritei indo em direção á escada. Troquei de roupa e me deitei. Tentei dormir, mas meus pensamentos corriam para Summer. – Que droga! – Resmunguei. Queria falar com ela, mas tive medo que ela não me respondesse. Resolvi ir pra casa do Jefferson com o Vini.

— Mãe, to indo pra casa do Jeff. Vamos sair de noite e talvez eu durma lá. – Falei entrando no quarto dela antes de sair.

— Ta bem meu filho. Mas se cuida ok? Qualquer coisa me liga. – Ela me deu um beijo.

— Beleza. Tchau pai! – Falei seco pra ele.

— Não vais pegar o meu carro, não é Guilherme? – Perguntou preocupado. Com o carro, é claro.

— Não o Vini vai passar pra me pegar. Fica tranquilo.

— Ok. – Ele respondeu voltando á atenção para o notebook. Saí indignado. Meu pai sempre foi assim. Desde criança ele nunca teve tempo pra mim. Mal o vejo, já que só trabalha, e mesmo quando está em casa é sempre ocupado. A única coisa na qual ele se importa comigo é a minha escolha de faculdade, em continuar com a empresa dele. Mais nada. Super egocêntrico, acho que nem gosta da minha mãe. Ou melhor, tenho certeza. Já que sei de várias amantes que ele já teve. E o pior é que minha mãe também sabe, só prefere fingir que não. Já que na cabeça dela precisa continuar mostrando pra sociedade que tem uma família perfeita. Odeio meu pai. Foda-se também. Não preciso dele.

— E aí Gui! – Vini disse quando seu pai parou o carro em frente a minha casa.

— Olá Guilherme! – O pai dele disse sorridente.

— Oi tio! – Dei uma risada. Chamo o pai do Vinicius de tio desde sempre. Já que somos amigos desde criança. Esse sim é um exemplo de pai. Mesmo muito ocupado sempre teve tempo pros filhos. Pros quatro filhos, aliás. E pelo Vini ser o único homem os dois sempre foram muito amigos. Sempre quis que meu pai fosse assim como ele. – Vocês devem estar se sentindo criancinhas de novo comigo levando vocês pra casa do amiguinho né? – Rimos juntos.

— Pois é! O que é isso? O Vinicius ta de castigo, sem poder dirigir? – Zoei meu amigo, mesmo sabendo que seu pai ia nos levar já que iria ter um compromisso perto da casa do Jefferson. E hoje à noite iríamos com o carro do Jeff mesmo.

— Ele ta. Contou-me que pegou figurinha repetida ontem! – Seu pai entrou no clima. Fomos conversando e rindo por todo o caminho.

Durante a tarde tentei me distrair com os caras, mas sempre que ficava sem fazer alguma coisa ou falar, lembrava-me da Summer.

— Barbie me mandou uma mensagem perguntando em que lugar vamos hoje. – Jefferson falou uma hora.

— Cara, na moral que não to a fim de ficar com a Teresa de novo. Eu a adoro, mas sei que se continuar com isso ela vai pensar que já estamos namorando de novo. E querendo ou não eu ainda gosto pra caramba da Vivi. – Vinicius falou se jogando no sofá.

— Seu gay! – Jefferson disse se referindo á parte de gostar da Viviane. – Mas a real que eu também não to a fim de pegar a Barbie. Só dizer para elas que vamos a um lugar, e irmos á outro. – Jefferson respondeu.

— Pode ser! – Vinicius concordou. Eu revirei os olhos.

— Por mim tanto faz. Só acho que vocês estão sendo muito otários. – Falei o que estava pensando.

— Com o que Guilherme? – Vini disse surpreso.

— Em querer curtir a vida ao invés de nos amarrar? – Jeff falou debochado.

— Não. Em iludir as duas.

— Cara, se eu não posso namorar com a Vivi, não quero namorar com ninguém mais. Inclusive e principalmente com a Teresa, já que é culpa dela que o meu relacionamento acabou.

— Então você deveria manter distância dela, não?

