Ashura não esperou para atacar ferozmente os quatro feiticeiros. Sakura ergueu SHIELD para protege-los enquanto Ruby, Yue, Spinel, Kerberos e Hikari combinaram seus ataques contra Ashura.

Ashura levou parte do dano infligido pelos guardiões e se desviou para uma armadilha. Eriol e Shaoran combinaram seus ataques em duas direções para acerta-lo; e conseguiram. Ashura foi impulsionado para o chão com a força dos ataques em direção a próxima armadilha.

Yuuko e Sakura se posicionaram para acerta-lo com tudo que tinham. Sakura uniu WIND e FIERY enquanto Yuuko reuniu uma esfera negra de raios em suas mãos. Elas atacaram juntas e explodirão Ashura antes mesmo dele tocar o chão.

Enfrentar os três feiticeiros dimensionais e um feiticeiro chinês do nível de Shaoran sem ajuda era difícil. Ashura admitia isso. Ele tentava se levantar da cratera que havia ficado após os ataques, ferido, com um amargo e ameaçador sorriso no rosto e um olhar como se fosse arrancar a alma de todos fora.

— Interessante. – ele falava como se procurasse ameaçar ou debochar de alguém enquanto tomava folego para se recuperar dos ataques que recebeu. – Esse é o poder daqueles que protegem as dimensões e este mundo. – ele se ergueu completamente enquanto ainda cambaleava. – Este jogo de poder ainda não acabou! Eu só estou esquentando. Farei vocês se arrependerem de se opor a mim pela eternidade. – ele abriu um portal dimensional e desapareceu diante de todos.

Os quatro não tiveram como impedi-lo e não podiam prolongar aquela luta enquanto as pessoas da cidade estivessem por perto e pudessem se machucar; então optaram por deixa-lo partir.

Tomoyo veio correndo de seu ‘esconderijo’ para ver se Sakura e Eriol estavam bem. Sakura estava abraçada em Shaoran que ainda estava com a cena de sua amada quase sendo morta diante dos seus olhos em mente, Eriol verificava se Ruby Moon e Spinel estavam bem e Yuuko conferia se Soel e Larg ainda estavam vivos e inteiros depois daquilo,

Com a polícia e a mídia a caminho do local, Yue pegou Sakura, Kerberos o Shaoran, Hikari a Yuuko e os Mokonas, Spinel pegou Eriol e Ruby pegou Tomoyo – os guardiões saíram voando – literalmente – dali com seus mestres e os amigos dos mesmos para o templo Tsukimine.

No templo eles decidiram permanecer juntos – pois parecia que Ashura não os atacaria enquanto estivessem juntos sem ter um excelente plano. Eles foram dormir, já que estavam cansados da luta e o dia seguinte seria tumultuado e complicado de se lidar.

Naquela noite, antes de descansarem, Sakura recebeu uma ligação urgente de seu pai (ele estava desesperado com as notícias e estava com Yukito e Toya junto – os três extremamente preocupados); Tomoyo recebeu uma ligação de sua mãe (ela quase teve um ataque de nervos pelo telefone e seu avô estava junto também – os dois bombardearam Tomoyo com perguntas e uma longa bronca); e Shaoran também recebeu uma ligação de sua mãe naquela noite (ela estava com Meilin ao lado e ambas estavam extremamente preocupadas com ele – para tranquiliza-las Shaoran teve muito trabalho).

No dia seguinte, Shaoran e Eriol acompanharam Sakura e Tomoyo até a faculdade onde problemas aguardavam. Elas levaram quase uma hora para que o segurança as deixasse entrar, tiveram que deixar Eriol e Shaoran do lado de fora (como Sakura estava com seu livro os dois assentiram aquilo), ambas encaram um longo sermão da reitoria e de seus professores e ainda tiveram que suportar Ishira e outras pessoas comentando sobre o ocorrido.

Ao final do dia Sakura teve uma desagradável conversa com o pai de Ishira – ele queria informações sobre os feiticeiros dimensionais e magia para auxiliar em suas pesquisas; Sakura jurava que o mataria se não fosse tão controlada. Ishira resmungou e ficou emburrada a conversa inteira e Sakura queria morrer com o abuso e cara de pau do pai de Ishira nas perguntas e pedidos – estes mais para ordens e até mesmo ameaças em alguns momentos.

Sakura nada respondeu, chamou o pai de Ishira de impertinente e abusado e em seguida apenas continuou andando junto de Tomoyo – as duas estavam se esforçando para ignorar cada absurdo que vinha daquele homem, que as seguia e não se calava – e os resmungos de Ishira. Do lado de fora, o pai de Ishira encostou em Tomoyo para barrá-la e questioná-la sobre Sakura – esta ficou furiosa.

O pai de Ishira não só recebeu um ameaçador e frio olhar de Sakura como uma ameaça curta, grossa, objetiva e firme de Eriol – este o encarava frio e fixamente – para soltar Tomoyo e se arrepender de tê-la segurado. Com aquilo, ele quase falou algo sobre Sakura – que parecia que seria um insulto dos grandes – mas foi impedido por um ameaçador olhar e as frias palavras de Shaoran. O pai de Ishira estava apavorado com os três e se calou na hora – junto de Ishira que tomou um tapa na cara de Tomoyo quando quase ofendeu Eriol (a mulher não tomava juízo!).

Antes de voltarem ao templo, passaram na casa de Tomoyo para que ela pegasse algumas coisas e falasse com sua mãe. Em sua casa estavam, também, Fujikata, Toya, Yukito e seu avô a espera deles. Sakura teve uma seria conversa com seu pai e seu irmão enquanto Eriol se concentrava em cada palavra que Sonomi tinha para lhe dizer e suas exigências para deixar Tomoyo ir junto dele.

Quando terminaram, se despediram e procuraram ir embora; mas foram impedidos pela presença de Yuuko na casa. Eles sabiam que aquilo não podia ser bom – pois ela havia trazido a mãe de Shaoran, Meilin e Mizuki junto; e estavam certos. Yuuko chegou com palavras preocupantes.

— Tenho informações sobre Ashura. – ela automaticamente fez todos se alarmarem com sua presença e aqueles que trouxe consigo – Sugiro que se preparem. Não trago informações animadoras. – as expressões de susto e receio pelo que viria daquilo preencheram o ambiente com um silencio sufocante.