A Nightmare on Elm Street escrita por MissDreamy


Capítulo 2
Lullaby


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e comentem *-*



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Era tarde da noite e Hanna encontrava-se  fazendo um trabalho de história, em que a data de entrega ainda chegaria em três semanas, escutava uma música agitada qualquer em volume alto. Queria se distrair com qualquer coisa, dormir era sua última opção.

—Ficou doida? Vai acordar os vizinhos. Fala sua mãe, Ashley Marin, entrando apressada no quarto e desligando a música.

—Oi mãe. Falou Hanna com um sorriso cansado.

—Nada de, “Oi mãe.” O que ainda faz acordada? Passa de 1 da manhã.

Reclamou a mais velha.

—Decidi esperar por você. Mentiu a loira.

—Pois já cheguei. Pra cama, agora. Falou a mãe.

—Não estou com sono. Resmungou a mais nova levantando da cadeira e indo se deitar.

—Hanna não comece. Sabe o que o médico disse.  Falou cobrindo a filha.

—Ele é um babaca. Murmurou Hanna.

—Não vou discutir com você, Boa noite! Falou dando um beijo na testa da filha e saindo do quarto.

........

Hanna On

Por mais que eu focasse minha concentração em algum ponto qualquer do quarto, ainda sentia meus olhos pesarem, cada vez mais querendo se fechar. Dei um suspiro longo, e pisquei dessa vez mais demoradamente. Foi o suficiente. Quando abri meus olhos, já não estava mais em meu quarto.

—Um, dois, Freddy vem te pegar! Escutei pessoas cantarolando. Virei para encontra-las, e só vi crianças brincando em frente a uma antiga cabana. Um cenário muito macabro, tenho que admitir.

—Três, quatro, é melhor trancar o quarto! As crianças continuavam a cantar, como se eu não tivesse aqui. Como se elas tivessem em algum parquinho na cidade. Continuei andando, observei a cabana mais uma vez, entro ou não? Maldita curiosidade, que consegue ser maior que o meu medo.

—Cinco, seis, pegue o crucifixo. Cantavam as crianças.

—Um crucifixo agora até que não seria má ideia. Pensou alto.

—Sete, oito, é melhor ficar acordado.

Quando cheguei no hall da casa, ouvi a última estrofe da música.

—Nove, dez, nunca volte a dormir.  Mas a música voltou a se repetir, várias e várias vezes em minha cabeça, já estava até cantarolando. Sabe aquela música ruim que cola na mente? E você tem que cantá-la e escutá-la até esquecer? Então...

—Oi, como se chama? Perguntou uma menininha loira em cima de uma pequena bicicleta na porta da casa. Fazendo-me pular de susto.

—Hanna. E você? Perguntei meio receosa.

Ela não me respondeu, só deu uma risadinha e correu com a bicicleta para dentro da casa.

—Espere! Não entre aí. Gritei entrando na casa, tentando acha-la.

—Menina? Gritei novamente, sem sucesso. Achei uma porta que dava para o porão, até pensei em não entrar, mas... O que é o perigo pra quem já está fudido não é?

Desci a escada com calma, tentando desesperadamente não cair, mas do jeito que sou desastrada era isso que ia acabar acontecendo.

—Oh, merda! Gritei quando me esbarrei em um armário.

—Você não pode gritar. Falou a menina loira, novamente me assustando. Ela tinha que parar de fazer isso.

—Onde estamos? Perguntei.

—É aqui que ele nos trás. Ela me respondeu.

—Vamos embora. Falei me aproximando dela.

Uma porta atrás de nós se fechou. E a lareira ao nosso lado se acendeu. Ouvimos barulhos de passos. A menina me olhava com uma expressão tão apavorada que me fez quase morrer por dentro.

—Freddy chegou. Ela sussurrou alto o suficiente para eu ouvi-la.

Peguei-a no colo e corri o mais rápido que eu pude. Senti suas lágrimas molharem a minha blusa, me controlei para não chorar com ela.

“Merda, ele está nos seguindo”, pensei quando ouvi passos logo atrás dos nossos.

 Continuei correndo, mas parei quando senti que meus passos ficaram bem mais lentos e senti algo molhado em minhas pernas. Era algum tipo de... Cola? Sei lá, só sei que já não conseguia me movimentar muito. Olhei para trás, e ele surgiu. O mesmo homem queimado, usando um suéter, um chapéu e garras nas mãos. Ele vinha correndo em minha direção com seu punho direito levantado, pronto para me atacar. Quando enfim consegui soltar minhas pernas e continuar correndo, fazendo assim, ele golpear o vento. Sério, as lâminas passaram tão perto que provavelmente não precisarei mais aparar as pontas do meu cabelo.

“Esse lugar é um labirinto?” Pensei, todos os corredores pareciam os mesmos.

Corri tanto que me deparei com um corredor, onde minha única saída era uma porta. Como não tinha muita escolha, entrei.

Esbarrei-me com algo, minha consciência me disse para não olhar, mas advinha quem venceu novamente? Acertou se respondeu a curiosidade.

—Ahhhhh. Meu grito ecoou pela casa inteira quando observei que era uma sala repleta de cadáveres pendurados pelo pescoço no teto.

—Me solta, está me machucando. Reclamou a menina em meus braços. Claro! Ela ainda estava lá, simplesmente me esqueci dela.

—Ahhhhhh... Outro grito saiu da minha boca quando olhei para baixo e percebi que estava segurando apenas um esqueleto de cabelos loiros. A soltei rapidamente, e me virei para ir embora. Dei de cara com o homem que estava nos perseguindo. Só não tive um derrame porque não tive tempo, quando o vi levar suas garras ao meu rosto, levantei meu braço. Quatro cortes profundos no pulso direito, isso mesmo, quatro.

Abri os olhos e estava no banheiro do meu quarto, com um braço machucado, a outra mão segurando uma navalha, uma poça grande de sangue e uma mãe na porta do banheiro me olhando incrédula. Segundos depois senti tudo rodar, minha visão ficou escura e meu corpo foi de encontro ao chão. Eu havia morrido?


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