— É, poderia. Mas se o que ela quer é ficar comigo, por que não posso me divertir às vezes? – Vinicius disse com uma cara meio de culpado. Eu sabia que isso não era da índole dele. Na verdade, ele e Teresa namoravam desde o primeiro beijo, mas Vini nunca gostou dela como ela gostava dele. Sempre tentou terminar porque não queria iludi-la, contudo por ela fazer drama e ameaças ele continuava, apenas por dó. Porém tudo mudou quando Viviane apareceu. Ele se apaixonou completamente por ela, e ela por ele. Só que Teresa nunca se conformou e vive atrapalhando o relacionamento deles. E conseguindo.

— E com a Barbie vocês bem sabem que a culpa não é minha. O que posso fazer se sou irresistível? – Jefferson falou rindo.

— Ei, ela é minha irmã, não se esqueça disso! – Vinicius disse e deu um soco no braço dele.

— Relaxa Vini, ela pode ter o cara que quiser aos pés dela. Uma hora desencana de mim.

— Porra. – Bufei. – Vocês não percebem como estão sendo babacas? – Os dois ficaram sérios esperando o que eu tinha á dizer. – Você Vinicius sempre foi o cara perfeito, aquele que toda guria queria como namorado. Daí aparece a Viviane, uma guria certa, diferente de qualquer outra. E você faz o que? A trai com a Teresa. Pra que? Pra ficar iludindo ela depois. E já você Jefferson, não adianta colocar a culpa na Barbie. Porque ela pode ser boba em relação a você, mas desde sempre você a trata como um objeto. Um objeto sexual, aonde sempre que você ta com vontade vai atrás dela. Com certeza é muito melhor do que bater somente uma punheta, mas cara, ela tem sentimentos sabia?

— Qual é a tua Guilherme? – Jeff disse ficando estressado.

— Você ta falando como se não fosse o maior adepto da filosofia "pra quê só ter uma se eu posso ter todas". E o cara que já pegou a escola toda. Literalmente. – Vinicius continuou.

— Realmente sou adepto á isso. Desde sempre. Já que eu nunca se quer namorei de verdade. E é exatamente esse o fato, eu não iludo ninguém. Todas que ficam comigo têm a consciência que sou assim. Eu nem se quer pego a mesma guria duas vezes, á não ser que ela também esteja só querendo se divertir sem compromisso.

— O que deu em você pra querer dar liçãozinha de moral? Deixa de ser chato cara. – Jefferson virou as costas.

— E só pra relembrar, eu só fiquei com á Teresa naquele dia porque ela me embebedou. Ela e minha irmã armaram pra mim. Eu gosto da Vivi. Você sabe. Entretanto ela nesse momento não quer nem enxergar a minha cara. – Vinicius falou triste e também virou as costas pra mim. Resolvi não argumentar mais. Ao invés disso fiz o que tava com vontade, mas sem coragem á tarde toda: mandei uma mensagem para a Summer. Se meus amigos eram uns babacas, eu não precisava ser também.

Foi mal por hoje à tarde, fui um "babaca completo"

Se não quiser me responder ou falar mais comigo, beleza.

Eu entendo

Mas só queria me desculpar

Sei lá por que

Enviei a mensagem e permaneci ansioso pela resposta. Ela podia muito bem não me responder. Fiquei tentando me distrair, até que vi seu nome na parte superior da tela do meu celular. Sorri. Ela tinha me respondido.

Ah, tudo bem

Me desculpa também

E valeu por ontem. De verdade.

Não por isso

Foi muito legal na verdade haha

Claro

Dormir comigo deve ser algo muito bom mesmo,

concordo hahaha

Sua convecida!

 Sempre

Não sabia mais o que dizer. Tudo bem, pelo jeito a conversa tinha acabado. Mas já era o suficiente. Estávamos de boa pelo menos. Esperei as donzelas decidirem aonde iríamos. Paramos na minha casa para eu me arrumar. Vinicius pegou uma camiseta emprestada minha, pois preferiram não parar na casa dele e correr o risco de se encontrar com as meninas. Eu até gostaria disso, ver a Summer novamente. PARA GUILHERME! Que pensamento mais gay. Eu precisava pegar algumas hoje e parar com isso. Definitivamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Esse ficou um pouco maior que os outros não é? Mas, apesar disso, não tivemos um grande contato entre eles. Prometo que o próximo vocês terão mais emoção kkkk Por enquanto é necessário a gente entender todos os sentimentos deles
Adoraria saber o que vocês estão achando da história :c
Comentários são supeeeeer bem vindos!
Beijinhos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "On the Edge of Paradise" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.